sexta-feira, 26 de setembro de 2014

LINHAS DE PENSAMENTOS ECONÔMICOS – DIFERENÇAS.



LINHAS DE PENSAMENTOS ECONÔMICOS – DIFERENÇAS.


O estudo teórico da economia, na prática e resumidamente, podemos dividir em:

a)    Política Fiscal (orçamento, execução orçamentária, receitas e gastos);

b)    Política Monetária (a moeda e suas funções, unidade de medida, meio de pagamento e reserva de valor, o controle da liquidez e da inflação. Juro básico e de mercado);

c)  Política Cambial (o controle da liquidez, da volatilidade) e política externa (comercial, mercadorias, serviços, rendas, capitais e financeira).


A teoria, resumidamente, podemos dividir em:

a) Contabilidade Nacional e sua análise. Sistema padronizado de contas nacionais originado em Keynes (Teoria Geral), iniciado e organizado por Simon Kusnetz, aperfeiçoado por Richard Stone (padrão aceito mundialmente);

b)    Macroeconomia (teoria quantificada, justificada e modelos);

c)    Economia Monetária (moeda e bancos), base teórica das políticas monetárias;

d)  Econometria (a fusão da matemática, estatística e da economia). Ajuda   estudantes sem a cultura acumulada adequada e com base matemática a entenderem análise econômica;

e)    Microeconomia.

A  economia é uma ciência social-política (não exata). Toda sua lógica baseia-se no estudo do equilíbrio (o constante movimento das variáveis) das forças econômicas (agentes, variáveis, tempo = mercado). 

A economia e as previsões: por ser uma ciência não exata e política (depender de decisões futuras) as conclusões de estudos vêm sempre acompanhadas da frase padrão: “e tudo o mais continuando constante”. Isto não desqualifica a ciência, pelo contrário, ela define e antecipa as consequências (efeitos) de ações políticas. Leis ou postulados econômicos são enunciados de tendências.

O EQUILÍBRIO ESTÁTICO (a fotografia de um momento): facilita o estudo dos fenômenos econômicos para os iniciantes.

O EQUILÍBRIO DINÂMICO (o equilíbrio em movimento): procura explicar o processo em que o sistema está caminhando para alcançar o equilíbrio, assim como os momentos sequenciais. A economia em equilíbrio (pouca volatilidade) tem a PREVISIBILIDADE facilitada (facilita o planejamento e encoraja os investimentos, o crescimento é sustentável, a moeda é estável), em desequilíbrio é mais volátil e imprevisível (desencoraja investimentos).


LINHAS DE PENSAMENTOS ECONÔMICOS:


a)  LIBERAL: defende a menor presença estatal possível, regras do jogo preestabelecidas, o poder deve ser da lei e não da autoridade, as normas devem reduzir o poder discricionário, defender a concorrência e o mais fraco contra o mais forte. Defende também que os gastos públicos improdutivos devem ser o menor possível e manter uma relação com os produtivos (inclusive os investimentos produtivos com os improdutivos). É contra o controle dos preços. Os monopólios e os oligopólios naturais devem ser monitorados e fiscalizados por agências governamentais (defesa da qualidade e do consumidor). O câmbio deve ser flutuante. Podemos dizer que o Capitalismo Liberal é o melhor exemplo prático. Autores: Adam Smith, A Riqueza das Nações (1776); Friedrich August Von Hayek, Caminho da Servidão (1944); Milton Friedman, Capitalismo e Liberdade (1962); José Guilherme Merquior, A Natureza do Processo; Roberto Campos, Lanterna na Popa; Karl R. Popper, A Sociedade Aberta e seus Inimigos; Douglas North, Entendendo o Processo de Mudança Econômica; Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia.


b) MONETARISMO: defende a defesa do poder de compra da moeda como condição necessária, mas não o suficiente, para o desenvolvimento econômico. O princípio básico é o controle da quantidade da moeda (por extensão do crédito) e o seu crescimento em harmonia com a capacidade de crescimento do PIB (PIB potencial) para evitar que o processo inflacionário se instale (inflação ascendente, hiperinflação e a seguir a estagflação). Um resumo seria dizer que defende a responsabilidade fiscal e a monetária. A taxa básica de juro demonstrou ser a melhor ferramenta para controlar a liquidez e estabelecer a harmonia entre a velocidade de crescimento da demanda e da oferta. Quando a demanda cresce em velocidade superior à oferta, a motivação para exportar cai e a para importar sobe, evoluindo para crise cambial. Se não abortada com a elevação da taxa básica o crescimento cai e o quadro evoluirá para a moratória e suas consequências negativas para a economia e para o povo. O monetarismo combina com o liberalismo e com câmbio flutuante. 
    Autores: 
BERNARDO DAVANZATI (1582): escreve “Lição da Moeda” onde é esboçada a ideia, talvez inicial, da teoria quantitativa da moeda; 
DAVID HUME (1752): “Of Money e Of interest” dá forma bem esboçada à ideia da teoria quantitativa da moeda. Separa os efeitos do curto e médio prazo da alteração monetária das do longo prazo (inflação). “Os preços das mercadorias evoluirão sempre proporcionalmente à quantidade de moeda”; 
1760 – 1770: tem início a revolução industrial inglesa (inovações); 
ADAM SMITH (1776): publica o livro “A Riqueza das Nações”, com as ideias básicas do pensamento econômico liberal. A presença do estado deve ser definida e limitada por leis, o poder é da lei e não da pessoa (limitar o poder discricionário das autoridades). Redução dos gastos improdutivos dos governos. Liberdade dos mercados, concorrência defendida por regras do jogo pré-estabelecidas, a menor presença estatal possível; 
GUSTAV KNUT WICKSELL (1911): “Lições de Economia Política”, quase um resumo de suas obras. Introduziu a ideia de taxa de juro de equilíbrio e suas relações com a inflação. Se o juro de mercado é superior ao de equilíbrio a demanda e os preços caem. O monetarismo racional tem suas origens em seus estudos; 
IRVING FISHER (1928/1937): desenvolveu os estudos da teoria monetária moderna (tudo passa por ele); 
MILTON FRIEDMAN (1962), com a publicação do livro “Capitalismo e Liberdade”, em linguagem acessível a todos, faz o monetarismo renascer, contrapondo-se às conclusões de Keynes, que considerava totalmente erradas (fábrica de estagflação). É o principal autor do liberalismo e monetarismo modernos. Sua principal obra é “A História Monetária dos Estados Unidos”.


c) HETERODOXIA DESENVOLVIMENTISTA: defende a maior presença estatal possível, inclusive os monopólios estatais, não condena o poder discricionário das autoridades (defende a política monetária discricionária). Defende a taxa básica de juros baixa como meio de aumentar as atividades, déficits fiscais e gastos públicos sem diferenciar os produtivos dos improdutivos. Criticam a responsabilidade fiscal e monetária. Apesar da maioria se dizer keynesiana, defendem o câmbio administrado, preços controlados e um pouco mais de inflação como meio de obter o crescimento. Keynes era a favor do câmbio flutuante e contra a inflação (o seu modelo de desenvolvimento é que leva ao processo inflacionário, inflação, hiperinflação e por fim a estagflação).  Exemplos de heterodoxia: Capitalismo de Estado, o Socialismo e o Comunismo. MAG 26/09/2014.

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A PRÁTICA COMPROVOU A TEORIA:

a)    MELHORIA CONTÍNUA OS GANHOS DE PRODUTIVIDADE E AS INOVAÇÕES ACONTECEM EM AMBIENTES ONDE EXISTE CONCORRÊNCIA. A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA, PELO LUCRO, SÃO OS GRANDES MOTIVADORES;

b)    A FALTA DE LIBERDADE DE INFORMAÇÃO (imprensa livre, propaganda, comunicação, telefonia, internet, livros) E DO DIREITO DE IR E VIR DIFICULTAM O DESENVOLVIMENTO;

c)    ECONOMIAS (PAÍSES) DOMINADAS POR CORPORAÇÕES (empresas e grupos protegidos e privilegiados) E PROTECIONISMOS (segmentos que só sobrevivem protegidos por leis ou subsídios) TÊM MENOR RENDA PER CAPTA E PIOR QUALIDADE DE VIDA.
                          MAG 2011


ESTUDO: DEMANDA X OFERTA X CRESCIMENTO X TAXA BÁSICA X INVESTIMENTOS (I) X POUPANÇAS X GASTOS DO GOVERNO (G). 10/2006.

MOTIVO: artigos escritos por diversos economistas e jornalistas receitando queda da Selic (taxa básica de juro) para reduzir importações.

Considerando as definições aceitas pela macroeconomia:

PIB = Produto Interno Bruto = Y = C + I + G + E – M = Consumo + Investimentos  + Gastos do Governo + Exportações – Importações
PNB = PRODUTO NACIONAL BRUTO = PIB + Rec.- Rem   
Rec = Recebimentos do exterior; Rem = Remessas para o exterior.
DEMANDA = C + I + G + E = Y + M = OFERTA
CONSUMO = D - (I + G + E) = OF – (I + G + E) = Y + M – (I + G + E) = Y - (I + G + E - M)   
A ideia de equilíbrio presume o desequilíbrio. Sistema Padronizado de Contas Nacionais originado em Keynes (Teoria Geral), iniciado e organizado por Simon Kuznets, aperfeiçoado por Richard Stone (USA).
Apenas para fins de estudos vamos dar destaque nas importações (M) e nas exportações (contrariando o conceito padrão e matemático de DEMANDA = C + I + G + E), que de fato são demanda (E = exportações = demanda externa, M = importações = demanda interna atendida por oferta externa):
Dint. = C + I + G + M = DEMANDA INTERNA (dando destaque a M e considerando as importações como não computadas em C + I + G).
Dext. = E = exportações = DEMANDA EXTERNA
Dint. + Dext. = C + I + G + M + E
OFint. = C + I + G  + M = OFERTA PARA O MERCADO INTERNO.
OFext. = E = OFERTA PARA O MERCADO EXTERNO.  
OFint. + OFext. = C + I + G + M + E

PIB E CAPITAL (PATRIMÔNIO): não entra no cálculo do PNB e do PIB a propriedade de ativos, internos ou externos, entram apenas os bens econômicos produzidos para o mercado (que utilizam o patrimônio).
PATRIMÔNIO: não entra no PNB a propriedade de bens intelectuais (os ativos protegidos por registros), o capital de empresas no exterior, o capital emprestado ao exterior, a propriedade de qualquer ativo no exterior. Apesar de não entrar no cálculo do PNB, seus rendimentos (lucros, aluguéis, juros, royalties) entram. Semelhante aos aluguéis das casas residenciais. O ativo casa não entra, mas é representado pelo valor do aluguel que é semelhante a uma renda (renda = produto). Melhores as residências maiores os aluguéis e o PIB. Da mesma maneira a propriedade de ativos no exterior é representada no PNB pelas suas rendas (lucros, juros, royalties, etc.).

PIB E QUALIDADE DE VIDA: apesar do crescimento do PIB ser uma causa importante na melhoria da qualidade de vida não tem uma relação simétrica. A melhoria da qualidade de vida independe do crescimento do PIB, outros fatores têm influências importantes como avanços tecnológicos, sociais, etc. 

O EFEITO DA TAXA BÁSICA NAS IMPORTAÇÕES: Este conceito de demanda (C + I + G + E + M) permite ver com clareza os efeitos de uma taxa básica (baixa ou alta) nas importações (M, que de fato atende a demanda). O aumento da taxa básica reduz as atividades econômicas (a demanda = C + I G + E + M) e a pressão sobre os preços (inflação), aumentando, por outro lado, a propensão a poupar (o aumento da taxa de juro estimula a poupança, reduz a necessidade do imediatismo das compras, o medo da desvalorização da moeda pátria cai). O equilíbrio se dá no encontro das curvas da Demanda e da Oferta. Ocorrendo pressão de demanda, estoques baixos e não existindo capacidade de produção ociosa, os preços tenderão a subir (inflação). A velocidade de crescimento da oferta e da demanda são efeitos da política monetária (expansionista, contracionista, neutra). ENTÃO PODEMOS CONCLUIR QUE SE A TAXA BÁSICA EXPANSIONISTA (básica menor do que ponto neutro) AUMENTA A DEMANDA (C + I + G + E + M) FAZ AS IMPORTAÇÕES (M) CRESCEREM.

O EFEITO DAS IMPORTAÇÕES NO PIB.
Se PIB = C + I + G + E – M, teremos: PIB = (C = 40 + I = 20 + G = 35 + E = 10 – M = 0) = 105.
Acrescentando importações M = 7, teremos (no caso faremos M = Bens de Consumo = 2; Bens de Capital = 5): PIB = C passa de 40 para 42; o I passa de 20 para 25; G e E permanecem inalterados, portanto, PIB = 42 + 25 + 35 + 10  - 7 = 105.  Como queríamos demonstrar (cqd).
Escrevo mais ainda: parte das importações são matérias primas que farão parte de produtos exportados (exemplo, automóveis).  Os Bens de Capital importados farão a produção aumentar e melhorar a produtividade, portanto, podemos concluir que as importações de Bens de Capital aumentam o PIB.

CRESCIMENTO DO PIB: em ambientes onde existam fatores de produção (trabalho, capital e recursos naturais), estando a capacidade de produção ocupada, necessários novos investimentos para aumento da oferta para que não ocorra inflação (claro que inexistindo poupança interna, necessário utilização de poupança externa, idem recursos naturais e tecnologias, através de importações). As economias desenvolvidas importam até mão de obra (trabalho).

POUPANÇA INTERNA: Para que exista é necessário um Banco Central que pratique políticas monetária e cambial racionais e consistentes, sem demagogias, passando confiança para os agentes econômicos (previsibilidade). Não existem poupanças em ambientes inseguros. Previsibilidade é necessária (para isto acontecer é necessário que a equipe econômica e o governo passem credibilidade e segurança). 

POUPADORES: Agentes econômicos da sociedade (trabalhadores, empresários, capitalistas). O sistema previdenciário deveria ser o maior poupador de toda sociedade. Na China a falta de um sistema previdenciário, estimulou o povo a poupar (40%). No Brasil o sistema previdenciário do INSS dilapidou as poupanças. O sistema de aposentadorias dos funcionários públicos garante (ou garantiu) PRIVILÉGIOS de APOSENTADORIAS INTEGRAIS, com correções acima da inflação, sem teto máximo (teto máximo não respeitado pelo judiciário). O estoque de aposentadorias inviabiliza a geração atual e algumas futuras. Poucos sabem que o pagamento de uma aposentadoria pressupõe a existência de uma poupança. Não existindo poupança gasta-se a renda atual, impedindo-se a formação de poupanças para o futuro (é como se existisse uma poupança virtual).

BRASIL – APOSENTADORIAS: Toda aposentadoria paga pelo INSS acima do teto máximo deveria ser congelada. As aposentadorias dos sistemas públicos, acima do teto máximo, deveriam ser congeladas. O TETO  MÁXIMO DEVERIA SER FIXADO EM UM VALOR COMPATÍVEL COM CÁLCULOS ATUARIAIS.

PRIVILÉGIOS: Uma das causas da pobreza e da má distribuição de renda das nações são os privilégios (vide Índia). O sistema de aposentadoria dos funcionários públicos privilegia minoria da população e é causa da má distribuição de renda.

TAXA DE JURO BÁSICO: Deve ser a menor possível, sem afetar o poder de compra da moeda (função de reserva de valor da moeda), e sem desestimular a poupança.

DÍVIDA PÚBLICA: Confiança, segurança e previsibilidade passadas por autoridades governamentais, monetárias e forças políticas de oposição (e no poder), proporcionam possibilidade de taxa de juro básico baixa e alongamento do perfil da dívida. Neste caso BC autônomo ou independente ajuda a fazer cair a taxa.  

GASTOS DOS GOVERNOS (O G do PIB): Se os gastos dos governos representam 42% do PIB (38,5% de carga tributária mais 3,5% de déficit nominal), se a parte deste gasto classificada como investimentos (considerando-se toda a discussão sobre o conceito de investimentos públicos) deve estar em torno de 2%, fica muito difícil fazer crescer o PIB (com consistência e sustentabilidade).   

O CAMINHO: Melhoria da gestão da qualidade dos gastos públicos (aumentar investimentos produtivos e reduzir custeios).
Marco Aurélio Garcia – BH – 10/2006


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

BANCO CENTRAL E POPULISMO DESONESTO.

BANCO CENTRAL E POPULISMO DESONESTO.

 O BANCO CENTRAL tem como MISSÃO: "Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente." 

SUA DIRETORIA É INDICADA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E APROVADA PELO SENADO. 

A ferramenta mais eficiente para o controle da inflação é a taxa básica de juro (Selic). Um BC acreditado faz a necessidade da taxa básica ser menor. Um governo com déficits (receita menos gastos) pequenos reduz a necessidade de aumentos na taxa básica. Um governo irresponsável, demagogo e populista obriga o BC a subir a taxa básica para controlar a inflação. A inflação é dependente das expectativas e estas da qualidade e credibilidade do governo. Taxa básica alta governo ruim (e não BC ruim). 
A presidente a candidata DR desonestamente falou contra o BC afirmando: a autonomia do BC seria como entrega-lo aos bancos. O resultado foi o custo de captação do BC ou TN ter subido acima da Selic (vejam o que a desonestidade populista custa ao país). Se a diretoria do BC é indicada por ela significa que ela indica diretores que atendam os interesses dos bancos e não os do país?


O Banco Central do Brasil foi criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos:
zelar pela adequada liquidez da economia;
manter as reservas internacionais em nível adequado;
estimular a formação de poupança;
zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro.
Dentre suas atribuições estão:
emitir papel-moeda e moeda metálica;
executar os serviços do meio circulante;
receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias;
realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;
regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;
efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;
exercer o controle de crédito;
exercer a fiscalização das instituições financeiras;
autorizar o funcionamento das instituições financeiras;
estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras;
vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e
controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.

Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
09/2014

domingo, 7 de setembro de 2014

A FOTO PROVA QUE O MAR DE LAMA NASCEU NO PALÁCIO DO PLANALTO.

A FOTO PROVA QUE O MAR DE LAMA NASCEU NO PALÁCIO DO PLANALTO.





A SAÍDA HONROSA É A RENÚNCIA. PERDEU A AUTORIDADE E A CREDIBILIDADE PARA GOVERNAR.
SEMELHANTE AO MENSALÃO. ENTREGARAM A PETROBRAS A TROCO DE APOIO (BASE ALIADA). QUAL O PAPEL DA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRAS? QUAL O PAPEL DA PRESIDENTE DA REPÚBLICA?  E A FOTO ACIMA? VENDERAM A PETROBRAS A TROCO DE QUE?
FAÇA O GESTO HEROICO. RENUNCIE PARA O BEM DO BRASIL. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

FALANDO DE ECONOMIA:

FALANDO DE ECONOMIA:

Operações de Swaps cambiais (BC corre o risco da valorização do dólar):
12/2012: US$ 2.065;
12/2013: US$ 75.105;
08/2014: US$ 94.156.


Significa que o BC está segurando a desvalorização do real. Desvalorização cambial significa mais inflação e perda de poder de compra da moeda (empobrecimento de todos os brasileiros, perda de qualidade de vida). Desvalorização da moeda pátria significa governo desacreditado por politica econômica errada, irresponsável, demagoga, populista. OS NÚMEROS SEMPRE MOSTRAM A INCOMPETÊNCIA DESTE GOVERNO.
ATENÇÃO: Câmbio é muito complexo, não pode ser analisado com o estudo de poucas variáveis. Mas a necessidade do BC fazer APOSTAS (SWAPS CAMBIAIS)  para defender o real é uma demonstração de que o mundo desacreditou na seriedade da política econômica do governo. A taxa básica inadequadamente baixa (liquidez aumentando acima do PIB potencial, preços reprimidos, aversão ao lucro, insegurança repassada para setores vitais da economia como energia, Petrobras, etanol, etc.) provocou males terríveis como: demanda crescer em velocidade superior à oferta (PIB potencial), déficits em Conta Corrente aumentaram e ficaram insustentáveis (no nosso caso chegaram a mais de US$ 80 bilhões anuais), a inflação iniciou o processo ascendente (e não pode mais ser combatida através de importações, pois déficits externos têm limites). Por este motivo o governo DR teve que aceitar que o BC subisse a taxa básica (o ajuste é relativamente longo) em véspera de eleição. Estamos com IGPM negativo há 4 meses, mas ainda existem os ajustes a serem feitos na economia: ajustar preços reprimidos irresponsavelmente, encorajar o setor elétrico a voltar a investir, renascer o setor de etanol que foi quase destruído, 32 usinas quebraram. O ajuste do dólar será consequência desta política e da americana (quando os juros irão subir? Em quanto o QE será reduzido e sua influência na liquidez mundial). QE = quantitative easing (afrouxamento de liquidez pelo Fed dos USA). Um governo com credibilidade (considerado racional e inimigo de artificialismo = populismo) pode reduzir a desvalorização do real (a fuga de capitais cessa) e propiciar a redução da taxa básica. Governos populistas ou ignorantes afugentam capitais e investimentos (é um mal ao invés do bem que propagam).

DADOS DO COMÉRCIO EXTERIOR E INTERVENÇÕES DO BC NO CÂMBIO.

TÍTULOS
2012
2013
01/14
02/14
03/14
04/14
05/14
06/14
07/14
08/14
2014
1) BAL. COMERCIAL
19431
2561
-4057
-2125
112
506
712
2365
1574
1168
249
1 A) BAL. SERV. E RENDAS
-76523
-87325
-7704
-5434
-6470
-8876
-7417
-5837
-7761

-49288
2) TRANS. CORRENTES
-54246
-81374
-11591
-7445
-6246
-8291
-6635
-3345
-6018

-49330
3) CONTA CAPITAL E FINANC.
72762
73778
14070
7627
7654
9945
7414
6897
10689

63385
4) DIV. EXTERNA bi.
442
485
489
493,7
503,67
518,6
518,15
523,7
526,4

526,4
5) RESERVAS caixa mi.
373147
358808
360936
362691
363914
366717
368752
373516
376792
379157
379157
5.1) RESERVAS LIQUIDEZ
378613
375794
375462
377217
377217
378418
379153
380517
379042
379357
379357
6) FLUXO CAMB. Total
16753
-12261
1610
-1856
2304
2783
-813
118
-1791
-3056
-700
6.1) Fluxo Comercial
8373
11136
1591
-2129
-521
3798
1922
-1772
1617
-2040
2467
6.2) Fluxo Financeiro
8380
-23396
19
272
2825
-1015
-2735
1890
-3408
-1016
-3167
7) INTERVENÇÕES BC
5686
-11520
2460
0
1250
1575
2035
3400
4751
2500
17236
7.1) Pronto
11152
0
X
X
x
x
X
x
x

X
7.2) Termo
0
0
X
X
x
x
X
x
x
x
X
7.3) Linha c/ Recompra
-5466
-11520
2460
X
1250
1575
1300
3400
4751
2500
17236
7.4) Empréstimo
0
0
X
X
x
x
X
x
x
x
0
8) OUTROS BC
8445
-2819
-295
1755
-27
1228
735
1364
-1475
315
3600
9) Exposição BC R$ x US$ swaps
4204
175422
192110
194223
197618
198701
203800
198483
211483

211483
9 .1) Resultado (caixa) R$
1098
-1315
-3920
8336
6206
3964
2202
3387
-2583

17591
9.2) SWAPS (em US$)
2065
75105






92763
94156

10) POS. CÂMB Bancos
V6069
V18124
V16593
V18597
V16254
V13578
V14342
V13746
V15642
V18826
V18826
11) VAR. CAMB. US$
8,94
14,636
3,57
-3,83
-3017
-1,19
0,13
-1,63
-2,95
-1,23
-4,40

RELAÇÃO QUANTIDADE DE MOEDA X OPER. DE CRÉDITO SISTEMA FINANCEIRO X PIB X INFLAÇÃO
M1, M2, M3, M4
Data
M4
Oper. Créd.
Sist. Financ.
12 meses %
Variação % ano
Valor
% 12
meses
i real
IGPM
PIB
IPCA
IGPM
2010
3040495
16,7
20,57
-0,102
7,5
5,91
11,32
2011
3550253
16,8
19,02
4,18
2,6
6,50
5,10
2012
4103151
15,6
16,2
-1,1
1
5,84
7,82
2013
4455383
8,6
14,64
0,938
2,3
5,91
5,51
ACUMULADO
xxxx
71,12
91,16
3,898
13,96
26,43
33,1
06/2014
4714713
10,6
11,8
1,526
X
3,75
2,45


ATENÇÃO: a relação crescimento de quantidade de moeda (M4, 71,12%) e Operações de Crédito, 91,16% x Crescimento do PIB 13,96% explicam o processo inflacionário. NO TEMPO FICA INSUSTENTÁVEL E LEVA À HIPERINFLAÇÃO E APÓS À ESTAGFLAÇÃO (já vivemos isto).  

MAGECONOMIA 07/2014.