PARADOXO
Segundo Keynes a taxa de
juros baixa motivaria os investimentos. O Brasil e seus economistas desenvolvimentistas-keynesisanos
(que chamo de turma do pensamento mágico) desmentiram o mestre. Conseguiram fabricar
um modelo econômico onde baixaram as taxas de juros, aumentaram os gastos do
governo, desvalorizaram artificialmente a moeda pátria e: a) a inflação subiu (o
contrário do que defendiam e esqueceu-se de pensar o guru Keynes. Para ele a
inflação não existiria); b) os investimentos caíram (diferente do que previu Keynes);
c) o PIB reduziu o crescimento a quase zero; d) desequilibraram as contas externas
(aumentaram o déficit em transações correntes para percentual quase mortal, acabaram
com o superávit do balanço comercial. Bem verdade que Keynes era a favor do câmbio
flutuante); e) regulamentaram o movimento de capitais dificultando as
transações (e os investimentos). O que fizeram para errar tanto em tão pouco tempo?
Acreditaram na turma do pensamento mágico, desmotivaram o mercado (a que
odeiam), amedrontaram a todos querendo demonstrar maior sabedoria do que o
mercado (propuseram-se a substituir
a ordem natural, espontânea e complexa dos mercados, infinitos interesses
pessoais pelas limitações do planejamento centralizado, dirigido por burocratas
de governos, totalitários e autocráticos, onde a corrupção é facilitada e o empobrecimento
é o efeito). Felizmente o Banco Central, cuja equipe é qualificada e racional,
enxergou a tempo e corrigiu a absurda barbeiragem demagógica a que estavam nos
expondo. CORRETAMENTE SUBIRAM A TAXA
BÁSICA DE JURO. E TERÁ QUE SUBIR MAIS, ATÉ QUE A VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DA
OFERTA E DEMANDA SE HARMONIZEM, AS CONTAS EXTERNAS INICIEM MOVIMENTO DE
CORREÇÃO E OS AGENTES SINTAM-SE NOVAMENTE ENCORAJADOS. E OVOS SERÃO QUEBRADOS?
PROVAVELMENTE, POIS ATRASARAM AS MEDIDAS CORRETIVAS (é o preço que pagaremos
pela ignorância). Se uma economia tem expectativas negativas quanto as
atividades (e lucros) terá também juros baixos. Portanto, juros altos de
mercado, são sinônimo de economias com expectativas positivas. A taxa básica
deve ser fixada tendo por parâmetro a taxa neutra de mercado.
E NOSSO PARQUE INDUSTRIAL? Podemos
estratificá-lo em:
a) os competitivos;
b) os não competitivos.
Qual o percentual de nossa economia que é representada
pela turma não competitiva? Menos do que 3%.
Sabemos que a competitividade só é conseguida
através da luta pela sobrevivência travada nos mercados concorrenciais. É a
concorrência que provoca a melhoria contínua. Protecionismo é sinônimo de
parasitismo, perda de produtividade e de competitividade. Não podemos proteger
3% de nossa economia, tendo como contrapartida o empobrecimento de todos e
perda de qualidade de vida. O protecionismo (sob qualquer forma) é opção por desequilíbrios
que provocam contínuos malefícios à economia. Para que uma economia não tenha queda de
produção (queda do PIB) são necessários investimentos contínuos em manutenções,
renovações e modernizações de fatores de produção (manutenção da FBCF- formação
bruta de capital fixo). Hoje temos além da depreciação por uso e tempo, a
tecnológica (alguns maquinários tornam-se obsoletos e não competitivos em pouquíssimo
tempo). Com o mundo globalizado, um país só será competitivo se suas empresas
puderem dispor de moeda com valor cambial de mercado (câmbio flutuante),
abertura para importar os melhores e mais modernos fatores de produção, matéria
primas com preços globalizados (não ter que submeter-se a protecionismos que só
provocam atrasos e pobrezas). A opção é
entre ter uma indústria eternamente não competitiva e seus efeitos, preços maiores,
qualidade pior, ou abrir-se para o mercado competitivo e a eterna luta pela
sobrevivência e ganhos de produtividade (melhor qualidade de vida). MAG 05/2013.
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