terça-feira, 18 de outubro de 2011

É TUDO MENTIRA.

É TUDO MENTIRA.
A MENTIRA PODE SER BOA PARA O DESENVOLVIMENTO DA HUMANIDADE?

A afirmação acima (é tudo mentira) dita sobre as religiões politeístas é aceitável e fácil de entender, afinal fomos educados desde criancinhas (agredidos?) à verdade de que o politeísmo era errado e mentiroso (vários homens invisíveis, espíritos, que ficavam no céu de olho em tudo que fazíamos). Os escritos do antigo testamento não resistem a uma análise com um mínimo de rigor crítico (alguns fatos verídicos e inúmeras lendas). Incongruências (afirma e nega), crimes cruéis ordenados por um deus dito único (trocaram os vários homens invisíveis que ficavam nos céus por um único) e toda forma de absurdos não mais aceitos no mundo civilizado do bem comum e do estado democrático do direito são a base desses livros. No novo testamento também encontramos contradições (históricas e factuais) inaceitáveis a um mínimo de rigor analítico, apesar da bela e elogiável pregação humanista. A parte espiritual (a magia, o pensamento mágico) pode ser considerada uma tática antiga utilizada para obtenção de dominação e poder, já que religião e estado eram unificados. Os milagres, os espíritos, táticas utilizadas para amedrontar a uns e endeusarem-se perante outros, resiste a anos de desenvolvimento da humanidade (até os mais educados academicamente se submetem docilmente a estas mentiras). Anos de estudo não substituem a agressão (criminosa) a que crianças são submetidas com a educação religiosa. Dogmas, mentiras e medos (inferno, diabo, espíritos) são incutidos nas crianças como verdades pelas pessoas que elas mais amam, mães e pais. A maioria dos profissionais que estudam o pensamento e o comportamento (psiquiatras, psicólogos, sociólogos) não consegue libertar-se das crendices a que são submetidos quando crianças.
Durante anos pensei que a religião que prega o amor e o perdão, o arrependimento, não poderia fazer mal para a humanidade nem para as pessoas individualmente, seria até boa. Mas para isto teria que aceitar que a mentira (e o poder através dela) seria boa para o desenvolvimento da humanidade (uma agressão ao bom senso).  A partir da aceitação de que a mentira não pode ser boa conselheira, nem para o desenvolvimento da humanidade, aceitar ateísmo passa a ser o contraditório da falsidade. Em nome da fé em um homem invisível que fica no céu vigiando tudo e a todos, é submeter-se, docilmente, à mentira, inaceitável para o homem que pensa. O mal que as religiões podem fazer para a humanidade foi relativizado com a defesa pelos liberais do estado laico (separação de estado e religião, escolas públicas não ensinarem religião). Mas apesar desta evolução do mundo ocidental a força do pensamento mágico das religiões (espíritos, milagres, santos, demônios, a força da oração) sobre a individualidade das pessoas é muito forte (a fé - ou crendice -, sua força e poder sobre as pessoas). Substituir a fé pelo que? A fé nada mais é do que a aceitação do acontecido e a crendice de que a oração poderá mudar o futuro. A inação que a fé (o poder da oração) pode causar nas pessoas prejudica a ação das mesmas na solução dos problemas. O que pode substituir a fé? A aceitação. A frase que religiosos usam é a pura verdade: aceitar o que não podemos modificar, coragem para mudar o que podemos e sabedoria para distinguir uma das outras. Esta frase é o melhor que encontrei para substituir a inação que a fé pode fazer.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MONETARISMO


MONETARISMO
A ESTABILIDADE MONETÁRIA É CONDIÇÃO NECESSÁRIA (mas não o suficiente) AO DESENVOLVIMENTO E AO CRESCIMENTO ECONÔMICO. 
A política monetária sozinha não resolve problemas microeconômicos, estruturais ou setoriais, depende de harmonia com a política fiscal e a cambial e também de um ambiente institucional motivador.

Relacionar os princípios que o monetarismo defende é a melhor maneira de defini-lo. Abaixo relaciono uma síntese:
a) a política monetária deve ser conduzida por regras (princípio que busca no pensamento liberal);
b) é contra o poder discricionário na condução da política monetária, acredita nas expectativas racionais (semelhante ao pensamento liberal e contra o keynesianismo que defende o arbítrio do poder discricionário);
c) defende a transparência e o crescimento constante e sem oscilações na oferta monetária (a um ritmo estável);
c) acredita que as oscilações na oferta monetária são uma das causas das crises. Receita para as crises não deixar que caia a oferta monetária;
d) acredita que o crescimento constante da oferta monetária estabiliza a demanda agregada. A oferta monetária, os juros de mercado e a inflação orientam a necessidade da taxa básica de juros. As bolhas nos preços dos ativos são provocadas por excesso de oferta monetária e taxa básica de juro abaixo do ponto de equilíbrio;
e) a autoridade monetária deve subir a taxa básica de juros quando a expectativa de inflação subir, para reduzir a oferta monetária (menos moeda, menos depósitos, menos empréstimos), as atividades e a pressão inflacionária;    
f) defende o estabelecimento de uma META para a inflação, a ser alcançada pelos BCs (é uma regra e limitação do poder discricionário);
g) acredita que a estabilidade monetária (o equilíbrio) acontece com uma taxa natural de desemprego (máxima de 6%);
h) o câmbio deve ser flutuante (limita o poder discricionário da autoridade monetária);
i) o crescimento deve ser sustentável, sem inflação e sem bolha de demanda. Demanda e oferta devem crescer em harmonia (velocidade);
j) o crescimento da economia deve ter por limite o PIB potencial (a capacidade da economia crescer sem inflação, a existência de fatores de produção).
O monetarismo não concorda com o poder discricionário da autoridade monetária, com o câmbio fixo, com o tabelamento dos preços (produtos, salários, câmbio, juros de mercado).  

MAGECONOMIA/ 2011 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

BRASIL: NECESSIDADE DE IMPORTAÇÃO DE CAPITAIS

BRASIL: NECESSIDADE DE IMPORTAÇÃO DE CAPITAIS

A necessidade de importação de capitais pelo Brasil é de US$5 bilhões por mês (média). Esta necessidade é representada pelo resultado negativo da conta Transações Correntes (jan. a ago. 2011 = US$33,784 bi. negativos), que é igual a: saldo do Bal. Comercial US$19,976 bi. (positivo); saldo da conta Rendas (dividendos, juros, salários) US$30,958 bi. (negativo); saldo da conta Serviços (aluguéis de equipamentos, transportes, viagens) US$24,722 (negativo); saldo da conta Transf. Unilaterais US$1,971 bi. (positivo). Ate ago./2011 o Brasil conseguiu importar através da conta Capital US$88,228 bi. (valor bem acima da necessidade).  Esta importação de capitais vem principalmente através de empréstimos (a empresas privadas e compras de títulos do TN) e investimentos de estrangeiros no Brasil (em empresas, em ações.). Os capitais são atraídos para países onde encontram Segurança, Rentabilidade e Liquidez. Aprendemos com a crise de 2008 que a Aversão ao Risco (segurança = do capital, rentabilidade = perdas cambiais), provoca fuga de capitais para a moeda reserva mundial. As operações bancárias paralisaram em 2008 (foi a atuação do governo americano, Fed, oferecendo liquidez através de swaps ao Brasil, que fez com que a crise aqui fosse menor.). O IOF criado pelo Brasil em uma situação de excesso de oferta de capitais, criando artificialidade no mercado cambial (artificialidade = insegurança cambial = aversão ao risco = fuga de capitais), pode ser um tiro no pé dependendo para onde a crise da zona do Euro caminhar. A eliminação dos IOFs cambiais é medida urgente a ser tomada retirando a artificialidade do mercado cambial brasileiro. O BC pode e deve atuar através de medidas Prudenciais que imponham Limites de Riscos para os bancos (é o que pode e deve ser feito).       

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

AS DESVALORIZAÇÕES DAS PRINCIPAIS MOEDAS DESDE A ANTIGUIDADE

AS DESVALORIZAÇÕES DAS PRINCIPAIS MOEDAS DESDE A ANTIGUIDADE (um breve resumo): as moedas metálicas tinham o seu valor baseado no seu peso e pureza (ouro, prata). Os romanos para financiar suas guerras de conquistas reduziam o peso e a pureza do ouro contido nas moedas (era um tipo de inflação ou desvalorização da moeda). Os governos imperiais e monárquicos achavam-se no direito de falsificar a moeda da mesma maneira que os romanos. Nos tempos mais contemporâneos muitas nações deixaram de honrar o compromisso com sua moeda. Podemos enumerar os prejuízos (tipo de moratória ou quebra) que deram: 
a) a Inglaterra deixou de honrar a conversibilidade da Libra esterlina em ouro na primeira guerra mundial (após a guerra, em 1925, retornou para a conversibilidade à paridade de antes da guerra, um tiro no peito); 
b) em 1931 a França resolveu transformar toda a sua reserva em ouro. A Inglaterra não tendo como honrar suspendeu a conversibilidade da Libra esterlina; 
c) em 1944, na conferência de Bretton Woods os USA comprometeram-se a garantir a conversibilidade do dólar em ouro ao preço de US$35,00 por onça-troy. Em 1968 os USA estabeleceu dois preços para o ouro, um oficial apenas para os bancos centrais, outro livre para outros agentes econômicos; 
d) em 15/08/1971, os USA, abandonam totalmente a conversibilidade do dólar em ouro. Em março de 1973 os países industrializados abandonam a paridade fixa com o dólar, deixando suas moedas flutuarem em relação ao mesmo enterrando de vez o sistema de Bretton Woods; e) em 1979 os principais países da Europa decidiram criar um sistema monetário regional (o EURO). O ouro chegou a valer mais de US$800,00 (1980), caindo para US$300,00 em 1985 (as negociações ou especulações como alguns definem alcançaram uma intensidade de movimentação imprevisível). Na primeira década do século 21 o dólar passa a ter circulação muito maior do que a economia dos USA  (na verdade os USA passam a viver de emitir moeda). O regime de câmbio fixo só se justificaria se o dólar fosse conversível em ouro a uma paridade fixa (Bretton Woods). Se o dólar é apenas uma moeda escritural, seu valor dependerá da política monetária e da economia americana (a capacidade dos USA oferecer alguma riqueza real em troca dos dólares). O capital (direitos de receber dividendos, juros, de retorno de capitais) de residentes nos USA no exterior deve ser considerado nesta análise.