EFEITOS
DA TAXA BÁSICA (SELIC) ESTRATIFICADOS: NO PNB, NO PIB, NA DEMANDA INTERNA, NA
BALANÇA COMERCIAL, NO MOVIMENTO DE CAPITAIS, NA RNB, NA RENDA DO TRABALHO, NA
RENDA DE JUROS (seus beneficiários), NOS LUCROS E NOS ALUGUÉIS.
CONSIDERANDO:
PRODUTO NACIONAL BRUTO =
CONSUMO + INVESTIMENTOS + EXPORTAÇÕES – IMPORTAÇÕES + RECEBIMENTOS DO EXTERIOR –
REMESSAS PARA O EXTERIOR = PNB = C + I + G + E – M + REC. EXT. – REM.
EXT.;
PIB = C + I + G + E – M (demanda
e oferta agregada);
C + I + G + M = DEMANDA INTERNA DE PRODUTOS E SERVIÇOS;
Demanda interna + externa = C + I + G + M + E;
Oferta interna = C + I + G + M = Oferta para o mercado
interno;
Oferta externa = E = Oferta para o mercado externo;
Oferta interna + externa = C + I + G + M + E;
E - M = BALANÇA COMERCIAL;
RECEBIMENTOS DO EXTERIOR – REMESSAS PARA EXTERIOR
= MOVIMENTO DE CAPITAIS.
RENDA NACIONAL BRUTA =
RENDAS DO TRABALHO + JUROS + LUCROS + ALUGUEIS = RNB = RT + J + L + A.
EFEITOS DA TAXA BÁSICA ADEQUADA E INFERIOR À
ADEQUADA NO:
PIB: a taxa básica adequada harmoniza (equilibra) a velocidade
de crescimento da oferta à demanda e impede a formação de processo
inflacionário. A inferior à adequada faz a velocidades de crescimento da demanda
ser superior à da oferta, provocando o início do processo inflacionário;
NA RNB: a taxa básica inferior à adequada reduz a renda (os
juros da fórmula) da poupança dos poupadores e dos fundos de aposentadorias, o
valor relativo dos salários e das aposentadorias (não conseguem acompanhar a
inflação) reduzindo a demanda em um segundo momento por insegurança (o consumo
é função da riqueza acumulada e da garantia de renda futura em relação à
expectativa de vida);
NA BALANÇA COMERCIAL: a taxa básica inferior à adequada faz
a demanda interna cair e sobrar produtos para exportação. Entretanto a
desvalorização cambial faz os preços das importações e da produção interna
subirem (importações de maquinários, matérias primas e tecnologias);
MOVIMENTO DE CAPITAIS: a taxa básica inferior à adequada provoca
desvalorização cambial, trás insegurança para investidores externos (perdas
cambiais) e provoca fuga de capitais. A longo prazo se instala uma crise
cambial com falta de recursos para pagar dívidas e importações (podendo chegar até
a moratória);
NA RENDA DO TRABALHO NOS JUROS DAS POUPANÇAS E NOS FUNDOS
DE PENSÕES DOS TRABALHADORES: a taxa de juro negativa reduz a renda das
poupanças e dos salários dos trabalhadores, por extensão nos lucros e nos alugueis;
NOS JUROS NOMINAIS DE MERCADO: o agravamento do processo
inflacionário faz a taxa de juros nominais de mercado de longo prazo subirem
(péssimo para investimentos). A curva de juros fica ascendente na parte longa;
A TAXA BÁSICA ADEQUADA:
HARMONIZA A VELOCIDADE de crescimento da demanda e da oferta
com o PIB potencial (o crescimento é sustentável), mantém o valor das poupanças
e dos salários dos trabalhadores;
A MOEDA ESTÁVEL deixa de ser um empecilho à entrada de
investimentos externos;
MOVIMENTO DE CAPITAIS:
a moeda estável deixa de provocar fuga de capitais. 07/2023 (baseado em
publicações antigas).
ADENDO:
SUBIR A SELIC CONSEGUIRÁ REVERTER O PROCESSO
INFLACIONÁRIO?
“Se os juros reais ex-post (acontecidos) são negativos e
menores do que os ex-ante (previstos) acontece a perda de poder de compra da
moeda mais juros (processo inflacionário instalado). Os poupadores aplicadores
(inclusive trabalhadores e aposentados) passam a ter perda de renda e reduzem a
demanda. A taxa de juro perde o poder de ancorar as expectativas
inflacionárias.”
“A expansão monetária acima da capacidade de crescimento da
economia (PIB potencial) é causa de inflação. Os aumentos dos preços são
consequências.”
“A estabilidade monetária (do poder de compra da moeda) é
condição necessária, mas não o suficiente, para o crescimento econômico
sustentado.”
“Expansão monetária superior ao PIB potencial e déficits
fiscais conseguem promover crescimento no curto prazo, porém sem sustentação, a
seguir inflação.”