quinta-feira, 28 de julho de 2016

A TAXA BÁSICA E SEUS EFEITOS (o tempo entre causa e efeito). CASO BRASIL.


A TAXA BÁSICA E SEUS EFEITOS (o tempo entre causa e efeito). CASO BRASIL.

IGP M DE JULHO CAI PARA 0,18%;
IPA M -0,01%;
IPC M 0,29%;
INCC M 1,52% (alguma demanda que justifique os aumentos deve estar acontecendo).
É apolítica monetária iniciando seus efeitos.

Os sofrimentos causados pela política econômica neopopulista do primeiro governo Dilma, apelidada de "nova matriz econômica" (na verdade uma demagogia eleitoral), teve sua correção iniciada com o Ministro da Fazenda Joaquim Levy (economista de pensamento semelhante à competente equipe atual), boicotado e criticado pelo PT e resto do governo (na verdade ele entrou numa fria sem saber a profundidade das irresponsabilidades), impedindo que conseguisse manter a credibilidade inicial que conseguiu passar ao mercado. Foi o PT e a sua elite sabotando-o, pensando que conseguiriam manter a credibilidade, não conseguiram, pois o mercado é desconfiado, luta pela sobrevivência e pela manutenção de seu capital (a crise que já era profunda se aprofundou mais ainda). Corrigir irresponsabilidades com os responsáveis por elas e o PT defendendo mais irresponsabilidades só na cabeça da turma do pensamento mágico. Os quase 12 milhões de desempregados, as empresas quebradas, a paralisação dos investimentos e o PIB caindo só conseguiriam ser REVERTIDOS com a queda do governo (o mais corrupto que o Brasil já teve, além do mais mentiroso = demagogia aparente percebida por todos), E UM NOVO (mesmo que o preço a pagar fosse o PMDB e Temer) comprometido com as necessárias e indispensáveis REFORMAS e ajustes. Patrioticamente o PMDB e Temer colocaram-se á disposição da nação para corrigir e administrar a fase de ajustes e seus sofrimentos (o PSDB, DEM, PSB, PP, PR, PTB, PPS, SOLIDARIEDADE e outros também passaram por cima de seus interesses imediatos a favor do país. Uma trégua a favor do Brasil até 2018, coisa que a REDE negou-se). Os EFEITOS de DECISÕES DEMAGÓGICAS em economia só acontecem após um período (é o que motiva as decisões absurdas feitas por governantes em anos de eleições). É o tempo que ocorre entre CAUSA E EFEITO (os demagogos enganam os leigos passando por cima deste fato). Reconhecendo o fato de que o BC de Tombini e Dilma iniciou a correção da demagogia na política monetária (Selic abaixo da adequada, que agrada leigos, jornalistas enganados por economistas mal formados e eleitores), iniciando o aumento da taxa básica em maio de 2013 (muito lentamente) ao mesmo tempo em que iniciou a fazer as operações de Swaps Cambiais (para evitar a desvalorização do real) e reprimir preços (evitar a inflação). Os aumentos da taxa básica de juros do BC (Selic) foram sendo lentamente aumentados (abaixo do adequado), deram uma parada entre abril e setembro de 2014, mas evitaram (juntamente com preços reprimidos e swaps cambiais) o agravamento da inflação (inflação reprimida) e de uma crise cambial que seria devastadora. Os swaps cambiais chegaram a US$ 118 bilhões (deram um prejuízo pelo critério caixa de mais de R$ 100 bilhões), os preços reprimidos quase quebraram a Petrobras e desarmonizaram o sistema elétrico. Sabedores dos absurdos que estavam fazendo e vendo-se incapazes de corrigir e gerenciar os ajustes, apelaram para um economista (Joaquim Levy) de pensamento inverso ao deles (o mundialmente aceito, apelidado de ortodoxo, liberal monetarista, na verdade o responsável e que evoluiu com o tempo). Temos que registrar que mais de 1.700 economistas (a maioria da UNICAMP e de escolas federais) assinaram um manifesto de apoio às irresponsabilidades neopopulistas que estavam sendo feitas.

A crise cambial foi evitada pelos aumentos da Selic, que juntamente com o início da recessão (provocada por irresponsabilidades, barbeiragens e demagogias em política econômica) foi ajustando a velocidade de crescimento da oferta e demanda (reduzindo importações e exportações). Ficou a crise fiscal (conjuntural e estrutural, pior a longo prazo). Sem patriotismo, união para que as reformas conjunturais e estruturais sejam aprovadas caminharemos para novas crises e continuaremos um país pobre por culpa de seus políticos (baixa qualidade de vida). MAG 07/2016.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

SITUAÇÃO EXTERNA DO BRASIL.

 
FLUXO CAMBIAL ATÉ 22/07/2016 (entrada e saída de divisas em dólares);
MÊS: Saldo Comercial US$ 3,292 bi (ano US$ 28,702); Saldo Financeiro - US$ -2,716 bi (ano US$ -38,535); Saldo final US$ 0,576 bi (ano US$ -9,833).
O BC reduziu as operações de Swaps Cambiais (utilizadas para evitar a desvalorização do real) de US$ 108 bi. em 31/12/2015, para US$ 30,766 bi. em 30/06/2016. A redução dos Swaps evitou uma valorização maior do real.
BALANÇO COMERCIAL JUNHO 2016 (entradas e saídas de produtos à vista e à prazo): 
Export. US$ 16,647 bi (ano US$ 89,822); Import. US$ 12,893 bi (ano US$ 67,334); SALDO US$ 3,755 (ano US$ 22,488).
NO Ano o dólar desvalorizou 16%. Fatores externos e melhor avaliação do governo Temer e de sua equipe econômica. Governo desacreditado desvaloriza moeda. A valorização não sendo artificial significa aumento de poder de compra (melhoria de qualidade de vida).
DÍVIDA EXTERNA EM 30/06/2016:
GOVERNO US$ 74,701 bi. (muito baixa);
ENTRE EMPRESAS US$ 212,775 BI.;
EMPRESAS E BANCOS (brasileiros e estrangeiros) US$ 259,243;
TOTAL US$ 545,419 bi. (é uma dívida baixa).
RESERVAS EM 31/12/2016 US$ 365 bi.
A SITUAÇÃO EXTERNA DO PAÍS É POSITIVA CONSISTENTEMENTE. 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

RIO DE JANEIRO. CIDADE MARAVILHOSA. VENHA SEM MEDO.


O RIO DE JANEIRO É UMA CIDADE LINDA, COM MUITAS DIVERSÕES. O RISCO É SEMELHANTE AOS DAS MAIORES METRÓPOLES DO MUNDO. EVITE LUGARES MAIS ARRISCADOS COMO ZONA BOÊMIA, DROGAS, PROSTITUIÇÃO. NO INVERNO (14º CENTÍGRADOS), MAIO A A GOSTO,  NÃO TEM ZICA, NEM DENGUE. AS PRAIAS PODEM SER FREQUENTADAS. 






terça-feira, 12 de julho de 2016

RELAÇÃO SELIC X JUROS LONGOS DE MERCADO.


RELAÇÃO SELIC X JUROS LONGOS DE MERCADO.

07/07/2016. NOVA REDAÇÃO EM 07/08/2016.

O EFEITO DE UMA TAXA BÁSICA ABAIXO DA ADEQUADA E DE UMA ADEQUADA NOS JUROS DE MERCADO DE LONGO PRAZO ( a parte longa da curva de juros). 


CURVA DE JURO 11/07/2013. SELIC (9%), SUBINDO, MAS AINDA ABAIXO DA ADEQUADA (DI 360 10,19%).  A CURVA FICA ASCENDENTE (positiva), JUROS LONGOS DE MERCADO MUITO ALTOS. A TENDÊNCIA DA INFLAÇÃO E DOS JUROS DE LP É SUBIR, COMO VEMOS NA CURVA DO DIA 11/07/2016 MAIS ABAIXO. A SELIC TEVE QUE SUBIR ATÉ 14,25%, SER MANTIDA, PARA REVERTER AS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO E OS JUROS LONGOS. O SACRIFÍCIO TERIA SIDO MENOR SE NO PASSADO A SELIC NÃO TIVESSE SIDO MANTIDA DURANTE MUITO TEMPO ABAIXO DO DI 360.  A Selic de 7,25% foi a origem do descontrole da economia brasileira (mantida com artificialismos). 

Curva de juros de 01/02/2016 ainda ascendente, mas a do dia com juros menores do que a de uma semana e um mês atrás. A curva movimenta-se para baixo, apesar de ainda ascendente. DI 360 = 14,57%. SELIC 14,25%.




CURVA DE JURO 21/12/2015 SELIC 14,25% AINDA ABAIXO DA ADEQUADA (DI 360 15,96%).  A CURVA FICA ASCENDENTE (positiva), JUROS LONGOS DE MERCADO MUITO ALTOS. O CUSTO DE CAPTAÇÃO DO TN E DO MERCADO TAMBÉM FICAM ALTOS. A MANUTENÇÃO DA SELIC EM 14,25% (12  meses) CONSEGUIU REVERTER AS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO E OS JUROS LONGOS. O SACRIFÍCIO TERIA SIDO MENOR SE NO PASSADO A SELIC NÃO TIVESSE SIDO MANTIDA DURANTE MUITO TEMPO ABAIXO DO DI 360 (longo tempo em 7,25%, quando deveria ter sido no mínimo 9,5%).   

CURVA DE DEZ. DE 2015. CURVA DE JURO DE MERCADO ASCENDENTE (em 07/2015 selic = 14,25%). DI 360 15,96%. 




CURVA DE JURO DE 11/07/2016, SELIC (14,25%) ACIMA DO DI 360 (13,19%). A CURVA FICA DESCENDENTE (NEGATIVA), OS JUROS LONGOS DE MERCADO CAEM ACOMPANHANDO AS EXPECTATIVAS DE QUEDA DA INFLAÇÃO. É ASSIM QUE SE CONTROLA A INFLAÇÃO. SE O SALDO FISCAL PRIMÁRIO TIVESSE CONDIÇÕES DE SER POSITIVO AS EXPECTATIVA DE INFLAÇÃO SERIAM MENORES, OS JUROS LONGOS DE MERCADO TAMBÉM, E A NECESSIDADE DE TAXA BÁSICA ACOMPANHARIA.  

CURVA DE 11/07/2016. Os efeitos da taxa básica de 14,25% (iniciada em 07/2015, 12 meses para conseguir reverter os juros de lp para descendentes).





SELIC ANUAL-  (IPCA meta 4,5% a.a; 0,36748% a.m)
Mês/Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
JAN. 11,25 12,75 8,75 11,25 10,50 7,25 10,5 12,25 14,25
FEV. 11,25 12,75 8,75 11,25 10,50 7,25 10,75 12,25 14,25
MAR. 11,25 11,25 8,75 11,75 9,75 7,25 10,75 12,75 14,25
ABR. 11,75 10,25 8,75 12,00 9,00 7,50
11,0
13,25 14,25
MAI. 11,75 10,25 9,5 12,00 8,50 8,0 11,0 13,25 14,25
JUN. 12,25 9,25 10,25 12,25 8,50 8,0 11,0 13,75 14,25
JUL. 13 8,75 10,75 12,50 8,0 8,5 11,0 14,25 14,25
AGO. 13 8,75 10,75 12,00 7,50 9,0 11,0 14,25
SET. 13,75 8,75 10,75 12,00 7,50 9,0 11,0 14,25
OUT. 13,75 8,75 10,75 11,50 7,25 9,5 11,25 14,25
NOV. 13,75 8,75 10,75 11,50 7,25 10,0 11,25 14,25
DEZ. 13,75 8,75 10,75 11,0 7,25 10,0 11,75 14,25

MAG 12/07/2016.

domingo, 3 de julho de 2016

POLÍTICAS CAMBIAIS.



POLÍTICAS CAMBIAIS.

RESPONDENDO A QUEM DEFENDE QUE OS BCs DEVEM TENTAR MANTER A MOEDA PÁTRIA DESVALORIZADA PARA AJUDAR A INDÚSTRIA (e à agropecuária) EXPORTADORA (e dificultar importações).

Recorro a partes de textos já publicados.  
Em 10/1998 publiquei em meu site (http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/) um texto meio genérico sobre economia onde escrevi:

1) MOEDA - REGIMES CAMBIAIS - INFLAÇÃO - DESENVOLVIMENTO - 10/1998:

1) PADRÕES MONETÁRIOS:

1.1) METÁLICO: Ouro,  prata.
1.2) PAPEL MOEDA: CONVERSÍVEL - Moedas mundialmente aceitas como reserva  de valor (poupança). NÃO CONVERSÍVEL - Moedas legais dos países.
1.3) ESCRITURAL: todas as formas de moeda, inclusive depósitos (cada uma em seu ambiente).

FUNÇÕES DA MOEDA:

A política monetária  (gerenciamento da moeda)  deve ter como missão respeitar as funções da moeda:
a) RESERVA DE VALOR:  permite formação de mercados de poupanças,  empréstimos e investimentos (a longo prazo), em consequência o desenvolvimento sustentado.
b) UNIDADE DE MEDIDA: permite ao mercado precificar o valor dos bens e serviços, facilitando negócios e o desenvolvimento. 
c) MEIO DE PAGAMENTO (instrumento de troca): facilita negociações permitindo que se formem mercados e em consequência ocorra o desenvolvimento.

2) REGIMES CAMBIAIS – TIPOS DE TAXAS DE CÂMBIO:

2.1) FIXA: Valor fixo pelo qual o Banco Central compromete-se a comprar ou vender moedas conversíveis.
.2.2) VARIÁVEL (FLUTUANTE): O Banco Central permite que a taxa de câmbio oscile de acordo com as forças de mercado, só comprando e vendendo moeda por necessidade (dar ou retirar liquidez, evitar movimentos artificiais).
2.3) CONTROLADA: O Banco Central deixa a taxa de câmbio flutuar de acordo com seu  objetivo e as forças do mercado intervindo quando necessário (dando suporte a objetivos).
2.4) MÚLTIPLA (MISTA): O Banco Central fixa várias taxas de câmbio. Uma para compra de petróleo, outra para negócios financeiros, outra para importações e exportações, etc. É utilizada apenas para ocasiões muito específicas e especiais, devendo durar o mínimo tempo possível.

Parte do texto publicado no site em 03/2011

A MOEDA - RESUMO HISTÓRICO:

http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm#23)_                                                                  

10. c) em 1944, na conferência de Bretton Woods os USA comprometeram-se a garantir a conversibilidade do dólar em ouro ao preço de US$35,00 por onça-troy. Em 1968 os USA estabeleceu dois preços para o ouro, um oficial apenas para os bancos centrais, outro livre para outros agentes econômicos;

 d) em 15/08/1971, os USA, abandonam totalmente a conversibilidade do dólar em ouro. Em março de 1973 os países industrializados abandonam a paridade fixa com o dólar, deixando suas moedas flutuarem em relação ao mesmo enterrando de vez o sistema de Bretton Woods; e) em 1979 os principais países da Europa decidiram criar um sistema monetário regional (o EURO). O ouro chegou a valer mais de US$800,00 (1980), caindo para US$300,00 em 1985 (as negociações ou especulações como alguns definem alcançaram uma intensidade de movimentação imprevisível). Na primeira década do século 21 o dólar passa a ter circulação muito maior do que a economia dos USA  (na verdade os USA passam a viver de emitir moeda). O regime de câmbio fixo só se justificaria se o dólar fosse conversível em ouro a uma paridade fixa (Bretton Woods). Se o dólar é apenas uma moeda escritural, seu valor dependerá da política monetária e da economia americana (a capacidade dos USA oferecer alguma riqueza real em troca dos dólares). O capital (direitos de receber dividendos, juros, de retorno de capitais) de residentes nos USA no exterior deve ser considerado nesta análise.   

ANÁLISE: incompreensível defender que o BC compre dólar artificialmente acima do valor de mercado (vale 10, mas o BC comprar por 15). O BC não deve intervir no câmbio para desvalorizar ou para valorizar artificialmente. Quem pagaria? Tributos? Inflação? E o mundo vendo e o BC compra o dólar por valor acima do que o mercado precifica, faria o fluxo cambial financeiro ficar absurdamente positivo. Entradas de dólar que o BC teria que comprar monetizando a economia e depois esterilizando comprando-os através da emissão de títulos do TN (se não esterilizar o processo inflacionário se agrava). Além de ser uma transferência de recursos inaceitável, o povo pagando através de perda de poder de compra, de qualidade de vida, ainda teremos uma redução da capacidade de compra - do mercado interno. É empobrecer a todos para proteger empresas sem capacidade de concorrer.

É INACEITÁVEL DEFENDER DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL ARTIFICIAL PARA PROTEGER INEFICIÊNCIAS E INCOMPETÊNCIAS. 07/2016

O BC e o MF podem dificultar as entradas de capitais de curto prazo: prazo mínimo para retorno ou IOF de x%. As operações de Swaps Cambiais, diretos ou reversos, só devem ser feitas se o BC observar movimentos artificiais (mesmo assim por curto prazo). NÃO DEVE OPERAR CONTRA TENDÊNCIAS NATURAIS, NEM PARA EVITAR PREJUÍZOS DO MERCADO (BANCOS OU EMPRESAS).

 PENSAMENTO LIBERAL E LIBERDADE (democracias liberais).
Texto de 04/01/2014.

CÂMBIO E LIBERDADE. MOVIMENTO DE CAPITAIS:

Existindo mercado (demanda) e um ambiente seguro e amistoso, o afluxo de capitais e os investimentos sempre ocorrerão. MAG

A qualidade de vida é sempre melhor nas economias abertas a muitos fornecedores (concorrência). MAG

Desvalorizar a moeda pátria, reduzindo o poder de compra de toda uma sociedade, para proteger lucros e privilegiar segmentos empresariais não competitivos, é arbitrariedade que só poderia ser tomada com o consentimento dos prejudicados. MAG

Valorizar artificialmente a moeda pátria é o caminho mais curto para crise cambial. MAG

Competitividade, ganhos de produtividade, melhoria contínua, só com concorrência. MAG
Governo considerado incompetente ou inamistoso com o mercado e lucros (capitais, investimentos), passa insegurança, afugenta empreendedores e investidores, paralisa investimentos, desvaloriza a moeda pátria acima do que seria normal (empobrece a todos e piora a qualidade de vida). O inverso é verdadeiro: governo amistoso ao mercado atrai empreendedores e investimentos, a moeda pátria valoriza, o poder de compra aumenta (a qualidade de vida melhora com o desenvolvimento).

MAG 03/07/2016.




ITEM 10 COMPLETO; 
10) AS DESVALORIZAÇÕES DAS PRINCIPAIS MOEDAS DESDE A ANTIGUIDADE (SEMELHANTE A UMA MORATÓRIA MODERNA).

As moedas metálicas tinham o seu valor baseado no seu peso e pureza (ouro, prata).
Os romanos para financiar suas guerras de conquistas reduziam o peso e a pureza do ouro contido nas moedas (era um tipo de inflação ou desvalorização da moeda).
Os governos imperiais e monárquicos achavam-se no direito de falsificar a moeda da mesma maneira que os romanos.
Nos tempos mais contemporâneos muitas nações deixaram de honrar o compromisso com sua moeda.
Podemos enumerar os prejuízos (tipo de moratória ou quebra) que deram:

a) a Inglaterra deixou de honrar a conversibilidade da Libra esterlina em ouro na primeira guerra mundial. Após a guerra, em 1925, retornou para a conversibilidade à paridade de antes da guerra. Foi semelhante a um tiro no peito;
b) em 1931 a França resolveu transformar toda a sua reserva em ouro. A Inglaterra não tendo como honrar suspendeu a conversibilidade da Libra esterlina (foi o início do fim da Libra como moeda reserva mundial); 
c) em 1944, na conferência de Bretton Woods, os USA comprometeram-se a garantir a conversibilidade do dólar em ouro ao preço de US$35,00 por onça-troy. Em 1968 os USA estabeleceu dois preços para o ouro, um oficial apenas para os bancos centrais, outro livre para outros agentes econômicos (foi o início do cano);

d) o caso Alemão 1948: Sexta-feira, 18 de junho de 1948. Os alemães (e o mundo) ouviram no rádio: "A primeira lei da reforma do sistema financeiro alemão foi anunciada pelos governos militares do Reino Unido, Estados Unidos e França, a entrar em vigor em 20 de junho de 1948. A moeda alemã válida até hoje será tirada de circulação por essa lei. O novo dinheiro se chamará marco alemão".  As pessoas do mundo inteiro que haviam comprado marco alemão antigo e guardado, confiando na capacidade alemã de soerguer, perderam tudo (foi uma espécie de cano).

e) US$ PADRÃO OURO: em 15/08/1971 os USA abandonam totalmente a conversibilidade do dólar em ouro. Em março de 1973 os países industrializados abandonam a paridade fixa com o dólar, deixando suas moedas flutuarem em relação ao mesmo enterrando de vez o sistema de Bretton Woods (o ouro passa a ser considerado uma mercadoria como as outras).

f) O EURO: em 1979 os principais países da Europa decidiram criar um sistema monetário regional (o EURO). Nasce como moeda em 01/01/2002 (como moeda escritural em 01/01/1999). O ouro chegou a valer mais de US$800,00 (1980), caindo para US$300,00 em 1985 (as negociações ou especulações como alguns definem alcançaram uma intensidade de movimentação imprevisível). Em 2002 US$348,00, 2003 US$438,40, em 2012 US$1675,80, em 10/2013 US$ 1323,70. Na primeira década do século 21 o dólar passa a ter circulação muito maior do que a economia dos USA  (na verdade os USA passam a viver de emitir moeda);

g) O FIM DO CÂMBIO FIXO: o regime de câmbio fixo só se justificaria se o dólar fosse conversível em ouro a uma paridade fixa (Bretton Woods). Se o dólar é apenas uma moeda escritural, seu valor dependerá da política monetária e da economia americana (a capacidade dos USA oferecer alguma riqueza real em troca dos dólares). O capital (direitos de receber dividendos, juros, retorno de capitais investidos no exterior) de residentes nos USA no exterior deve ser considerado nesta análise.  

h) A VANTAGEM DE QUEM EMITE A MOEDA RESERVA MUNDIAL: tem as menores taxas de juros do mundo. Quanto mais emite (monetiza) maior é a procura por seus títulos (aversão ao risco dos outros países) e menores as taxas de juros para seus títulos (são os mais seguros). Podem comprar e investir (fatores de produção) à vontade no exterior (a contrapartida são juros e lucros, além do poder da propriedade). Pode suportar déficits em Transações Correntes com o exterior por anos, assim como na política fiscal. O mundo fica a seus pés. marco aurélio garcia, 03/2011.

ADENDO SOBRE O MONETARISMO: pensamento econômico que afirma que a estabilidade do poder de compra da moeda é condição necessária, mas não o suficiente, para que ocorra o crescimento sustentado.
Recomenda para o controle da inflação:
a) a utilização da taxa básica de juros como a ferramenta mais poderosa para adequar e harmonizar a velocidade de crescimento da oferta e da demanda, controlar a liquidez e o volume de crédito. Fixar acima da taxa neutra ou estrutural, quando ocorre inflação ascendente, abaixo quando a inflação está controlada e a tendência de crescimento não ocorre;
b) o controle da dívida pública (se alta através de superávits primários);
c)  o crescimento da liquidez constante (entre 3% e 5% para não causar inseguranças e imprevisibilidades) e em harmonia com o crescimento econômico.
marco aurélio garcia, 03/2011.