A TURMA DO PENSAMENTO
MÁGICO
O governo brasileiro foi tomado pela turma de
economistas de pensamento mágico: “desenvolvimentistas”, neokeynesianos
festivos ou heterodoxos (Unicamp e viúvas do esquerdismo derrotado pela queda
do muro). As experiências vividas (e sofridas) de hiperinflação e estagflação
não deixaram ensinamento nenhum. Apegaram-se às ideias do
nacional-desenvolvimentismo imposto ao país pela ditadura militar (mas os
militares ditadores, sabemos, eram ignorantes em economia). O DN (kzar da economia
da ditadura militar) até hoje defende partes das ideias (as mais erradas) que
nos deixaram de herança a hiperinflação e os 13 anos de estagflação.
As ideias resumem-se em:
a) abaixe a taxa de juros (em relação a o que
não falam);
b) desvalorize a moeda em relação ao dólar;
c) gaste à vontade.
O resultado, sabemos, será:
a) para
abaixar a taxa de juro a economia terá que ser monetizada acima do adequado. O
efeito será a inflação e após a estagflação;
b) a
desvalorização da moeda em relação ao dólar é semelhante a retirar poder de
compra de todos para beneficiar minorias (aumentar os lucros de uns e sustentar
eternas incapacidades de competição). Como o poder de compra cai a demanda
também cai. As importações de tecnologias, maquinários, partes industriais e
matérias primas ficam mais caras. No mundo atual com a depreciação tecnológica
excessivamente rápida, dificultar a renovação e a modernização de maquinários,
de tecnologias e de partes é deixar de ser competitivo, é suicídio. É
impossível concorrer sem que a produção utilize o que há de melhor e mais
moderno no mundo (partes, maquinários e tecnologias). A desvalorização da moeda
impede a renovação e a luta pela melhoria contínua e por ganhos de
produtividade. A proteção da indústria nacional passa a ser a arma de sua
destruição. A proteção terá que ser ad-eternun, a consequência a pobreza;
c) gastar
à vontade todos de bom senso e responsabilidade já sabem ser errado. Só esta
turma de pensamento mágico ou que vive às custas da viúva para defender tal
disparate;
d) apesar
da poupança interna ser insuficiente, taxaram as entradas de capital de curto e
de médio prazo (IOF de 6% para entradas até dois anos). Depois voltaram atrás.
O resultado da política discricionária e
artificial desta turma (querem saber mais do que o mercado. Os exemplos das
derrotas do mundo comunista para o mercado não ensinaram): o PIB não cresceu; a
balança comercial deu um saldo negativo em janeiro/2013 acima de 4 bi. (o real
foi desvalorizado em 30%); os investimentos quase secaram; o processo
inflacionário mostrou os primeiros resultados. Mais de 65% dos itens de preços
pesquisados estavam subindo (em janeiro deve dar uns 80%). Estão quebrando a
Petrobrás com preços reprimidos e obrigação de concorrer com o mundo
globalizado comprando maquinários produzidos aqui com 40% de nacionalização
(como exigir nacionalização de uma coisa que nunca produzimos e o mundo está
aprendendo agora? Explorar o pré-sal). Preços 40% mais caros, atrasos na
entrega, plataformas soldadas erradas (refazer talvez não seja possível) e no
fim ter que repassar a produção para estrangeiros (que queriam o direito de
trazer trabalhadores estrangeiros com as leis de sua origem. Baratear o
custo.). Já pensou se a EMBRAER fosse obrigada a comprar itens nacionais sem
concorrência mundial? Já estaria quebrada. A Bombardier iria adorar. Como
concorrer com as siderúrgicas do mundo dificultando as importações de
maquinários e tecnologias pelas nacionais? São às vezes 100% mais caras (o pior
é a desatualização).
Agora, mais uma vez erradamente, voltam atrás
igual barata tonta e tentam valorizar o Real (se é artificial é errado). Vai e
volta. Um artificialismo obriga a outro e assim indefinidamente até que
estoure. E existem escolas de economia que defendem estes absurdos: as federais
e a Unicamp.
Se a taxa de juro real ex-post (juro – IRF –
inflação ocorrida) passar a ser negativa ou menor do que a ex-ante (juro
– IRF – inflação projetada), inicia-se a corrida para ativos que não a moeda
pátria (formação de bolhas = preços subirem acima dos IPCs), retorno do
processo inflacionário, véspera de crise (é onde esta turma irá nos levar). A
demanda cresce em desarmonia com a oferta (os investimentos foram
desencorajados com políticas discricionárias e artificiais). DEMAGOGIA DE UNS
IGNORÂNCIAS DE OUTROS.
Estão tapeando com a queda da energia, do
câmbio, mas no fim vai estourar. OU ENTÃO, MAIS UMA VEZ, IGUAL BARATA
TONTA, SUBIRÃO A TAXA BÁSICA PARA CORRIGIR OS ERROS DO PASSADO. MAG
02/02/2013.
Excelente artigo Dr.
ResponderExcluirO Senhor traça o panorama em que vive o povo Brasileiro fruto de uma mistura de "DEMAGOGIA ELEITOREIRA" com "IRRESPONSABILIDADE GOVERNAMENTAL" gerando essa insegurança TOTAL.
PARABÉNS pela sintética e profunda explicação.
Obrigado.
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