sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

A RELAÇÃO DÍVIDA PÚBLICA/PIB E AS EXPECTATIVAS.

 

A RELAÇÃO DÍVIDA PÚBLICA/PIB E AS EXPECTATIVAS.

A INFLUÊNCIA DA CREDIBILIDADE DAS INSTITUIÇÕES (o estado, o governo, a política), NAS EXPECTATIVAS (segurança nas previsibilidades).

 Larry Summers, Ben Bernanke, Olivier Blanchard, Kenneth Rogoff e outros economistas competentes e famosos são citados para justificar como nova tese o que estudantes de economia aprendiam na década de 60 do século passado (estoque e fluxo).

A frase a seguir é a garantia ortodoxa que sutilmente utilizam: “Todo o espaço para a emissão de moeda e de dívida, sem provocar a inflação, se evapora quando o Estado ameaça se desorganizar”. “Políticas monetária e fiscal são indissociáveis”.

 A análise da relação dívida/PIB sempre levou em consideração como indicador de solvência o estudo racional do fluxo de caixa: vencimentos e possibilidade de pagamentos, inclusive com refinanciamentos. A análise de crédito de governos e de empresas sempre considerou como indicador de solvências o fluxo de caixa. Nas empresas a capacidade de pagamento, o orçamento, a estabilidade acionária e a capacidade de gestão da diretoria. Nos países a estabilidade política-institucional: o estado, os poderes legislativo, executivo, judiciário, o governo, a política e sua influência na credibilidade e na previsibilidade (segurança que passam a analistas, credores e financiadores).

A criação de moeda (a liquidez) não inflacionária é uma relação com o PIB potencial (capacidade de crescimento da economia). A criação de moeda deve ter uma relação com as expectativas de crescimento sustentado das atividades (do PIB) para evitar o processo inflacionário. Países não emissores de moeda meio de pagamento e reserva de valor mundial devem ser mais cuidadosos para que não percam a soberania monetária. A soberania monetária depende da moeda manter a função de reserva de valor internamente (passar segurança para investidores externos e internos).  

Com capacidade ociosa e desemprego as políticas fiscal e monetária devem ser expansionistas até o limite sustentável e que não provoquem inflação e desvalorização cambial (perda de poder de compra e de qualidade de vida).

Políticas monetária e fiscal sempre foram indissociáveis (são irmãs siamesas). MAG 11/12/2020. 

https://mageconomia.blogspot.com/2020/08/a-politica-monetaria-e-sua-relacao-com.html?spref=fb&fbclid=IwAR0lKhdic6KV2Eum1RIJOyC13wli8_3DHVMU556aeK5CLzf-XiEfNGpq9e8

EM 17 DE AGOSTO DE 2020 publicava no blog:

 A POLÍTICA MONETÁRIA E SUA RELAÇÃO COM O PIB E A RIB EM PAÍS QUE NÃO EMITE MOEDA RESERVA E MEIO DE PAGAMENTO MUNDIAL.

 consumo (maior parte do PIB = C + I) é influenciado pela renda das pessoas físicas = renda das famílias (a renda das pessoas jurídicas é influenciada pela das famílias). Sabemos que a RIB (renda interna bruta) = PIB (produto interno bruto) = renda do trabalho (salários + autônomos) + juros + lucros + aluguéis (S + L + J + A)Para o PIB crescer teremos que ter expectativas de crescimento do consumo que depende das expectativas de renda futura. Resumindo: o consumo depende da riqueza acumulada e de sua renda (juros, lucros, dividendos) e da expectativa da renda permanente do trabalho (empregos, rendas do trabalho e expectativa de conjuntura ascendente). Os investimentos dependem da expectativa do consumo.

 Se o IGPM (índice geral dos preços do mercado) e o IPAM (índice dos preços no atacado do mercado) estão quase 5 vezes maiores do que o IPCM e o IPCA podemos entender que estamos com uma inflação represada (reprimida) que irá ser corrigida se a COVID-19 for controlada pelas vacinas. Qual a causa dos IGPs estarem tão mais altos do que os IPCs? SELIC negativa e muito abaixo da adequada (considerando Selic – irf – ipca ou – igpm) provocou (e está provocando) desvalorização do real (desvalorizou muito em relação ao dólar) e por consequência da renda das famílias (redução do poder de compra de todos, famílias e empresas). Os preços do IGP e do IPA subiram mais do que os preços ao consumo IPC por causa do aumento do dólar (e o consequente aumento dos insumos dolarizados e produtos importados). Os preços ao consumo serão afetados quando os efeitos da COVID-19 forem abrandados. As rendas das famílias foram afetadas pela redução dos empregos e das expectativas de conseguir outro, pela redução da renda das poupanças dos trabalhadores (assalariados e autônomos) e de seus fundos de pensão e da insegurança sobre a sobrevivência de muitas empresas (pequenas, médias e grandes). É a insegurança quanto a expectativa da renda permanente do trabalho, a eliminação da renda de suas poupanças. Isto retrai o consumo e a inflação correspondente, mas quando vier virá muito alta. Muitos preços ao consumo já estão com inflação muito alta. E os títulos do TN de LP já pagam IPCA + perto de 4%. 

A INFLAÇÃO IRÁ ESTOURAR ANTES DAS ELEIÇÕES SE A SELIC DEMORAR A SER AUMENTADA E BOLSONARO NÃO SERÁ REELEITO. MAG 17/08/2020.   

 

 

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