sábado, 27 de agosto de 2016

O IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEF.


O IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEF.

Para os leitores dos 25 países que normalmente visitam o blog: 

A Constituição do Brasil em seus artigos 85 e 86 diz: 

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e especialmente, contra: 
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Parágrafo 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções: 

ll - nos crimes de responsabilidade, após instauração do processo pelo Senado Federal.  

OS FATOS. Para conseguir se reeleger a presidente em 2013 e 2014 praticou inúmeras formas de abusos: reprimiu preços, fez swaps cambiais prejudiciais ao país (o prejuízo foi superior a R$ 100 bilhões), caiu a taxa básica para percentual que levou a um déficit em Transações Correntes (contas externas) de US$ 104 bilhões, para retardar a explosão do processo inflacionário. Distribuiu bolsas famílias sem controle, deu subsídios de juros para empresas escolhidas através do BNDES e permitiu a institucionalização e a generalização da corrupção no país como nunca se viu (SÃO 13,5 ANOS NO PODER). Autorizou a compra da refinaria de Pasadena, nos USA, causando um prejuízo perto de US$ 1 bilhão (depoimentos acusam corrupção). Na campanha MENTIU  falando que a situação do país era boa, desmentindo seu concorrente que avisava da crise iminente. 
Após tomar posse do novo mandato (2015) iniciou, corretamente, um ajuste fiscal. Não conseguindo ser acreditada socorreu-se de um economista (J. Levy) de linha de pensamento o inverso de seu discurso de campanha. Como os desarranjos foram maiores do que o previsto pelos críticos mais pessimistas, o buraco feito através do que denominaram de Contabilidade Criativa e Pedaladas Fiscais, a situação fiscal e a inflação agravaram-se. A presidente perdeu o apoio que tinha no legislativo (a maioria que a apoiava e acreditou em suas mentiras sentiu-se traída). Ao invés de pedir autorização ao legislativo para corrigir o orçamento e o superávit primário para déficit (chegou a R$ 170 bilhões), escondeu os fatos. Utilizou-se dos bancos públicos para fazer seus populismos e não pagou. O governo é proibido pela constituição de utilizar os bancos públicos para financiar-se. Defendem-se com o argumento de que os saldos negativos não pagos aos bancos públicos não são operações financeiras (um argumento absurdo). 

O PIB do país caiu mais de 3,5%, 12 milhões de desempregados, a inflação ultrapassou 10% (a meta é 4,5%). 
O Presidente da Câmara (a quem acusam, tem direito a um único voto) deixou de aceitar mais de 40 pedidos de impeachment. Aceitou um único, assinado por respeitado jurista, fundador do PT. 
Na Câmara mais de 2/3 dos Deputados votaram a favor do impeachment. 
No Senado em duas votações mais de dois terços dos Senadores votaram a favor do impeachment. 
Agora é a terceira e final votação. 

A presidente está sendo enxotada da presidência pelo conjunto da obra, pelas mentiras, pela corrupção generalizada e para evitar que o país volte a ser governado por incompetentes  que construíram tal quadro e que têm o foco na corrupção. O país quebraria e o sofrimento seria do povo brasileiro. Quem entende um pouquinho de economia e de contas públicas sabe que o Brasil não resistiria ao retorno da organização criminosa no comando do país (denominação dada pelo pleno do Supremo Tribunal Federal em julgamento).
Toda a elite dirigente do PT foi condenada à cadeia pelo pleno do STF, inclusive seu presidente e os 3 últimos tesoureiros. Lula, sua esposa, seus amigos e seus filhos estão submetidos a inquérito investigativo pela Polícia Federal. É disto que os brasileiros e o país está se livrando. 
Felizmente o Brasil é uma democracia madura (os órgãos de estado competentes e independentes) que através de suas leis está conseguindo livrar-se de tal organização que iria quebrar o país. MAG 08/2016. 
      

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

POLÍTICA MONETÁRIA – EFICÁCIA (INFLAÇÃO E CRESCIMENTO).

7) POLÍTICA MONETÁRIA – EFICÁCIA (INFLAÇÃO E CRESCIMENTO). 

MOTIVO: tentar explicar que o crescimento conseguido através de taxa básica expansionista e imprudente não tem sustentação.

1) A experiência demonstrou que a política monetária é mais eficaz no combate à inflação (claro que a parceria com a política cambial e fiscal adequadas torna-a mais eficaz ainda) do que (sozinha) para motivar e conseguir crescimentos (aumentos consistentes das atividades econômicas). O crescimento depende de outras variáveis fundamentais que constituem também a relação das causas das atividades econômicas (Anatole Murad desenvolveu um estudo interessante sobre o assunto). A queda da taxa de juro (sozinha) não provoca, com certeza, o aumento dos investimentos, é apenas uma variável necessária. A contestação de que a política monetária pode criar um ambiente de expansão, como único fator, é unanimemente aceito. O reconhecimento das limitações da política monetária, de que ela não pode como único fator resolver os complexos problemas e interesses individuais da atividade econômica, não tira sua importância no quadro mais vasto da política macroeconômica.  

      2) Uma adequada distribuição de rendas, a existência de fatores de produção (recursos naturais, capital, trabalho, tecnologia), a segurança institucional do capital investido, uma normatização (marco regulatório) adequada que passe segurança e motivação, vantagens ou desvantagens comparativas naturais e artificiais (leis adequadas, judiciário eficaz – rápido e justo - legislativo ou executivo que passem segurança), um sistema financeiro compatível que proporcione segurança para as poupanças e que alimente as necessidades de financiamentos do consumo e dos investimentos, um sistema previdenciário que estimule a formação de poupanças e que não permita privilégios, contas públicas transparentes com publicações de balancetes mensais analíticos, gastos públicos improdutivos (atividades meio) sejam o menor possível, são fatores importantes e que devem ser analisados. MAG 01/2007.


PUBLICADO EM 01/2007 NO SITE: 

http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm#7) EFICÁCIA  

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

CRISE: CAUSAS, EFEITOS E CORREÇÕES.


CRISE: CAUSAS, EFEITOS E CORREÇÕES.

A crise brasileira atual teve como causas:
a) a redução dos preços de nossas commodities exportadas;
b) a queda da Selic abaixo da adequada (2012 / 2013) provocando desarmonia entre a velocidade de crescimento da oferta e da demanda e déficits externos (transações correntes). Em 2014 o déficit ultrapassou US$ 100 bilhões (INSUSTENTÁVEL);
c) para retardar a inflação (efeito da Selic abaixo da adequada) reprimiram os preços dos produtos administrados (petróleo e energia) provocando prejuízos e redução da capacidade de investir das empresas (com a corrupção quebraram a Petrobras);
d) as operações de swaps cambiais iniciadas em 05/2013 para compensar os efeitos da Selic abaixo da adequada (2012 / 2013), a desvalorização cambial e seus reflexos nos preços (inflação). As operações atingiram US$ 118 bilhões e provocaram um prejuízo (regime de caixa) de mais de R$ 100 bilhões;
e) o discurso de aversão ao lucro e ao mercado, e as mentiras (a transparência zerou) das autoridades econômicas e da presidente instalou um clima de desconfiança no governo (sem confiança os investimentos zeraram);
f) como o foco gerencial do governo e das estatais era mais a corrupção, a qualidade da gestão deteriorou;
g) a presidente perdeu o apoio do congresso que a elegeu (decepcionados com as mentiras eleitorais).
AS CORREÇÕES:
      a)    o início dos aumentos da Selic em 05/2013 (deram uma parada eleitoral entre mai. e set, de 2014), atingindo 14,25% em jul. de 2015;
  b)    o juro futuro que atingiu 16,83% em 12/2014 retroagiu para 12,02% em setembro/2016.   A curva de juro de mercado reverteu de ascendente para descendente. O custo de captação do TN e das empresas reduziu (o inverso do que leigos e economistas políticos ou mal formados escrevem);
 c)    o Saldo em Transações Correntes passou de US$ 104 bi. negativos em 2014 para US$ 58,9 bi. negativos em 2015 e para US$ 8,4 bi. também negativo em junho de 2016;
 d)    os preços reajustados melhoraram a situação das empresas (Petrobras e Elétricas);
 e)    a inflação iniciou a queda em junho (e julho);
 f)     infelizmente a política fiscal irá demorar mais tempo que o previsto para ser ajustada.
MAG 08/2016.