ROBERTO
CAMPOS: 100 ANOS.
O economista brasileiro que
melhor defendeu as ideias liberais. Para mim juntamente com Eugênio Gudin (Princípios
de Economia Monetária e artigos em jornais), Mário Henrique Simonsen (Macroeconomia
e publicações diversas em revistas, jornais e academia) e Armínio Fraga (este
pelo tripé que salvou o plano real), são os mais importantes economistas do
Brasil. Os escritos de Roberto Campos foram publicados no livro resumo de sua
obra “A Lanterna na Popa”, o registro de seu pensamento, de um período da
história política, diplomática e econômica do Brasil (com muitas informações
sobre o mundo visto por um brasileiro). Se suas ideias tivessem prevalecido
pelos governos militares o Brasil seria um país quase rico. Infelizmente prevaleceu
o autoritarismo e a ignorância de Costa e Silva e da linha dura militar (e a
inexperiência de um professor apelidado de Czar da economia). A herança foi a
hiperinflação, a quebra do país (Sarney e Collor), Lula e Dilma (Mensalão,
Petrolão e a quase ingovernabilidade do país), e Brizola de herança para o RJ.
Em 1965 optei por estudar
economia (e não direito) por causa da leitura dos escritos de Eugênio Gudin e Roberto
Campos. Tais leituras impediram-me de ser mais um esquerdinha que agride a
racionalidade – distorce dados e fatos – e passar incólume pela leitura do “Teoria
Geral” de Keynes (difícil para um estudante. Fundo de Cultura 1964). Agradeço também
às aulas de Contabilidade Nacional, Econometria e à leitura do “Princípios de
Economia Monetária” de Eugênio Gudin (para 1967 uma excelente leitura), por ter
conseguido entender Keynes, ainda tão novo e sem cultura acumulada adequada.
Destaco também a Apresentação de Adroaldo Moura e Silva para e edição do “Teoria
Geral”, Nova Cultural, 1985. A literatura econômica melhorou a ponto de tornar
os livros mais antigos inservíveis, mas estes continuam de leitura necessária.
Claro que os clássicos Adam Smith, Milton Friedman, Hayek e outros devem ser
lidos.
É uma tentativa de homenagear
o importante economista e pensador brasileiro.
MAG 03/2017.
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