sexta-feira, 19 de junho de 2020

RECESSÃO, SELIC, RENDA, CONSUMO, DEFLAÇÃO, INFLAÇÃO, CÂMBIO, PREÇOS NO ATACADO, PREÇOS AOS CONSUMIDORES.



RECESSÃO, SELIC, RENDA, CONSUMO, DEFLAÇÃO, INFLAÇÃO, CÂMBIO, PREÇOS NO ATACADO, PREÇOS AOS CONSUMIDORES.

Sabemos que o CONSUMO depende de:  
      a)    Da expectativa e segurança da renda futura;
      b)    Da riqueza acumulada (e sua renda). A desvalorização do real empobreceu todos os brasileiros; 
     c)    Da expectativa de vida e herança para filhos;
     d)    Da melhoria da distribuição de renda;
     e)    Das taxas de juros: básica, ao consumo e aos investimentos.

Sabemos que a RENDA tem origem em:
     a)    Renda do TRABALHO (salários, honorários);
     b)    Nos JUROS (renda do capital acumulado) das poupanças e dos fundos de pensão (segurança quanto ao futuro);
     c)    LUCROS e expectativas de LUCROS (afeta a renda dos fundos de pensão);
     d)    Nos ALUGUÉIS.  

A taxa básica de juro tem relação com:
     a)    Com a taxa neutra de mercado (a de equilíbrio);
     b)    Com as expectativas dos mercados (conjuntura prospectiva ascendente ou descendente);
     c)    Com os índices de preços: Câmbio, IGPs, IPAs e IPCs. O câmbio afeta os IGPs (índices gerais) e os IPAs (atacado) em primeiro lugar e a seguir os IPCs;  
     d)    Com o consumo e investimentos;

JURO EX-ANTE, EX-POST E CONSUMO.
A comparação entre os juros de mercado nominal, ex-ante, fruto das expectativas de inflação (cp e mp), o efetivamente planejado, resultado da demanda por crédito, com as expectativas de inflação (lp) e juros no futuro (lp), o ex-post, o real, o que será efetivamente realizado, afetam o consumo por causa da insegurança (ou segurança) transmitida com a expectativa de renda negativa ou positiva (a segurança e a expectativa de renda é o principal canal de consumo). Se as expectativas de inflação (ou dos juros no futuro) são maiores do que os juros de mercado é o pior dos mundos para o processo inflacionário (a expectativa de inflação alimenta a expectativa de que os preços subirão). Fica a comparação: renda negativa das poupanças (fundos de pensão) x insegurança para consumir x IGPs, IPAs, IPCs e câmbio (no momento deflação nos IPCs e inflação alta nos IPAs, IPCs e Câmbio).

ESTAMOS COM RECESSÃO, DEFLAÇÃO NO IPC, INFLAÇÃO NO IGP, NO IPA E NO CÂMBIO (que seria maior sem a atuação do BC) E INSEGURANÇA PARA INVESTIR. Os bancos já estão pagando 130% acima dos CDIs. 19/06/2020. MAFG.


 QUADRO DO BCB.





quinta-feira, 18 de junho de 2020

MECANISMOS DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA.


MECANISMOS DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA.  Texto do BC. 

Os mecanismos de transmissão da política monetária são os canais por meio dos quais mudanças na taxa Selic (que é o principal instrumento de política monetária à disposição do Banco Central (BC) afetam o comportamento de outras variáveis econômicas, principalmente preços e produto.
A política monetária afeta os preços da economia por meio:

1)    da decisão entre consumo e investimento das famílias e empresas;
2)    da taxa de câmbio;
3)    do preço dos ativos;
4)    do crédito;  
5)    das expectativas.

O canal de transmissão das taxas de juros para as decisões de consumo e investimento é o canal mais conhecido da política monetária. Quando a taxa Selic sobe, as taxas de juros reais também tendem a subir. A elevação da taxa real de juros, por sua vez, pode levar à diminuição de investimentos pelas empresas e à diminuição de consumo por parte das famílias – o que, por sua vez, tende a reduzir a demanda por bens e serviços da economia, contribuindo para a redução da inflação.

Outro canal importante de transmissão da política monetária é o da taxa de câmbio, principalmente em economias abertas. Quando a taxa de juros sobe, a moeda doméstica tende a se valorizar (o dólar fica mais barato frente ao Real), diminuindo o nível de preços dos bens comercializáveis internacionalmente quando expressos em moeda nacional. A taxa de câmbio afeta a inflação por dois mecanismos. O primeiro é a diminuição dos preços de bens de consumo importados e de insumos utilizados na produção de bens. O outro efeito ocorre por meio da demanda agregada. O dólar mais barato desincentiva as exportações e estimula as importações. Com isso, a demanda por bens domésticos cai, reduzindo a pressão sobre o nível de preços.

A política monetária atua também por meio de variações na riqueza dos agentes econômicos em virtude de alterações da taxa de juros. Por exemplo, um aumento nas taxas de juros, ao desestimular a atividade econômica e o lucro das empresas, tende a diminuir o preço das ações. Essa redução do valor da riqueza financeira das famílias e empresas pode desestimular o consumo e os planos de investimento.
O quarto canal de transmissão da política monetária é o canal do crédito. Ao aumentar a taxa de juros, o banco central estimula que as taxas cobradas por empréstimos bancários também subam, diminuindo o volume de empréstimos a pessoas e empresas, desestimulando o consumo e o investimento.

Por fim, outro canal importante é o das expectativas. Ao alterar a taxa de juros, a ação do banco central pode mudar as expectativas quanto à evolução da economia. Por exemplo, ao elevar a Selic para conter pressões inflacionárias, o banco central sinaliza um nível de atividade mais contido não apenas no presente, mas também para o futuro. Com isso, famílias e empresas passam a acreditar que a inflação, no futuro, estará mais baixa. Como resultado, os preços definidos hoje já tendem a aumentar menos pois os agentes sabem que as condições econômicas futuras não mais darão suporte a aumentos maiores de preços. Assim, choques de custos na economia tendem a se propagar de forma mais limitada na economia, reduzindo seus efeitos inflacionários. Essa propagação é chamada, na literatura econômica, de efeitos secundários ou de segunda ordem. É fundamental um elevado nível de credibilidade do banco central para que esse canal opere de forma adequada. No caso de baixa credibilidade, ocorre o oposto: choques tendem a se amplificar, gerando uma inflação maior.
Pessoas que se planejam, poupam e investem participam do esforço de reduzir a taxa de juros estrutural da economia. Mais educação financeira permite menor custo do crédito, combate ao superendividamento e menos inadimplência. Texto do Banco Central.


sexta-feira, 12 de junho de 2020

DÍVIDA PÚBLICA


DÍVIDA EXTERNA E RESERVAS.


TÍTULOS / ANO 2019 04 / 2020
 RESERVAS - CAIXA US$ bi. 356.884 339.317
 DÍVIDA  EXT . US$ bi. 574 565
    Pública 82 77,8
   Privada 242 243,3
   Entre Empresas 250 243,9
TÍTULOS INT. c/ não resid. 102 72,7

COMPOSIÇÃO % DA DPF (DÍV. PÚBL. FED.) EM PODER DO PÚBLICO (Fonte TN e BC).

MÊS/ANO
PRÉ
%
SELIC
%
ÍNDICES
%
V. C.
%
TOTAL
fora BC
% s/ ano

anterior
Cart.
BC

% s/ ano

anterior
TOTAL

Geral
DEZ. / 2018 1280,41 33,03 1376,87 35,51 1064,62 27,46 155,16 4,00 3877,06 12,85 1806,79 8,40 5535,68
DEZ. / 2019 1315,80 30,97 1653,78 38,92 1106,39 23,04 172,94 4,07 4083,23 5,317 1856,22 2,73 5579,65
ABR. / 2020 1200,58 28,85 1611,62 38,73 1118,20 26,87 230,41 5,54 3943,70 1874,18 5817,89

DETENTORES DE TÍTULOS PÚBLICOS FED. - DPF - Fonte TN.

TÍTULOS DEZ. / 2019 ABR. / 2020
Valor % Valor %
Inst. Financ. (priv. e est.) 1008,08 24,69 1014,22 25,72
Fundos de Inv. 1089,48 26,68 1015,81 25,76
Previdência 1016,19 24,89 1011,38 25,65
Não residentes 425,77 10,43 369,26 9,36
Governo 161,97 3,97 158,67 4,02
Seguradoras 160,78 3,94 156,09 3,96
Outros 220,97 5,41 218,28 5,53
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NA DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA FEDERAL INTERNA (DPMFI).

POLÍTICA MON. FROUXA (a queda artificial da selic provoca inflação):
a) AUMENTA AS TAXAS DE JUROS PRÉ DE LONGO PRAZO (a curva de juros de mercado fica positivamente mais inclinada) E O CUSTO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
b) REDUZ O PRAZO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
c)  O TN NÃO CONSEGUE FAZER NOVAS CAPTAÇÕES SELIC (só com deságios desaconselháveis);
d) O CUSTO DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA CORRIGIDA POR ÍNDICES AUMENTA (o risco de inflação inercial volta).
POLÍTICA MONETÁRIA CORRETA (condição para crescimento sustentado):
a) AS TAXAS DE JUROS DE LONGO PRAZO CAEM (a curva reduz a inclinação positiva podendo até ficar negativa, descendente), REDUZINDO O CUSTO DE CAPTAÇÃO E FACILITANDO O ALONGAMENTO DA DÍVIDA;
b) O ALONGAMENTO DA DÍVIDA  REDUZ OS VALORES MENSAIS A SEREM REFINANCIADOS (facilitando as captações pelo TN) PERMITINDO REDUÇÃO DE TAXAS;
c) OS ÍNDICES DE INFLAÇÃO CAEM (CONSEQÜENTEMENTE A SELIC) REDUZINDO O CUSTO (SUSTENTADO) DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA.  

terça-feira, 2 de junho de 2020

BALANÇO DE PAGAMENTOS E FLUXOS CAMBIAIS 2018 a 04 / 2020



BALANÇO DE PAGAMENTOS - US$ milhões.

CONTAS

2018

2019 04/2020
1- BAL. COMERCIAL

53587

39404 9626
 1.1- Exportações 239034 224436 67563
 1.2- Importações 185447 185032 57937
2- BAL. SERV. E RENDAS

-70620

-91130 -21934
 2.1) RENDAS

-36668

-55989 -13871
  2.1.1- Juros -19970 -25058 -7791
  2.1.2 - Divid. e Lucros -16946 -31126 -6143
  2.1.3 - Salários 248 195 63
  2.2) SERVIÇOS -33952 -35141 -8063
  2.2.1 - Viagens -12346 -11681 -1576
  2.2.2 - Transpotes -6154 -5926 -1578
  2.2.3 - Aluguel Equip. -15032 -14483 -4679
  2.2.4 - Outros X x X
3- TRANSF. UNILAT. 2522 964 432
4- TRANS. CORRENTES -14511 -50762 -11877
5- CONTA CAPITAL e FINAN. -8878 -52687 -10072
6- BAL. PGTO. Saldo -23389 -103449 -21949
6.1) PIB cresc. % 1,0 1,2  
8- RESERVAS - CAIXA bi. 379722 356884 339317
8.1) Fluxo Com. saldo milhões 47740 17901 19789
 8.2) Fluxo Finan. saldo -48735 -61154 -32519
8.3) Fluxo Total saldo milhões -995 -43253 -12730
9- Dívida Externa bilhões 559 574 565
   9.1- Pública 75 82 77,8
   9.2- Privada 244,4 252 -170,6
   9.3- Entre Empresas 238,6 250 243,9
9. A - Tít. internos c/ não resid. 107 102 72,7
10 - Dív..  Mobil. int. TN  tri. 3827 4083 4006
10.1 - Dív. Mob. int. Bruta 5383 4248 4214
11 - SRF - REC. admin. tri. 1305,5 1476 383,47
 11.1 - DÍV. / REC. 2,93 2,87  
12 - IGPM    7,54 7,30 2,50
13 - IPCA  3,75 4,31 0,22
14- CDI   6,42 5,96 1,30
15 - US$ % ACUM.   17,13 4,02 34,64

 


 

 

CÂMBIO - FLUXOS CAMBIAIS E SALDOS.

 

 

DATAS

SALDO

COMERC.

FLUXO

SALDO

FINANC.

FLUXO

SALDO

COM +

FINANC.

US$

RESERVAS

US$

SALDO

VAR.

CAMB.

%

POSIÇÃO

CÂMBIO

BANCOS

US$

SWAPS

US$

SALDO

RESULT.

SWAPS

R$

BALANÇO

COMERC.

US$

TRANS.

CORRENT.

US$

CONTA

CAPITAL

US$

DÍV.

EXTERNA

US$

MAI. 3962  -882  3080  345706  -1,39  V25505  56989 3538         
ABR. 5439 -6817 -243 339.317 4,39 V29204 52764 -8538 6437 3840 -10072 565
MAR. 8302 -14862 --6561 343.165 15,56 V33511 45972 -31259 4189 -15242 -15019 561
FEV. 4914 -9322 -4408 362.460 5,37 V38912 38792 -7606 2518 -3904 -3138 575
JAN. 1133 -1518 -384 359.394 5,92 V34261 35484 -7615 -2563 -11879 -11969 572
2020 19789 -32519 -12730 339317 32,50 V29204 X -51281 9626 -11877 -10072 565
2019 17475 -62244 -44768 356684 7,47 V33931 68863 -8152 39404 -50762 -52687 574
2018 47740 -48735 -995 375273 17,13 V24865 68863 -15125 47409 -12144 -4870 559
2017 52924 -52299 625 373972 1,50 V23296 23794 7.033 64028 -9762 4851 550,8

2016

47309 -51562 -4252 365016 -13,01 V24541 26559 75.562 47692 -23507 15949 552,3

BALANÇA COMERCIAL 2019 A 05/2020