sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

A RELAÇÃO DÍVIDA PÚBLICA/PIB E AS EXPECTATIVAS.

 

A RELAÇÃO DÍVIDA PÚBLICA/PIB E AS EXPECTATIVAS.

A INFLUÊNCIA DA CREDIBILIDADE DAS INSTITUIÇÕES (o estado, o governo, a política), NAS EXPECTATIVAS (segurança nas previsibilidades).

 Larry Summers, Ben Bernanke, Olivier Blanchard, Kenneth Rogoff e outros economistas competentes e famosos são citados para justificar como nova tese o que estudantes de economia aprendiam na década de 60 do século passado (estoque e fluxo).

A frase a seguir é a garantia ortodoxa que sutilmente utilizam: “Todo o espaço para a emissão de moeda e de dívida, sem provocar a inflação, se evapora quando o Estado ameaça se desorganizar”. “Políticas monetária e fiscal são indissociáveis”.

 A análise da relação dívida/PIB sempre levou em consideração como indicador de solvência o estudo racional do fluxo de caixa: vencimentos e possibilidade de pagamentos, inclusive com refinanciamentos. A análise de crédito de governos e de empresas sempre considerou como indicador de solvências o fluxo de caixa. Nas empresas a capacidade de pagamento, o orçamento, a estabilidade acionária e a capacidade de gestão da diretoria. Nos países a estabilidade política-institucional: o estado, os poderes legislativo, executivo, judiciário, o governo, a política e sua influência na credibilidade e na previsibilidade (segurança que passam a analistas, credores e financiadores).

A criação de moeda (a liquidez) não inflacionária é uma relação com o PIB potencial (capacidade de crescimento da economia). A criação de moeda deve ter uma relação com as expectativas de crescimento sustentado das atividades (do PIB) para evitar o processo inflacionário. Países não emissores de moeda meio de pagamento e reserva de valor mundial devem ser mais cuidadosos para que não percam a soberania monetária. A soberania monetária depende da moeda manter a função de reserva de valor internamente (passar segurança para investidores externos e internos).  

Com capacidade ociosa e desemprego as políticas fiscal e monetária devem ser expansionistas até o limite sustentável e que não provoquem inflação e desvalorização cambial (perda de poder de compra e de qualidade de vida).

Políticas monetária e fiscal sempre foram indissociáveis (são irmãs siamesas). MAG 11/12/2020. 

https://mageconomia.blogspot.com/2020/08/a-politica-monetaria-e-sua-relacao-com.html?spref=fb&fbclid=IwAR0lKhdic6KV2Eum1RIJOyC13wli8_3DHVMU556aeK5CLzf-XiEfNGpq9e8

EM 17 DE AGOSTO DE 2020 publicava no blog:

 A POLÍTICA MONETÁRIA E SUA RELAÇÃO COM O PIB E A RIB EM PAÍS QUE NÃO EMITE MOEDA RESERVA E MEIO DE PAGAMENTO MUNDIAL.

 consumo (maior parte do PIB = C + I) é influenciado pela renda das pessoas físicas = renda das famílias (a renda das pessoas jurídicas é influenciada pela das famílias). Sabemos que a RIB (renda interna bruta) = PIB (produto interno bruto) = renda do trabalho (salários + autônomos) + juros + lucros + aluguéis (S + L + J + A)Para o PIB crescer teremos que ter expectativas de crescimento do consumo que depende das expectativas de renda futura. Resumindo: o consumo depende da riqueza acumulada e de sua renda (juros, lucros, dividendos) e da expectativa da renda permanente do trabalho (empregos, rendas do trabalho e expectativa de conjuntura ascendente). Os investimentos dependem da expectativa do consumo.

 Se o IGPM (índice geral dos preços do mercado) e o IPAM (índice dos preços no atacado do mercado) estão quase 5 vezes maiores do que o IPCM e o IPCA podemos entender que estamos com uma inflação represada (reprimida) que irá ser corrigida se a COVID-19 for controlada pelas vacinas. Qual a causa dos IGPs estarem tão mais altos do que os IPCs? SELIC negativa e muito abaixo da adequada (considerando Selic – irf – ipca ou – igpm) provocou (e está provocando) desvalorização do real (desvalorizou muito em relação ao dólar) e por consequência da renda das famílias (redução do poder de compra de todos, famílias e empresas). Os preços do IGP e do IPA subiram mais do que os preços ao consumo IPC por causa do aumento do dólar (e o consequente aumento dos insumos dolarizados e produtos importados). Os preços ao consumo serão afetados quando os efeitos da COVID-19 forem abrandados. As rendas das famílias foram afetadas pela redução dos empregos e das expectativas de conseguir outro, pela redução da renda das poupanças dos trabalhadores (assalariados e autônomos) e de seus fundos de pensão e da insegurança sobre a sobrevivência de muitas empresas (pequenas, médias e grandes). É a insegurança quanto a expectativa da renda permanente do trabalho, a eliminação da renda de suas poupanças. Isto retrai o consumo e a inflação correspondente, mas quando vier virá muito alta. Muitos preços ao consumo já estão com inflação muito alta. E os títulos do TN de LP já pagam IPCA + perto de 4%. 

A INFLAÇÃO IRÁ ESTOURAR ANTES DAS ELEIÇÕES SE A SELIC DEMORAR A SER AUMENTADA E BOLSONARO NÃO SERÁ REELEITO. MAG 17/08/2020.   

 

 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

ALGUNS PENSAMENTOS EM FRASES CURTAS.

 

ALGUNS PENSAMENTOS EM FRASES CURTAS JÁ PUBLICADOS.

SOBRE IDEIAS E LIBERDADE DE IMPRENSA:

a) IDEIAS, CONVICÇÕES, CRENÇAS E VALORES DEFINEM COMO ENTENDEMOS COMO O MUNDO DEVE SER;

b) IDEIA SE CONTRADITA COM IDEIA. NÃO SE CONTRADITA UMA IDEIA CRITICANDO O PENSADOR;

c) A MÍDIA DEVE SER ESCRAVA DA NOTÍCIA (DA VERDADE). TÍTULO DIFERENTE DE TEXTO É DESONESTO. A OPINIÃO É LIVRE, MAS TAMBÉM ESCRAVA DA VERDADE (DEVE BASEAR-SE EM FUNDAMENTOS RACIONAIS). A MÍDIA DEVE TER LIBERDADE ATÉ PARA MENTIR (a lei prevê as punições).

SOBRE ENSINO:

a) ENSINO FUNDAMENTAL E REPETÊNCIA: COLOQUEM PROFESSORES DE REFORÇO PARA MATEMÁTICA E PORTUGUÊS;

b) O ENSINO SUPERIOR INDICA BOAS BIBLIOGRAFIAS E ENSINA A LER E ENTENDER.

SOBRE GOVERNOS, LIBERALISMO E CORPORATIVISMO:

a) Num país complexo como o BRASIL os partidos só conseguem governar com alianças (compartilhar poder) com quem pensa igual;

b) NAS DEMOCRACIAS SE GOVERNA COM ALIANÇAS PARTIDÁRIAS NO LEGISLATIVO. A ARTICULAÇÃO E ABERTURA PARA NEGOCIAÇÕES SÃO NECESSÁRIAS;

c) EM POLÍTICA SE NÃO É POSSÍVEL CONSEGUIR ALIADOS, EVITA-SE INIMIGOS. COMO? NÃO CRITICAR DESNECESSARIAMENTE;

d) A INSEGURANÇA JURÍDICA (a imprevisibilidade) PODE INVIABILIZAR UM GOVERNO;

e) A SEGURANÇA E A PREVISIBILIDADE SÃO IRMÃS SIAMESAS DA GOVERNABILIDADE;

f) INVESTIMENTO EXIGE SEGURANÇA E PREVISIBILIDADE. E ISTO EXIGE GOVERNO RACIONAL E RESPONSÁVEL;

g) LIBERAL NÃO SIGNIFICA PORTOS ABERTOS: SIGNIFICA MENTE ABERTA PARA NEGOCIAR COM O MUNDO. SIGNIFICA ECONOMIA DE MERCADO. LIBERALISMO SIGNIFICA MENTE ABERTA PARA O MUNDO. SIGNIFICA ECONOMIA DE MERCADO (mercado é defesa de interesses em negócios);

h) O LIBERAL É CONTRA OS PODERES PODEREM LEGISLAR OU JULGAR EM CAUSA PRÓPRIA;

i) A IGNORÂNCIA RAIVOSA É A MAIS FÁCIL DE ENGANAR. É A MASSA DE MANOBRA QUE PERMITE E AINDA APLAUDE QUEM AS ENGANA. UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DA POBREZA: INSTITUIÇÕES (conjunto de leis, legislativo e judiciário) QUE PROTEGEM CORPORAÇÕES (IDADE MÉDIA);

j) NADA PIOR PARA UM PAÍS DO QUE POLÍTICOS DEMAGOGOS E IGNORANTES;

k) PRODUZIR PETRÓLEO, AÇO E OUTROS INTERNAMENTE É ESTRATÉGICO. ESTATAIS NÃO SÃO ESTRATÉGICAS. ESTRATÉGICO É TER O PODER DE REGULAR E TRIBUTAR;

l) O CORPORATIVISMO É A PRAGA QUE VIVE DE PRIVILÉGIOS E EMPOBRECE OS BRASILEIROS;

m) O CORPORATIVISMO ESTÁ INCRUSTADO EM VÁRIAS ÁREAS DO PODER. CRIA DIFICULDADES PARA JUSTIFICAR SUA EXISTÊNCIA E VENDE FACILIDADES;

n) SE A CF PODE SER DESOBEDECIDA PARA O BEM, PODERÁ SER PARA O MAL, E SERÁ. A CORPORAÇÃO É INSACIÁVEL E CAUSA DA POBREZA DOS BRASILEIROS;

o) "Os defensores dos privilégios são aves de rapina, predadores sociais sem o mínimo de compostura moral". A previdência dual, iniciativa privada e pública, economia de privilégios. Terá que ser reformada. F. H. B. FGV RJ;

p) PREVIDÊNCIA É DIFERENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. A PREVIDÊNCIA MAIS JUSTA É O REGIME DE CAPITALIZAÇÃO. ASSISTÊNCIA É RENDA MÍNIMA.

MAG

DITADO DA SABEDORIA POPULAR: "Na política é impossível não sujar as mãos."

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

DIREITA (LIBERAIS, CONSERVADORES, CENTRO) E ESQUERDA (SOCIALISTAS, COMUNISTAS). SOB OS ASPECTOS ECONÔMICO, POLÍTICO E CULTURAL.

 

 DIREITA (LIBERAIS, CONSERVADORES, CENTRO) E ESQUERDA (SOCIALISTAS, COMUNISTAS).  SOB OS ASPECTOS ECONÔMICO, POLÍTICO E CULTURAL.


QUADROS SINTÉTICOS COM DIFERENÇAS PRINCIPAIS.


VARIÁVEIS ECONÔMICAS

DIREITA: LIBERAIS (economia de mercado), CONSERVADORES.

ESQUERDA (comunistas, socialistas, economia planificada centralizada)

LUCRO

SIM

NÃO

PROPRIEDADE

SIM

NÃO

HERANÇA

SIM (tributação mínima)

NÃO (tributação máxima)

PREÇOS

MERCADO

Controlados

PRODUÇÃO

MERCADO

Planificada

COMÉRCIO

LIVRE

Planificado

ESTATAIS

MÍNIMO

MÁXIMO

TRIBUTAÇÃO

MÍNIMA

MÁXIMA

ESTADO: OPERAR E REGULAR

SÓ Regular (funciona sem norma não normatize)

REGULAR E OPERAR

 

VARIÁVEIS POLÍTICAS

DIREITA: LIBERAIS, CONSERVADORES.

ESQUERDA (comunistas, socialistas).

DIREITO DE IR E VIR

Sim

Não

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Sim

Não

LIBERDADE DE IMPRENSA

Sim

Não

LIBERDADE POLÍTICA / INSTITUIÇÕES

Sim, DEMOCRACIAS (menor presença do estado).

Não, DITADURAS (maior presença do estado).

PARTIDO POLÍTICO

Livre

Único.

 

 

VARIÁVEIS CULTURAIS

(COSTUMES).

CONSERVADORES

LIBERAIS

ESQUERDA

RELIGIÃO COSTUMES

Religiosos tradicionais

Religiosos, Laicos e progressistas.

Laicos e progressistas.

ABORTO

Contra e criminaliza

Contra, mas não criminaliza.

Contra, mas não criminaliza.

  _______________________________________________________________________________


A) DIREITA (LIBERAIS, CONSERVADORES, LIBERTÁRIOS, CENTRO):

 1. SOB O ASPECTO CULTURAL (conservadores e liberais).

1.1 CONSERVADORES defendem a aceitação dos princípios religiosos doutrinários, a maioria imutável. Na economia são sempre LIBERAIS, contra o comunismo e o socialismo;

1.2 LIBERAIS são progressistas e acompanham a evolução da ciência e dos costumes. Defenderam a separação da igreja do estado, são laicos e pregam a liberdade e o respeito às religiões.

2. SOB O ASPECTO POLÍTICO (DEMOCRACIA).

DEMOCRACIA. Defende três poderes independentes e harmônicos, Legislativo, Executivo e Judiciário, na ordem, e eleições com a participação ampla. Defende o poder dos governados escolherem seus governantes. Os liberais e conservadores são democratas. É considerada direita liberal.

Diversos nomes políticos absorvem a direita: liberais, conservadores, sociais liberais e os que tentam confundir politicamente (sociais-democratas, democracia cristã, social cristão, democratas, republicanos, popular e outros) para obter votos. Alguns partidos com programa de esquerda (socialistas, totalitários, estatizantes) se dizem democratas e são dominados por políticos de direita. CENTRO não quer dizer nada, em geral são apelos políticos de partidos de direita em busca de votos.

3. SOB O ASPECTO ECONÔMICO:

CAPITALISMO DE MERCADO OU LIBERAL (economias de mercado) defende a propriedade privada, o lucro e a concorrência (a luta pelo lucro e pela sobrevivência) como forma de incentivar as melhorias contínuas, os ganhos de produtividade e as inovações. Dividem-se em LIBERAIS: economia de mercado, aceita o estado regulador. O estado regula, mas não opera. Se funciona sem regulamento não regulamente. São as democracias liberais; LIBERTÁRIOS: economia de LIVRE mercado, o estado não regula e não opera. Não existe no mundo.

RESUMO: racionalmente todos os sistemas econômicos são entendidos como capitalistas, a diferença é a propriedade do capital (do estado ou privada). Impossível uma economia se desenvolver sem o Capital.

 B. ESQUERDA (SOCIALISTAS, COMUNISTAS):

 1. SOB O ASPECTO CULTURAL (liberais em parte).

São progressistas e acompanham a evolução da ciência e dos costumes. São laicos e pregam o ateísmo, apenas suportam as religiões, mas sem liberdade e sob vigilância.

 2. SOB O ASPECTO POLÍTICO:

DITADURA. Defendem um poder proeminente, o executivo. A ditadura é definida obedecendo a linha de pensamento econômico, planejamento centralizado (que exige o poder nas mãos de poucos). Sem propriedade privada o poder fica centralizado nas mãos dos burocratas e dos militares. Sabemos que maior o poder maior a possibilidade de corrupção. O poder total sempre leva à corrupção total (centralizada). O comunismo e o socialismo defendem a ditadura. Diversos nomes absorvem a esquerda: socialismo (o principal), comunistas (os radicais) e os que tentam confundir (socialismo e liberdade, socialistas liberais, do trabalhador, trabalhista e outros).    

3. SOB O ASPECTO ECONÔMICO:

CAPITALISMO DE ESTADO: economias de planejamento centralizado, comunismo, socialismo. O planejamento centralizado (poder centralizado em poucas pessoas) impede a democracia (poder descentralizado, nas mãos de muitos, do mercado), motivo do comunismo defender a forma de governo ditadura (centralização do poder). É considerado ESQUERDA. Podem ser:

RADICAIS: comunistas e socialistas, economia de planejamento centralizado. As experiências no mundo fracassaram, produziram pobreza, miséria e fome para o povo e ditaduras sanguinárias (uma elite militar e a alta burocracia centralizam o controle da riqueza). As experiências ocorridas no mundo e as comparações com estados semelhantes com regime de economia de mercado (liberais) demonstrou o fracasso das economias de planejamento centralizado: URSS, a  Alemanha ocidental e oriental, as duas Coreias; A China comunista e Hong Kong e Taiwan, os países da Europa ocidental e oriental (leste), a China comunista e a que liberou a economia e a pobreza de Cuba.

 ESTATIZANTES INTERVENCIONISTAS: vários nomes como keynesianos, desenvolvimentistas, heterodoxos, estatizantes. Exemplos comparativos: o sucesso do Japão e de Cingapura, a quebra da Venezuela (país com a maior reserva de petróleo conhecida do mundo), as concordatas do Brasil e Argentina que se aventuraram em regime intervencionista (controles de preços, de mercado, estatais). 17/04/2019.

 OBSERVAÇÕES: 

O REGIME MILITAR BRASILEIRO (ditadura disfarçada) em economia foi de esquerda (estatais, preços, câmbio e até mercado controlados, proibiam importações até de tecnologias, excessos de normas e regulamentos controlavam quase tudo), em política também (ditadura). E se diziam de direita, assim como as ditaduras e os regimes totalitários, nazismo (apesar do nome e programa socialista) e o fascismo italiano (ditadura controladora intervencionista).  

O PD PARTIDO DEMOCRATA DOS USA está servindo para abrigar políticos de esquerda. Afirmam serem liberais, mas em economia são intervencionistas e abrigam as esquerdas (inclusive socialistas). O PR PARTIDO REPUBLICANO é liberal em economia e conservador em costumes. 17/04/2019.

 

 

KEYNESIANOS (heterodoxos, desenvolvimentistas) X MONETARISTAS (ortodoxos).

 

ASSUNTO

KEYN.

MON.

1 – Poder discricionário (arbítrio) na condução da política monetária ou meta de inflação como limite.

Arbítrio

Meta

2 – Regras: a pol. monetária deve ser conduzida por regras?

Não

Sim

3 – Expectativas racionais dos agentes econômicos?

Não

Sim

4 – Transparência obrigatória nas informações da autoridade monetária

Não

Sim

5 – Quantidade de moeda: crescimento sem oscilações e constante, tendo como limite o PIB potencial (fatores de produção).

Não

Sim

6 – Causa das crises: oscilações e excessos ou faltas na oferta monetária (liquidez)

Não

Sim

7 – Taxa natural de desemprego aceitável (até 6%)

Não

Sim

8 – Pleno emprego

Sim

Não

9 – Câmbio flutuante

Sim

Sim

10 – PIB potencial. Nível de utilização dos fatores de produção. Limite

Não

Sim

11 – Taxa básica: em torno da neutra (de equilíbrio)

Não

Sim

12 -  Taxa básica principal ferramenta para reverter processo inflação

Não

Sim

13 – Meta de inflação

Não

Sim

14 – Gastos improdutivos (pirâmides do Egito)

Sim

Não

15 – Déficits públicos e aumento de dívida: causa de crise

Não

Sim

16 – Aumento da quantidade de moeda acima do PIB potencial causa inflação e após (no processo) a estagflação

Não

Sim

17 – Tabelamentos de preços de produtos e serviços

Sim

Não

18 – Presença do governo limitada à Regular, Monitorar, Julgar e Defender a Concorrência e os Consumidores.

Não

Sim

19 - Presença do governo a mais ampla (inclusive operacional e na produção)

Sim

Não

MAG 10/2015 

domingo, 15 de novembro de 2020

O PROCESSO INFLACIONÁRIO ESTÁ RETORNANDO?

 

O PROCESSO INFLACIONÁRIO ESTÁ RETORNANDO?

Os IPCAs de jul., ago., set. e out. foram: 0,36%; 0,24%; 0,64% e 0,86%. ANUALIZANDO OS 4 MESES TEREMOS 6,48% ANO (projeção). ANUALIZANDO APENAS SET. e OUT. TEREMOS 9,38% ANO (projeção). As duas opções podem ser consideradas indício de retorno do processo inflacionário. Considerando os efeitos negativos das paralizações causadas pelo COVID-19 para as atividades econômicas (a favor a correta distribuição de renda, incorreta por ser sem controle), os aumentos absurdos do IGPM (já estando atingindo os IPCs), é um sinal de risco desnecessário (a fase preventiva e a tempestiva da política monetária já ultrapassadas). Todos os indicadores indicam que o crescimento será retomado (as atividades deverão retornar em V após as vacinas).

A taxa básica abaixo da adequada já provocou: a desvalorização da moeda pátria e a consequente queda do poder de compra, da qualidade de vida e aumentos absurdos dos IGPs (já atingindo os IPCs). É uma transferência de renda (artificial) dos fundos de poupanças para complementação de aposentadorias e das poupanças das classes mais baixas para as atividades que têm seus preços dolarizados (commodities), para os exportadores e algumas indústrias. Os importadores e os consumidores de produtos importados (e exportados que sofrem influência em seus preços por causa das exportações) perdem muito. O Balanço Comercial reduz importações e aumenta exportações. No geral o Balanço de Pagamentos melhora, mas o Fluxo Cambial Financeiro fica muito negativo (fuga da moeda pátria para o dólar). O maior risco: A MOEDA PÁTRIA PERDER A FUNÇÃO DE RESERVA DE VALOR (o que já aconteceu com Equador, Argentina e outros) E A SOBERANIA MONETÁRIA FICAR AFETADA. A taxa básica perde efeitos sobre as expectativas de inflação (taxas muito altas passam a ser necessárias). A Argentina já perdeu a função de reserva de valor de sua moeda e a política monetária através de taxa básica exige custo muito alto. A parte da dívida corrigida por Selic abaixo da adequada reduz o custo, mas as taxas de juros de LP aumentam (o custo de refinanciamento aumenta) e o prazo médio da dívida fica mais curto (pode ser muito arriscado). O PIOR DE TUDO: AFASTA INVESTIMENTOS EXTERNOS POR CAUSA DE PERDAS COM VALORIZAÇÕES DE ATIVOS INTERNOS. A PRIMEIRA EXIGÊNCIA DE INVESTIMENTOS FICA SEVERAMENTE AFETADA: A GARANTIA DO CAPITAL INVESTIDO (A DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA NACIONAL AFASTA INVESTIDORES). Mesmo o Brasil sendo um país que cumpre contratos, mas temos um passado de controle de preços e de lucros que ainda é lembrado (afeta a garantia de lucros futuros).

Todo artificialismo em política monetária e fiscal (nossa política fiscal passa insegurança) é negativo e se estendido além do aceitável termina em crise e prejuízo. A Argentina já perdeu a função de reserva de valor de sua moeda.     11/2020.

domingo, 8 de novembro de 2020

BANCO CENTRAL INDEPENDENTE?

 

BANCO CENTRAL INDEPENDENTE?

MILTON FRIEDMAN E O Fed (Banco Central americano).

 Milton Friedman deu entrevista respondendo sobre o que achava da atuação do Fed. Respondeu que podia fechar. Ele foi um crítico rigoroso da atuação do Fed, inclusive responsabilizando-o pela crise de 29/30 (pela atuação errada). Relacionou todos os erros cometidos pelo Fed. Foi de fato um crítico severo (e correto nas críticas). Mas em seu livro “Capitalismo e Liberdade” escreveu: “Convém que usemos o governo para fornecer uma estrutura monetária estável à economia livre – isto é parte da função de propiciar uma estrutura legal estável”.  Rendeu-se à realidade.

ESCREVEU CONTRA A INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL: “É um mau sistema para os que acreditam na liberdade justamente porque dá a poucos homens um poder tão grande sem que seja exercido nenhum controle efetivo pelo corpo político – este é o argumento chave político contra um BC independente.”

COMENTO:
Hoje o BC tem que atender a uma meta de inflação (estabilidade do poder de compra da moeda), com câmbio flutuante, que funcionam como um redutor do poder discricionário. Estas limitações do poder discricionário justificam a independência do BC para evitar as pressões políticas em anos de eleição. 2002.

 ATUALMENTE, CABE AO BC:

 a) garantir o poder de compra da moeda nacional;

b) zelar pela liquidez da economia;

c) manter as reservas internacionais em nível adequado;

d) estimular a formação de poupança;

e) zelar pela estabilidade e promover o aperfeiçoamento do sistema financeiro.

MISSÃO DO BCB - Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro nacional.

 A PROPOSTA APROVADA PELO SENADO DIZ QUE:

a) a meta principal é GARANTIR O PODER DE COMPRA DA MOEDA NACIONAL;

b) sem prejuízo da meta principal, o BC terá também os objetivos de:

b1) “zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro;

b2) suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e;

b3) fomentar o pleno emprego”.

 PERGUNTA e AFIRMAÇÃO:

 a)      a) Solidez do sistema financeiro nacional?

b)       b) Sem câmbio flutuante fica uma liberdade perigosíssima.

c)        c) Sabemos que a preservação do poder de compra da moeda (responsabilidade monetária) é condição necessária, mas não o suficiente para o crescimento econômico sustentado (empregos). Não é um risco e redundância desnecessária colocar outras metas que dependem 100% da primeira?   

MISSÃO DO BCB - Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro nacional. A experiência demonstrou que a política monetária é mais eficaz no combate à inflação (claro que a parceria com a política cambial e fiscal adequadas torna-a mais eficaz ainda) do que (sozinha) para motivar e conseguir crescimentos (aumentos consistentes das atividades econômicas). A política monetária sozinha não provoca, com certeza, o aumento sustentado dos investimentos e empregos, é apenas uma variável necessária. O reconhecimento das limitações da política monetária, de que ela não pode como único fator resolver os complexos problemas e interesses individuais da atividade econômica, não tira sua importância no quadro mais vasto da política macroeconômica. A função da moeda, RESERVA DE VALOR, não deve nunca ser esquecida (bolhas demagógicas de crescimento devem ser evitadas, apenas o empurrão inicial pode ser aceito). A preservação do poder de compra da moeda (responsabilidade monetária) é condição necessária, mas não o suficiente para o crescimento econômico sustentado (e emprego).

 Resumo de textos de 2000/2002.