sexta-feira, 31 de março de 2017

ROBERTO CAMPOS: 100 ANOS.



ROBERTO CAMPOS: 100 ANOS.

O economista brasileiro que melhor defendeu as ideias liberais. Para mim juntamente com Eugênio Gudin (Princípios de Economia Monetária e artigos em jornais), Mário Henrique Simonsen (Macroeconomia e publicações diversas em revistas, jornais e academia) e Armínio Fraga (este pelo tripé que salvou o plano real), são os mais importantes economistas do Brasil. Os escritos de Roberto Campos foram publicados no livro resumo de sua obra “A Lanterna na Popa”, o registro de seu pensamento, de um período da história política, diplomática e econômica do Brasil (com muitas informações sobre o mundo visto por um brasileiro). Se suas ideias tivessem prevalecido pelos governos militares o Brasil seria um país quase rico. Infelizmente prevaleceu o autoritarismo e a ignorância de Costa e Silva e da linha dura militar (e a inexperiência de um professor apelidado de Czar da economia). A herança foi a hiperinflação, a quebra do país (Sarney e Collor), Lula e Dilma (Mensalão, Petrolão e a quase ingovernabilidade do país), e Brizola de herança para o RJ.
Em 1965 optei por estudar economia (e não direito) por causa da leitura dos escritos de Eugênio Gudin e Roberto Campos. Tais leituras impediram-me de ser mais um esquerdinha que agride a racionalidade – distorce dados e fatos – e passar incólume pela leitura do “Teoria Geral” de Keynes (difícil para um estudante. Fundo de Cultura 1964). Agradeço também às aulas de Contabilidade Nacional, Econometria e à leitura do “Princípios de Economia Monetária” de Eugênio Gudin (para 1967 uma excelente leitura), por ter conseguido entender Keynes, ainda tão novo e sem cultura acumulada adequada. Destaco também a Apresentação de Adroaldo Moura e Silva para e edição do “Teoria Geral”, Nova Cultural, 1985. A literatura econômica melhorou a ponto de tornar os livros mais antigos inservíveis, mas estes continuam de leitura necessária. Claro que os clássicos Adam Smith, Milton Friedman, Hayek e outros devem ser lidos.
É uma tentativa de homenagear o importante economista e pensador brasileiro.

MAG 03/2017.   

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