quinta-feira, 30 de maio de 2013

PARADOXO

PARADOXO

Segundo Keynes a taxa de juros baixa motivaria os investimentos. O Brasil e seus economistas desenvolvimentistas-keynesisanos (que chamo de turma do pensamento mágico) desmentiram o mestre. Conseguiram fabricar um modelo econômico onde baixaram as taxas de juros, aumentaram os gastos do governo, desvalorizaram artificialmente a moeda pátria e: a) a inflação subiu (o contrário do que defendiam e esqueceu-se de pensar o guru Keynes. Para ele a inflação não existiria); b) os investimentos caíram (diferente do que previu Keynes); c) o PIB reduziu o crescimento a quase zero; d) desequilibraram as contas externas (aumentaram o déficit em transações correntes para percentual quase mortal, acabaram com o superávit do balanço comercial. Bem verdade que Keynes era a favor do câmbio flutuante); e) regulamentaram o movimento de capitais dificultando as transações (e os investimentos). O que fizeram para errar tanto em tão pouco tempo? Acreditaram na turma do pensamento mágico, desmotivaram o mercado (a que odeiam), amedrontaram a todos querendo demonstrar maior sabedoria do que o mercado (propuseram-se a substituir a ordem natural, espontânea e complexa dos mercados, infinitos interesses pessoais pelas limitações do planejamento centralizado, dirigido por burocratas de governos, totalitários e autocráticos, onde a corrupção é facilitada e o empobrecimento é o efeito). Felizmente o Banco Central, cuja equipe é qualificada e racional, enxergou a tempo e corrigiu a absurda barbeiragem demagógica a que estavam nos expondo.  CORRETAMENTE SUBIRAM A TAXA BÁSICA DE JURO. E TERÁ QUE SUBIR MAIS, ATÉ QUE A VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DA OFERTA E DEMANDA SE HARMONIZEM, AS CONTAS EXTERNAS INICIEM MOVIMENTO DE CORREÇÃO E OS AGENTES SINTAM-SE NOVAMENTE ENCORAJADOS. E OVOS SERÃO QUEBRADOS? PROVAVELMENTE, POIS ATRASARAM AS MEDIDAS CORRETIVAS (é o preço que pagaremos pela ignorância). Se uma economia tem expectativas negativas quanto as atividades (e lucros) terá também juros baixos. Portanto, juros altos de mercado, são sinônimo de economias com expectativas positivas. A taxa básica deve ser fixada tendo por parâmetro a taxa neutra de mercado.

E NOSSO PARQUE INDUSTRIAL? Podemos estratificá-lo em:
a) os competitivos;
b) os não competitivos.

Qual o percentual de nossa economia que é representada pela turma não competitiva? Menos do que 3%.
Sabemos que a competitividade só é conseguida através da luta pela sobrevivência travada nos mercados concorrenciais. É a concorrência que provoca a melhoria contínua. Protecionismo é sinônimo de parasitismo, perda de produtividade e de competitividade. Não podemos proteger 3% de nossa economia, tendo como contrapartida o empobrecimento de todos e perda de qualidade de vida. O protecionismo (sob qualquer forma) é opção por desequilíbrios que provocam contínuos malefícios à economia.  Para que uma economia não tenha queda de produção (queda do PIB) são necessários investimentos contínuos em manutenções, renovações e modernizações de fatores de produção (manutenção da FBCF- formação bruta de capital fixo). Hoje temos além da depreciação por uso e tempo, a tecnológica (alguns maquinários tornam-se obsoletos e não competitivos em pouquíssimo tempo). Com o mundo globalizado, um país só será competitivo se suas empresas puderem dispor de moeda com valor cambial de mercado (câmbio flutuante), abertura para importar os melhores e mais modernos fatores de produção, matéria primas com preços globalizados (não ter que submeter-se a protecionismos que só provocam atrasos e pobrezas).  A opção é entre ter uma indústria eternamente não competitiva e seus efeitos, preços maiores, qualidade pior, ou abrir-se para o mercado competitivo e a eterna luta pela sobrevivência e ganhos de produtividade (melhor qualidade de vida).  MAG 05/2013.
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segunda-feira, 27 de maio de 2013

MOEDA


OPERAÇÕES DE CRÉDITO DO SISTEMA FINANCEIRO (BRASIL).

ANO GOV. INDUST. HABIT. RURAL COMERC. P. FÍS. OUTROS TOTAL VAR. % i real PIB IPCA IGPM
12
meses
Ano
12/2007 18,8 213,8 45,8 89,2 97,6 314,3 156,3 935,97 X X 0,174 5,4 4,46 7,75
12/2008 27,2 296,4 63,3 106,4 124,8 389,5 219,6 1227,5 31,14 31,14 9,624 5,1 5,9 9,81
12/2009 58,974 304,745 91,862 112,266 136,306 462,506 247,687 1414,34 15,22 15,22 - 3,52 -0,6 4,31 -1,72
12/2010 67,805 361,051 138,784 123,902 172,559 548,777 292,403 1705,28 20,57 20,57 -3,52 7,5 5,91 11,32
12/2011 81,671
417,385
200,506
141,134
208,415
633,758
347,483
2033,9
19,02
19,02
4,18
2,6
6,50 5,10
12/2012 118,833 461,997 277,047 171,301 227,212 698,505 404,739 2368,68 16,2 16,2 -1,1 1 5,84 7,82
04/2013 124,889 470,969 326,600 175,391 227,438 724,902 402,557 2452,74 16,4 3,6 0,804 2,5 0,98
FONTE BCB

MEIOS DE PAGAM. X PAPEL MOEDA EM PODER DO PÚBLICO X DEP. À VISTA
(saldo fim período).


DATA Meios Pag. EVOL. % P. Moeda
Poder. Públ.
EVOL. % Dep. Vista EVOL. % i real
IGPM
PIB IPCA IGPM
ano 12 meses ano 12 meses ano 12 meses
12/2007 231430 x x 82251 x x 149179 x x 0,174 5,4 4,46 7,75
01/2008 190279 -17,8 x 73199 -11,0 x 117080 -21,5 x x x x x
09/2008 194785 -15,8 x 77658 -5,58 x 117127 x x x x x x
12/2008 223440 -3,45 -3,45 92378 12,31 12,31 131061 -12,1 12,1 9,624 5,1 5,9 9,81
01/2009 196088 -12,2 3,05 83060 -10,0 13,47 113029 -13,7 9,6 x x x x
12/2009 250234 -27,6 11,99 105801 14,5 14,5 144433 10,2 10,2 -3,52 -0,6 4,31 -1,72
01/2010 227475 -9,09 16,00 96685 -8,6 16,4 130790 -9,44 15,7 x x x x
12/2010 281876 12,64 12,64 121981 15,3 15,3 159895 10,7 10,7 -0,102 7,5 5,91 11,32
01/2011 257449 -8,7 13,2 109456 -11,4 13,2 147994 -7,44 13,2 x x x x
12/2011 285377 1,2 1,2 131741 8,0 8,0 153636 -3,9 -3,9 4,18 2,6 6,50 5,10
01/2012 259833 -9,0 0,9 118529 -10,0 8,3 141305 -8,0 -4,5 0,462 x 0,56 0,25
12/2012 324483 13,7 13,7 150194 14,0 14,0 174288 13,4 13,4 -1,10 1,0 5,84 7,82
01/2013 286780 -11,6 10,4 133745 -11,0 12,8 153035 -12,2 8,3 0,132 0,86 0,34
03/2013 292398 -9,88 13,5 133972 -10,8 14,2 158426 -9,10 13,0 0,804 1,97 0,84
FONTE BCB, TABELA MAG.

M1, M2, M3, M4
Data M1
Meio
de pag.
M2 M3 M4
Variação % ano
12
meses
Oper. Créd.
Sist. Financ.
i real
IGPM
PIB IPCA IGPM
2010 281876 1362389 2549739 3040495 16,7 20,57 -0,102 7,5 5,91 11,32
01/2011 257449 1348659 2554397 3044764 17,3 x x x x x
2011 285377 1617480 3030280 3550253 16,8 19,02 4,18 2,6 6,50 5,10
01/2012 259833 1591803 3085569 3599589 18,2 x X X X X
2012 324483 1763932 3518246 4103151 15,6 16,2 -1,1 1 5,84 7,82
01/2013 286780 1720981 3548965 4128406 14,7 0,61 0,132 0,89 0,34
04/2013 286743 1752580 3663029 4211850 12,3 3,6 0,804 2,5 0,98
Mo = Base Monetária = Moda corrente  + Reservas; M1 = Meio de Pagamento = Oferta Monetária = Moeda Corrente + Dep. a Vista; M2 = M1 + dep. investimentos + poupança; M3 = M2 + fundos investimentos + operações compromissadas; M4 = M3 + títulos federais Selic.

OFERTA MONETÁRIA X BASE MONETÁRIA - USA AGO./1929 X MAR./1933; BRASIL SET./2008 X JUN./2009.
HISTÓRICO USA x BRASIL
AGO./1929 MAR./1933 VAR. % SET./2008 JUN./2009 Var. %
OFERTA MONET. (OM) 26,5 19,0 -28,3 x 215338 224493 4,25
Moeda Corrente (MC) 3,9 5,5 41 x 98211 103474 5,35
Dep. à Vista (DV) 22,6 13,5 -40,2 x 117127 121458 3,69
BASE MONET. (BM) = M0 7,1 8,4 18,3 x 136936 139185 1,64
Moeda Corrente 3,9 5,5 41 x 98211 103474 5,35
Reservas (R) 3,2 2,9 -9,37 x 38725 35711 -7,78
MULT. MONET. (OM/BM) 3,7 2,3 x x 1,57 1,613 x
Reservas/Dep. 0,14 0,21 x x 0,33 0,294 x
Moeda Corr./ Dep. 0,17 0,41 x x 0,838 0,852 x
FONTE: USA, MACROECONOMIA, N. GREGORY MANKIW (ADAPTADO DE MILTON FRIEDMAN, A MONETARY HISTORY OF THE USA). BRASIL, BCB.
OBS: A CORRETA ATUAÇÃO DO BCB IMPEDIU QUE A OFERTA MONETÁRIA CAÍSSE, AMENIZANDO OS EFEITOS DA CRISE AMERICANA (SET../2009) NO BRASIL (DIFERENTE DA ATUAÇÃO DA AUTORIDADE MONETÁRIA AMERICANA NA CRISE DE 1930).

COMPOSIÇÃO % DA DPMFI (DÍV. PÚBL. MOB. FED. INT.) EM PODER DO PÚBLICO (Fonte TN).
MÊS/ANO PRÉ % SELIC % ÍNDICES % V. C. % TR % Outros % TOTAL % s/ ano
anterior
DEZ./2001 48,79 7,82 329,46 52,79 43,63 6,99 178,58 28,61 23,52 3,77 0,10 0,02 624,08 x
DEZ./2002 13,66 2,19 379,07 60,83 78,17 12,54 139,47 22,38 12,76 2,05 0,05 0,01 623,19 -0,14
DEZ./2003 91,53 12,51 449,03 61,39 99,07 13,55 78,67 10,76 1309 1,79 0,03 0,00 731,43 17,368
DEZ./2004 162,76 20,09 462,99 57,14 120,71 14,90 41,74 5,15 22,04 2,72 0,02 0,00 810,26 10,777
DEZ./2005 272,90 27,86 507,16 51,77 152,19 15,53 26,41 2,70 21,01 2,14 0,01 0,00 979,66 20,906
DEZ./2006 395,04 36,13 413,66 37,83 246,43 22,54 14,17 1,30 24,19 2,21 0,00 0,00 1093,5 11,62
DEZ./2007 456,97 37,13 409,02 33,39 321,65 26,26 11,61 0,95 25,62 2,09 0,00 0,00 1224,87 12,059
DEZ./2008 407,16 32,19 453,13 35,83 371,13 29,34 13,45 1,06 19,94 1,58 0,00 0,0 1264,82 3,2615
DEZ./2009 471,48 33,71 500,22 35,77 400,15 28,16 9,84 0,70 16,72 1,20 0,00 0,0 1398,42 10,562
DEZ./2010 608,35 37,93 521,71 32,53 451,30 28,14 9,17 0,57 13,40 0,84 0,00 0,0 1603,94 14,69
DEZ./2011 682,63 38,28 562,44 31,54 527,78 29,6 10,22 0,57 0 0 0 0 1783,06 11,167
DEZ./2012 789,30 41,18 436,34 22,76 680,12 35,48 10,95 0,57 0 0 0 0 1916,71 7,49
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NA DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA FEDERAL INTERNA (DPMFI).
POLÍTICA MON. FROUXA (a queda artificial da selic provoca inflação): a) AUMENTA AS TAXAS DE JUROS PRÉ DE LONGO PRAZO (a curva de juros de mercado fica positivamente mais inclinada) E O CUSTO DE NOVAS CAPTAÇÕES; b) REDUZ O PRAZO DE NOVAS CAPTAÇÕES; c)  O TN NÃO CONSEGUE FAZER NOVAS CAPTAÇÕES SELIC (só com deságios desaconselháveis); d) O CUSTO DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA CORRIGIDA POR ÍNDICES AUMENTA (o risco de inflação inercial volta).
POLÍTICA MONETÁRIA CORRETA (condição para crescimento sustentado): a) AS TAXAS DE JUROS DE LONGO PRAZO CAEM (a curva reduz a inclinação positiva podendo até ficar negativa, descendente), REDUZINDO O CUSTO DE CAPTAÇÃO E FACILITANDO O ALONGAMENTO DA DÍVIDA; b) O ALONGAMENTO DA DÍVIDA  REDUZ OS VALORES MENSAIS A SEREM REFINANCIADOS (facilitando as captações pelo TN) PERMITINDO REDUÇÃO DE TAXAS; c) OS ÍNDICES DE INFLAÇÃO CAEM (CONSEQÜENTEMENTE A SELIC) REDUZINDO O CUSTO (SUSTENTADO) DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA.  

CUSTO MÉDIO DA DPF (Fonte TN).
Custo médio mensal Custo Médio acum. 12 meses
Dez./09 Dez. /10 DEZ./11 DEZ./12 Dez./09 Dez./10 DEZ./11 DEZ./12
LFT Selic 8,66 10,66 11,90 7,16 9,96 9,78 11,62 8,49
LTN pré (i venc.) 11,23 11,33 12,35 10,73 11,72 11,06 11,96 11,37
NTN B IPCA 12,17 14,64 13,76 15,86 12,34 13,59 13,76 12,28
NTN C IGPM 6,58 18,40 18,68 19,68 7,82 22,17 15,40 18,40
NTN F pré (i sem.) 12,66 12,52 12,58 11,86 12,64 12,49 12,52 12,06
DPF externa -0,72 -13,45  52,58 -19,53 -13,01 6,42 20,29 16,51
SELIC INADEQUADAMENTE BAIXA AUMENTA O CUSTO DA DÍVIDA PÚBLICA (VIDE CUSTOS IGPM).

PRAZO MÉDIO DA DÍV. PÚBL. FEDERAL (interna e externa). Fonte TN.
DÍV. PÚB. FED. VALORES E PRAZO MÉDIO
TÍTULO DÍV. PÚBLICA VIDA MÉDIA
DEZ./10 Partic. % DEZ./11 % DEZ./12 % DEZ./01 DEZ./09 DEZ./10 DEZ./11 DEZ./12
DPMF Interna 1603,94 100% 1783,06 100 1916,71 100 2,91 5,05 anos 5,12 anos 5,37 6,15
Pré (LTN) 608,35 37,93 682,63 38,28 789,30 41,18 0,28 1,71 1,79 1,86 2,15
Índ. Preços (NTN) 451,30 28,14 527,78 29,6 680,12 34,48 5,70 11,30 11,91 12,45 13,11
Selic (LFT) 521,71 32,53 562,44 31,54 436,34 22,76 3,03 2,65 2,72 2,69 2,13
Câmbio 9,17 0,57 10,22 0,57 10,95 0,57 2,11 12,43 11,72 10,98 10,31
TR 13,40 0,84 X X X X 7,62 13,55 12,42 X X
DPF Mob. Ext. 69,39 100 83,29 100 100 X 12,33 12,35 12,66 12,73
Global USD 50,35 72,56 53,36 66,47 61,93 67,85 X 15,03 14,45 14,38 13,60
Euro 6,63 9,55 4,21 5,06 2,33 2,55 X 3,00 2,47 2,39 3,00
Global BRL 12,25 17,65 12,03 14,44 13,87 15,20 X 12,15 11,87 10,86 10,52
Reestruturada 0,16 0,23 0,12 0,14 0,06 0,07 X 3,77 2,78 1,71 0,71
Dív. Contratual 20,70 100 11,57 13,89 13,08 14,33 X 9,01 10,75 10,16 10,06
Org. Multilaterais 16,87 81,49 6,91 8,30 7,56 8,09 X 9,50 11,33 11,23 11,15
Cred. Priv./Ag. Gov. 3,83 18,50 4,66 5,59 5,70 6,24 X 6,44 8,20 8,57 8,65
SELIC INADEQUADAMENTE BAIXA REDUZ OS PRAZOS DE FINANCIAMENTOS DOS TÍTULOS CORRIGIDOS POR SELIC. APENAS OS CORRIGIDOS POR IGPM CONSEGUEM PRAZOS MAIORES.


DETENTORES DE TÍTULOS PÚBLICOS FED. - DPMFI - Fonte TN

TÍTULOS DEZ./10 DEZ./11 DEZ./12
Valor % Valor % Valor %
Inst. Financ. (priv. e est.) 494,81 30,85 561,16 31,47 576,80 30,09
Fundos de Inv. 412,36 25,71 451,11 25,30 472,49 24,65
Previdência 227,91 14,21 274,84 15,41 306,27 15,98
Não residentes 182,43 11,37 202,33 11,35 263,00 13,72
Governo 167,23 10,43 157,0 8,81 139,98 7,30
Seguradoras 59,44 3,71 72,91 4,09 75,15 3,92
Outros 59,76 3,73 63,71 3,57 83,02 4,32