segunda-feira, 28 de setembro de 2020

A RENDA (PODER DE COMPRA) E O CONSUMO.

 

A RENDA (PODER DE COMPRA) E O CONSUMO.

A renda nacional é representada pela soma das variáveis:

RNB = RENDA DO TRABALHO (assalariado com e sem carteira, autônomos e MEI) + LUCROS + JUROS + ALUGUÉIS.

A DEMANDA D = C + I + G + E = PIB + M (= OFERTA)

O CONSUMO = D - (I + G + E) = OF – (I + G + E) = PIB + M – (I + G + E) = PIB - (I + G + E - M) 

(Conforme o sistema padronizado de contas nacionais originado em Keynes (Teoria Geral), iniciado e organizado por Simon Kusnetz, aperfeiçoado por Richard Stone. A ideia de equilíbrio presume o desequilíbrio).  

Sabemos que: o consumo é função da riqueza acumulada e da garantia de renda futura em relação à expectativa de vida.

A expectativa não é de renda futura garantida: Renda do Trabalho, Lucros, Juros, Alugueis. Os empregos e a renda do trabalho ainda não demonstram segurança futura. As empresas também sem segurança de lucros futuros. Os juros básicos negativos representam queda de renda e de poder de compra (consumo). Além de reduzir a renda provocam fuga para ativos no exterior (dólar, ouro ou bolsa). O juro básico tem que ser fixado buscando manter uma relação de equilíbrio entre demanda e oferta. Juros negativos podem estimular a demanda na mesma proporção que a fuga de capitais e uma percepção de empobrecimento (queda de poder de compra).

EFEITO EMPOBRECIMENTO - Expectativas negativas, provocadas por desvalorizações de ativos (poupanças, bolsas, imóveis, etc., provoca percepção de empobrecimento), e por taxas de juros reais negativas (queda da renda de poupadores, de fundos de pensões, etc.), provocam insegurança quanto ao futuro e podem induzir a redução de consumo e a queda de preços (paradoxo).   

EFEITO ENRIQUECIMENTO - Expectativas positivas e segurança quanto ao futuro podem aumentar o consumo provocando aumentos de preços, caso inexista aumento de produção (a percepção de aumento de renda pessoal, provocada por valorizações de ativos, etc., provoca sensação de segurança e aumento de consumo).

MAG 28/09/2020. Resumo de escrito 10/1998.

 

Um comentário:

  1. "O instrumento do “forward guidance” é menos eficiente em mercados emergentes, segundo afirmou o ex-presidente do BC Ilan Goldfajn. Ele participou de evento promovido pelo Instituto ProPague. “O forward guidance é algo que todo banqueiro central deseja, porque, além da parte curta da curva, determina os juros dos próximos anos. Mas já tivemos tentativas nesse sentido e aprendemos de forma dura que em economias emergentes a incerteza é muito elevada”, disse".

    COMENTO: FORWARD GUIDANCE: orientação futura, no sentido de influenciar expectativas (através da segurança transmitida pela política monetária a ser adotada). NA PRÁTICA existe a relação política fiscal x política monetária que influencia mais. OS FUNAMENTOS SEMPRE PREVALECEM NO LP (AS TAPEAÇÕES FUNCIONAM NO CP).

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