sexta-feira, 29 de maio de 2020

A VERDADE SOBRE O GOVERNO DO BRASIL DE JAIR MESSIAS BOLSONARO.


A VERDADE SOBRE O GOVERNO DO BRASIL DE JAIR MESSIAS BOLSONARO.

J. M. BOLSONARO, surpreendentemente, derrotou democraticamente o poder político estabelecido (e o grande poder político das oposições), o poder dos sindicatos (que sobreviviam com imposto sindical obrigatório), o poder das mídias corporativas (que faziam e desfaziam governos e pessoas), o poder das corporações que dominavam as estatais e, sem dinheiro, sem mídia, apenas com seguidores apaixonados por seu discurso defensor dos antigos regimes militares (ditaduras legalizadas e apoiadas pelo povo), contra as corrupções do PT e seguidores, conservador em costumes e liberal em economia (conseguiu atrair eleitores ao falar que Paulo Guedes, economista liberal, seria seu ministro da economia).

Como é seu governo?

     a)    liberal em economia, privatizante, contra o intervencionismo corporativo estatal e privado que sobrevive de explorar estatais e o povo com controles desnecessários, criando dificuldades para vender facilidades, simplificador, elimina controles desnecessários (se funciona sem controle ele não controla. Na verdade, tenta eliminar e o judiciário não permite). A equipe econômica é das melhores que o país já teve. Tenta privatizar estatais e operações de serviços;

     b)    na política não trocou ministérios com partidos políticos (fez um ministério técnico), tentou não ter base no legislativo (comprar apoios partidários com benesses e cargos). Fez propostas reformistas e encaminhou para o legislativo sem tentar influenciá-los (comprar apoios). As reclamações foram vergonhosamente absurdas, atacaram-no de autoritário, antidemocrata, quando estava sendo democrata em excesso (independência e harmonia entre os poderes). Agora parece que está cedendo em cargos do segundo escalão para evitar um processo de impeachment (o legislativo recuou de sua trama golpista com apoio da mídia corporativa e de parte do STF, que ainda cria problemas. Possível crise institucional ainda existe) que não seria aprovado, mas duraria um ano. Tem uma base popular de apoio de uns 33%, mas muito ativa nas redes sociais e em passeatas. É o único político que se sair na rua e aeroportos é aplaudido (ministros do STF são odiados);

     c)    nos costumes é um conservador religioso radical. A maioria do povo brasileiro é conservadora religiosa, mas liberal e moderada no sentido de liberdade de religiões (na mesma família professam várias religiões) e aceitação de diferenças respeitosas;

    d)    relação com mídias corporativas: cortou verbas e qualquer favorecimento e em contrapartida é atacado raivosa e diariamente. Torcem ao invés de noticiar, distorcem notícias (de tão escandaloso não surte efeitos). É defendido por seus eleitores diariamente (e agressivamente) nas mídias sociais (da mesma maneira que é atacado);
     
    e)    corrupção: até agora o governo ainda não teve nenhum escândalo de corrupção;

    f)     relação com o STF. O STF brasileiro é de alto nível, mas infelizmente nos últimos tempos, alguns ministros, deixaram-se dominar por vaidades, prolixidades inúteis e paixões partidárias (todos eles foram escolhidos por presidentes que hoje são oposicionistas raivosos. Perderam as mamatas e sabem que Bolsonaro deve ser reeleito se nada fazerem). Monocraticamente estão tomando decisões (ditatoriais) que estão provocando uma possível crise institucional;

    g)    e Bolsonaro como é? É o que demonstrou ser na campanha eleitoral. Sincero, verdadeiro, dizem que pessoalmente simpático e aberto a conciliações, piadista, reconhece erros e volta atrás, rigoroso quanto a fidelidade de amigos (dizem que meio tosco, casca grossa. Lula e Dilma eram piores).

FINALIZANDO: QUEM APOSTAR NO BRASIL GANHARÁ MUITO.
29/05/2020.             

quinta-feira, 14 de maio de 2020

REVERTER A POLÍTICA MONETÁRIA ENQUANTO É TEMPO.


CÁLCULO DA TAXA BÁSICA CONSIDERANDO PREVISÃO DE IGPM 5%.

Com o IGPM previsto para 2020 de 5% e Selic nominal bruta de 3%, teremos a mesma líquida de IRF = 3% – 20% IRF = 2,4%. Reduzindo - 5% IGPM = - 2,6% (negativo). TAXA BÁSICA REAL NEGATIVA EM - 2,6%.

A Taxa Natural (neutra) considerada de 2,8% (ponto da curva de juro de 360 dias) positivos para - 2,6% (taxa básica líquida de IRF) teremos - 5,4% (uma diferença absurda e perigosíssima). Significa que a taxa básica Selic real está ABAIXO da NATURAL em - 5,4% sob a ótica dos aplicadores nacionais e dos investidores estrangeiros ou os que racionam em dólar (podem optar por investir no exterior).

O normal e aconselhável seria a Selic estar entre 0,5% e 1% abaixo da neutra portanto, em 2,3% ou 1,8% reais.  Para estar em 1,8% ou 2,3% reais a Selic nominal deveria estar positiva em (5% + 2,3) / 0,8 = 9,125% ou (5 +1,8) / 0,8 = 8,5%. Outra opção seria eliminar o IRF (aconselhável) e aí teríamos: 7,3% ou 6,8%.

CONSIDERANDO O IPCA DE 2,7%.

Seguindo o mesmo raciocínio e considerando o IPCA previsto para 2020 em 2,7%, teremos: Selic líquida de IRF 2,4% - 2,7% IPCA = - 0,3% (negativo). A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,8% positivos para - 0,3% = -3,1% (uma diferença absurda e perigosíssima).

Significa que a taxa básica Selic real está ABAIXO da NATURAL em – 3,1% sob a ótica dos aplicadores nacionais e dos investidores estrangeiros ou os que racionam em dólar (podem optar por investir no exterior). O normal e aconselhável seria a Selic estar entre 0,5% e 1% abaixo da neutra portanto, em 2,3% ou 1,8% reais.  Para estar em 1,8% ou 2,3% reais a Selic nominal deveria estar positiva em (2,7% + 2,3) / 0,8 = 6,25% ou (2,7 +1,8) / 0,8 = 5,625%. Outra opção seria eliminar o IRF (aconselhável) e aí teríamos: 5% ou 4,5%.

QUAIS OS EFEITOS QUE PODERIAM OCORRER:

a) o real voltaria a valorizar e aumentar o poder de compra da população (e a segurança e previsibilidade fariam a demanda aumentar);
b) a expectativa de inflação futura (IGPM) cairia e os juros de longo prazo acompanhariam (e o custo de captação do TN). Os volumes negociados no longo prazo aumentariam (facilitaria financiamentos de investimentos);
c) o custo das importações de maquinários e insumos cairiam (reduziria custo de fabricação). O custo das importações concorrentes também cederia e obrigaria as empresas nacionais a trabalharem a melhoria contínua e os ganhos de produtividade;
d) os ativos brasileiros valorizariam em dólar (inclusive o PIB);
e) o poder de compra das famílias aumentaria (e a qualidade de vida, que no fim é o que interessa);
f) a insegurança externa que o Brasil está passando reverteria (e isto não pode perdurar);
g) o juro real é considerado alto ou baixo sempre em relação às expectativas do mercado (positivas, ascendentes, ou negativas descendentes). 14/05/2020.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

COPOM CAI TAXA BÁSICA. A RELAÇÃO TAXA BÁSICA (SELIC) X TAXA NATURAL (NEUTRA OU DE EQUILÍBRIO) X CONJUNTURA PRESENTE E PERCEPÇÃO DA FUTURA.



COPOM CAI TAXA BÁSICA. A RELAÇÃO TAXA BÁSICA (SELIC) X TAXA NATURAL (NEUTRA OU DE EQUILÍBRIO) X CONJUNTURA PRESENTE E PERCEPÇÃO DA FUTURA. EM 07/05/2020.

A TAXA SELIC DE 3% RENDE LÍQUIDO DE IRF (3% X 0,8 = 2,4%): 2,4%. É ESTA TAXA LÍQUIDA (2,4%) QUE OS POUPADORES INTERNOS (APLICADORES) E EXTERNOS LEVAM EM CONSIDERAÇÃO. COMPARAM-NA (taxa de juro ex-ante) COM A INFLAÇÃO FUTURA PELO IPCA E PELO IGPM (taxa de juro ex-post). PELO IGPM PREVISTO TERÁ UM NÚMERO NEGATIVO ELEVADO (E O IGPM É INDICAÇÃO DO IPCA DO FUTURO). PELO IPCA DEVERÁ DAR UM NEGATIVO PEQUENO. PELO DÓLAR É IMPREVISÍVEL NO MOMENTO.
A taxa Básica deve ser fixada acima ou abaixo da taxa Natural. Considerando-a = ao DI 360, 2,85% teremos:

     a)    com o IGPM previsto para 2020 de 5% e Selic de 3%. 3% – 20% IRF = 2,4% - 5% IGPM = - 2,6% (negativo). A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,85 positivos para -2,6 = -5,45% (uma diferença absurda e perigosíssima). Taxa que provoca fuga de capitais (nacionais e estrangeiros), desvalorização da moeda pátria, possível aumento de atividades e de preços de alguns ativos (ouro, dólar, etc.). Se a percepção for de que a inflação subirá, as taxas de curto prazo de juros acompanharão a Selic, mas as de longo prazo subirão (o custo de captação do TN subirá). A nota de crédito do Brasil foi atingida negativamente (talvez mais por motivos políticos);

     b)    com o IPCA previsto para 2020 de 2,7%: 2,4% - 2,7% = - 0,3% (negativo). A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,85% positivos para - 0,3% = -3,15% (uma diferença absurda e perigosíssima). Taxa que provoca fuga de capitais (nacionais e estrangeiros), desvalorização da moeda pátria, possível aumento de atividades e de preço de alguns ativos (ouro, dólar, etc.). Se apercepção for de que a inflação subirá, as taxas de curto prazo de juros acompanharão a Selic, mas as de longo prazo subirão (o custo de captação do TN subirá). A nota de crédito do Brasil foi atingida negativamente (talvez mais por motivos políticos).
COMENTO: considerando a insegurança conjuntural causada pelo COVD-19, pelas críticas diárias da mídia (que fizeram efeito forte no exterior) que reduziram a necessária percepção de estabilidade interna (segurança e previsibilidade) para aumento das atividades e investimentos (PIB), as duas previsões de taxa básica líquida de irf e de inflação (igpm e ipca) negativas, deverão (poderão) causar pouco efeito nas atividades. A este respeito o fundador dos cursos de economia no Brasil ensinou: E. GUDIN 1968: Em conjuntura recessiva com predomínio de pessimismo, não há taxa de juros capaz de, sozinha, reanimar a atividade. INFLAÇÃO E CÂMBIO: a inflação afeta o câmbio antes de afetar os preços, mas com as repetições entende-se que os dois efeitos são gêmeos, e um afeta o outro.  
Esta taxa básica passa insegurança para todos: poupadores (verão suas poupanças serem dilapidadas por inflação), reduzirá demanda (insegurança reduz demanda), e por extensão PIB. É semelhante a uma dose de antibiótico acima da adequada, fará mais mal do que talvez bem. MAG 07/05/2020.


 BLOG: TERÇA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2017

ATÉ ONDE A SELIC PODE CAIR?

A credibilidade do MF e do presidente do BC, além da correta política monetária e dos esforços do MF para dar transparência e corrigir a política fiscal (apoiado pelo presidente MT e legislativo) conseguiram passar credibilidade para os agentes econômicos (a previsibilidade melhorou, mas ainda insuficiente). Os juros de longo prazo caíram de 16,8% em 12/2015 para abaixo de 10%. As expectativas de inflação caíram para abaixo da meta (4,5%) com a recessão invertendo a tendência de queda acima de 3,5% para um crescimento que ficará entre 0,5% e 1,5%. EM RESUMO: a competente equipe econômica e a correta política monetária venceram mais uma vez.

A PERGUNTA QUE TODOS PRETENDEM RESPONDER: ATÉ ONDE A TAXA BÁSICA (SELIC) DEVERÁ CAIR? ATÉ OS JUROS DE MERCADO DE LP (A CURVA DE JUROS) NÃO REVERTER A TENDÊNCIA DE QUEDA (DESCENDENTE) PARA ASCENDENTE. ESTA SERÁ A HORA DE PARAR COM A QUEDA DA SELIC, ANTES QUE AS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO VOLTEM. OUTRA PERGUNTA: E SE OS PREÇOS NÃO PARAREM DE CAIR (hipótese que considero improvável) E CAMINHAREM PARA DEFLAÇÃO? ALÉM DE CAIR A TAXA BÁSICA DE JURO (SELIC) O BC DEVERÁ DAR LIQUIDEZ A JUROS BAIXOS PARA O LONGO PRAZO.

A HIPÓTESE MAIS PROVÁVEL É QUE A INFLAÇÃO RETORNE SE O BC PASSAR A IMAGEM DE QUE CEDEU ÀS PRESSÕES POLÍTICAS DE VÉSPERA DE ELEIÇÃO PARA CAIR A SELIC (hipótese que considero improvável). EM NÚMEROS ACREDITO QUE A SELIC PODERÁ CAIR ATÉ 9% COM O MÁXIMO DE 1% POR REUNIÃO DO COPOM (mais é arriscado). MAG 03/2017.