sexta-feira, 28 de agosto de 2015

POLÍTICA MONETÁRIA PRATICADA ATRAVÉS DA TAXA BÁSICA DE JURO.

POLÍTICA MONETÁRIA PRATICADA ATRAVÉS DA TAXA BÁSICA DE JURO.

Inicialmente alguns conceitos necessários: 
1) POLÍTICA MONETÁRIA:
a) a politica monetária e a fiscal influenciam-se;
b) sozinha não resolve problemas microeconômicos, estruturais ou setoriais;
c) a estabilidade monetária é condição necessária, mas não suficiente, ao desenvolvimento e ao crescimento econômico;
d) o regime de taxa de câmbio flutuante é necessário para que a política monetária não provoque desequilíbrios no balanço de pagamentos. Taxa de câmbio administrada e mantida artificialmente alta ou baixa provoca desequilíbrios graves na economia.

2) INFLAÇÃO:
a)    CONCEITO: Aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e dos serviços (o nível geral dos preços).
b)    INÉRCIA INFLACIONÁRIA: A inflação presente e futura é efeito (função) da causa indexação passada. Aumentos dos preços provocados por contratos com cláusulas de correção por índices de preços,  por decisões judiciais, por memória inflacionária e por aumentos de salários (consumidores consideram normais os aumentos dos preços). A correção monetária (indexação) alimenta a inflação indefinidamente (vira uma espiral inflacionária). 
c)    CONTAMINAÇÃO, PREÇOS RELATIVOS: Aumento do preço de um produto com influência sobre os custos de outras mercadorias e serviços (petróleo, insumos, produtos oligopolizados), pode CONTAMINAR o nível geral de preços (ao invés de apenas os preços relativos) se a política monetária não for eficaz (expectativa dos agentes econômicos formadores de preços).
d)    AMBIENTES: A eficiência ou deficiência estrutural (física, legislação, judiciário) pode fazer os preços serem maiores em um ambiente do que em outro.

3) TAXA DE JURO NATURAL, DE MERCADO E BÁSICO:
a)    TAXA NATURAL (in, de equilíbrio, neutra): a taxa de juro natural é a ideal (virtual), a que não provoca inflação nem desequilíbrios no mercado;
b)    TAXA BÁSICA (ib): é a taxa (de curto prazo) pela qual a autoridade monetária (Banco Central) remunera as sobras de moedas no mercado (através dos bancos), estimulando ou desestimulando a monetização da economia. Teoricamente a taxa básica de juro (de curto prazo) deveria oscilar em torno da taxa de equilíbrio (+ - 0,25%). Evidentemente, se houver ameaça inflacionária, o BC coloca, temporariamente, a taxa básica acima desse nível de equilíbrio para fazer com que essa ameaça seja debelada. O inverso vale quando há ameaça de deflação e de recessão (ou desaceleração indesejada);
c)    TAXA DE JURO DE MERCADO (im): é a estabelecida pelo mercado (oferta e demanda de liquidez). São as diversas taxas que em um dado momento e para vários prazos formam a curva juro (imlp).   Com inflação estável e abaixo de 3% a curva de juros fica ascendente, mas saem excessos (os juros mais longos ficam maiores do que os mais curtos, é a preferência pela liquidez). Em um ambiente econômico-financeiro de mercado, sem crise de confiança (principalmente com expectativas racionais), sem influências negativas (insegurança política ou outras) a taxa de longo prazo é a melhor medida (diretriz) para definir-se a taxa de equilíbrio (estamos falando em conceitos dinâmicos). A taxa de equilíbrio (neutra) é o ponto mais negociado da curva de juro de mercado (imlp). A taxa de juro de longo prazo é a variável pela qual os agentes que têm valores em jogo precificam a inflação futura e a remuneração pelo capital financeiro (é o preço aceito pelos dois lados). É importante estudar a tendência da curva de juro, a imlp (se ascendente ou descendente) e a sua evolução no tempo (se ascendente ou descendente). A inclinação da curva de juros de mercado mais vertical indica que os agentes estão prevendo inflação ascendente e que a im está acima da in e que a taxa básica está fixada baixa (expansionista). Quanto menos vertical a curva (juros longos caindo), tendendo para plana, indica que a taxa básica está próxima do correto (sem inflação ascendente). Com inflação ascendente a taxa básica (ib) deve ser fixada acima da taxa de equilíbrio a in (no Brasil o DI 360). A curva de juro de longo prazo (imlp) é a base para a tomada de decisão na fixação da ib. A imlp é maior em países com déficit nominal e má qualidade na gestão dos gastos públicos (poupança e investimentos públicos pequenos em relação ao PIB). A credibilidade e a confiança passadas pela autoridade monetária (e governo) também influencia a curva de juros. Uma oposição política forte e com propostas demagógicas e populistas influencia a credibilidade e a curva de juros de mercado (os juros longos sobem);
d)    PONTO NEUTRO OU DE EQUILÍBRIO: a definição prática mais aceitável para o ponto de equilíbrio (ou neutro) é a taxa de juro mais negociada acima de 360 dias (no Brasil o DI 360, nos USA o T-Note de 2 ou de 5 anos). A taxa de juro de equilíbrio de longo prazo depende de vários fatores, entre os quais a situação fiscal (mais ou menos déficit) e o endividamento público, a credibilidade do BC (segurança), a taxa de investimento, o grau de abertura da economia, a eficiência do sistema financeiro, etc. É a taxa onde as forças da oferta e da demanda se encontram e se equilibram, atingindo o máximo produto e utilização dos fatores de produção (inclusive o trabalho) sem provocar inflação (nas crises, o efeito manada, distorce a curva). Essa taxa, teoricamente, é aquela em que a economia atinge a sua mínima taxa de desemprego sem inflação.

4) MOEDA X OUTROS ATIVOS (FORMAÇÃO DE BOLHAS): A escolha dos agentes econômicos (consumidores, investidores e poupadores) entre a Moeda e outros Ativos financeiros ou não é fundamental (isto é aceito por todos, keynesianos e clássicos).  Se a Moeda pátria não é aceita como Reserva de Valor (Moeda mais Juros) os agentes fogem para outros ativos (bolsa, imóveis, moedas estrangeiras, ouro, etc.), podendo formar bolhas (véspera da crise). Não existe nada pior para uma economia do que a desmoralização de sua moeda (bom senso). A combinação taxa básica expansionista e negativa (menor do que a inflação) é a receita para formação de bolhas (é o que podemos definir como política monetária expansionista e imprudente, o pior dos mundos).

5) WICKSELL - FISHER: Wicksell disse que um processo inflacionário se constata quando a taxa natural de juros (neutra, de equilíbrio) inicia uma tendência de alta. A causa dos processos inflacionários são os juros de mercado baixos em relação ao natural (neutro ou de equilíbrio).
Fisher complementa o raciocínio introduzindo o conceito de comparação entre os juros de mercado (nominal, ex-ante, fruto das expectativas de inflação, efetivamente planejado.), com o juro acontecido (real, ex-post, efetivamente realizado). Se as expectativas de inflação são maiores do que os juros de mercado é o pior dos mundos para o processo inflacionário. Para ele a inflação alimenta a expectativa de que os preços continuarão a subir.

6) JURO FIXO X SELIC X ÍNDICES: o detentor de poupança ao fazer uma aplicação financeira tem de escolher entre: a) juro fixo nominal; b) juro nominal mais um índice de correção; c) um percentual do CDI ou da Selic diária. Ao fazer a escolha o poupador (consciente ou inconscientemente) está comparando o juro obtido (efetivamente pactuado) com a inflação prevista (planejada) e com a evolução das taxas de juros. Um título corrigido por CDI, Selic ou índice (IPCA ou IGPM), é como comprar um seguro contra a inflação futura e movimentos (evolução) das taxas de juros. Um título com taxa pré-fixada corre o risco das taxas de mercado subirem, neste caso o valor de mercado do mesmo ficará abaixo do nominal - de face - (o inverso é verdadeiro, queda nas taxas fixas fazem o valor de mercado do título ficar acima do de face, o nominal).   

7) QUADRO RESUMO DAS RELAÇÕES in x im e ib x im. 
A in é uma taxa de juro de equilíbrio ideal, mas VIRTUAL. A im é uma de juro real. O BC, para equilibrar o mercado, entra fixando a taxa básica (ib) o mais próximo possível da natural (in). A melhor medida para a taxa básica é a de lp mais negociada acima de 360 dias. É o ponto definido pelas forças do mercado como o mais aceito pelos agentes econômicos. No Brasil considera-se o DI 360 ou a mais negociada acima deste ponto. Nos USA o T-Note de 2 anos, ou o ponto mais negociado acima deste ponto. Como os títulos americanos são considerados (ainda) refúgio para as reservas mundiais (inclusive privadas), deve-se analisar as taxas LIBOR  e a Prime (a distância para os T-Note).

RELAÇÃO TAXA NATURAL (in)  X TAXA DE MERCADO (im):
im é menor do que in, teremos: expansão monetária e inflação.
im é maior do que in, teremos: contração monetária e redução da inflação. 
RELAÇÃO TAXA BÁSICA  (ib) X TAXA DE MERCADO:
ib é maior do que im, teremos: contração monetária e redução da inflação. 
ib é menor do que im, teremos: expansão monetária e inflação.

im < in : - Poupança; + C; + Lucros; + I; + Salários; + NUFP; +  INFLAÇÃO.
im > in : + Poupança; - C; - Lucros; - I; - Salários; - NUFP; - INFLAÇÃO.

NUFP (nível de utilização dos fatores de produção).
Este texto baseou-se na teoria do juro e da moeda de Wicksell (Johan Gustaf Knut Wicksell, 1851, 1926), a mais bela construção teórica em economia monetária, pela simplicidade e bom senso (todos, após ele, nadaram em seus estudos).  MAG  resumo de publicação de 01/2007.

LEIAM A POSTAGEM
de 28/08/2015.


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

BALANÇO DE PAGAMENTOS - US$ milhões DÍVIDA MOBIL. BC + TN (reais). 07/2015 - 2015P é Previsão.


BALANÇO DE PAGAMENTOS - US$ milhões 

DÍVIDA MOBIL. BC + TN (reais). 07/2015 - 2015P é Previsão. 


DADOS DO COMÉRCIO EXTERIOR E INTERVENÇÕES DO BC NO CÂMBIO.


VEJA NO SITE COM ENDEREÇO ABAIXO:

                http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/SETOREXTERNO.htm  


A Curva de Laffer - Impostos Altos, Receita Baixa


A curva de Laffer é uma representação gráfica teórica da relação entre o valor arrecadado com um imposto a diferentes alíquotas. Explica a "elasticidade da receita em diversas alíquotas”.

A curva representa a relação entre diversas alíquotas de 0% a 100% e as receitas prováveis. Com alíquota a 0% e a 100% a receita será zero. A curva explica até que alíquota a receita subirá e a partir de qual a receita reduzirá (por redução das atividades - demanda).  A conclusão de Laffer é de que a partir de uma certa alíquota a receita cairá ao invés de subir. Aumentar alíquotas a partir de um percentual reduzirá receita. Reduzir as alíquotas, se estiveram altas, poderá aumentar as receitas.


Na coluna vertical a receita prevista. Na horizontal as alíquotas de zero a 100%. A curva demonstra que acima do ponto de equilíbrio as receitas caem ao invés de subirem.





 


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O ABSURDO DO FGTS.

O ABSURDO DO FGTS. 
O nome define a finalidade dos recursos: FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO.

SINDICATOS: órgãos que recebem imposto obrigatório para defender os interesses de seus contribuintes (TRABALHADORES E EMPREGADORES). Na verdade defendem os interesses dos dirigentes (a fiscalização da utilização dos recursos é quase inexistente).

FGTS: por ser remunerado com taxa de juros quase sempre negativas (menores do que a inflação) não alcançam seu objetivo precípuo, garantir pelo menos o valor original dos depósitos. O prejuízo dos trabalhadores no tempo é absurdo. As perdas se tornaram tão absurdas que as EMPRESAS foram punidas com uma multa de 40% + 10% (por perdas passadas do fundo) na hora da demissão. FALHA DOS SINDICATOS DOS EMPREGADORES, OMISSOS. SEUS LÍDERES SÓ SE INTERESSAM EM FAZER PROPAGANDA POLÍTICA (semelhante aos líderes sindicais dos empregados).  

A PERDA DOS EMPREGADOS: apenas os demitidos recebem o fundo. Os que saem por vontade própria não recebem as multas (40% + 10%). O sistema pune o bom empregado. Se um empregado ficar 35 anos em uma empresa e sair sem ser demitido não receberá a multa do FGTS. O sistema obriga a pessoa a se tornar um mal empregado para ser demitido.

VAMOS ÀS CONTAS DOS JUROS: um caso hipotético de um empregado que fica 35 anos sem sair da empresa e sem sacar o FGTS. Vamos supor um salário mensal de R$ 4.663,75 (teto máximo do INSS).
Calculando com a HP 12 C:
n = 35 anos x 12 = 420 meses;
i (taxa de juros): 4% a.a (FGTS) e 14,25% (Selic). Taxas mensais equivalentes às anuais: 4% a.a = 0,3273739% a.m; 14,25% a.a = 1,11634% a.m.
PMT (depósito mensal): 35 anos x 12 depósitos anuais de R$ 373,10;

CÁLCULO 1: i = 0,3273739% a.m; n = 420; PMT = 373,10. Valor futuro = R$ 335.363,77 (o valor que o empregado receberá do fundo ao fim dos 35 anos).

CÁLCULO 2: i = 1,11634% a.m. As outras variáveis são iguais.  Valor futuro = R$ 3.506.488,15 (valor que o empregado receberia do fundo ao fim de 35 anos, com as taxas de juros pagas pelos títulos do TN). 

PARECE MENTIRA, MAS É VERDADE.

Claro que com taxas de juros normais a diferença seria menor, mas as perdas com a inflação também. Isto reduziria as ações judiciais trabalhistas e tornaria a relação Capital x Trabalho muito mais produtiva e criativa. Seria a redenção do Brasil se viesse junto com a eliminação do imposto sindical obrigatório (o imposto da vergonha e do financiamento da formação de líderes corruptos – trabalhadores e empresários pelegos).   MAG 08/2015
  

domingo, 16 de agosto de 2015

MODELOS ECONÔMICOS DE DESENVOLVIMENTO.

MODELOS ECONÔMICOS DE DESENVOLVIMENTO.

Todos os modelos econômicos são CAPITALISTAS, com duas vertentes:

     a) CAPITALISMO LIBERAL (as democracias liberais, ou estado democrático do direito) ou de mercado (preços livres, lucros, propriedade privada), o que sobreviveu e permitiu o crescimento e desenvolvimento dos países que o adotou (os hoje considerados desenvolvidos). Prega a menor presença estatal possível. A principal função do estado é estabelecer as regras do jogo. O poder é da lei e não das autoridades. Regras do jogo devem ser preestabelecidas. A luta pela sobrevivência é um estímulo constante pela melhoria contínua e inovações. Substituir a ordem natural, espontânea e complexa dos mercados (infinitos interesses pessoais) pelas limitações do planejamento centralizado, dirigido por burocratas de governos (totalitários e autocráticos, onde a corrupção é facilitada), foi o caminho do empobrecimento, motivo do comunismo ter sido abandonado pelo mundo civilizado e livre.

    b) CAPITALISMO DE ESTADO (socialismo ou comunismo, economia de planejamento centralizado): foi a experiência política e econômica que trouxe sofrimentos e não conseguiu produzir riquezas, fracassou em todas as partes do mundo (desenvolvido ou não). Quem optou pelo regime empobreceu. Sua morte foi decretada com a queda do muro de Berlim e a famosa frase de Nikita Krushev, “que modelo econômico bom é este se todos querem fugir dele, se temos que construir muros para que não fujam, se fosse bom estaríamos construindo muros para que não entrassem”. Se a economia é de planejamento centralizado, o poder também o é, motivo de pregar a ditadura. Exemplos de fracassos: a Coreia do Norte x Coreia do Sul. A Alemanha Ocidental x Alemanha Oriental. A China Continental (antes de abrir a economia) x Hong Kong x Taiwan x Japão.
Quando prescrevem mais impostos, inclusive o sobre fortunas ou heranças, o que no fundo pretendem é substituir o modelo que proporcionou riquezas ao mundo, o capitalismo liberal (a gerência nas mãos dos interessados em lucros), pelo capitalismo de estado, a gerência nas mãos de burocratas corruptos. É a concentração das riquezas nas mãos dos mais fortes e não na dos mais dedicados e capazes (e medidos diariamente pelo lucro ou prejuízo. Os incapazes perecem e são substituídos pelos mais capazes. É a lei de sobrevivência do capitalismo liberal).   

SOCIALISMO
Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
LEI GERAL DO SOCIALISMO:
Quando metade da população entende que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, é o início da pobreza geral.
O Socialismo dificulta tanto a vida de quem trabalha que dura apenas até a riqueza produzida por estes acabar. MAG 08/2015. 


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

CAUSAS DA CRISE ATUAL

CAUSAS DA CRISE ATUAL

O governo DR e sua equipe econômica “desenvolvimentista, heterodoxa” utilizaram medidas que sempre defenderam como modelo de desenvolvimento e implantaram a propagandeada “nova matriz econômica”, baseada em:
    a)   taxa básica (Selic) abaixo da adequada;
    b)   meios de pagamentos ampliados e oferta de crédito muito acima da taxa de inflação, do PIB potencial e do efetivo;
    c)   a inflação foi contida com repressão de preços;
    d)   operações de swaps cambiais com a clara intenção de atrasar a desvalorização do real. O problema cambial mudou de valorização para desvalorização. Os problemas que se fizeram sentir muito fortemente no câmbio, amenizados por operações de Swaps cambiais iniciadas em 2013, foram se agravando nas contas externas mês a mês. O saldo comercial passando de positivo para negativo, saldo em transações correntes aumentando o negativo para percentual  do PIB, insustentável no tempo;
    e)   a política econômica do tripé abandonada: o superávit primário passou para negativo, a meta de inflação abandonada, assim como o câmbio flutuante.
Além das medidas acima passaram para o mercado uma mensagem de aversão aos lucros, tendo como efeito a redução dos investimentos. Preços reprimidos e aversão aos lucros resultaram em uma queda imprevista dos investimentos. Preço reprimido é igual a lucros reduzidos e a redução dos investimentos.
O RESULTADO: desaceleração, recessão e felizmente antes que entrássemos em uma depressão o novo governo DR dá uma reversão total na política econômica. Os problemas apresentam-se muito maiores do que os mais pragmáticos pensavam.    
Apesar dos sofrimentos que impingiram a todos os brasileiros que não se locupletaram com as corrupções, alguns economistas ainda receitam mais do mesmo. MAG 08/2015.

Veja dados em:


http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/moeda.htm

terça-feira, 11 de agosto de 2015

http://ecx.images-amazon.com/images/I/41AHiwFy1XL._AA324_PIkin4,BottomRight,-60,22_AA346_SH20_OU32_.jpg



Celso Costa é pesquisador associado do Centro Macro Brasil e professor dos Cursos de Master da Escola de Economia de São Paulo - FGV. 
Encontre mais informações, figuras e os códigos em: http://entendendomodelosdsge.blogspot.com.br/ 
entendendomodelosdsge@hotmail.com 

domingo, 9 de agosto de 2015

GASTOS PÚBLICOS: EFEITOS DE AUMENTOS.


GASTOS PÚBLICOS: EFEITOS DE AUMENTOS.

CONSIDERANDO A CONJUNTURA DOMÉSTICA COM OS DADOS A BAIXO:

      a)      saldo negativo na conta externa Transações Correntes excessivamente alto;
      b)      saldo Fiscal nominal negativo (em ascensão);
      c)       taxa básica real de juros ex-post (líquida de IRF e de inflação) negativa (passando para positiva com os aumentos da Selic);
      d)      fluxo cambial financeiro e final negativos;
      e)      BC com swaps cambiais de mais de US$ 100 bi, e prejuízo de R$ 57 mi., acumulado até julho;
      f)       a moeda pátria desvalorizando acima de todas as previsões;      
      g)      PIB = C + I + G + E – M;
      h)      Inflação acima da meta (mensal e anual). Itens de preços pesquisados 65% subindo.

PERGUNTA-SE: quais os efeitos de um incremento no G, que aumente o déficit primário e (ou não) o nominal, na conjuntura? Que variáveis serão afetadas e como? E o PIB?

FINANCIADO COM EMISSÃO DE MOEDA:

Ocorrerá um aumento da demanda (e da quantidade de moeda) que poderá ser atendida por aumento da produção interna ou de importações. Dependerá da taxa de utilização da capacidade instalada que não acelera a inflação e de pontos de estrangulamento (energia elétrica, por exemplo). O processo inflacionário poderá agravar-se. O fluxo cambial deverá aumentar o saldo negativo. As importações poderão subir para atender o aumento da demanda doméstica e as exportações reduzirem (preferência por atender o mercado interno). O saldo em Transações Correntes aumentará o negativo. O real desvalorizará mais ainda.  A tendência será: após o agravamento do processo inflacionário, o retorno da hiperinflação, o agravamento do quadro recessivo e das contas externas.  A Selic terá que ser aumentada para minorar o quadro inflacionário. A LP a crise será muito mais difícil de debelar.

FINANCIADO COM CAPTAÇÕES NO MERCADO.

As taxas de juros de mercado subirão pelo aumento das captações do TN. O aumento dos gastos do governo (G), será equivalente ao reduzido da iniciativa privada (C + I). Como o governo gasta mal, será prejudicial à economia. A dívida mobiliária interna pública aumentará (e o custo de captação do TN). Para que as taxas de juros de mercado de LP tenham tendência declinante, a Selic terá que subir. 

MAG 08/2015

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

CÂMBIO, PARA ONDE VAMOS?


CÂMBIO, PARA ONDE VAMOS?

Câmbio é resultado de causas internas e externas (abaixo um resumo bastante completo):

CAUSAS INTERNAS:
a) Saldos dos Balanços Comercial, Serviços e Rendas, Transações Correntes, Conta Capital e Financeira, Dívida Externa, Reservas, Fluxo Cambial Comercial, Financeiro e Total;
b) Exposição do BC em Swaps Cambiais;
c) Posição de Câmbio dos Bancos;
d) Histórico das variações Cambiais.
e) Política Monetária adequada ou frouxa;
f) Política Fiscal sustentável em relação à divida interna ou não (saldos primário e nominal);
g) Dívida Pública interna (líquida e bruta).

CAUSAS EXTERNAS: 
a) Política Monetária do Fed e do BCE (taxas básicas de juros). O aumento da taxa básica do Fed deverá provocar influxo de divisas;
b) Preços das commodities exportadas e importadas pelo Brasil;
d) Liquidez mundial;
e) PIB dos USA, Zona do EURO, China e Japão;
f) Conjuntura dos países do Mercosul e da América Latina;
e) Aversão a riscos.

No quadro abaixo podemos constatar:
a) o saldo do Balanço Comercial passou rapidamente de negativo para positivo (resultado da política monetária responsável que o BC passou a adotar);
b) o saldo negativo das contas de Serviços e Rendas está reduzindo;
c) o saldo negativo da conta Transações Correntes está reduzindo;
d) a conta Capital e Financeira continua positiva;
e) a dívida externa pública baixa, a maior parte é entre empresas (normalmente Matriz e Filial), em relação às Reservas;
f) O Fluxo cambial Comercial está positivo (acompanhando o Bal. Comercial) e o Financeiro passou a ficar fortemente negativo (aversão à perdas com desvalorização cambial, reforçadas por saldo fiscal primário possivelmente negativo e instabilidade política);
g) o BC, corretamente, parou de fazer novas operações de swaps cambiais (na verdade está reduzindo aos poucos), mas terá que absorver o prejuízo das mesmas, que é contabilizado como custo financeiro (afeta o saldo fiscal nominal);
h) a posição de câmbio dos bancos está vendida, o que pode significar que não estão dispostos a apostar contra o real (devem ser operações de proteção);
i) o dólar valorizou 13,39% em 2014 e 27,78% em 2015 até julho.

RESUMO: o real deixará de desvalorizar se as expectativas da inflação cederem mais fortemente (na minha opinião a inflação vai ceder) e a taxa de juro real ex-ante ficar mais atrativa do que a possível valorização do dólar. Se o saldo do Balanço Comercial surpreender mais positivamente do que já está. Se a alta do juro básico do Fed não ocorrer ou ocorrer muito baixa e sem viés de alta. Se alguma notícia positiva ocorrer quanto ao saldo fiscal (algum acordo político). Se a política monetária responsável for mantida. Se o BC não arriscar-se em operações artificiais de defesa do real.

  CONTAS EXTERNAS

TÍTULOS
2014 01/15 02/15 03/15 04/15 05/15 06/15 07/15 2015
1) BAL. COMERCIAL
-6248 -3172 -2842 457 491 2761 4527 2379 4599
1 A) BAL. SERV. E RENDAS -88940 -7577 -4195 -5967 -7262 -6084 -7176 -40346
2) TRANS. CORRENTES
-104835 -10654 -6879 -5736 -6091 -3366 -2547 -38282
3) Conta Capital e Financ. 
100129 10835 7570 5183 6794 3204 2299 36566
4) DIV. EXTERNA bi.
554,7 558,2 557,8 555,5 562,3 559 555 555
5) RESERVAS Caixa milhões
363551 361767 362547 362744 364473 366647 368668 362252 362252
5.1) RESERVAS Liquidez 374051 372167 372147 371044 372973 371697 372168 370752 370752
6) FLUXO CAMB. Total saldo
-9287 3903 -1142 2003 13107 -2077 -4694 -3935 7165
6.1) Fluxo Comercial saldo
4137 -215 567 -71 3112 3483 2935 4441 14252
6.2) Fluxo Financeiro saldo
-13424 4118 -1710 2074 9995 -5560 -7629 -8376 -7088
9) Swaps BC R$
284959 304108 320003 358225 342371 356600 336938 367169 367169
9.1) Resultado R$ -17239 10781 -27292 -34512 31829 -22065 8125 -23906 -57042
9.2) Swaps BC US$ 109588 118125 112756 114918 112825 112870 110819 108182 108182
10) Posição Câmbio Bancos
V28261 V24424 V25868 V23830 V10528 V12846 V17464 V21689 V21689
11) VAR. Cambial US$
13,39 0,23 8,11 11,46 -6,68 6,19 2,40 9,39 27,78

DÍVIDA EXTERNA

Título 2009 2010 2011 2012 2013 2014 06/2015
9- Dívida Ext . 282,3 350,44 402,4 441,8 485 554,7 554,9
   9.1- Pública 77,1 83,60 62,3 67,3 70,8 75,3 75,8
   9.2- Privada 125,4 172,07 235,1 249,6 241,2 272,4 269,4
   9.3- Entre Empresas 79,8 94,77 105,0 124,9 173 207 209,7
mageconomia 08/2015.