INTRÓITO: Um dos métodos racionais de análise é o que
estuda os efeitos (consequências) de uma ação (ou da não ação). O estudo
reverso são as causas das consequências (efeitos). A simplificação (didática)
seria definir uma única causa e consequência. Sempre existirão várias causas e
consequências (efeitos). Os estudos devem estratificar as causas (ações) por
valor, quantidade e importância, a principal, as complementares, a sobre a qual
temos controle e as não controláveis.
Em administração os dirigentes (e gerentes) têm que estudar
os efeitos de uma ação (ou inação) no curto, no médio e no longo prazos (os
planejamentos). O método mais completo de análise é o que estratifica
(titulando e quantificando) as causas e os efeitos de um problema ou assunto a
estudar (ou a decidir).
EM ECONOMIA é semelhante. Apesar do ensino da teoria
econômica, para facilitar o entendimento de alunos ainda com pouca cultura
acumulada, simplificar didaticamente os estudos em uma causa e um efeito, mas
no mundo real sempre são várias causas e vários efeitos. Verdade que existem as
variáveis principais (ou a principal) e a sobre a qual temos poder de controle.
Um exemplo é a TQM - TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA e as EQUAÇÕES QUANTITATIVAS:
as equações quantitativas são expressões matemáticas da teoria. Como todo modelo
econômico (matemático ou econométrico) é uma representação simplificada da
realidade e como tal deve ser entendido. É um reducionismo. A teoria
quantitativa é ampla e desenvolveu-se (e desenvolve-se) no tempo, não tendo as
limitações das equações quantitativas (uma simplificação didática). Considerando
uma economia aberta e modelos dinâmicos, o tempo influenciando nas variáveis
(endógenas, as que influenciam e são influenciadas pelo modelo e, exógenas, as
que influenciam, mas não são influenciadas) onde a variável controlável é a
SELIC, as taxas de juros de mercado não são controláveis, mas podem ser
influenciadas. INTERDEPENDÊNCIA: uma mudança em variável controlável afeta
diversas outras pelo efeito da contaminação (os efeitos acontecem
sucessivamente, em momentos sequenciais). Os efeitos no curto prazo podem ser
diferentes dos de longo prazo (os juros de cp podem subir e os de lp caírem),
no primeiro momento ser diferente dos seguintes. As leis econômicas são
dinâmicas, sempre um processo em movimento. Leis ou postulados econômicos são
enunciados de tendências.
O TEMPO DE REAÇÃO
ENTRE A AÇÃO E OS EFEITOS EM UMA ECONOMIA DE UM PAÍS COM ECONOMIA DE MERCADO
(LIBERAL) E OUTRO SAINDO DE UMA ECONOMIA DE PLANEJAMENTO CENTRALIZADO
(SOCIALISTA).
A população de um país de economia dirigida (planejamento
centralizado, socialista), com uma geração de duração, perde a capacidade de
empreendedorismo, a busca do lucro sem medo dos riscos. O tempo de reação para
que a população dos países socialistas saia do imobilismo (a espera de que tudo
será feito pelo estado) para o dinamismo das economias de mercado, onde a
motivação do lucro minimiza o medo dos riscos, e a concorrência e o sentimento de
sobrevivência encorajam a melhoria contínua e os ganhos de produtividade é de uma geração, no mínimo. Alguns
exemplos conhecidos: a antiga Alemanha Oriental (mesmo após a união) ainda não
conseguiu se equiparar à Alemanha Ocidental (melhorou a qualidade de vida, mas
mais lentamente do se esperava). Os países da Europa Oriental Socialista,
apesar de terem melhorado a qualidade de vida após adotarem a economia de
mercado, ainda não alcançaram a Europa Ocidental. Outros exemplos são o empobrecimento
da Venezuela e de Cuba. A antiga rica Argentina caminhou para que metade de sua
população seja classificada como pobre, após adotar a política intervencionista
peronista (as tentativas de virada não conseguem sobreviver a um governo).
Sair do imobilismo socialista (que leva à pobreza) para o
dinamismo (e sacrifícios) das economias de mercado (que produzem riqueza) leva
tempo (mais de uma geração). 01/2022.
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