sexta-feira, 18 de abril de 2025

ECONOMIA POLÍTICA: UMA TENTATIVA DE EXPLICAR RESUMIDAMENTE SEU CAMPO DE ESTUDO E DE ANÁLISE. 17/04/2020 (resumo de publicações anteriores).

 ECONOMIA POLÍTICA: UMA TENTATIVA DE EXPLICAR RESUMIDAMENTE SEU CAMPO DE ESTUDO E DE ANÁLISE. 17/04/2020 (resumo de publicações anteriores).

A ECONOMIA estuda as relações entre causas e efeitos (no curto, médio e longo prazos e no primeiro e segundo momentos, e sequenciais) das variáveis econômicas (como uma mexida em uma variável afetará o comportamento dos agentes. Como uma variável se comportará em relação a outras etc.).
Pode ser dividida em:
a) ECONOMIA MONETÁRIA (moeda, juros, câmbio, bancos) que é a teoria básica da Política Monetária (aplicação);
b) POLÍTICA FISCAL, orçamento e sua execução (gastos produtivos e improdutivos, meios e fins, correntes e investimentos);
c) POLÍTICA EXTERNA. BALANÇO DE PAGAMENTOS:
c.1) BALANÇO COMERCIAL (exportações x importações);
c.2) BALANÇO DE SERVIÇOS (transportes, viagens, aluguéis etc.);
c.3) BALANÇO DE RENDAS (juros, dividendos e lucros, salários); transferências unilaterais (remessas do exterior sem contrapartida. Parentes etc.);
SALDO DE TRANSAÇÕES CORRENTES (somatório dos itens anteriores c1+ c2 + c3);
c.4) CONTA FINANCEIRA E CAPITAL (empréstimos, pagamentos de empréstimos, recebimentos de investimentos, investimentos no exterior);
c.5) SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (somatório dos itens anteriores);
d) POLÍTICA CAMBIAL (deve ser estudada considerando a política monetária, fiscal, externa e ambiente exterior). Câmbio flutuante ou administrado (depois que os USA abandonou a paridade US$ x Ouro, a solução foi adotar o câmbio flutuante).
A ECONOMIA é uma CIÊNCIA SOCIAL-POLÍTICA (não exata). Toda sua lógica baseia-se no estudo do equilíbrio (movimento das variáveis) das forças econômicas (agentes, variáveis, tempo = mercado). A ideia de equilíbrio presume o desequilíbrio. As leis econômicas são dinâmicas, sempre um processo em movimento, são CAUSAIS E TEMPORAIS, estudam fenômenos que se sucedem no tempo (e as antecipações). São também CONDICIONAIS, como todas as leis científicas (requisitos são condições necessárias). São complexas, o entendimento exige conhecimentos acumulados, quase sempre tem exceções. Os efeitos no curto prazo podem ser diferentes do longo prazo (os juros de cp podem subir e os de lp caírem), no primeiro momento ser diferente dos seguintes. Leis ou postulados econômicos são enunciados de tendências. As previsões econômicas são dependentes de ações políticas futuras (ou imprevisibilidades), motivo de sempre virem acompanhadas da máxima, "tudo o mais permanecendo constante."
O EQUILÍBRIO ESTÁTICO (a fotografia de um momento): facilita o estudo dos fenômenos econômicos para os iniciantes.
O EQUILÍBRIO DINÂMICO (o equilíbrio em movimento): procura explicar o processo em que o sistema está caminhando para alcançar o equilíbrio, assim como os momentos sequenciais. A economia em equilíbrio (pouca volatilidade) tem a PREVISIBILIDADE facilitada (facilita o planejamento e encoraja os investimentos, o crescimento é sustentável, a moeda é estável), em desequilíbrio é mais volátil e imprevisível (desencoraja investimentos). O estudo econômico deve sempre analisar: CAUSAS, EFEITOS (positivos e negativos), TEMPO, EXPECTATIVAS, ÓTICAS DOS INTERESSADOS. 17/04/2020.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

DIREITA (LIBERAIS), CONSERVADORES, EXTREMA DIREITA (LIBERTÁRIOS), ESQUERDA (SOCIALISMO): DIFERENÇAS

 

Todos os sistemas econômicos são Capitalistas, a diferença é a propriedade do capital: esquerda = do estado (elite dirigente), direita = privada (economias de mercado).

 Marco Aurélio Garcia. FACE BOOK 11/04/2022

EXTREMA DIREITA E EXTREMA ESQUERDA:

Temos os extremos em ignorância (no sentido de saber e educação). A turma que torce sem saber direito para o que: os que se dizem conservadores, os petistas e a esquerda (claro que existem os racionais). É a turma que se nega a fazer ou ler análises racionais (os preguiçosos do saber). Votam na esquerda sem saber definir corretamente o que é esquerda (as vezes têm o pensamento liberal, mas defendem até os corruptos da esquerda). Tem os teimosos na ignorância, não querem reconhecer o que pensavam erradamente (apesar de terem base cultural para entender o que aprenderam errado. Preferem negar a dor da ignorância, a deixar de sentir a felicidade do aprendizado, a reconhecer que aprenderam errado. São os teimosos nos erros). O mesmo ocorre com uma parte representativa dos eleitores da direita. A maioria não sabe que o regime militar foi mais de esquerda que de direita. Que militar não é sinônimo de honesto (a maioria é autoritário e tem pouco saber e expertise em cargos de dirigente de alto nível que tem que enfrentar mercado e concorrência). A experiência é administrar com respeito à hierarquia, à autoridade, e até a suportar o que acha errado (mas têm muitas qualidades e alguns se salvam). Na política poucos se salvam, a maioria levou seus países a ditaduras. Em honestidade são semelhantes ao resto da população.

ANÁLISE RÁPIDA:

MÍDIA: a maioria define erradamente o que é direita liberal e esquerda. Alguns definem nacional socialismo como direita e social-democracia como esquerda. Vai de acordo com os interesses políticos do momento. A maioria torce e distorce, infelizmente até os mais cultos (um desperdício de credibilidade. Inaceitável como deixam-se dominar por interesses que desacreditam suas pessoas e saber).

ECONOMISTAS E PROFESSORES DOUTORES: era vergonhoso ler em escritos (registros das ignorâncias no jornal Valor) afirmações de que liberais (escreviam neoliberais) eram contra todos os regulamentos (a base inicial do pensamento liberal eram normas para limitar o poder discricionário das autoridades, das cortes absolutistas, as corporações que hoje dominam o poder). A maioria não sabia (ou fingia) que a ampliação da assistência social é também um princípio liberal (e direta aos interessados, sem intermediários). Que Keynes era contra a inflação e a favor do câmbio flutuante (isto antes do dólar deixar de ter correspondência com o ouro). Esquecem ou escondem que a esquerda é o socialismo que tem como modelo político a ditadura e partido único. Confundem gastos produtivos com improdutivos, responsabilidade com austeridade. Liberdade de ir e vir, política e de imprensa sempre esquecem. Defendiam e alguns ainda defendem as ditaduras que empobreceram seus países e povos (Cuba, Venezuela e URSS). Mas sempre preferem viver nas ricas democracias liberais.

PT, PSB e PSOL são partidos de esquerda, socialistas, portanto, contra o liberalismo na economia e na política. São socialistas, portanto, defendem a ditadura do proletariado (na prática das elites políticas e militares), imprensa única e do estado, partido político único, limitação dos direitos individuais, até o de ir e vir, da liberdade de imprensa e falam em democracia e liberdade: cinismo de uns, ignorâncias de outros (a maioria). OS PROGRAMAS DOS PARTIDOS SÃO SOCIALISTAS (nunca ganharam a maioria no legislativo, motivo da demagogia de dizerem-se democratas).

BOLSONARO: tosco, às vezes rude, às vezes faz brincadeiras infantis impróprias para um presidente, teimoso em decisões erradas (no caso das vacinas), mas sabe o que não sabe (felizmente), tem a qualidade (de poucos) de reconhecer erros e voltar atrás, reconheceu que votava errado com a esquerda (pois esta pensava igual aos militares que tinham o pensamento de esquerda, apesar de se declararem contra o socialismo. Ignorância? Sim, pois tinham Roberto Campos e inúmeros e competentes economistas liberais). Declara-se um liberal em economia (Paulo Guedes é liberal) e conservador em costumes. Escolheu o PL, Partido Liberal, e a maioria da direita está com ele (os outros conseguem ser piores).

EXTREMA DIREITA: a extrema direita difere da direita (sem considerar os ignorantes que não sabem o que é extrema direita nem direita) em alguns pontos em economia: são a favor do livre mercado (os liberais são a favor do mercado com concorrência), consideram a concorrência com menos rigidez (valor) do que os liberais. São a favor da livre concorrência (os liberais são a favor da concorrência e de normas que a protejam, se necessário). Os liberais são a favor do BC e do monopólio na emissão da moeda (a extrema direita diverge). Na economia a extrema direita aproxima-se dos libertários. A extrema direita culta jamais ofenderia a China ou dirigentes de outros países (isto é ignorância e não ser de direita). Bolsonaro reconheceu rapidamente o erro do filho e separou a opinião de um parlamentar (parecendo de oposição ao governo) da do seu governo. Aprende rápido. Teimou com as vacinas, mas comprou todas as possíveis e a FIOCRUZ escolheu uma muito boa e de menor preço (a metade da sofrível CoronaVac). Teimou com medicamentos aprovados emergencialmente pelo FDA e OMS, mas abandonados (verdade que médicos pensavam igual), sem entender do assunto (felizmente em economia não teimou). E os outros candidatos? Conseguem ser muito piores.

A TURMA QUE SE DIZ DA CULTURA: na verdade atores, cantores, músicos, alguns muito ricos que utilizavam verbas públicas. É uma cultura limitada a seus setores e sofrível nos outros, pois acreditam serem os representantes da cultura, quando se limitam a seus setores (tão importantes quanto os outros). Não entendem nada de economia, muito pouco pensamento econômico e político (defendem ditaduras como se fossem democracias liberais. Ignorantes? Sim, muito).

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 Marco Aurélio Garcia. Face Book 11/04/2022

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CONSERVADORES E LIBERAIS (EVOLUÇÃO DOS PENSAMENTOS):

No início os conservadores defendiam as Monarquias (e Impérios) absolutistas. Os liberais iniciaram a defesa do poder ser dividido em 3 (legislativo, executivo e justiça, na ordem) e separar-se religião de estado. Defendiam também leis que limitassem o poder discricionário das autoridades (o poder passaria a ser das leis e não das autoridades). Com o tempo o conservadorismo adaptou-se às monarquias constitucionais (que existem até hoje) e aproximou-se, até igualar, ao pensamento liberal em política (com as monarquias constitucionais). Os liberais apesar de defenderem a república aceitaram as Monarquias constitucionais (a divisão dos poderes em 3, legislativo, executivo e judiciário e o poder ser das leis e não das autoridades). Então apesar de liberal ser antônimo de conservador, a evolução do pensamento unificou o pensar das duas linhas em: na POLÍTICA (democracias liberais, monarquias constitucionais ou repúblicas), na ECONOMIA (economia de mercado, liberal). Em COSTUMES, os conservadores aceitaram a separação de estado e Igreja (religião). Alguns monarcas e imperadores queriam ter o poder de indicar os Cardeais ou serem consultados e concordarem com indicações (alguns até de bispos) e os liberais defendiam a separação total de Igreja e estado (neste sentido o poder da Igreja deixou de ser contestado), mas perderam o poder legal de registro de casamentos e nascimentos (o ensino religioso deixou de ser obrigatório, mas existem nas escolas religiosas). Então conservadores concordam com os liberais em Economia e Política (na verdade não existe pensamento conservador em economia) e aproximam-se em costumes (os liberais apesar de humanistas e não espiritualistas, aceitam e defendem a liberdade religiosa). A outra opção passou a ser o socialismo, este sim a verdadeira esquerda: em economia defendem a propriedade estatal e a economia de planejamento centralizado (os liberais a economia de mercado), em política a ditadura e partido único (em linha com o pensamento de planejamento centralizado, o poder nas mãos de poucos) e em costumes são liberais (mas não aceitam o espiritualismo, a liberdade de religião). Na verdade, não aceitam a liberdade na economia (é tudo estatal), na política (partido único) e a individual (nem o direito de ir e vir). Apesar da URSS ter sido comunista (estado ateu) por 70 anos e ter matado milhões de adversários políticos, conviveu com a Igreja Ortodoxa (desapropriou bens, mas a religiosidade do povo ainda existe). OBS: A URSS DISSOLVEU-SE POR TER PRODUZIDO QUALIDADE DE VIDA MUITO ABAIXO DAS ECONOMIAS LIBERAIS.

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 Marco Aurélio Garcia. Face Book 11/04/2022.

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PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE ESQUERDA (socialismo, economia de planejamento centralizado) E DIREITA (liberalismo, economias de mercado) são:

 1) a DIREITA defende a propriedade privada, a liberdade econômica, política (democracias liberais) e de imprensa, o direito de de ir e vir. Os liberais são a favor dos regulamentos limitarem o poder discricionário das autoridades, se funciona sem regulamento não regulamente. O liberalismo (direita) como defende economias de mercado (o governo regulamenta, mas não opera), com vários agentes econômicos, o poder tem de ser as democracias liberais (vários atores). 

2) a ESQUERDA (socialismo) defende a propriedade estatal, o poder centralizado (autoritário, na teoria falam em ditadura do proletariado). Como defendem a estatização, poder econômico centralizado, a economia adota o planejamento centralizado, o poder tem de ser centralizado e autoritário (poucos decidindo). O poder econômico centralizado no estado adota o mesmo princípio para a política, ditadura e partido único.

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 Marco Aurélio Garcia. Face Book 11/04/2016

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A HISTÓRIA QUE VIVEMOS ESTÁ GRAVADA EM NOSSA MEMÓRIA E PODE SER FORTALECIDA PELA LEITURA  (HISTÓRIA ESCRITA). O ENTENDIMENTO DOS FATOS QUE VIVEMOS É MUITO MAIS RICO E CONSISTENTE COM A REALIDADE. A INTERPRETAÇÃO DOS FATOS PODE MUDAR COM OS ANOS E COM O ENRIQUECIMENTO DA NOSSA CULTURA ACUMULADA E PODER DE ANÁLISE.

A HISTÓRIA QUE NÃO VIVEMOS SÓ PODEMOS ANALISAR ATRAVÉS DAS LEITURAS E DA NOSSA CAPACIDADE DE INTERPRETAÇÃO. EXISTEM OS HISTORIADORES QUE REGISTRAM DETALHES E OS QUE ESCREVEM SOB A ÓTICA ANALÍTICA E A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE, DA ECONOMIA, DOS  IMPÉRIOS (REINOS OU GOVERNOS) E DA COMPARAÇÃO DAS CIVILIZAÇÕES QUE VIVENCIARAM O MESMO PERÍODO HISTÓRICO.

GOSTO MUITO DO ESTUDO COMPARADO DE CIVILIZAÇÕES QUE VIVENCIAREM O MESMO PERÍODO HISTÓRICO. A EVOLUÇÃO DA ARQUITETURA, DA ECONOMIA, DO DIREITO, DAS RELIGIÕES, DAS GUERRAS. O QUE FEZ REGIÕES SE DESENVOLVEREM E OUTRAS NÃO. AS INFLUÊNCIAS DA GEOGRAFIA, DO CLIMA, DAS RELIGIÕES, DAS GUERRAS, DAS FORMAS DE GOVERNO.

FORAM MUITOS ANOS DE TENTATIVAS, IDAS E VINDAS, ATÉ QUE A SOCIEDADE (O POVO) CONQUISTOU O DIREITO DE LIMITAR O PODER DOS REIS (DAS AUTORIDADES) ÀS LEIS. O PODER PASSARIA A SER DAS LEIS E NÃO DAS AUTORIDADES. FOI ASSIM QUE NASCEU O PENSAMENTO LIBERAL, QUE EVOLUIU PARA O RESUMO ABAIXO:

6) PENSAMENTO LIBERAL

Substituir a ordem natural, espontânea e complexa dos mercados (infinitos interesses pessoais) pelas limitações do planejamento centralizado, dirigido por burocratas de governos (totalitários e autocráticos, onde a corrupção é facilitada), é o caminho do empobrecimento. 

O pensamento liberal defende e aceita um poder normativo (mais normas e menos poder discricionário de autoridades) e defensor da concorrência e dos interesses dos consumidores (não existe liberalismo sem concorrência). RESUMINDO: A MENOR PRESENÇA ESTATAL POSSÍVEL, A MAIOR QUANDO NECESSÁRIA.

7) O Liberalismo é uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a lei igual para todos, a transparência, o direito de propriedade. O liberalismo nasceu combatendo o direito divino dos reis (e a hereditariedade), os privilégios da corte, dos militares e o sistema de religião oficial.

Não confundir o pensamento liberal com a ANARQUIA (de Bakhunin, pensador russo), nem com o LIBERTARISMO (escola austríaca?), que critica os liberais por defenderem o estado regulador (não operador). Os libertários são contra Bancos Centrais e o monopólio na emissão da moeda. São críticos do monetarismo (Milton Friedman).

 

 

 

sábado, 5 de abril de 2025

TARIFAS EXTERNA.

 

TARIFAS EXTERNA.


          1) ULTRALIBERAL: existe a tarifa externa ultraliberal (libertária) mínima;

2) LIBERAL: existe a tarifa externa liberal, portas abertas para negociações;

3) DEFENSIVA SELETIVA: existe a tarifa externa defensiva seletiva, aplicada a segmentos considerados estratégicos (são diferentes para cada país);

4) DEFENSIVA GERAL: existe a tarifa externa defensiva geral, corporativista (defender a indústria, agropecuária e outros). A França defende sua agropecuária, o Japão o arroz, o Brasil do tempo do regime militar tinha uma tarifa ultradefensiva que atrasou o desenvolvimento do país. Considerava tudo estratégico e o efeito foi atrasar o desenvolvimento da tecnologia no país (microeletrônica, informática e da indústria em geral). A impossibilidade de importar tecnologias atrasa e até impede a industrialização do país. Sem o direito de importar a Embraer e a Petrobras seriam inviáveis;

5) RECIPROCIDADE: existe a tarifa externa no sistema de reciprocidade (iguais para importar e exportar).

TRUMP E O MOMENTO ATUAL:

Os USA consideram vários segmentos como estratégicos (devido a sua liderança militar e tecnológica). Um deles é a siderurgia. Devido a emitir a moeda reserva mundial, o dólar, pode sustentar um déficit absurdo na Balança Comercial. Durante vários anos manteve tarifas externas que estimularam a transferência do chão de fábricas para o México, Canadá, China, Taiwan, Cingapura, Vietnã e outros. A China desenvolveu seu parque industrial muito rapidamente, conseguindo absorver tecnologias próprias em vários segmentos. Inicialmente em tecidos e confecções. Mas surpreendeu em seu desenvolvimento de empresas nacionais de alta tecnologia que concorrem com as americanas (telefonia, automotiva, naval etc.). Seu superávit comercial com o mundo, principalmente com os USA, permitiu que acumulasse uma reserva externa superior US$ 3 trilhões. Com capital e mão de obra que se qualificou, será uma potência de primeira grandeza, podendo até suplantar os USA.

TRUMP e sua equipe quer retornar alguns segmentos industriais para o país, como siderurgia, automotiva e outras. O país é aberto a indústrias de outros países irem para os USA. Começou falando em reciprocidade tarifária, mas parece que está adotando tarifas punitivas (talvez forçando negociações). O aumento das tarifas de importação dos USA poderá ter como efeito sobra de produtos e redução de preços dos produtos importados, ou aumento da inflação interna (os dias responderão).

terça-feira, 1 de abril de 2025

APLICAÇÕES FINANCEIRAS, TAXA BÁSICA E NOMINAL DE MERCADO.


APLICAÇÕES FINANCEIRAS, TAXA BÁSICA E NOMINAL DE MERCADO.

 

PRIMEIRO PRINCÍPIO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA: RENDIMENTO PASSADO NÃO É GARANTIA DE RENDIMENTO FUTURO. NÃO ENTENDE? NÃO FAÇA. LIQUIDEZ TEM VALOR E CUSTO.

SOBRE SELIC (TAXA BÁSICA), POLÍTICA MONETÁRIA:

1)    SELIC ABAIXO DA ADEQUADA FAZ TANTO MAL COMO A ACIMA. A DIFERENÇA É O MOMENTO.

2)    SE A INFLAÇÃO ESTÁ ACIMA DA META E O IPCA NÃO ESTÁ DESCENDENTE A SELIC NÃO ESTÁ ALTA.

3)    SE A TAXA BÁSICA (SELIC) ESTIVER ACIMA DA ADEQUADA O BC VENDERÁ TÍTULOS PAGANDO ABAIXO DA SELIC.

4)    SE A TAXA BÁSICA (SELIC) ESTIVER ABAIXO DA ADEQUADA O BC TERÁ QUE PAGAR SELIC + ÁGIO PARA VENDER SEUS TÍTULOS.

5)    SE A SELIC ESTIVER ACIMA DA ADEQUADA A PARTE LONGA DA CURVA DE JUROS NOMINAIS DE MERCADO ESTARÁ DESCENDENTE.

6)    SE A SELIC ESTIVER ABAIXO DA ADEQUADA A PARTE LONGA DA CURVA DE JUROS NOMINAIS DE MERCADO ESTARÁ ASCENDENTE.

A SELIC, O CÂMBIO, A POLÍTICA FISCAL E AS CONTAS EXTERNAS (porque os países quebram, pedem moratória e recorrem ao FMI).

1)    Uma Selic abaixo da adequada com política fiscal expansionista afetará o câmbio e desequilibrará as contas externas. O consumo interno ficará acima da oferta interna e será suprido por importações. Por tempo acima do suportável pelo crédito externo levará o país à moratória.

2)    Uma Selic adequada ou acima reduzirá (postecipará) o consumo interno, as importações, valorizará a moeda pátria, permitindo importações de maquinários e tecnologias para enfrentar a concorrência externa e ganhos de produtividade.

3)    Selic abaixo da adequada e déficit fiscal primário tem como efeito desequilíbrio das contas externas que será suportado enquanto durar o crédito externo. A dívida externa subirá e ficará acima da capacidade de pagamento do país. A solução será a correção da política monetária e fiscal por opção ou ela ocorrerá pela redução do poder de compra causado pela hiperinflação com consumo interno acima da oferta interna e a seguir falta de crédito externo para financiar as importações (compras externas) e faltará  de produtos até essenciais. A solução será forçada com moratória sempre de difícil negociação.

4)    Um efeito a longo prazo destas políticas monetária e fiscal não responsáveis é o empobrecimento de grande parte da população (muitos indo para a linha de pobreza).