domingo, 13 de março de 2022

AMBIENTES ADEQUADOS AO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.

 

AMBIENTES ADEQUADOS AO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.

     1)    RESPONSABILIDADE FISCAL. Relação gastos (consumo e investimentos) produtivos e improdutivos adequada;    

      2)    CARGA TRIBUTÁRIA. A menor possível (tributar rendimentos do trabalho apenas com IR);

     3)    POLÍTICA MONETÁRIA.   Juro básico adequado em relação ao juro de equilíbrio (neutro ou natural) considerando a inflação (ascendente ou descendente) objetivando dar credibilidade à moeda como reserva de valor. Juro nominal de mercado livre, sem tabelamentos. Normas Prudenciais devem ser revistas sempre que necessário. Um sistema de financiamento para residências;    

      4)    RESPEITO À POUPANÇA E INVESTIMENTO PRIVADOS;

      5)     CÂMBIO DE MERCADO (FLUTUANTE);

      6)    PREÇOS LIVRES (DE MERCADO), SEM TABELAMENTOS;

      7)    COMÉRCIO EXTERNO o mais livre possível (não dificultar importações de maquinários, tecnologias e partes necessárias a produtos destinados à exportação);

      8 )    INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO (facilitar);

      9)    ESTATAIS: privatizar as existentes e não abrir mais. Estratégico é saber produzir e ter poder de legislar e tributar;

     10)  REGULAMENTOS: se funcionar sem regulamentos não regulamente. De tempos em tempos revise regulamentos para simplificar ou eliminar;  

     11)  CONTROLES E AUDITORIAS: reforce e atualize constantemente. Tenha estabelecido roteiro para auditoria especificando pontos vulneráveis (a serem auditados com mais rigor);

     12)  RESPEITO AO DIREITO DE PROPRIEDADE, inclusive o intelectual;

     13)  RELAÇÃO CAPITAL X TRABALHO: facilite, desregulamente, descomplique ao máximo, respeite a vontade das partes e a relação econômica de mercado. Limite o poder da justiça do trabalho legislar (isto faz com que os passivos trabalhistas sejam impossíveis de serem previstos);

     14)  JUDICIÁRIO: eficiente (profissional, com credibilidade e que passe segurança jurídica) e eficaz (ágil e correto). Tenha limites estabelecidos com clareza, inclusive sobre decisões em causa própria;

     15)  SISTEMA DE ENSINO - atender a toda a população;

      16) SISTEMA PREVIDENCIÁRIO: o ideal seria o de capitalização (estimula a formação de poupança e não permite privilégios);

      17) CONTAS PÚBLICAS - exista transparência com publicações de balancetes mensais analíticos;

     18) LEGISLATIVO e EXECUTIVO – tenha limites estabelecidos para legislação em causa própria e seja eleito democraticamente. Legislativo com apenas uma reeleição. Executivo sem reeleição;

      19) AMBIENTE DE NEGÓCIOS sem aversão ao lucro e ao capital (sem demagogias da esquerda).  

UM BOM RESUMO: respeito à propriedade privada, aos contratos que respeitem a vontade livre das partes, estabilidade das regras do jogo (que devem ser o mais simples possível). Liberal democracia.


Resumo adaptado de texto de 10/1994.

domingo, 6 de março de 2022

TENTANDO EXPLICAR A CONCENTRAÇÃO DE RENDA E DE CAPITAL. DESMISTIFICANDO UM MITO. ESPECULADORES E RENTISTAS.

 

TENTANDO EXPLICAR A CONCENTRAÇÃO DE RENDA E DE CAPITAL.

Marco Aurélio Garcia. Facebook. 18/01/2016. Belo Horizonte.


Vamos considerar uma sociedade (pode ser uma pequena cidade) com um PIB (produção anual) de 1.000, 100 Habitantes e um Capital de 5.000 (as fábricas, casas etc.). Uma empresa estrangeira entra investindo 500 em uma fábrica e produz 500 (a parte de mão de obra custou 200).

No primeiro ano como é normal a empresa não deu lucro. O capital aumentou a concentração (os 500 investidos pelos empresários. Foi de 5000 para 5500). A renda per capta aumentou em 200 (salários da nova empresa) indo de 10 (PIB de 1000/100 habitantes = 10) para 12 (novos salários 200/1000 habitantes = 2,00 em novos salários). A renda per capta aumentou (na prática aumenta a de todos pelo aumento das atividades). No segundo ano a empresa deu lucro e a renda per capta aumentou novamente, mas a concentração da mesma também aumentou (parte de salários e de lucros).

RESUMINDO: o capital produz riqueza (para todos). No capitalismo de mercado a riqueza é distribuída segundo o mercado (inúmeros interesses), todos ganham (uns mais outros menos). Parte do lucro vai para os empresários que têm interesse na sobrevivência e crescimento da empresa. No capitalismo de estado (comunismo, socialismo) o lucro quase nunca existe (as empresas têm que sobreviver de subsídios, monopólios com preços altos e qualidade baixa e socorros dos estados), a riqueza não se multiplica. Foi o motivo do capitalismo de mercado (economia de mercado) ter enriquecido e sobrevivido e o de estado (socialismo) empobrecido e derrotado (as últimas ditaduras são Cuba e Coreia do Norte. Sem socorro passam até fome). E têm propagandistas da esquerda que se utilizam da inveja, sub-repticiamente, com o argumento da concentração de renda e de capital para tentar enganar os menos informados (no fim querem é aumentar a renda do estado para roubarem mais).

A DIFERENÇA DE CONCENTRAÇÃO: O CAPITAL PODE SER PRIVADO (a luta pela sobrevivência, os lucros reinvestidos, as melhorias contínuas, as inovações) OU DO ESTADO (controle pela elite burocrática, sempre corrupta, preços altos ou subsídios insustentáveis, qualidade baixa e depreciação tecnológica). O CAPITAL É UMA DAS CONDIÇÕES PARA QUE OCORRA CRESCIMENTO.

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TEXTO COMPLEMENTAR.

18 /01/ 2020: COMENTÁRIO SOBRE A CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA E DE RENDA NOS REGIMES ECONÔMICOS: ECONOMIA DE MERCADO (LIBERAL) E DE PLANEJAMENTO CENTRALIZADO (COMUNISTA E SOCIALISTA).

O AUMENTO DA RENDA PER CAPTA EXIGE AUMENTO ANTECIPADO DE INVESTIMENTOS E DE LUCROS (NOS DOIS REGIMES ECONÔMICOS).

NAS ECONOMIAS DE MERCADO (LIBERAIS) A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA (CONCORRÊNCIA) EXIGE MELHORIA CONTÍNUA, GANHOS DE PRODUTIVIDADE E INOVAÇÕES. ISTO ACONTECE COM A CONCORRÊNCIA QUE MOTIVA AS MELHORIAS CONTÍNUAS (a luta pela sobrevivência).

NOS REGIMES DE PLANEJAMENTO CENTRALIZADO (O PODER FICA COM A BUROCRACIA DOMINANTE E MILITARES, ONDE A CORRUPÇÃO PREVALECE) A EXPERIÊNCIA PROVOU, SOBEJAMENTE, A DERROCADA DO MODELO EM RELAÇÃO ÀS ECONOMIAS LIBERAIS DE MERCADO: REDUÇÃO DE CRESCIMENTO, DE RENDA PER CAPTA, EMPOBRECIMENTO DA POPULAÇÃO, FALTA DE PRODUTOS, PERDA DA LIBERDADE DE IR E VIR E DE IMPRENSA (como forma de manter a ditadura). A PROPRIEDADE DA RIQUEZA FICA NAS MÃOS DO ESTADO (DA BUROCRACIA DOMINANTE SEMPRE CORRUPTA).

É VERDADE QUE NAS ECONOMIAS DE MERCADO (LIBERAIS) ACONTECE CONCENTRAÇÃO DE RENDA E DE RIQUEZA (PROPRIEDADE DOS CAPITAIS), MAS SEMPRE VEM ACOMPANHADA DO AUMENTO DA RENDA PER CAPTA DE TODOS E DE MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA. COMO O AUMENTO DA RENDA PER CAPTA EXIGE ANTECIPAÇÃO DE INVESTIMENTOS LUCRATIVOS, ACONTECE SIMULTANEAMENTE A CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA, DE RENDA E TAMBÉM DA RENDA PER CAPTA DE TODOS.

NAS ECONOMIAS COMUNISTAS COMO A PROPRIEDADE É DO ESTADO (NA VERDADE DA ELITE DIRIGENTE BUROCRATA), AS ESTATAIS MONOPOLISTAS OU OLIGOPOLISTAS (EM SUA MAIORIA) NÃO PRECISAM ENFRENTAR A CONCORRÊNCIA E A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA (A BUSCA DO LUCRO QUE EXIGE MELHORIAS CONTÍNUAS, GANHOS DE PRODUTIVIDADE E INOVAÇÕES), EM SUA MAIORIA DÃO PREJUÍZOS. NÃO EXISTE CONCENTRAÇÃO DE RENDA NEM DE RIQUEZA POIS ESTÃO CONCENTRADAS NAS MÃOS DAS MINORIAS QUE DOMINAM O ESTADO E AS ESTATAIS. MAS AS EXPERIÊNCIAS PROVARAM QUE PRODUZEM POBREZA, LIMITAÇÃO DA LIBERDADE (DE IR E VIR, DE SE INFORMAR).


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DESMISTIFICANDO UM MITO. ESPECULADORES E RENTISTAS.

Quem são os especuladores e rentistas? Todas as pessoas que trabalham, ganham seu dinheiro honestamente, poupam parte para garantir o futuro (casa própria, aposentadoria etc.) e aplicam na Caderneta de Poupança, em CDBs, em Bolsa, Ouro, Moedas estrangeiras (é legal, inclusive manter contas no exterior desde que declaradas), Fundos de Investimentos etc. São também especuladores e rentistas os fundos de pensão dos trabalhadores (que garantem aposentadorias e pensões). O mundo em desenvolvimento (falta poupança doméstica) respeita e atrai os especuladores rentistas para que invistam em seus países (investimentos diretos, bolsas, empréstimos, títulos do tesouro etc.). Especuladores e rentistas são um bem ao invés de um mal, como os demagogos, populistas ou ignorantes propalam. Em época de eleição políticos demagogos (ou leigos que não são capazes de ler e entender um bom livro de Política Monetária) falam contra juros altos; não sabem a diferença entre juro básico, neutro (de equilíbrio), de mercado (de curto, médio e longo prazos). Não sabem ler e entender uma curva de juros de mercado. Não sabem a relação entre taxa básica, inflação e juros de mercado de longo prazo. Não entendem a diferença entre quantidade moeda (M0, M1, M2, M3, M4) e liquidez. A relação entre quantidade de moeda, liquidez, inflação (ascendente ou descendente) e PIB potencial.   

Para completar: a maior parte da renda nacional é oriunda do trabalho (salários, honorários, serviços gerais), por extensão a maior parte das poupanças são de trabalhadores. Os bancos são apenas intermediários no gerenciamento destas poupanças.  A renda nacional é definida assim: RT + L + J + A (renda do trabalho, mais lucros, mais juros, mais aluguéis). Percentualmente a maior parte é a RT. E renda nacional é igual a PIB (C + I + G + E – M).

Felizmente a mídia de economia e finanças (inclusive jornalistas estudiosos, economistas) aprendeu com os BCs de Armínio Fraga (lançou o sistema de metas de controle da inflação, o tripé, superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação. Impediu que o Real fracassasse como tantos outros planos, alguns mirabolantes e de pensamento mágico), Henrique Meirelles, Ilan Goldfajn e Roberto Campos Neto (destaca-se também o trabalho, não reconhecido por todos, de Gustavo Loyola), evoluiu no entendimento de política monetária (verdade que a maioria dos economistas brasileiros tinham entendimento errado em economia monetária, presos a entendimentos keynesianos, a maioria desvirtuada).

Em teoria econômica não existe a variável rentista, existem: RIB = RT + L + J + A (renda interna bruta = renda do trabalho + lucros + juros + aluguéis) = PIB = C + I + G + E – M (consumo + investimento + gastos do governo + exportações - importações). Quem são os agentes econômicos (investidores) que aplicam suas poupanças (investem)? Trabalhadores, empresários, poupadores em geral. E qual é a renda das aplicações? Juros e Lucros. Resumo atualizado de texto de 1994.