KEYNES
E AS POLÍTICAS MONETÁRIA E FISCAL.
MUITOS AFIRMAM QUE AS POLÍTICAS MONETÁRIA E
FISCAL DEVEM SER (EXPANSIONISTAS E CONTRACIONISTAS):
a) EXPANSIONISTAS
(ANTICÍCLICAS - ciclo negativo, descendente) NAS RECESSÕES (juro básico abaixo
do neutro e déficit fiscal);
b) CONTRACIONISTAS
NOS CICLOS ASCENDENTES COM INFLAÇÃO (juro básico acima do neutro e superávit
fiscal).
COMENTO: se o mercado não confiar que as políticas fiscal e
monetária (e autoridades) são corretas e consistentes o acima perde valor. O
correto é sempre praticar a política monetária e fiscal adequadas à conjuntura
presente e prospectiva, que preserve o valor de compra da moeda e mantenha
confiança do mercado na capacidade de pagamento do governo para que os investimentos
não caiam e ocorra fuga da moeda para outros ativos e aconteça BOLHA E NO
PROCESSO O FURO E CRISE.
KEYNES ESCREVEU:
1) "Dei a minha teoria o nome
de teoria geral. Com isto quero dizer que estou preocupado principalmente com o
comportamento do sistema econômico como um todo - com a renda global, com o
lucro global, com o volume global da produção, com o nível geral do emprego,
com o investimento global e com a poupança global, em vez de com a renda, o
lucro, o volume da produção, o nível do emprego, o investimento e a poupança de
ramos da indústria, firmas ou indivíduos em particular." "A relação
de igualdade entre poupança e investimento, que necessariamente se verifica com
relação ao sistema como um todo, não se verifica com relação a um indivíduo em
particular." " A renda global depende da disposição dos indivíduos em
consumir e investir;"
2) A
quantidade da moeda e os preços (prefácio à edição francesa).
"A moeda e a quantidade da moeda
não constituem influências diretas a essa altura do processo. Elas já fizeram
seu trabalho numa etapa anterior da análise. A quantidade da moeda determina a
oferta de recursos líquidos e, consequentemente, a taxa de juros, e, em
conjunto com outros fatores (particularmente a confiança), o estímulo a
investir, o que por sua vez fixa o nível de equilíbrio da renda, da produção e
do emprego e (a cada etapa em conjunto com outros fatores) o nível de preços
como um todo através das influências da oferta e da demanda assim estabelecidas;"
3) "A Teoria Quantitativa da Moeda pode ser enunciada como
segue:"
“Enquanto houver desemprego, o emprego
variará proporcionalmente à quantidade de moeda; e quando o pleno emprego é
alcançado, os preços variarão proporcionalmente à quantidade de moeda.”
“A unidade de salários tenderá a subir
antes que o pleno emprego seja alcançado.”
“A demanda efetiva não variará em
proporção exata à quantidade de moeda.”
“O aumento da quantidade de moeda
traduz-se parte pelo aumento do emprego e parte pela alta dos preços.”
“Os preços sobem progressivamente à
medida que o emprego aumenta.”
“O efeito primário de uma variação na
quantidade de moeda sobre o montante da demanda efetiva resulta da sua
influência sobre a taxa de juros;”
4) Relação Poupança, Investimentos (variáveis determinadas) x Juros,
Eficiência Marginal do Capital e Propensão a Consumir (variáveis
determinantes).
“Poupança e Investimento são as
determinadas e não as determinantes. São o produto gêmeo destas, quer dizer, da
propensão a consumir, da eficiência marginal do capital e da taxa de juro;”
5) Pleno Emprego x Taxa de Juro.
“É lícito crer que a manutenção mais ou
menos contínua de uma situação de pleno emprego exigirá a baixa acentuada da
taxa de juro, salvo se se verificar uma forte modificação na propensão global a
consumir (incluindo o estado).”
“Tão logo se alcance o pleno emprego, a
unidade de salários e os preços é que subirão na medida exatamente proporcional
ao aumento da demanda efetiva;”
6) “O
remédio para o auge não é, portanto, a alta, mas a baixa da taxa de juros;
porque aquela pode fazer perdurar o chamado auge. O verdadeiro remédio para o
ciclo econômico não consiste em evitar os auges e em manter assim uma semidepressão
permanente, mas em evitar as depressões e manter deste modo um quase auge
constante.”
COMENTO: O ERRO DE KEYNES. Receita de inflação e bolha (preços dos
ativos subirem em velocidade maior do que os preços do consumo; fuga da moeda
mais juros, como reserva de valor, para outros ativos);
7) “Temos
de reconhecer que só a experiência pode mostrar até que ponto convém orientar a
intensificação do incentivo a investir, e até que ponto convém estimular a
propensão média a consumir, sem abandonar o objetivo de privar o capital do seu
valor de escassez em uma ou duas gerações. Pode acontecer que a propensão a
consumir se fortaleça de tal modo por efeito de uma taxa de juros decrescente
que o pleno emprego se alcance com um fluxo de acumulação pouco maior do que o
atual;”
A GRANDE FALHA DA TEORIA GERAL (KEYNESIANA): é uma teoria que determina
taxas de juros baixas priorizando o consumo e os investimentos como solução de
crescimento. Não tem solução para a inflação. O processo de crescimento
inicial caminha para inflação e estagnação (queda do poder de compra da
moeda). O pleno emprego leva à inflação. A taxa natural de desemprego evita a
corrida preços x salários, é necessária para evitar a inflação e a estagnação
(estagflação). A taxa de juro de equilíbrio (neutra) tem que ser considerada
para evitar a deflagração de processo inflacionário.
LEIAM:
https://mageconomia.blogspot.com/2011/09/o-enterro-final-do-keynesianismo-2008.html
https://mageconomia.blogspot.com/2011/09/21-keynes-consumo-investimentos-e.html
https://mageconomia.blogspot.com/2011/09/politica-monetaria-objetivo-unico.html
https://mageconomia.blogspot.com/2017/03/a-moeda-politica-monetaria-e-crescimento.html
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