sábado, 5 de janeiro de 2013

FIZERAM TANTO QUE CONSEGUIRAM


FIZERAM TANTO QUE CONSEGUIRAM

Pois é fizeram tanto que desta vez conseguiram uma conjuntura sem crescimento e com inflação (muito pior do que inflação com crescimento). Pior ainda é que privilegiaram os protegidos do poder com financiamentos e participação societária perto de irrecuperáveis (BNDES, Marfrig; JBS, etc., CEF escândalo do Pan-Americano). O BB foi manchado com o mensalão (até diretor foi condenado com cadeia). Abandonaram o tripé, perderam credibilidade, amedrontaram o mercado, deixaram de influenciar as expectativas, isto em época de crise. Agora desavergonhadamente falam que não abandonaram o tripé. A imprensa é testemunha escrita e televisada através de declarações contra o câmbio flutuante. Desvalorizaram nossa moeda retirando poder de compra (qualidade de vida e modernizações tecnológicas produtivas, investimentos) de todos, para beneficiar lucros de minorias privilegiadas (com grande parte dos acionistas estrangeiros) sob o falso argumento de proteger nosso parque industrial. Protecionismo, seja ele qual for, retira a necessidade das empresas lutarem pela sobrevivência (para que? São protegidas.), aloca recursos em atividades onde não somos e não seremos competitivos, retirando das onde somos. Represaram preços retornando o país para o absurdo da política de inflação reprimida.
Este é o motivo da indignação da conceituada revista The Economist, corretamente, ter sugerido a substituição da equipe econômica. Se o ministro da economia escolhido pelo PT fosse o Meirelles a economia estaria muito melhor (preteriram o melhor pela turma do pensamento mágico).
A Selic não caiu por méritos deste governo, mas por demérito. As taxas de juros de mercado caíram por expectativas negativas (insegurança, queda de previsibilidade), insegurança do capital investido (executivo passa insegurança), queda da previsibilidade de lucros. A taxa selic apenas acompanhou a queda dos juros de mercado. Uma novidade foi a taxa ex-post de juro de mercado (negativa, quando deduzida de IRF e da inflação) ter caído abaixo da taxa natural de juro (isto é prova de política econômica errada ou governo ruim). A taxa ex-post real está vindo abaixo da ex-ante real prevista.   
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

A INFLAÇÃO DO DIA A DIA EM BH EM 2012 – IPEAD – UFMG
A inflação que de fato influencia a vida da classe média:
FEIJÃO 32,52%; ARROZ 30,25%; BATATA INGLESA 71,48%; PÃO FRANCÊS 14,71%; REFRIGERANTE EM SUPERMERCADO 9,23%; EMPREGADA DOMÉSTICA 14,13%; ÔNIBUS URBANO 7,64%; CONDOMÍNIO 8,06%.
MAG 01/2013 

Nenhum comentário:

Postar um comentário