segunda-feira, 18 de agosto de 2014

REFORMAS ESTRUTURAIS NECESSÁRIAS PARA QUE O BRASIL VOLTE A CRESCER E AUMENTE SUA PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE MUNDIAL.


REFORMAS ESTRUTURAIS NECESSÁRIAS PARA QUE O BRASIL VOLTE A CRESCER E AUMENTE SUA PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE MUNDIAL.

    1)  RELAÇÃO CAPITAL X TRABALHO: rasgar a CLT, eliminar impostos sindicais (empregados e empregadores), passar a aceitar os acordos coletivos e os entre empresas e sindicatos, as rescisões de contrato de trabalho assistidas por sindicatos passam a ter validade final. Eliminar as cobranças do sistema S sobre o salário. Passaria a ser contribuição não obrigatória e sobre a receita das empresas. Imposto gerido por atividade privada é inaceitável (são mais capazes na corrupção). Se for imposto a receita deve passar para o governo que a utilizará para pagar bolsas de estudo para os alunos filhos dos trabalhadores;

     2)    SIMPLIFICAÇÃO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO: eliminação de exigências burocráticas. As multas só poderão ser aplicadas na ocorrência de sonegação tributária. As empresas poderão iniciar suas atividades com declarações assinadas pelos sócios majoritários e diretoria. Poderão também solicitar paralização das atividades, ocasião em que todas as exigências burocráticas cessarão;

      3)    SISTEMA MONETÁRIO: a liquidez deverá ser mantida e só poderá crescer 5% ou até o PIB potencial definido pelo CMN (processo contínuo);

    4)    SISTEMA POLÍTICO: liberdade total para partidos políticos funcionarem e cláusula de obtenção mínima de 5% dos votos válidos para poder ter representação na câmara federal e no senado. O mesmo para as assembleias legislativas estaduais e as câmaras municipais;

     5)    FGTS: passar a pagar taxas de juros adequadas com o mercado (fazer um fundo com títulos públicos da união);

     6)    INSS: a contribuição acima do teto de aposentadoria feita pelas empresas passar a fazer um fundo em nome do trabalhador, principalmente o autônomo;      

7)    TETO MÁXIMO DE REMUNERAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO: melhorar a redação para impedir privilégios inclusive os passados.  MAG 08/2014.



domingo, 17 de agosto de 2014

RELAÇÃO QUANTIDADE DE MOEDA X OPER. DE CRÉDITO SISTEMA FINANCEIRO X PIB X INFLAÇÃO.

RELAÇÃO QUANTIDADE DE MOEDA X OPER. DE CRÉDITO SISTEMA FINANCEIRO X PIB X INFLAÇÃO

M1, M2, M3, M4
Data M4 Oper. Créd.
Sist. Financ.
12 meses %
Variação % ano
Valor % 12
meses
i real
IGPM
PIB IPCA IGPM
2010 3040495 16,7 20,57 -0,102 7,5 5,91 11,32
2011 3550253 16,8 19,02 4,18 2,6 6,50 5,10
2012 4103151 15,6 16,2 -1,1 1 5,84 7,82
2013 4455383 8,6 14,64 0,938 2,3 5,91 5,51
ACUMULADO xxxx 71,12 91,16 3,898 13,96 26,43 33,1
06/2014 4714713 10,6 11,8 1,526 X 3,75 2,45

     Em 4 anos (2010 a 2013) o M4 (a liquidez do M4 é fácil no Brasil) cresceu 71,12%, as operações de crédito 91,16%, o juro básico real ex-post (CDI - 20% de IRF - IGPM) rendeu 3,898%, o PIB cresceu 13,96%, o IPCA 26,43% e o IGPM 33,1%. A quantidade de moeda quando cresce sem existir sobras no NUCI (nível de utilização da capacidade instalada) e muito acima do PIB potencial por vários anos o resultado só pode ser inflação e no processo a famigerada estagflação. A fixação da taxa básica abaixo da adequada fez a velocidade de crescimento da demanda superar a da oferta, trazendo problemas ao Balanço de Pagamentos (a demanda interna passa a ser atendida por importações). A moeda desvaloriza para compensar. No caso brasileiro o real que estava sendo valorizado em relação ao dólar o processo inverteu-se, o BC passou a fazer operações de swaps cambiais (semelhante a uma venda de dólares futuros) para sustentar o valor do real e ajudar no combate à inflação (um risco para os cofres públicos). Os empreendedores e investidores por queda da previsibilidade ficaram desmotivados (as expectativas ficaram negativas). Se somarmos a isto um governo que tem aversão ao lucro, reprime os preços administrados, não demonstra compromisso com a responsabilidade fiscal e monetária, o resultado só pode ser expectativas negativas. É muito artificialismo (populismo, mentiras, demagogias) para não ser percebido. Uma boa política econômica é necessária ao crescimento econômico (não o suficiente). O crescimento exige também boa qualidade na gestão dos gastos públicos, investimentos produtivos, ambiente receptivo e encorajador aos investimentos (como querer investimentos se o governo tem aversão ao lucro?).  RESUMINDO: os problemas da economia brasileira são de responsabilidade do governo. MAG 07/2014

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ESTADO, MOEDA E LIBERDADE.


ESTADO, MOEDA E LIBERDADE.

JEAN BODIN (1576): lança as bases teóricas do estado de direito.
BERNARDO DAVANZATI (1582): escreve “Lição da Moeda” onde é esboçada a ideia, talvez inicial, da teoria quantitativa da moeda.
DAVID HUME (1752): “Of Money e Of interest” dá forma bem esboçada à ideia da teoria quantitativa da moeda. Separa os efeitos do curto e médio prazo da alteração monetária das do longo prazo (inflação). “Os preços das mercadorias evoluirão sempre proporcionalmente à quantidade de moeda.” 
1760 – 1770: tem início a revolução industrial inglesa (inovações).
ADAM SMITH (1776): publica o livro “A Riqueza das Nações”, com as ideias básicas do pensamento econômico liberal. A presença do estado deve ser definida e limitada por leis, o poder é da lei e não da pessoa (limitar o poder discricionário das autoridades). Redução dos gastos improdutivos dos governos. Liberdade dos mercados, concorrência defendida por regras do jogo pré-estabelecidas, a menor presença estatal possível.  
GUSTAV KNUT WICKSELL (1911): “Lições de Economia Política”, quase um resumo de suas obras. Introduziu a ideia de taxa de juro de equilíbrio e suas relações com a inflação. Se o juro de mercado é superior ao de equilíbrio a demanda e os preços caem. O monetarismo racional tem suas origens em seus estudos.  
IRVING FISHER (1928/1937): desenvolveu os estudos da teoria monetária moderna (tudo passa por ele).
JOHN MAYNARD KEYNES (1936): “Teoria Geral do Trabalho, do Juro e da Moeda”, pode-se dizer que a macroeconomia moderna baseou-se toda ela em seus estudos, foi o tiro inicial que motivou o aprofundamento das pesquisas e o desenvolvimento da matéria (apesar de suas conclusões terem sido influenciadas negativamente pela depressão de 29/30).       
FRIEDRICH AUGUST VON HAYEK (1944), publica o livro Caminho da Servidão” adequou com brilhantismo o pensamento liberal à sua época.
MILTON FRIEDMAN (1962), com a publicação do livro “Capitalismo e Liberdade”, em linguagem acessível a todos, faz o monetarismo renascer, contrapondo-se às conclusões de Keynes, que considerava totalmente erradas (fábrica de estagflação). É o principal autor do liberalismo e monetarismo modernos. Sua principal obra é “A História Monetária dos Estados Unidos”.
Outros autores: 
Karl R. Popper, A Sociedade Aberta e seus Inimigos
Douglass North, Entendendo o Processo de Mudança Econômica
Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia.

RESUMINDO: O pensamento liberal defende a liberdade das pessoas e das relações entre elas. Tem como princípio fundamental NORMAS PARA LIMITAR O PODER DISCRICIONÁRIO das autoridades e do mais forte sobre o mais fraco, para DEFENDER A CONCORRÊNCIA e os interesses dos consumidores (não existe liberalismo sem concorrência). A menor presença estatal possível, a maior quando necessária. O liberalismo pode ser definido como uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a lei igual para todos, a transparência, o lucro e o direito de propriedade e a separação de estado e religião (O ESTADO DEMOCRÁTICO DO DIREITO).



PENSAMENTO LIBERAL E LIBERDADE (democracias liberais). Escrito em 04/01/2014.

CÂMBIO E LIBERDADE. MOVIMENTO DE CAPITAIS:
Existindo mercado (demanda) e um ambiente seguro e amistoso, o afluxo de capitais e os investimentos sempre ocorrerão. MAG
A qualidade de vida é sempre melhor nas economias abertas a muitos fornecedores (concorrência). MAG
Desvalorizar a moeda pátria, reduzindo o poder de compra de toda uma sociedade, para proteger lucros e privilegiar segmentos empresariais não competitivos, é arbitrariedade que só poderia ser tomada com o consentimento dos prejudicados. MAG
Valorizar artificialmente a moeda pátria é o caminho mais curto para crise cambial. MAG
Competitividade, ganhos de produtividade, melhoria contínua, só com concorrência. MAG
Governo considerado incompetente ou inamistoso com o mercado e lucros (capitais, investimentos), passa insegurança, afugenta empreendedores e investidores, paralisa investimentos, desvaloriza a moeda pátria acima do que seria normal (empobrece a todos e piora a qualidade de vida). O inverso é verdadeiro: governo amistoso ao mercado atrai empreendedores e investimentos, a moeda pátria valoriza, o poder de compra aumenta (a qualidade de vida melhora com o desenvolvimento).

PRINCÍPIOS DO PENSAMENTO LIBERAL:
Normas (leis, regulamentos) em vez de autoridades (reduzir o poder discricionário de autoridades, de monopólios e do mais forte sobre o mais fraco). O poder é da norma e não da pessoa (autoridade).
Câmbio flutuante como solução de mercado e para evitar crises do balanço de pagamentos.
Normas que aumentam o poder discricionário das autoridades facilitam a corrupção (venda de facilidades e de privilégios), devem ser evitadas.
O liberalismo é contra privilégios como reserva de mercado.
O liberalismo é a favor da concorrência e de regras do jogo pré-estabelecidas que a regulem e defendam.
Não existe liberalismo sem concorrência.
O liberalismo defende a liberdade das pessoas fazerem acordos, inclusive a relação capital x trabalho, sem a intervenção do governo.
O liberalismo defende a liberdade sindical (e de associação), mas é contra o imposto sindical obrigatório (de empregados e de empregadores).
MAG 04/01/2014.


domingo, 3 de agosto de 2014

TAXA DE CÂMBIO: PREVISÕES (COMPLEXIDADE E DIFICULDADE).

TAXA DE CÂMBIO: PREVISÕES (COMPLEXIDADE E DIFICULDADE).
O sistema monetário mundial que está substituindo Breton Woods tem uma certeza, a taxa de câmbio flutuante (flexível, variável) veio para ficar. As autoridades monetárias (BCs) e as empresas (diretores financeiros) terão que conviver com as incertezas do mercado (monitoramento e vigilância constantes). As autoridades monetárias deverão evitar ao máximo influenciar artificialmente o mercado de câmbio. Os diretores financeiros terão que conviver com as complexidades e dificuldades de previsões, com muitas variáveis, pouca previsibilidade e certeza. A ação política (administrativa e eleitoral) tem muita importância na formação das expectativas (um presidente da república, do BC ou ministro, acreditados ou não) e na formação da taxa de câmbio.
Indicadores rudimentares, antecipados e de vulnerabilidades que devem ser monitorados:
INTERNOS:
      a)    Posição das reservas (caixa e liquidez) e sua evolução;    
       b)    Importações, Exportações e sua evolução;
     c)    Balanço de Serviços (viagens, transporte, aluguel de equipamentos, outros) e Rendas (juros, dividendos, lucros e salários);
   d)    Conta Capital e Financeira (IED = investimento externo direto, onde o investidor tem ingerência na gestão, IEI = investimento externo indireto, o investidor não tem ingerência na gestão, como ações em bolsa). Empréstimos de curto e de longo prazo;
     e)    Movimento de Câmbio (fluxo comercial e financeiro);
      f)     Dívida Externa e sua composição;
     g)    Evolução dos preços das Commodities;
     h)   Operações Cambiais do BC (swaps, swaps reversos, etc.);
     i)     Posição de Câmbio dos bancos (comprada ou vendida);
     j)      A taxa de juro (básica e de mercado) e sua relação com a externa. Imposto de igualização de juros (o nosso IOF);
     k)    Controle de movimento de capitais (segurança, liquidez e rentabilidade);
      l)     Defasagem de tempo entre causa e efeito.
EXTERNOS:
      a)    Liquidez monetária e de créditos;
       b)    Política monetária do dólar, Euro, Yen e Yuan;
      c)    Desvalorizações competitivas;
      d)    Dólares em excesso no mundo (adormecidos ou não), eurodólares, petrodólares, reservas em excesso (China, Japão, outros);       
      e)    Balanço Comercial, de Rendas, de Serviços e a conta Capital e Financeira dos USA, da China, do Japão e dos países com comércio relevante.
Os USA por emitirem a moeda mais aceita no mundo (considerada o meio de pagamento, de contabilidade e reserva de valor mundial) têm privilégios e algumas obrigações: suportam por mais tempo déficits nas contas externas (são os déficits sem lágrimas), exportam inflação (principalmente das commodities), podem pagar as menores taxas de juros do mundo, podem comprar ativos com moeda emitida e terem como contrapartida lucros, dividendos, juros, vendas casadas e aluguéis. Podem importar inteligências e financiarem avanços e inovações tecnológicas (impossível competir com eles, já que o custo é quase zero), onde são líderes incontestes.    MAG 08/2014.
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