O EFEITO DA TAXA BÁSICA DE JUROS NA RIB (renda interna
bruta) = PIB (produto interno bruto).
RIB = RT + J + L + A = renda do trabalho + juros + lucros +
aluguéis.
PIB = C + I + G + E – M = consumo + investimentos + gastos
do governo + exportações – importações.
AGENTES: RT = TRABALHADORES, J = POUPADORES, L = ACIONISTAS
(quotistas), A = PROPRIETÁRIOS.
J = JUROS SÃO
DESTINADOS a pagar custo com: Financiamentos ao Consumo, a Investimentos e a Capital
de Giro.
PAGAM J = juros: C= Consumidores,
I = investidores e Empresas.
RECEBEM J = juros: Poupança
dos Trabalhadores (Caderneta de Poupança, FGTS, Fundos de Pensão), Poupança das
Empresas, Poupança dos Poupadores em geral.
JUROS = remuneração das
poupanças (capital), da moeda (pagamento de uma taxa pelo tempo).
MOEDA = Monopólio dos
Bancos Centrais (emissão, curso forçado, aceitação). A Aceitação pode ser limitada
ao ambiente nacional (curso forçado) ou mundial (moedas aceitas e utilizadas
como Meio de Pagamento, Unidade de Medida e Contábil, e como Reserva de Valor, mundialmente).
A RESPEITO DE POLÍTICA
MONETÁRIA: Sozinha não resolve problemas microeconômicos, estruturais ou
setoriais. A ESTABILIDADE MONETÁRIA É CONDIÇÃO NECESSÁRIA (mas não suficiente)
AO DESENVOLVIMENTO E AO CRESCIMENTO ECONÔMICO SUSTENTADO. A política monetária
deve contribuir para um ambiente de ESTABILIDADE e de PREVISIBILIDADE,
permitindo o alongamento do planejamento e das operações (das famílias e das
empresas). A estabilidade e a previsibilidade são condições para a redução das
taxas de juros reais e consequentemente do crescimento sustentado do PIB. A
TAXA BÁSICA DE JURO É O PRINCIPAL INSTRUMENTO DA POLÍTICA MONETÁRIA (errando
nela errou em tudo).
TAXA BÁSICA DE JURO:
taxa de curto prazo fixada pelo BC para remunerar a retirada de moeda do
mercado. Pode ser fixada acima ou abaixo da inflação prevista (taxa ex-ante). É
comparada com a inflação realizada e assim se calcula a taxa básica real (ex-post).
A taxa considerada pelos agentes é a líquida de IRF e do índice de inflação.
Uma taxa básica fixada abaixo das expectativas de inflação provocará aumento
das atividades (antecipação de consumo e de investimentos e mais empregos) no
primeiro momento, mas sem sustentação no tempo. Se mantida provocará também
inflação e redução da renda dos poupadores e trabalhadores. Lembre-se que RIB =
RT + J + L + A. Se os juros forem negativos afetará as expectativas dos agentes
possíveis poupadores (todos da sociedade) com suas poupanças (reserva de
valor). Buscarão refúgio em moedas estrangeiras, ouro, bolsas e outros ativos
que não a moeda pátria. Estes ativos sofrerão uma valorização artificial (uma
riqueza virtual), um sentimento falso de riqueza. Como não tem sustentação,
ocorrerá inflação e a taxa básica terá que ser aumentada para evitar o agravamento
do processo inflacionário e para harmonizar a relação dinâmica de equilíbrio entre
a oferta e a demanda. Isto provocará uma desvalorização dos ativos que subiram
artificialmente (a riqueza virtual), e um sentimento de empobrecimento (é o que
se chama de furo da bolha). Então se conclui que a moeda estável (sem inflação
ou deflação) é uma condição necessária essencial, mas não suficiente, para que
aconteça o crescimento sustentado do PIB = RIB. A desarmonia que uma taxa
básica abaixo da adequada em relação à política fiscal (déficits nominais ou
até primários) dará um custo muito maior para corrigir do que o crescimento
artificial e não sustentado conseguido. Em casos de irresponsabilidade (ou ignorância
em política monetária) poderá causar até crise cambial (perda de crédito e de
reservas para as compras essenciais).
Um dos males pouco
falados é a perda de renda e de segurança quanto ao futuro, as desvalorizações
das poupanças e dos fundos de pensão, além da redução da renda dos juros (que faz
parte da RIB) e nos momentos sequenciais dos salários e dos aluguéis. Quanto
maior o tempo em que perdurar a política de taxa básica abaixo da adequada e para
se iniciar a correção, maiores os sofrimentos. Nova redação simplificada de textos já publicados em http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigosgraficos.htm POLÍTICA MONETÁRIA: RELAÇÕES ENTRE A TAXA BÁSICA E A TAXA DE MERCADO. 01/2007 (baseado em texto de 1998, atualizado com gráficos posteriores que confirmam a tese).