OS EFEITOS DA TAXA BÁSICA DE JURO NA INFLAÇÃO (preços comercializáveis,
não comercializáveis e monitorados).
A inflação pode ser estratificada em:
a) Bens de consumo
duráveis, semiduráveis, não duráveis, serviços e monitorados;
b) Comercializáveis
(sofrem influência da taxa de câmbio), não comercializáveis (a soma dos dois é
chamada de preços livres) e monitorados (sofrem efeito indireto da taxa básica).
Regra básica: o efeito da política
monetária NÃO É UNIFORME sobre todos os preços, mas sabemos que a CONTAMINAÇÃO (para
reverter a inflação) é maior quando as autoridades monetárias e o poder
político passam segurança e confiança. Sabemos também que a política
monetária não aceita mentiras nem demagogias, pois estas provocam a perda da
confiança e custo maior para reverter um processo inflacionário. A política
monetária deve ser transparente (tem que passar confiança).
Como se transmite os efeitos da taxa
básica sobre os preços? É a relação taxa básica x taxa neutra (natural ou de
equilíbrio) que dita os efeitos. O quanto a taxa básica deve ficar acima da
neutra para reverter um processo inflacionário dependerá da conjuntura e do
processo inflacionário. Sempre existirá um tempo entre o início dos aumentos e
os efeitos iniciais (em média 9 meses), isto para um combate gradual (o mais
utilizado). Uma taxa básica alta, mas abaixo da neutra não faz efeito contra a
inflação. Quanto maior a taxa básica em relação à neutra mais rápido os
efeitos. Os efeitos se transmitem através da adequação das atividades
(adequação harmoniosa entre a oferta e a demanda). O excesso de demanda (insustentável)
se corrige através da adequação das atividades (que buscam um novo equilíbrio
sustentável). Se acontece redução das atividades? Quase sempre.
O
aumento da taxa básica provoca a expectativa de que a inflação futura será
menor do que a passada e a presente e que a demanda pode ser postergada (é o
mais potente efeito da taxa básica na reversão das expectativas da inflação). Por
outro lado, em um segundo momento, as aplicações financeiras passam a render
juros positivos e uma sensação de aumento de renda e de preservação do capital que
pode provocar incremento na demanda. Neste momento a taxa básica deve iniciar o
movimento gradual de queda (os juros reais caem).
A expectativa
de que o processo inflacionário será revertido provoca uma sensação do aumento da segurança do capital
financeiro e da renda real (e nominal no início) com as aplicações. Esta
segurança, o aumento da relação juros internos x externos, a balança comercial passando
para positiva (efeito da adequação oferta x demanda interna) elimina a desvalorização
da moeda pela insegurança passada e provoca uma valorização pela nova
conjuntura mais racional e segura. Isto ajuda na queda dos preços dos produtos
importados (comercializáveis) e exportados e contamina todos os outros. Alguns
economistas acham que o aumento do poder de compra com a valorização cambial
provoca aumento da demanda e dos preços dos produtos não comercializáveis (que
não sofrem efeito direto da valorização cambial). A prática tem demonstrado que
a redução dos aumentos dos preços apesar de não ser uniforme, pelo efeito da
contaminação afeta a todos (comercializáveis, não comercializáveis e monitorados).
EM
RESUMO: alguns tentam de todas as maneiras diminuir a vitória de Ilan (presidente
do BC) e de sua equipe (claro que a firmeza do MF e de Temer também ajudaram). É
a vitória da política monetária RESPONSÁVEL (monetarista) sobre A IRRESPONSÁVEL
(heterodoxos).
MAG
04/2017.
Publicado em 30/04/2013.
Publicado em 30/04/2013.
TAXA DE JURO NEGATIVO
X RNB X PNB X POUPANÇA X INVESTIMENTO.
O SEMPRE VIRTUOSO
CAMINHO DO MEIO.
Sabemos que a Renda Nacional Bruta é
igual ao somatório da Renda do Trabalho (S) + Lucros (L) + Juros (J) + Aluguéis
(A). RNB = S + L + J + A = PNB = Produto Nacional Bruto = C + I + G + E – M + -
RLFE (renda líquida de fatores do exterior).
Sabemos também que taxa de juro baixa é
um estimulante para os investimentos (relação expectativas de lucros x juros).
Juros maiores estimulam a poupança interna (retardam consumo). As duas
afirmações nos levam a aceitar que existe uma taxa de equilíbrio (o
desequilíbrio presume o equilíbrio). Renda de juros é uma parcela do PNB.
Qual é o efeito de uma taxa de
juro negativa no PNB? A taxa negativa de juro só existe com inflação
superior à taxa de juro nominal de mercado. Os agentes para defenderem-se da
desvalorização da moeda nacional refugiam-se em consumo ou investimentos em
ativos que não a moeda pátria. Estes ativos valorizam-se mais rapidamente do
que a inflação de bens de consumo formando as famosas bolhas de ativos
(imóveis, ações, ouro, dólar). As valorizações artificiais (virtuais) dos
ativos que não moeda pátria não fazem parte da RNB, mas influenciam as
atividades por darem uma sensação de segurança e de riqueza. Sabemos que as
bolhas sempre furam com o tempo e os ativos desvalorizam, invertendo a sensação
de riqueza para a de empobrecimento e insegurança. Isto é semelhante a uma
perda real de riqueza (a perda da riqueza virtual). Menor a riqueza menor
a renda, menor o consumo, menores os investimentos (a atividade cai). O efeito
é semelhante a uma redução na quantidade de moeda. Portanto podemos afirmar que
um dos motivos da estagflação (inflação sem crescimento) é a taxa de juro
negativa, que é fruto de monetização excessiva. Resumindo: taxa básica de juro
inadequadamente baixa ou negativa reduz a renda dos poupadores (trabalhadores,
empresários, investidores e capitalistas). Por tabela o consumo e os
investimentos produtivos (ficam os artificiais) destes agentes também caem (os
agentes que poupam são os mesmos que consomem e investem). Fica a noção de um
equilíbrio entre taxa de juro, poupança e investimento.
TAXA NEGATIVA DE JURO PROVOCA QUEDA DA
RENDA NACIONAL (RNB = PNB), ESTAGFLAÇÃO, EMPOBRECIMENTO. MAG 04/2013.
http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm#7)
EFICÁCIA (http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm
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