quinta-feira, 17 de junho de 2021

POLÍTICA MONETÁRIA. EFEITOS DA TAXA BÁSICA NOS PREÇOS (US$, IGPM, IPCA).

 

POLÍTICA MONETÁRIA. EFEITOS DA TAXA BÁSICA NOS PREÇOS (US$, IGPM, IPCA).

Em 17/08/2020 publiquei no BLOG a postagem (https://mageconomia.blogspot.com/2020/08/a-politica-monetaria-e-sua-relacao-com.html) que terminou com a frase “ A INFLAÇÃO IRÁ ESTOURAR ANTES DAS ELEIÇÕES SE A SELIC DEMORAR A SER AUMENTADA E BOLSONARO NÃO SERÁ REELEITO”.

É fato conhecido que os efeitos da taxa básica em país que não emite moeda reserva mundial ocorrem na ordem: dólar, IGPM (IPA, produtos agropecuários, industriais, commodities, matérias primas brutas) e a seguir nos IPCs (IPCA incluído). A tabela abaixo demonstra a evolução dos índices de preços à medida que a Selic caía. Com a Selic a 2% (início em 07/2020) o dólar subiu em 2020 28,87%; o IGPM 23,14%; o IPCA 4,52%. Em maio/2021 os índices anualizados estavam em: IGPM 37,04%; IPAM 50,21%; Matérias primas brutas 77,95%; produtos agropecuários 56,68%; produtos industriais 47,81%; IPCM 7,36%; IPCA 8,06%.    

Felizmente o BC-COPOM, tempestivamente, iniciou a correção da Selic (eu prefiro a política monetária preventiva, tem custo e volatilidade menores, apesar de ser mais criticada pelos que não conseguem antecipar a visão de futuro dos preços). Para o TN existe o ganho inflacionário (mas não se faz política monetária objetivando ganhos para o TN, mas a estabilidade dos preços e do poder de compra da moeda).

 

2020

2021

MÊS

Selic

IGPM

US$%

IPCA

MÊS

Selic

IGPM

US$%

IPCA

JAN

4,50

0,48

5,92

0,21

JAN/21

2,00

2,58

5,37

0,25

FEV/ 06

4,25

-0,04

5,37 

0,25

FEV.

2,00

2,53

0,99

0,86

MAR/19

3,75

1,24

15,56

0,07

MAR/18

2,75

2,94

3,02

0,93

ABR.

3,00

0,80

4,39

-0,31

ABR.

2,75

1,51

-5,16

0,31

MAI/07

3,00

0,28

-1,59

-0,38

MAI/06

3,50

4,10

-3,17

0,83

JUN/18

2,25

1,56

0,92

0,26

JUN/17

4,25

 

 

 

JUL.

2,00

2,23

-4,98

0,36

 JUL.

 

 

 

 

AGO/05

2,00

2,74

5,15

0,24

 AGO.

 

 

 

 

SET/17

2,00

4,34

3,10

0,64

 SET.

 

 

 

 

OUT/29

2,00

3,23

2,32

0,86

 OUT.

 

 

 

 

NOV.

2,00

3,28

-7,63

0,89

 NOV.

 

 

 

 

DEZ/09

2,00

0,96

-2,53

1,35

 DEZ.

 

 

 

 

TOTAL

2,76

23,14

28,87

4,52

TOTAL

1,11

14,39

0,68

3,22

 

POSTADO EM 17/08/2020 NO BLOG.

 A POLÍTICA MONETÁRIA E SUA RELAÇÃO COM O PIB E A RIB EM PAÍS QUE NÃO EMITE MOEDA RESERVA E MEIO DE PAGAMENTO MUNDIAL.

 consumo (maior parte do PIB = C + I) é influenciado pela renda das pessoas físicas = renda das famílias (a renda das pessoas jurídicas é influenciada pela das famílias). Sabemos que a RIB (renda interna bruta) = PIB (produto interno bruto) = renda do trabalho (salários + autônomos) + juros + lucros + aluguéis (S + L + J + A)Para o PIB crescer teremos que ter expectativas de crescimento do consumo que depende das expectativas de renda futura. Resumindo: o consumo depende da riqueza acumulada e de sua renda (juros, lucros, dividendos) e da expectativa da renda permanente do trabalho (empregos, rendas do trabalho e expectativa de conjuntura ascendente). Os investimentos dependem da expectativa do consumo.

 Se o IGPM (índice geral dos preços do mercado) e o IPAM (índice dos preços no atacado do mercado) estão quase 5 vezes maiores do que o IPCM e o IPCA podemos entender que estamos com uma inflação represada (reprimida) que irá ser corrigida se a COVID-19 for controlada pelas vacinas. Qual a causa dos IGPs estarem tão mais altos do que os IPCs? SELIC negativa e muito abaixo da adequada (considerando Selic – irf – ipca ou – igpm) provocou (e está provocando) desvalorização do real (desvalorizou muito em relação ao dólar) e por consequência da renda das famílias (redução do poder de compra de todos, famílias e empresas). Os preços do IGP e do IPA subiram mais do que os preços ao consumo IPC por causa do aumento do dólar (e o consequente aumento dos insumos dolarizados e produtos importados). Os preços ao consumo serão afetados quando os efeitos da COVID-19 forem abrandados. As rendas das famílias foram afetadas pela redução dos empregos e das expectativas de conseguir outro, pela redução da renda das poupanças dos trabalhadores (assalariados e autônomos) e de seus fundos de pensão e da insegurança sobre a sobrevivência de muitas empresas (pequenas, médias e grandes). É a insegurança quanto a expectativa da renda permanente do trabalho, a eliminação da renda de suas poupanças. Isto retrai o consumo e a inflação correspondente, mas quando vier virá muito alta. Muitos preços ao consumo já estão com inflação muito alta. E os títulos do TN de LP já pagam IPCA + perto de 4%. A INFLAÇÃO IRÁ ESTOURAR ANTES DAS ELEIÇÕES SE A SELIC DEMORAR A SER AUMENTADA E BOLSONARO NÃO SERÁ REELEITO. MAG 17/08/2020.   

quinta-feira, 22 de abril de 2021

CONCORRÊNCIA PURA E PERFEITA E NEOLIBERALISMO (diferença para liberal).

 

CONCORRÊNCIA PURA E PERFEITA E NEOLIBERALISMO.

Toda vez que um autor escreve "concorrência pura e perfeita" e liga o conceito ao vocábulo "neoliberalismo" pode saber ser um socialista camuflado ou economista heterodoxo (pensamento embotado, ainda na fase de confusão mental). O pensamento liberal é a favor da concorrência e sabe que ela é a origem da melhoria contínua e da qualidade de vida. Sabe também que a livre concorrência é a origem de oligopólios e monopólios (estes sempre protegidos pelos estados).

O pensamento liberal, ao contrário do que escrevem os esquerdistas (agora escondidos sob diversos nomes), é a favor de normas que limitem o poder discricionário das autoridades (o poder deve ser da lei e não da autoridade) e regulem a concorrência (defendendo-a).

Os liberais são contra excessos de tributos (para evitar a corrupção) e a favor da menor presença estatal possível (e a maior quando necessária). 22/04/2015.


  2014. O LIBERALISMO E O PROBLEMA DAS REGULAMENTAÇÕES:

REGRA GERAL: se for possível conviver sem regras é melhor do que com elas.

1) devem sempre limitar o poder discricionário das autoridades (o poder é da lei);

2) devem defender e facilitar a concorrência (muitas regulamentações criam tantas dificuldades ao funcionamento dos mercados e das empresas que impedem as pequenas de existirem, facilitam a formação de oligopólios);

3) devem defender os mais fracos contra os mais fortes (manter a lei e a ordem);

4) devem defender o bem comum e os consumidores (fiscalização da qualidade dos produtos, das águas, dos medicamentos etc.);

5) devem manter o poder de compra da moeda e um sistema financeiro seguro;

6) devem limitar o poder de tributar dos governos. 2014.

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TODAS AS ECONOMIAS SÃO CAPITALISTAS, A DIFERENÇA É:

a) nas liberais (economias de mercado): a iniciativa privada (empresas, pessoas) luta pela sobrevivência enfrentando as concorrências. A sobrevivência depende de atenderem a vontade dos consumidores, de ganhos contínuos de produtividade (melhorias contínuas) e de inovações. A riqueza fica com a iniciativa privada, o estado normatiza e cobra tributos;

b) no capitalismo de estado (intervencionismo de esquerda): as empresas são dirigidas por burocratas de governo (a produção obedece ao plano de burocratas de governo, as empresas sobrevivem mesmo com prejuízos). A riqueza fica nas mãos dos burocratas que comandam o governo.

Esta é a escolha:

a) a distribuição da riqueza no capitalismo liberal fica nas mãos da iniciativa privada.

b) no capitalismo de estado (intervencionismo de estado) a maior parte da riqueza fica na mão do estado (na verdade nas mãos da burocracia que domina o estado).

A demagogia sobre a distribuição da riqueza: ficar nas mãos de quem se sacrifica pelo sucesso das empresas, ou nas mãos da elite burocrática que domina o estado. 2014.  

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ALGUNS PENSAMENTOS PUBLICADOS (1980 A 2020).


SOBRE IDEIAS E LIBERDADE DE IMPRENSA:

a) ideias, convicções, crenças e valores definem como entendemos como o mundo deve ser;

b) ideia se contradita com ideia. Não se contradita uma ideia criticando o pensador;

c) a mídia deve ser escrava da notícia (da verdade). Título diferente de texto é desonesto. A opinião é livre, mas também deve ser escrava da verdade (deve basear-se em fundamentos racionais). A mídia deve ter liberdade até para mentir (a lei prevê as punições).

 SOBRE ENSINO:

a) o ensino fundamental e a repetência: coloquem professores de reforço para matemática e português;

b) o ensino superior indica boas bibliografias e ensina a ler e entender.

SOBRE GOVERNOS, LIBERALISMO E CORPORATIVISMO:

a) num país complexo como o Brasil os partidos só conseguem governar com alianças (compartilhar poder) com quem pensa igual;

b) nas democracias se governa com alianças partidárias no legislativo. A articulação e a abertura para negociações são necessárias;

c) em política se não é possível conseguir aliados, evita-se inimigos. Como? Não criticar desnecessariamente;

d) a insegurança jurídica (a imprevisibilidade) pode inviabilizar um governo;

e) a segurança e a previsibilidade são irmãs siamesas da governabilidade;

f) investimento exige segurança e previsibilidade. E isto exige governo racional e responsável;

g) liberal não significa portos abertos: significa mente aberta para negociar com o mundo. Significa economia de mercado. Liberalismo significa mente aberta para o mundo. Significa economia de mercado (mercado é defesa de interesses em negócios);

h) o liberal é contra os poderes poderem legislar ou julgar em causa própria;

i) a ignorância raivosa é a mais fácil de enganar. É a massa de manobra que permite e ainda aplaude quem as engana. Uma das principais causas da pobreza: instituições (conjunto de leis, legislativo e judiciário) que protegem corporações (idade média);

j) nada pior para um país do que políticos demagogos e ignorantes;

k) produzir petróleo, aço e outros internamente é estratégico. Estatais não são estratégicas. Estratégico é ter o poder de regular e tributar;

l) o corporativismo é a praga que vive de privilégios e empobrece os brasileiros;

m) o corporativismo está incrustado em várias áreas do poder. Cria dificuldades para justificar sua existência e vender facilidades;

n) se a CF pode ser desobedecida para o bem, poderá ser para o mal, e será. A corporação é insaciável e causa da pobreza dos brasileiros;

o) os defensores dos privilégios são predadores sem o mínimo de honestidade;

p) previdência é diferente de assistência social. A previdência mais justa é o regime de capitalização. A previdência de privilégios (repartição, mais para uns e menos para outros) terá que ser reformada. Assistência social para os necessitados complementa a previdência. 05/12/2020.

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A TENTATIVA DO RETORNO AO COMUNISMO TRIBAL PELA RÚSSIA DE LÊNIN.

Carl Marx denominou sua teoria de Socialismo Científico e os outros autores de sua época de Socialistas Utópicos.

Para ele a evolução da sociedade ocorreria como a seguir:

a) o COMUNISMO PRIMITIVO inicial das tribos (propriedade comum) evoluiu para o FEUDALISMO (direito de propriedade, do lucro e proteção de profissões);

b) o feudalismo evoluiu para o CAPITALISMO (economia de mercado com concorrência). O capitalismo levaria à uma bem-sucedida evolução do Proletariado;

c) o Proletariado iria impor o SOCIALISMO.  E o COMUNISMO seria a evolução do final do SOCIALISMO, uma utopia, onde a propriedade voltaria a ser comum e a democracia adotada, abandonando-se a ditadura política do socialismo.

Na prática o comunismo virou uma ditadura sanguinária (familiar em alguns países) em quase todas as suas experiências e só conseguiu produzir pobreza e miséria para a maioria dos povos (e riqueza para uma pequena elite burocrata e militar).

Resumo de textos anteriores (da década de 90).

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CAPITALISMO (regime econômico de direita e de esquerda).

Todos os regimes econômicos são capitalistas, a diferença é a propriedade do capital (não existe regime econômico sem capital).

 a)    SOCIALISMO, CAPITALISMO DE ESTADO (economias de planejamento centralizado): esquerda onde o Capital é gerido pelo poder político estabelecido (elite militar e alta burocracia dos governos);

 b)    CAPITALISMO LIBERAL, ECONOMIAS DE MERCADO: direita onde o Capital é gerido pelos empreendedores e investidores (poupadores que investem em ações e fundos).