quinta-feira, 7 de maio de 2020

COPOM CAI TAXA BÁSICA. A RELAÇÃO TAXA BÁSICA (SELIC) X TAXA NATURAL (NEUTRA OU DE EQUILÍBRIO) X CONJUNTURA PRESENTE E PERCEPÇÃO DA FUTURA.



COPOM CAI TAXA BÁSICA. A RELAÇÃO TAXA BÁSICA (SELIC) X TAXA NATURAL (NEUTRA OU DE EQUILÍBRIO) X CONJUNTURA PRESENTE E PERCEPÇÃO DA FUTURA. EM 07/05/2020.

A TAXA SELIC DE 3% RENDE LÍQUIDO DE IRF (3% X 0,8 = 2,4%): 2,4%. É ESTA TAXA LÍQUIDA (2,4%) QUE OS POUPADORES INTERNOS (APLICADORES) E EXTERNOS LEVAM EM CONSIDERAÇÃO. COMPARAM-NA (taxa de juro ex-ante) COM A INFLAÇÃO FUTURA PELO IPCA E PELO IGPM (taxa de juro ex-post). PELO IGPM PREVISTO TERÁ UM NÚMERO NEGATIVO ELEVADO (E O IGPM É INDICAÇÃO DO IPCA DO FUTURO). PELO IPCA DEVERÁ DAR UM NEGATIVO PEQUENO. PELO DÓLAR É IMPREVISÍVEL NO MOMENTO.
A taxa Básica deve ser fixada acima ou abaixo da taxa Natural. Considerando-a = ao DI 360, 2,85% teremos:

     a)    com o IGPM previsto para 2020 de 5% e Selic de 3%. 3% – 20% IRF = 2,4% - 5% IGPM = - 2,6% (negativo). A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,85 positivos para -2,6 = -5,45% (uma diferença absurda e perigosíssima). Taxa que provoca fuga de capitais (nacionais e estrangeiros), desvalorização da moeda pátria, possível aumento de atividades e de preços de alguns ativos (ouro, dólar, etc.). Se a percepção for de que a inflação subirá, as taxas de curto prazo de juros acompanharão a Selic, mas as de longo prazo subirão (o custo de captação do TN subirá). A nota de crédito do Brasil foi atingida negativamente (talvez mais por motivos políticos);

     b)    com o IPCA previsto para 2020 de 2,7%: 2,4% - 2,7% = - 0,3% (negativo). A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,85% positivos para - 0,3% = -3,15% (uma diferença absurda e perigosíssima). Taxa que provoca fuga de capitais (nacionais e estrangeiros), desvalorização da moeda pátria, possível aumento de atividades e de preço de alguns ativos (ouro, dólar, etc.). Se apercepção for de que a inflação subirá, as taxas de curto prazo de juros acompanharão a Selic, mas as de longo prazo subirão (o custo de captação do TN subirá). A nota de crédito do Brasil foi atingida negativamente (talvez mais por motivos políticos).
COMENTO: considerando a insegurança conjuntural causada pelo COVD-19, pelas críticas diárias da mídia (que fizeram efeito forte no exterior) que reduziram a necessária percepção de estabilidade interna (segurança e previsibilidade) para aumento das atividades e investimentos (PIB), as duas previsões de taxa básica líquida de irf e de inflação (igpm e ipca) negativas, deverão (poderão) causar pouco efeito nas atividades. A este respeito o fundador dos cursos de economia no Brasil ensinou: E. GUDIN 1968: Em conjuntura recessiva com predomínio de pessimismo, não há taxa de juros capaz de, sozinha, reanimar a atividade. INFLAÇÃO E CÂMBIO: a inflação afeta o câmbio antes de afetar os preços, mas com as repetições entende-se que os dois efeitos são gêmeos, e um afeta o outro.  
Esta taxa básica passa insegurança para todos: poupadores (verão suas poupanças serem dilapidadas por inflação), reduzirá demanda (insegurança reduz demanda), e por extensão PIB. É semelhante a uma dose de antibiótico acima da adequada, fará mais mal do que talvez bem. MAG 07/05/2020.


 BLOG: TERÇA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2017

ATÉ ONDE A SELIC PODE CAIR?

A credibilidade do MF e do presidente do BC, além da correta política monetária e dos esforços do MF para dar transparência e corrigir a política fiscal (apoiado pelo presidente MT e legislativo) conseguiram passar credibilidade para os agentes econômicos (a previsibilidade melhorou, mas ainda insuficiente). Os juros de longo prazo caíram de 16,8% em 12/2015 para abaixo de 10%. As expectativas de inflação caíram para abaixo da meta (4,5%) com a recessão invertendo a tendência de queda acima de 3,5% para um crescimento que ficará entre 0,5% e 1,5%. EM RESUMO: a competente equipe econômica e a correta política monetária venceram mais uma vez.

A PERGUNTA QUE TODOS PRETENDEM RESPONDER: ATÉ ONDE A TAXA BÁSICA (SELIC) DEVERÁ CAIR? ATÉ OS JUROS DE MERCADO DE LP (A CURVA DE JUROS) NÃO REVERTER A TENDÊNCIA DE QUEDA (DESCENDENTE) PARA ASCENDENTE. ESTA SERÁ A HORA DE PARAR COM A QUEDA DA SELIC, ANTES QUE AS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO VOLTEM. OUTRA PERGUNTA: E SE OS PREÇOS NÃO PARAREM DE CAIR (hipótese que considero improvável) E CAMINHAREM PARA DEFLAÇÃO? ALÉM DE CAIR A TAXA BÁSICA DE JURO (SELIC) O BC DEVERÁ DAR LIQUIDEZ A JUROS BAIXOS PARA O LONGO PRAZO.

A HIPÓTESE MAIS PROVÁVEL É QUE A INFLAÇÃO RETORNE SE O BC PASSAR A IMAGEM DE QUE CEDEU ÀS PRESSÕES POLÍTICAS DE VÉSPERA DE ELEIÇÃO PARA CAIR A SELIC (hipótese que considero improvável). EM NÚMEROS ACREDITO QUE A SELIC PODERÁ CAIR ATÉ 9% COM O MÁXIMO DE 1% POR REUNIÃO DO COPOM (mais é arriscado). MAG 03/2017.     

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