sábado, 17 de janeiro de 2015

AS DEMAGOGIAS IRRESPONSÁVEIS DOS HETERODOXOS.


AS DEMAGOGIAS IRRESPONSÁVEIS DOS HETERODOXOS.

A economia nacional (Macroeconomia) não é igual, mas é semelhante à individual. A diferença é que os países podem emitir moeda e as pessoas não (no resto é igual). Aprendemos a duras penas que a IRRESPONSABILIDADE MONETÁRIA (aumentar a quantidade de moeda, no seu conceito amplo, liquidez e crédito), ao contrário do que dizem os heterodoxos (que defendem a expansão sem limites prudenciais da liquidez, podemos dizer irresponsável) tem por efeitos, ao invés do crescimento econômico: a inflação em processo ascendente, a seguir a hiperinflação e ao final a ESTAGFLAÇÃO. No processo utilizam o represamento de preços (inclusive câmbio), os subsídios DEMAGÓGICOS e insustentáveis (privilégios de minorias), o aumento da dívida pública, a desarmonia dos preços relativos, a bolha nos preços dos ativos que não a moeda pátria (seu furo e sentimento de empobrecimento) e, se não estancada (a irresponsabilidade), a crise cambial (quebra do país). Defendem taxa básica sempre abaixo da neutra (conceito que não aceitam). No caso atual brasileiro a estagflação antecipou-se à hiperinflação (a globalização e o aprendizado passado amedrontou a turma. O mercado sempre se antecipa). A quebra do país seria mais rápida do que os mais pessimistas pensavam. Acertadamente, mas acredito que a contragosto (já que a turma da UNICAMP, onde a presidente desaprendeu economia, teima na defesa da irresponsabilidade monetária e fiscal), DR abandona os heterodoxos (ou keynesianos de araque) e coloca na economia um conceituado economista da linha da responsabilidade, um liberal monetarista (ou ortodoxo como alguns gostam).
A SURPRESA: a situação é pior do que todos pensavam.

A REPETIÇÃO: os irresponsáveis e preguiçosos (já que não querem ter o trabalho de gerenciar a escolha do possível entre o necessário) nadam na gastança (a corrupção sempre acompanha) e na hora dos ajustes tiram o corpo fora. Na verdade não têm competência nem credibilidade para executar os ajustes. O período de ajustes é sempre o mais sofrido (semelhante à pessoa que gastou acima do que pode e depois tem que passar um tempo pagando sem efetuar novas compras). Criticam chamando a responsabilidade de austeridade (necessária por culpa deles). Defendem a irresponsável, corrupta e mantenedora de elite privilegiada Grécia e criticam a responsável Alemanha. Criticam os responsáveis alemães como defensores da austeridade e defendem os corruptos e irresponsáveis gregos. Querem que os contribuintes alemães sustentem a farra (gastança) grega. Não querem aprender. Alguns passaram a defender a responsabilidade fiscal, mas continuam com os argumentos de taxa básica baixa (não falam, mas deve ser abaixo da neutra), câmbio desvalorizado (administrado). Ainda criticam a responsável política econômica: superávit primário, meta de inflação e câmbio flutuante. Ainda não aprenderam. MAGECONOMIA 01/2015.

2 comentários:

  1. AJUSTES ECONÔMICOS QUE ESTÃO SENDO ADOTADOS PELO NOVO GOVERNO DILMA ROUSSEFF:
    1) Durante quatro anos o governo DR foi abandonando a política econômica próxima do que deveria ser o Monetarismo Liberal (em resumo o tripé meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante).
    2) Monetarismo em resumo significa que a estabilidade monetária é fundamental para o crescimento econômico sustentado (LP), mas não o suficiente. Defende o câmbio flutuante. Condena o câmbio administrado pela vontade de burocratas.
    3) Liberalismo econômico resumidamente podemos dizer ser a menor presença estatal possível, a maior quando necessária. Condena os excessos dos gastos improdutivos do governo, o tabelamento de preços (inclusive do câmbio), os subsídios que privilegiam partes, a aversão aos lucros.
    4) Contra o Monetarismo Liberal o primeiro governo DR adotou a Heterodoxia (contra o que a maioria considera correto) que resumidamente foi: abandonou o controle de gastos, reduziu a taxa básica (quando o descontrole fiscal recomenda o contrário), amedrontou os investidores com uma aparente aversão aos lucros (provoca fuga de investimentos) e tabelamento de preços (energia, combustíveis, câmbio). Uma medida aparentemente liberal adotada, erradamente, foi a redução de tributos localizados sem a contrapartida de redução dos gastos (aumentou o déficit público). Emprestou fortunas ao BNDES (não contabilizadas como despesas) cobrando taxas de juros menores do que as que pagava ao mercado (Selic) beneficiando os protegidos (frigoríficos e outros) com taxas de juros também menores do que o TN pagava. Os juros cobrados do BNDES e os dividendos recebidos aumentavam as receitas do governo (uma parte da contabilidade criativa). Um prejuízo aumentava receitas e não as despesas. O tamanho do buraco era desconhecido (agora está aparacendo e é maior do que os mais pessimistas pensavam). Os heterodoxos keynesianos (ao contrário dos monetaristas liberais) consideram que os gastos públicos (produtivos ou improdutivos) provocam crescimento. No cp sim mas no lp provocam crise e sofrimentos para as correções. DR entregou a economia para um economista considerado competente e com prestígio nacional entre seus pares. A correção está se mostrando mais difícil do que parecia, pois a redução dos gastos públicos parece ser politicamente impossível (sempre foi). O que aconteceria com o Brasil se DR não revertesse a política econômica: o país entraria em crise cambial (quebraria) com os sofrimentos advindos (que são maiores do que a maioria pensa). O aumento da taxa básica no momento é mais para evitar uma crise cambial do que para controlar preços. Se DR (uma economista mal formada pela péssima escola de economia UNICAMP) declarasse apoio total à nova política econômica a necessidade dos ajustes seriam menores (inclusive aumento da Selic). A CREDIBILIDADE NA POLÍTICA ECONÔMICA AUMENTARIA E OS EFEITOS SERIAM: MAIS CONFIANÇA, MAIOR PREVISIBILIDADE, MAIS INVESTIMENTOS, MENORES AJUSTES.

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  2. É aceito que a história da macroeconomia moderna começa em 1936 com a publicação do livro, “Teoria Geral do emprego, do juro e da moeda”, de J. M. Keynes.
    O modelo keynesiano de desenvolvimento, uma linda construção teórica, na prática leva à estagflação. Indiscutível que o futuro da humanidade está na sua capacidade de desenvolvimento tecnológico e nos ganhos de produtividade, produzir mais com menos fatores (mais tempo disponível para o lazer, inclusive o criativo). Na prática vimos que o PLENO EMPREGO (nas democracias-liberais) defendido por Keynes provoca a corrida salários x preços (as greves). Isto leva sempre a mais inflação (e no fim à estagflação, pois os investimentos param, por causa da insegurança).

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