A RELAÇÃO
DÍVIDA PÚBLICA/PIB E AS EXPECTATIVAS.
A INFLUÊNCIA DA CREDIBILIDADE DAS INSTITUIÇÕES (o estado, o
governo, a política), NAS EXPECTATIVAS (segurança nas previsibilidades).
Larry Summers, Ben
Bernanke, Olivier Blanchard, Kenneth Rogoff e outros economistas competentes e
famosos são citados para justificar como nova tese o que estudantes de economia
aprendiam na década de 60 do século passado (estoque e fluxo).
A frase a seguir é a
garantia ortodoxa que sutilmente utilizam: “Todo o espaço para a emissão de
moeda e de dívida, sem provocar a inflação, se evapora quando o Estado ameaça
se desorganizar”. “Políticas monetária e fiscal são indissociáveis”.
A análise da relação dívida/PIB sempre levou em
consideração como indicador de solvência o estudo racional do fluxo de caixa: vencimentos
e possibilidade de pagamentos, inclusive com refinanciamentos. A análise de crédito
de governos e de empresas sempre considerou como indicador de solvências o fluxo
de caixa. Nas empresas a capacidade de pagamento, o orçamento, a estabilidade
acionária e a capacidade de gestão da diretoria. Nos países a estabilidade
política-institucional: o estado, os poderes legislativo, executivo,
judiciário, o governo, a política e sua influência na credibilidade e na previsibilidade
(segurança que passam a analistas, credores e financiadores).
A criação de moeda (a liquidez) não inflacionária é uma
relação com o PIB potencial (capacidade de crescimento da economia). A criação
de moeda deve ter uma relação com as expectativas de crescimento sustentado das
atividades (do PIB) para evitar o processo inflacionário. Países não emissores
de moeda meio de pagamento e reserva de valor mundial devem ser mais cuidadosos
para que não percam a soberania monetária. A soberania monetária depende da
moeda manter a função de reserva de valor internamente (passar segurança para
investidores externos e internos).
Com capacidade ociosa e desemprego as políticas fiscal e
monetária devem ser expansionistas até o limite sustentável e que não provoquem
inflação e desvalorização cambial (perda de poder de compra e de qualidade de
vida).
Políticas monetária e fiscal sempre
foram indissociáveis (são irmãs siamesas). MAG 11/12/2020.
https://mageconomia.blogspot.com/2020/08/a-politica-monetaria-e-sua-relacao-com.html?spref=fb&fbclid=IwAR0lKhdic6KV2Eum1RIJOyC13wli8_3DHVMU556aeK5CLzf-XiEfNGpq9e8
EM 17 DE AGOSTO DE 2020 publicava no blog:
A POLÍTICA MONETÁRIA
E SUA RELAÇÃO COM O PIB E A RIB EM PAÍS QUE NÃO EMITE MOEDA RESERVA E MEIO DE
PAGAMENTO MUNDIAL.
O consumo (maior
parte do PIB = C + I) é influenciado pela renda das pessoas físicas =
renda das famílias (a renda das pessoas jurídicas é influenciada pela
das famílias). Sabemos que a RIB (renda interna bruta) = PIB (produto interno
bruto) = renda do trabalho (salários + autônomos) + juros + lucros + aluguéis (S
+ L + J + A). Para o PIB crescer teremos que ter expectativas de
crescimento do consumo que depende das expectativas de renda futura.
Resumindo: o consumo depende da riqueza acumulada e de sua
renda (juros, lucros, dividendos) e da expectativa da renda permanente
do trabalho (empregos, rendas do trabalho e expectativa de conjuntura
ascendente). Os investimentos dependem da expectativa do consumo.
Se o IGPM (índice
geral dos preços do mercado) e o IPAM (índice dos preços no atacado do mercado)
estão quase 5 vezes maiores do que o IPCM e o IPCA podemos entender que estamos
com uma inflação represada (reprimida) que irá ser corrigida se a COVID-19 for
controlada pelas vacinas. Qual a causa dos IGPs estarem tão mais altos do que
os IPCs? SELIC negativa e muito abaixo da adequada (considerando Selic – irf –
ipca ou – igpm) provocou (e está provocando) desvalorização do real
(desvalorizou muito em relação ao dólar) e por consequência da renda das
famílias (redução do poder de compra de todos, famílias e empresas). Os preços
do IGP e do IPA subiram mais do que os preços ao consumo IPC por causa do
aumento do dólar (e o consequente aumento dos insumos dolarizados e produtos
importados). Os preços ao consumo serão afetados quando os efeitos da COVID-19
forem abrandados. As
rendas das famílias foram afetadas pela redução dos empregos e das expectativas
de conseguir outro, pela redução da renda das poupanças dos trabalhadores
(assalariados e autônomos) e de seus fundos de pensão e da insegurança sobre a
sobrevivência de muitas empresas (pequenas, médias e grandes). É a insegurança
quanto a expectativa da renda permanente do trabalho, a eliminação da renda de
suas poupanças. Isto retrai o consumo e a inflação correspondente, mas quando
vier virá muito alta. Muitos preços ao consumo já estão com inflação muito
alta. E os títulos do TN de LP já pagam IPCA + perto de 4%.
A INFLAÇÃO IRÁ ESTOURAR ANTES
DAS ELEIÇÕES SE A SELIC DEMORAR A SER AUMENTADA E BOLSONARO NÃO SERÁ REELEITO.
MAG 17/08/2020.
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