segunda-feira, 16 de março de 2015

OS ERROS DE DILMA ROUSSEF E DE SEUS ECONOMISTAS HETERODOXOS (DESENVOLVIMENTISTAS?).

OS ERROS DE DILMA ROUSSEF E DE SEUS ECONOMISTAS HETERODOXOS (DESENVOLVIMENTISTAS?).

2010 2011 2012 2013 2014
US$ R$ dez. 1,666 1,876 2,04 2,343 2,656
US$ % ano -4,307 12,58 8,94 2,34 2,656
IPCA 5,91 6,50 5,84 5,91 6,41
IGPM 11,32 5,10 7,82 5,51 3,69
SELIC ano 9,75 11,60 8,40 8,22 10,90
SELIC EM DEZ. 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75
Bal. Com. 20.267 29.796 19.431 2.558 -3.930
FLUXO cambial 24.354 65.279 65.279 16.753 -12.261
S. T. Correntes -47.518 -52.612 -54.246 -81.374 -90.946
Pet. Brent dez. 94,75 107,38 111,11 110,80 57,33
Swaps Camb. BC 2.065 75.105 109.588
1) Pegou o dólar a R$ 1,666 e o problema era evitar que o Real se valorizasse mais ainda. Com suas demagogias, aversão ao lucro, inclusive reprimindo preços (desmotivando e amedrontando investidores), fazendo operações arriscadas de Swaps cambiais (de zero chegaram a US$ 118 bilhões em 02/2015) para evitar artificialmente a desvalorização do real (invertendo o quadro cambial) levou o dólar acima de R$ 3,00 com tendência de ir para quatro se a Selic não subir muito.
2) As demagogias dos economistas heterodoxos, que infestam as Faculdades Federais (eleitorais ou ignorância de DR) conseguiram tirar o Brasil de uma posição externa relativamente confortável para quase levar o país a nova moratória. O saldo do balanço comercial passou para negativo, o Fluxo Cambial idem e o saldo em transações correntes (com o exterior) chegou ao absurdo de US$ 91 bilhões negativos.
2) Com o IGPM beneficiado pela queda dos preços das commodities (3,69% em 2014) conseguiu subir o IPCA acumulado de 12 meses acima de 7%, mesmo subindo a Selic para 12,75%. A tendência é de chegar acima de 8 se a Selic não subir.

APRENDIZADO: uma política econômica correta, sozinha, não é capaz de garantir o crescimento econômico sustentado (apesar de necessária), mas a errada é capaz de reduzir o PIB (empobrecer o povo) com inflação ascendente e quebrar o país externamente.
ALÉM DA CORRUPÇÃO GENERALIZADA E SEM PUNIÇÃO.
MAGECONOMIA 03/2015 

quarta-feira, 11 de março de 2015

TÍTULOS PÚBLICOS DO TN - BRASIL

TÍTULOS PÚBLICOS DO TN - BRASIL 

TN - TÍTULOS NO MERCADO
PREFIXADOS
LTN PRE 2018 i no final 01/01/2018
LTN PRE 2021 i no final 01/01/2021
NTN F 2025 i semestral 01/01/2025
CORRIGIDOS POR IPCA + JUROS
TN IPCA - NTN B 2019 i final 15/05/2019
TN IPCA - NTN B 2024 i final 15/08/2024
TN IPCA - NTN B 2035 i final 15/05/2035
TN IPCA - NTN B 2020 i semestral 15/08/2020
TN IPCA - NTN B 2035  i semestral 15/05/2035
TN IPCA - NTN B 2050  i semestral 15/08/2050
SELIC
TN SELIC LFT 2021 i no final 07/03/2021

1) Os títulos são negociados pelo valor de face, com ágio (acima do valor de face) e com deságio (abaixo do valor de face).
2) Os títulos desvalorizam (deságio, passam a valer menos do que o valor de face) quando a taxa de juro dos mesmos são menores do que as de mercado ou quando as expectativas são de juros de mercado ascendentes.  
3) Os títulos valorizam (ágio, passam a valer mais do que o valor de face) quando a taxa de juro dos mesmos são maiores do que as de mercado ou quando as expectativas são de juros de mercado descendentes.
4) Os títulos Selic têm seus rendimentos acompanhando a taxa fixada pelo COPOM (comitê de política monetária do BC). Esta taxa é fixada a cada reunião do COPOM, de 45 em 45 dias.
Se a Selic for fixada abaixo do correto, o TN só consegue vender os títulos com deságio (abaixo do valor de face).

Se a Selic for fixada acima do juro de mercado os títulos passam a ter ágio (são negociados acima do valor de face).

terça-feira, 10 de março de 2015

CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE O SALÁRIO

UM TRABALHADOR DA INICIATIVA PRIVADA COM SALÁRIO DE R$ 4.663,75 MENSAIS (teto do INSS), PAGA, DIRETA (11%) OU ATRAVÉS DO EMPREGADOR (20%), O A SEGUIR:
1) PARA O INSS R$ (31%) 1.539,03;
2) PARA O SEGURO DO INSS (2%) = R$ 93,27;
3) PARA O IR (27,5% - R$ 826,15) = R$ 456,38;
4) A CARGA DO TRABALHADOR É = R$ 2.088,68 = 44,78%.
ALÉM DISTO: SEU FGTS RENDE 3% DE JUROS a.a (a taxa básica selic é 12,75%). A PERDA EM 35 ANOS (420 meses) É DE : 
R$ 100,00 à taxa de 1% a.m renderia em 35 anos R$ 643,00.
À taxa de 3% a.a (0,25% a.m) renderia R$ 74,00. 
A perda do trabalhador é de 88,5%, do valor correto a receber (recebe-se apenas 11,5% do correto).
SALÁRIO ACIMA DO TETO: A EMPRESA É OBRIGADA A RECOLHER 20% SOBRE O VALOR PAGO (que não beneficia o trabalhador diretamente em nada).
E O PT PARTIDO QUE SE DIZ DOS TRABALHADORES, HÁ 12 ANOS NO PODER, REDUZIU OS JUROS DO FGTS DE 6% PARA 3% a.a.
MAGECONOMIA resumo atualizado de escrito de 1994.

terça-feira, 3 de março de 2015

A RELAÇÃO DÉFICIT PÚBLICO X TAXA BÁSICA DE JUROS X CRESCIMENTO ECONÔMICO E AS LINHAS DE PENSAMENTO ECONÔMICO.

A RELAÇÃO DÉFICIT PÚBLICO X TAXA BÁSICA DE JUROS X CRESCIMENTO ECONÔMICO E AS LINHAS DE PENSAMENTO ECONÔMICO.

Existem duas linhas de pensamento econômico antagônicas a respeito: a liberal monetarista (clássica) e a heterodoxa (nacional desenvolvimentista ou keynesiana desvirtuada).

A LIBERAL MONETARISTA DEFENDE: a estabilidade da moeda como condição necessária, mas não o suficiente, ao crescimento sustentado, a menor presença estatal possível, a maior quando necessária (o estado deve limitar-se às funções de estado, às estratégicas de defesa, às deficiências ocasionais da iniciativa privada e a estabelecer as regras do jogo justas e adequadas à vida econômica). A moeda deve crescer tendo por limites o PIB potencial e sem surpresas ou desvios, o crescimento deve ser constante e conhecido por todos (é um limite ao poder discricionário dos governos). Defende normas que limitem o poder discricionário das autoridades, o poder deve ser da lei e não das autoridades. Os gastos públicos improdutivos (atividades meio) devem ser o menor possível para não provocar queda do PIB. É contra normas que aumentem o poder discricionário de autoridades ou de poderes. É contra a burocratização, se funciona sem normas não as faça, melhor sem elas. É contra o excesso de leis. É contra a legislação política ser feita pelo legislativo comum. Deve ser feita por uma constituinte exclusiva onde os constituintes (e parentes) não possam fazer parte do governo, inclusive do legislativo. Um exemplo: o legislativo não pode fazer leis que o beneficiem (em causa própria). Defende uma política monetária (BC) que estabeleça a taxa básica de juros adequada à política fiscal estabelecida (que evite inflação ascendente). A inflação deve ser limitada a 2% com desvio de 1% (máxima de 3%). O déficit público deve limitar-se à capacidade de crescimento da economia (PIB potencial). O câmbio deve ser flutuante. É contra o tabelamento de preços, a favor do lucro obtido através da concorrência. Defendem a concorrência com regras do jogo pré-estabelecidas. São a favor das expectativas racionais, teoria que justifica a relação causa e efeito na política monetária.

A HETERODOXA (nacionais desenvolvimentistas, keynesianos de araque): opiniões ou doutrinas que discordem do saber consolidado e aceito pela maioria. São muito utilizadas nas demagogias políticas eleitorais. É o que denomino de turma do pensamento mágico, que prega existir o paraíso terrestre: gaste à vontade, emita moeda à vontade, no fim tudo dará certo. As experiências ensinaram que dão muito errado. Defendem sempre a queda da taxa básica mesmo com inflação ascendente (alguns falam que a taxa básica não controla a inflação). Defendem que um pouco mais de inflação é benéfica ao desenvolvimento, a maior presença estatal, o poder discricionário na condução da política monetária (a meta de inflação é uma norma que limita o poder discricionário da autoridade monetária, por isto são contra). O limite do déficit público é uma norma que limita o poder discricionário da autoridade política, por isto são contra. São contra o limite na emissão de moeda (são a favor do poder discricionário). Defendem os gastos públicos, produtivos ou improdutivos (que chamam de sociais) como desencadeadores do crescimento. Adotam o tabelamento de preços para controlar a inflação (inclusive câmbio valorizado e insustentável). São contra as expectativas racionais, uma das teorias que justificam a relação causa e efeito na política econômica, principalmente a monetária.

OS AJUSTES NECESSÁRIOS PARA CORRIGIR AS BARBEIRAGENS DOS HETERODOXOS NO PODER (governo DR):
Se um país tem a sua carga tributária e a dívida pública em 20% do PIB, o espaço para abusos e barbeiragens é grande. Se um país emite moeda aceita como reserva mundial o espaço para abusos também é grande.  Se um país é considerado sério e com gastos públicos produtivos, o espaço para déficits públicos é maior do que para os considerados de risco (não sérios ou incompetentes).
O Brasil é considerado um país com um mercado grande e uma população com cultura cristã ocidental, receptiva e amigável (um mercado atrativo). É também considerado como um risco devido ao passado de políticas econômicas erradas que o obrigaram a pedir e negociar moratórias, sendo a última ainda na memória. Sua carga tributária é em torno de 40%, a legislação é complexa e excessivamente cara, difícil de ser atendida. A dívida mobiliária interna líquida não é alta, é aceitável, entretanto a bruta é alta (títulos públicos em poder do BC). O déficit nominal de 2014 foi surpreendentemente alto (assustou a todos, até aos mais pessimistas). A dívida externa pública é baixa, mas a das empesas e dos bancos é alta. As reservas são altas. O déficit externo em TRANSAÇÕES CORRENTES é alto e insustentável. Se o governo não adotasse o ajuste o país iria quebrar mais uma vez. QUAL É A SOLUÇÃO? Reduzir gastos públicos (aumentar a receita) e adequar a taxa básica para reverter a inflação ascendente, eliminar o artificialismo dos preços reprimidos que desarmonizaram os preços relativos. Se haverá redução das atividades e da renda pessoal? Claro que sim. Como eliminar déficits externos sem aumentos de juros e redução das atividades (para reduzir a demanda, as importações e motivar exportações). 

E o câmbio? Terá que se ajustar no tempo (a corrida câmbio de equilíbrio x inflação). MAGECONOMIA, 03/2015.