quinta-feira, 24 de novembro de 2016

JUROS E CONJUNTURA.


JUROS E CONJUNTURA.

FATORES QUE PODEM REDUZIR A DEMANDA POR CRÉDITO E AS TAXAS DE JUROS:

      1)    Recessão, estagnação, redução das atividades (desaceleração do crescimento). O aumento das atividades com aumento da demanda por crédito sem adequação da liquidez pode subir a taxa de juro;
      2)    Nível auto de endividamento de empresas e de pessoas pode reduzir a demanda por crédito;
     3)    Insegurança (expectativas negativas) pode reduzir a demanda por crédito;
     4)    Nível auto da capitalização das empresas e das pessoas (preferem compras à vista).  

FATORES QUE PODEM REDUZIR AS TAXAS DE JUROS ARTIFICIALMENTE:

     1)    Aumento da liquidez pelo BC  acima da adequada;
     2)    Taxa básica abaixo da adequada reduz os juros de curto prazo e aumenta os de LP (por causa do aumento das expectativas de inflação);
     3)    BC dar liquidez a juros baixos para títulos de LP (os QE - quantitative easing -  feito pelo Fed, EUA).

COMENTO:
 1) O aumento da liquidez acima da adequada em países que não emitem moeda reserva e meio de pagamento mundial provoca desarmonia entre a velocidade de crescimento da demanda e da oferta e  agrava o processo inflacionário. No processo, no segundo momento acontece hiperinflação, a seguir a estagflação (inflação sem crescimento e até com recessão).

 2) Os EUA através do Fed reduziram a taxa básica para 0,25% (redução de juros de curto prazo) e começaram a fazer as operações de QE - quantitative easing – para reduzir as taxas de LP e não ocorreu aumento da inflação por causa da política de globalização comercial (redução da produção, chão de fábrica, nos EUA, com transferência para países com mão de obra e custo de produção menor)  e importações da Ásia (China e tigres) e países em desenvolvimento. O déficit externo dos EUA por mais de 20 anos não tem sustentação em países que não emitem a moeda reserva. A inflação que não ocorreu internamente nos EUA aconteceu nos preços das commodities mundiais. Por aumento de produção ou furo de bolha os preços das commodities caíram e iniciou uma crise nas nações em desenvolvimento que implementaram política econômica “desenvolvimentista”  para uns, irresponsável para outros. O Brasil ao invés de adequar sua política fiscal e monetária, optou por déficits primários, juro básico abaixo do adequado e controle de preços (inclusive câmbio). Para evitar a crise externa cambial e de crédito subiram a taxa básica para 14,25%  (os juros de LP cederam de 16,8 % para abaixo de 12%), mas o processo recessivo que já acontecia prolongou-se por tempo acima do esperado. A inflação regrediu e deverá ficar na meta em 2017 (isto melhorará o estado da conjuntura). A taxa básica já pode ser reduzida com responsabilidade sem pressionar a inflação e os juros nominais de mercado de LP. MAG 11/2016.

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