JUROS E CONJUNTURA.
FATORES
QUE PODEM REDUZIR A DEMANDA POR CRÉDITO E AS TAXAS DE JUROS:
1)
Recessão,
estagnação, redução das atividades (desaceleração do crescimento). O aumento das
atividades com aumento da demanda por crédito sem adequação da liquidez pode subir
a taxa de juro;
2)
Nível
auto de endividamento de empresas e de pessoas pode reduzir a demanda por
crédito;
3)
Insegurança
(expectativas negativas) pode reduzir a demanda por crédito;
4)
Nível
auto da capitalização das empresas e das pessoas (preferem compras à vista).
FATORES
QUE PODEM REDUZIR AS TAXAS DE JUROS ARTIFICIALMENTE:
1)
Aumento
da liquidez pelo BC acima da adequada;
2)
Taxa
básica abaixo da adequada reduz os juros de curto prazo e aumenta os de LP (por
causa do aumento das expectativas de inflação);
3)
BC
dar liquidez a juros baixos para títulos de LP (os QE - quantitative easing - feito pelo Fed, EUA).
COMENTO:
1) O aumento da liquidez acima da adequada em
países que não emitem moeda reserva e meio de pagamento mundial provoca
desarmonia entre a velocidade de crescimento da demanda e da oferta e agrava o processo inflacionário. No processo,
no segundo momento acontece hiperinflação, a seguir a estagflação (inflação sem
crescimento e até com recessão).
2) Os EUA através do Fed reduziram a taxa
básica para 0,25% (redução de juros de curto prazo) e começaram a fazer as
operações de QE - quantitative easing – para reduzir as taxas de LP e não
ocorreu aumento da inflação por causa da política de globalização comercial
(redução da produção, chão de fábrica, nos EUA, com transferência para países
com mão de obra e custo de produção menor) e importações da Ásia (China e tigres) e
países em desenvolvimento. O déficit externo dos EUA por mais de 20 anos não
tem sustentação em países que não emitem a moeda reserva. A inflação que não
ocorreu internamente nos EUA aconteceu nos preços das commodities mundiais. Por
aumento de produção ou furo de bolha os preços das commodities caíram e iniciou
uma crise nas nações em desenvolvimento que implementaram política econômica “desenvolvimentista”
para uns, irresponsável para outros. O
Brasil ao invés de adequar sua política fiscal e monetária, optou por déficits
primários, juro básico abaixo do adequado e controle de preços (inclusive
câmbio). Para evitar a crise externa cambial e de crédito subiram a taxa básica
para 14,25% (os juros de LP cederam de
16,8 % para abaixo de 12%), mas o processo recessivo que já acontecia
prolongou-se por tempo acima do esperado. A inflação regrediu e deverá ficar na
meta em 2017 (isto melhorará o estado da conjuntura). A taxa básica já pode ser
reduzida com responsabilidade sem pressionar a inflação e os juros nominais de
mercado de LP. MAG 11/2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário