terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A TURMA DO PENSAMENTO MÁGICO


A TURMA DO PENSAMENTO MÁGICO

O governo brasileiro foi tomado pela turma de economistas de pensamento mágico: “desenvolvimentistas”, neokeynesianos festivos ou heterodoxos (Unicamp e viúvas do esquerdismo derrotado pela queda do muro). As experiências vividas (e sofridas) de hiperinflação e estagflação não deixaram ensinamento nenhum. Apegaram-se às ideias do nacional-desenvolvimentismo imposto ao país pela ditadura militar (mas os militares ditadores, sabemos, eram ignorantes em economia). O DN (kzar da economia da ditadura militar) até hoje defende partes das ideias (as mais erradas) que nos deixaram de herança a hiperinflação e os 13 anos de estagflação.
As ideias resumem-se em:
a) abaixe a taxa de juros (em relação a o que não falam);
b) desvalorize a moeda em relação ao dólar;
c) gaste à vontade. 

O resultado, sabemos, será:
     a)  para abaixar a taxa de juro a economia terá que ser monetizada acima do adequado. O efeito será a inflação e após a estagflação;
     b) a desvalorização da moeda em relação ao dólar é semelhante a retirar poder de compra de todos para beneficiar minorias (aumentar os lucros de uns e sustentar eternas incapacidades de competição). Como o poder de compra cai a demanda também cai. As importações de tecnologias, maquinários, partes industriais e matérias primas ficam mais caras. No mundo atual com a depreciação tecnológica excessivamente rápida, dificultar a renovação e a modernização de maquinários, de tecnologias e de partes é deixar de ser competitivo, é suicídio. É impossível concorrer sem que a produção utilize o que há de melhor e mais moderno no mundo (partes, maquinários e tecnologias). A desvalorização da moeda impede a renovação e a luta pela melhoria contínua e por ganhos de produtividade. A proteção da indústria nacional passa a ser a arma de sua destruição.  A proteção terá que ser ad-eternun, a consequência a pobreza;  
   c)  gastar à vontade todos de bom senso e responsabilidade já sabem ser errado. Só esta turma de pensamento mágico ou que vive às custas da viúva para defender tal disparate;
    d)  apesar da poupança interna ser insuficiente, taxaram as entradas de capital de curto e de médio prazo (IOF de 6% para entradas até dois anos). Depois voltaram atrás.    

O resultado da política discricionária e artificial desta turma (querem saber mais do que o mercado. Os exemplos das derrotas do mundo comunista para o mercado não ensinaram): o PIB não cresceu; a balança comercial deu um saldo negativo em janeiro/2013 acima de 4 bi. (o real foi desvalorizado em 30%); os investimentos quase secaram; o processo inflacionário mostrou os primeiros resultados. Mais de 65% dos itens de preços pesquisados estavam subindo (em janeiro deve dar uns 80%). Estão quebrando a Petrobrás com preços reprimidos e obrigação de concorrer com o mundo globalizado comprando maquinários produzidos aqui com 40% de nacionalização (como exigir nacionalização de uma coisa que nunca produzimos e o mundo está aprendendo agora? Explorar o pré-sal). Preços 40% mais caros, atrasos na entrega, plataformas soldadas erradas (refazer talvez não seja possível) e no fim ter que repassar a produção para estrangeiros (que queriam o direito de trazer trabalhadores estrangeiros com as leis de sua origem. Baratear o custo.). Já pensou se a EMBRAER fosse obrigada a comprar itens nacionais sem concorrência mundial? Já estaria quebrada. A Bombardier iria adorar.  Como concorrer com as siderúrgicas do mundo dificultando as importações de maquinários e tecnologias pelas nacionais? São às vezes 100% mais caras (o pior é a desatualização).

Agora, mais uma vez erradamente, voltam atrás igual barata tonta e tentam valorizar o Real (se é artificial é errado). Vai e volta. Um artificialismo obriga a outro e assim indefinidamente até que estoure. E existem escolas de economia que defendem estes absurdos: as federais e a Unicamp.

Se a taxa de juro real ex-post (juro – IRF – inflação ocorrida) passar a ser negativa ou menor do que  a ex-ante (juro – IRF – inflação projetada), inicia-se a corrida para ativos que não a moeda pátria (formação de bolhas = preços subirem acima dos IPCs), retorno do processo inflacionário, véspera de crise (é onde esta turma irá nos levar). A demanda cresce em desarmonia com a oferta (os investimentos foram desencorajados com políticas discricionárias e artificiais). DEMAGOGIA DE UNS IGNORÂNCIAS DE OUTROS.  

Estão tapeando com a queda da energia, do câmbio, mas no fim vai estourar.  OU ENTÃO, MAIS UMA VEZ, IGUAL BARATA TONTA, SUBIRÃO A TAXA BÁSICA PARA CORRIGIR OS ERROS DO PASSADO.  MAG 02/02/2013.