terça-feira, 28 de maio de 2024

DIREITA (LIBERAIS, CONSERVADORES, CENTRO) E ESQUERDA (SOCIALISTAS, COMUNISTAS). SOB OS ASPECTOS ECONÔMICO, POLÍTICO E CULTURAL.

 REPUBLICANDO 10/2015. 

 

DIREITA (LIBERAIS, CONSERVADORES, CENTRO) E ESQUERDA (SOCIALISTAS, COMUNISTAS).

SOB OS ASPECTOS ECONÔMICO, POLÍTICO E CULTURAL.


QUADROS SINTÉTICOS COM DIFERENÇAS PRINCIPAIS.

 

VARIÁVEIS ECONÔMICAS

DIREITA: LIBERAIS (economia de mercado), CONSERVADORES, CENTRO.

DIREITA: LIBERTÁRIOS.

ESQUERDA (comunistas, socialistas, economia planificada centralizada)

LUCRO

SIM

SIM

NÃO

PROPRIEDADE PRIV.

SIM

SIM

NÃO

HERANÇA

SIM (tributação mínima)

SIM

NÃO (trib. máxima)

PREÇOS

MERCADO, CONCORRÊNCIA

LIVRE MERCADO E CONCORRÊNCIA

Controlados

PRODUÇÃO

MERCADO, CONCORRÊNCIA

LIVRE MERCADO

Planificada

COMÉRCIO

LIVRE

LIVRE

Planificado

ESTATAIS

MÍNIMO

NÃO

MÁXIMO

TRIBUTAÇÃO

MÍNIMA

MÍNIMA

MÁXIMA

ESTADO: OPERAR E REGULAR

SÓ Regular (funciona sem norma não normatize)

NÃO DEVE REGULAR NEM OPERAR

REGULAR E OPERAR

BC. MONOPÓLIO EMISSÃO DA MOEDA

SIM

NÃO

SIM

 

VARIÁVEIS POLÍTICAS

DIREITA: LIBERAIS, CONSERVADORES, CENTRO. LIBERTÁRIOS

ESQUERDA (comunistas, socialistas).

DIREITO DE IR E VIR

Sim

Não

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Sim

Não

LIBERDADE DE IMPRENSA

Sim

Não

LIBERDADE POLÍTICA / INSTITUIÇÕES

Sim, DEMOCRACIAS (menor presença do estado).

Não (maior presença do estado). DITADURA

PARTIDO POLÍTICO

Livre

Único. DITADURA

 

 

VARIÁVEIS CULTURAIS

(COSTUMES).

CONSERVADORES

LIBERAIS

ESQUERDA

RELIGIÃO COSTUMES

Religiosos tradicionais

Religiosos, Laicos e progressistas.

Laicos e progressistas.

ABORTO

Contra e criminaliza

Contra, mas não criminaliza.

Contra, mas não criminaliza.

 

 A) DIREITA (LIBERAIS, CONSERVADORES, LIBERTÁRIOS, CENTRO):

 1. SOB O ASPECTO CULTURAL (conservadores e liberais).

1.1 CONSERVADORES defendem a aceitação dos princípios religiosos doutrinários, a maioria imutável. Na economia são sempre LIBERAIS, contra o comunismo e o socialismo;

1.2 LIBERAIS são progressistas e acompanham a evolução da ciência e dos costumes. Defenderam a separação da igreja do estado, são laicos e pregam a liberdade e o respeito às religiões.

 2. SOB O ASPECTO POLÍTICO (DEMOCRACIA).

DEMOCRACIA. Defende três poderes independentes e harmônicos, Legislativo, Executivo e Judiciário, na ordem, e eleições com a participação ampla. Defende o poder dos governados escolherem seus governantes. Os liberais e conservadores são democratas. É considerada direita liberal.

Diversos nomes políticos absorvem a direita: liberais, conservadores, sociais liberais e os que tentam confundir politicamente (sociais-democratas, democracia cristã, social cristão, democratas, republicanos, popular e outros) para obter votos. Alguns partidos com programa de esquerda (socialistas, totalitários, estatizantes) se dizem democratas e são dominados por políticos de direita. CENTRO não quer dizer nada, em geral são apelos políticos de partidos de direita em busca de votos.

3. SOB O ASPECTO ECONÔMICO:

CAPITALISMO DE MERCADO OU LIBERAL (economias de mercado) defende a propriedade privada, o lucro e a concorrência (a luta pelo lucro e pela sobrevivência) como forma de incentivar as melhorias contínuas, os ganhos de produtividade e as inovações. Dividem-se em LIBERAIS: economia de mercado, aceita o estado regulador. O estado regula, mas não opera. Se funciona sem regulamento não regulamente. São as democracias liberais;

LIBERTÁRIOS: economia de LIVRE mercado, o estado não regula e não opera. São contra BC e monopólio na emissão da moeda. Não existe no mundo.

RESUMO: racionalmente todos os sistemas econômicos são entendidos como capitalistas, a diferença é a propriedade do capital (do estado ou privada). Impossível uma economia se desenvolver sem o Capital.

B. ESQUERDA (SOCIALISTAS, COMUNISTAS):

 1. SOB O ASPECTO CULTURAL (liberais em parte).

São progressistas e acompanham a evolução da ciência e dos costumes. São laicos e pregam o ateísmo, apenas suportam as religiões, mas sem liberdade e sob vigilância (na prática perseguem violentamente).

 2. SOB O ASPECTO POLÍTICO:

DITADURA. Defendem um poder proeminente, o executivo. A ditadura é definida obedecendo a linha de pensamento econômico, planejamento centralizado (que exige o poder nas mãos de poucos). Sem propriedade privada o poder fica centralizado nas mãos dos burocratas do governo e dos militares. Sabemos que maior o poder maior a possibilidade de corrupção. O poder total sempre leva à corrupção total (centralizada). O comunismo e o socialismo defendem a ditadura do partido único. Diversos nomes absorvem a esquerda: socialismo (o principal), comunistas (os radicais) e os que tentam confundir (socialismo e liberdade, socialistas liberais, do trabalhador, trabalhista e outros).    

 3. SOB O ASPECTO ECONÔMICO:

CAPITALISMO DE ESTADO (SOCIALISMO): economias de planejamento centralizado, comunismo, socialismo. O planejamento centralizado (poder centralizado em poucas pessoas) impede a democracia (poder descentralizado, nas mãos de muitos, do mercado), motivo do comunismo defender a forma de governo ditadura (centralização do poder). É considerado ESQUERDA. Podem ser:

RADICAIS: comunistas e socialistas, economia de planejamento centralizado. As experiências no mundo fracassaram, produziram pobreza, miséria e fome para o povo e ditaduras sanguinárias (uma elite militar e a alta burocracia centralizam o controle da riqueza). As experiências ocorridas no mundo e as comparações com estados semelhantes com regime de economia de mercado (liberais) demonstrou o fracasso das economias de planejamento centralizado: URSS x Alemanha ocidental x oriental, as duas Coreias; A China comunista x Hong Kong e Taiwan, os países da Europa ocidental x oriental (leste), a China comunista x a que liberou a economia. A pobreza de Cuba. A destruição de riqueza da Venezuela.

 ESTATIZANTES INTERVENCIONISTAS: vários nomes como keynesianos, desenvolvimentistas, heterodoxos, estatizantes. Exemplos comparativos: o sucesso do Japão e de Cingapura, a quebra da Venezuela (país com a maior reserva de petróleo conhecida do mundo), as concordatas do Brasil e Argentina que se aventuraram em regimes intervencionistas (controles de preços, de mercado, estatais). 17/04/2019.

 OBSERVAÇÕES:

O REGIME MILITAR BRASILEIRO (ditadura disfarçada) em economia foi de esquerda (estatais, preços, câmbio e até mercado controlados, proibiam importações até de tecnologias, excessos de normas e regulamentos controlavam quase tudo), em política também (ditadura). E se diziam de direita, assim como as ditaduras e os regimes totalitários, nazismo (apesar do nome e programa socialista) e o fascismo italiano (ditadura controladora intervencionista).  

O PD PARTIDO DEMOCRATA DOS USA está servindo para abrigar políticos de esquerda. Afirmam serem liberais, mas em economia são intervencionistas e abrigam as esquerdas (inclusive socialistas). O PR PARTIDO REPUBLICANO é liberal em economia e conservador em costumes. 17/04/2019.

 

 

KEYNESIANOS (heterodoxos, desenvolvimentistas) X MONETARISTAS (ortodoxos).

 

ASSUNTO

KEYN.

MON.

1 – Poder discricionário (arbítrio) na condução da política monetária ou meta de inflação como limite.

Arbítrio

Meta

2 – Regras: a pol. monetária deve ser conduzida por regras?

Não

Sim

3 – Expectativas racionais dos agentes econômicos?

Não

Sim

4 – Transparência obrigatória nas informações da autoridade monetária

Não

Sim

5 – Quantidade de moeda: crescimento sem oscilações e constante, tendo como limite o PIB potencial (fatores de produção).

Não

Sim

6 – Causa das crises: oscilações e excessos ou faltas na oferta monetária (liquidez)

Não

Sim

7 – Taxa natural de desemprego aceitável (até 6%)

Não

Sim

8 – Pleno emprego

Sim

Não

9 – Câmbio flutuante

Sim

Sim

10 – PIB potencial. Nível de utilização dos fatores de produção. Limite

Não

Sim

11 – Taxa básica: em torno da neutra (de equilíbrio)

Não

Sim

12 - Taxa básica principal ferramenta para reverter processo inflação

Não

Sim

13 – Meta de inflação

Não

Sim

14 – Gastos improdutivos (pirâmides do Egito)

Sim

Não

15 – Déficits públicos e aumento de dívida: causa de crise

Não

Sim

16 – Aumento da quantidade de moeda acima do PIB potencial causa inflação e após (no processo) a estagflação

Não

Sim

17 – Tabelamentos de preços de produtos e serviços

Sim

Não

18 – Presença do governo limitada à Regular, Monitorar, Julgar e Defender a Concorrência e os Consumidores.

Não

Sim

19 - Presença do governo a mais ampla (inclusive operacional e na produção)

Sim

Não

MAG 10/2015

 

sexta-feira, 28 de julho de 2023

EFEITOS DA TAXA BÁSICA (SELIC) ESTRATIFICADOS: NO PNB, NO PIB, NA DEMANDA INTERNA, NA BALANÇA COMERCIAL, NO MOVIMENTO DE CAPITAIS, NA RNB, NA RENDA DO TRABALHO, NA RENDA DE JUROS (seus beneficiários), NOS LUCROS E NOS ALUGUÉIS.

EFEITOS DA TAXA BÁSICA (SELIC) ESTRATIFICADOS: NO PNB, NO PIB, NA DEMANDA INTERNA, NA BALANÇA COMERCIAL, NO MOVIMENTO DE CAPITAIS, NA RNB, NA RENDA DO TRABALHO, NA RENDA DE JUROS (seus beneficiários), NOS LUCROS E NOS ALUGUÉIS.  

 

CONSIDERANDO:

PRODUTO NACIONAL BRUTO = CONSUMO + INVESTIMENTOS + EXPORTAÇÕES – IMPORTAÇÕES + RECEBIMENTOS DO EXTERIOR – REMESSAS PARA O EXTERIOR = PNB = C + I + G + E – M + REC. EXT. – REM. EXT.;

PIB = C + I + G + E – M (demanda e oferta agregada);

C + I + G + M = DEMANDA INTERNA DE PRODUTOS E SERVIÇOS;

Demanda interna + externa = C + I + G + M + E;

Oferta interna = C + I + G + M = Oferta para o mercado interno;

Oferta externa = E = Oferta para o mercado externo; 

Oferta interna + externa = C + I + G + M + E;

E - M = BALANÇA COMERCIAL;

RECEBIMENTOS DO EXTERIOR – REMESSAS PARA EXTERIOR = MOVIMENTO DE CAPITAIS.

RENDA NACIONAL BRUTA = RENDAS DO TRABALHO + JUROS + LUCROS + ALUGUEIS = RNB = RT + J + L + A.

EFEITOS DA TAXA BÁSICA ADEQUADA E INFERIOR À ADEQUADA NO:

PIB: a taxa básica adequada harmoniza (equilibra) a velocidade de crescimento da oferta à demanda e impede a formação de processo inflacionário. A inferior à adequada faz a velocidades de crescimento da demanda ser superior à da oferta, provocando o início do processo inflacionário;

NA RNB: a taxa básica inferior à adequada reduz a renda (os juros da fórmula) da poupança dos poupadores e dos fundos de aposentadorias, o valor relativo dos salários e das aposentadorias (não conseguem acompanhar a inflação) reduzindo a demanda em um segundo momento por insegurança (o consumo é função da riqueza acumulada e da garantia de renda futura em relação à expectativa de vida);

NA BALANÇA COMERCIAL: a taxa básica inferior à adequada faz a demanda interna cair e sobrar produtos para exportação. Entretanto a desvalorização cambial faz os preços das importações e da produção interna subirem (importações de maquinários, matérias primas e tecnologias);

MOVIMENTO DE CAPITAIS: a taxa básica inferior à adequada provoca desvalorização cambial, trás insegurança para investidores externos (perdas cambiais) e provoca fuga de capitais. A longo prazo se instala uma crise cambial com falta de recursos para pagar dívidas e importações (podendo chegar até a moratória);

NA RENDA DO TRABALHO NOS JUROS DAS POUPANÇAS E NOS FUNDOS DE PENSÕES DOS TRABALHADORES: a taxa de juro negativa reduz a renda das poupanças e dos salários dos trabalhadores, por extensão nos lucros e nos alugueis;

NOS JUROS NOMINAIS DE MERCADO: o agravamento do processo inflacionário faz a taxa de juros nominais de mercado de longo prazo subirem (péssimo para investimentos). A curva de juros fica ascendente na parte longa;

A TAXA BÁSICA ADEQUADA:

HARMONIZA A VELOCIDADE de crescimento da demanda e da oferta com o PIB potencial (o crescimento é sustentável), mantém o valor das poupanças e dos salários dos trabalhadores;

A MOEDA ESTÁVEL deixa de ser um empecilho à entrada de investimentos externos;

MOVIMENTO DE CAPITAIS:  a moeda estável deixa de provocar fuga de capitais. 07/2023 (baseado em publicações antigas).   

 ADENDO:

SUBIR A SELIC CONSEGUIRÁ REVERTER O PROCESSO INFLACIONÁRIO?

“Se os juros reais ex-post (acontecidos) são negativos e menores do que os ex-ante (previstos) acontece a perda de poder de compra da moeda mais juros (processo inflacionário instalado). Os poupadores aplicadores (inclusive trabalhadores e aposentados) passam a ter perda de renda e reduzem a demanda. A taxa de juro perde o poder de ancorar as expectativas inflacionárias.”

“A expansão monetária acima da capacidade de crescimento da economia (PIB potencial) é causa de inflação. Os aumentos dos preços são consequências.”

“A estabilidade monetária (do poder de compra da moeda) é condição necessária, mas não o suficiente, para o crescimento econômico sustentado.”

“Expansão monetária superior ao PIB potencial e déficits fiscais conseguem promover crescimento no curto prazo, porém sem sustentação, a seguir inflação.”

  

quarta-feira, 28 de junho de 2023

O DESCONHECIMENTO SOBRE A DIFERENÇA ENTRE SOCIALISMO E COMUNISMO.

 

O DESCONHECIMENTO SOBRE A DIFERENÇA ENTRE SOCIALISMO E COMUNISMO.

Em 2013 recebi um livro de presente de autor amigo (de vários livros, pessoa culta com formação superior) com a dedicatória (resumo): “Andei lendo suas opiniões sobre o socialismo. Socialismo não é comunismo, você bem sabe! Socialismo e parlamentarismo são as mais avançadas doutrinas (prefiro o termo pensamento) praticadas na maioria das nações civilizadas. Abraço fraternal, assina.

COMENTO: 10 anos depois a maioria da população (inclusive políticos e até economistas) confunde o correto conceito da linha de pensamento do socialismo e do comunismo (inclusive o autor do livro).  A CHINA define seu sistema como Comunismo (a verdade: evoluiu para uma economia de mercado com ditadura como sistema político). Uma definição da linha de pensamento do socialismo e do comunismo deve estratificar: economia, política e cultura (costumes).

PRINCIPAL AUTOR DO SOCIALISMO, KARL MARX.  

Karl Marx denominou sua teoria de Socialismo Científico e os outros autores de sua época de Socialistas Utópicos. O pensamento socialista que prevaleceu foi o de Marx (colocado em prática por Lênin na Rússia, URSS):

Para eles a evolução da sociedade ocorreu e ocorrerá como a seguir:

 

a)    o COMUNISMO PRIMITIVO inicial das tribos (propriedade comum) evoluiu para o FEUDALISMO (direito de propriedade, do lucro e proteção de profissões);

b)    o FEUDALISMO evoluiu para o CAPITALISMO (economia de mercado com concorrência). O capitalismo levaria à uma bem-sucedida evolução do Proletariado;

c)    o Proletariado iria impor o SOCIALISMO (é o que foi praticado no mundo).  E o COMUNISMO seria a evolução final do SOCIALISMO, onde a propriedade voltaria a ser comum e a democracia adotada, abandonando-se a ditadura política do socialismo (utopia).

 

Existem dois sistemas econômicos e o que os difere na prática é:

a) CAPITALISMO LIBERAL OU ECONOMIA DE MERCADO: o direito de propriedade privado, as democracias liberais, o estado democrático do direito;

b) CAPITALISMO DE ESTADO: a propriedade estatal, socialismo ou comunismo, economia de planejamento centralizado.

UMA SÍNTESE DOS SISTEMAS ECONÔMICOS, POLÍTICOS E CULTURAIS (COSTUMES):

CULTURAL: Liberal ou Conservador. O que diferencia um do outro é a aceitação dos princípios religiosos, doutrinários e imutáveis para os Conservadores. Progressistas e acompanhando a evolução da ciência e dos costumes para os Liberais.

POLÍTICO: Democracia (três poderes independentes e harmônicos, Legislativo, Executivo e Judiciário, na ordem) ou Ditadura (um poder proeminente).

ECONÔMICO: Capitalismo de Estado (economia de planejamento centralizado, Comunismo, Socialismo) ou Capitalismo de Mercado (economia de mercado).

Todos os sistemas econômicos são capitalistas, a diferença é a propriedade do capital: privada ou da elite burocrática dos governos.

O Socialismo e Comunismo (economias de planejamento centralizado) para funcionar defende Ditaduras. O planejamento centralizado exige o poder econômico nas mãos de poucos e para funcionar o poder político também. Não convive com Democracias (poder diluído nos mercados).

As Economias de Mercado (Liberais) se fundamentam na liberdade, nas iniciativas privadas (o poder diluído pelos mercados, pela concorrência = democracias). 

domingo, 2 de abril de 2023

MERCADO, RENTISTAS (Selic) E AGENTES ECONÔMICOS:

 

MERCADO, RENTISTAS (Selic) E AGENTES ECONÔMICOS:

Economistas que falam mal de rentistas e mercado são ativistas políticos ou têm conhecimento insuficiente de teoria econômica. Leigos enganados escrevem sobre o que não dominam (nem têm os conhecimentos básicos para ler e entender um livro de Política Monetária ou de Macroeconomia).

A RIB (renda interna bruta) tem o mesmo valor do PIB (produto interno bruto).

RIB = (S + J + L +A) = renda do trabalho + juros + lucros + alugueis = PIB = (C + I + G + E – I) = consumo + investimentos + gastos do governo + exportações - importações. Os agentes econômicos são:

a)    os Trabalhadores que poupam para garantir o futuro, inclusive através dos fundos de pensão (são investidores indiretos);

b)    os Empreendedores (investem para obter lucros e pagam juros aos investidores);

c)    os Capitalistas (recebem alugueis, dividendos e juros).

 Nas equações da Teoria Econômica e da Política Monetária não existem as variáveis Rentistas e Mercado. Existem juros, salários, lucros, alugueis, consumo, investimentos, gastos do governo, exportações, importações etc.   

A mudança de uma Selic abaixo da adequada para a adequada (ou acima) provoca os efeitos:

a)    Valoriza a moeda pátria e evita fuga dela para o dólar e outros ativos que não moeda (evita formação de bolha nos preços dos ativos que não moeda e seus males);

b)    Reduz as expectativas de inflação equalizando a velocidade de crescimento da oferta e da demanda (assegura o poder de compra da moeda);

c)    Reduz as taxas de juros nominais de mercado de longo prazo (a parte longa da curva de juros muda de ascendente para descendente);

d)    A segurança passada pela manutenção do poder de compra da moeda motiva os investimentos (demanda e oferta);

e)    A segurança passada pela manutenção do poder de compra da moeda motiva os investidores externos a investirem no país (o inverso é verdadeiro);

f)     A análise da curva de juros deve estudar os juros nos diversos prazos e o volume investido na parte longa da curva e na curta. Se acontecer uma queda nos volumes da parte longa e um aumento na parte curta significa insegurança no longo prazo. Os agentes se refugiam no curto prazo. Se as aplicações em Selic no curto prazo (e no LP) aumentarem significa insegurança de aplicarem em taxa fixa;

g)    Se a Selic estiver abaixo das expectativas o TN (através dos bancos) para vender terá que pagar ágio (Selic + juros). Se estiver acima conseguirá aplicar abaixo da Selic (Selic - deságio).

O CONSUMO (PIB = C + I) depende da expectativa de vida, da garantia da renda futura e da riqueza acumulada (poupanças).

Com taxas de juros negativas teremos insegurança por parte dos agentes econômicos na expectativa de renda futura, por extensão queda no consumo e nos investimentos (PIB).

 

 

sábado, 11 de março de 2023

UMA FORMA DE ANÁLISE DINÂMICA NO ESTUDO DA TEORIA ECONÔMICA (CAUSA E EFEITO).

 

UMA FORMA DE ANÁLISE DINÂMICA NO ESTUDO DA TEORIA ECONÔMICA (CAUSA E EFEITO).

A didática inicia os ensinamentos de teoria econômica, para facilitar o entendimento de quem ainda não tem os conhecimentos acumulados necessários, com análises e conceitos estáticos. O estudo da economia é complexo devido ser uma ciência dinâmica (os efeitos das ações variam no tempo e geograficamente, podendo ocorrer imediatamente ou após um certo período e ter duração variável), com inúmeras variáveis (quase todas influenciando-se), com reações racionais e psicológicas (emocionais) por parte dos agentes econômicos. Alarmar os agentes econômicos é mais fácil do que torná-los otimistas e racionais. Expectativas racionais de mercado influenciam possíveis cenários econômicos. São previsíveis pela teoria econômica, mas sofrem influências emocionais. Os efeitos nas economias que emitem moedas conversíveis (aceitas como meio de pagamento mundial) e nos que não emitem não são iguais (as vezes divergentes).

Uma forma de análise racional simplificada da teoria econômica (estática e dinâmica) é verificar os efeitos de ações (ou acontecimentos) nas variáveis definidas nos conceitos na (sempre mais de uma causa e mais de um efeito. Defina o principal):

      a)    Produção (PIB = C + I + G + E - M) = consumo + investimentos + gastos do governo + exportações - importações, PNB (produto nacional bruto) = PIB + recebimentos de fatores do exterior - remessas para o exterior;          

      b)    Na Renda (RIB = RT + J + L + A) = renda interna bruta = renda do trabalho + juros + lucros + alugueis;

      c)    Nos Fatores de Produção (riqueza acumulada = estoque de fatores de produção) = Capital, Trabalho, Recursos Naturais e Tecnologia;

      d)    No Valor dos Ativos que não moeda (moeda pátria e conversível mundial). Valorização acima da natural (formação de bolha com sentimento de riqueza) e na desvalorização (furo da bolha e sentimento de empobrecimento). O furo da bolha é agravado pela sentimento de empobrecimento e insegurança.

                          CONSUMO, JUROS e INFLAÇÃO.

O CONSUMO (PIB = C + I) depende da expectativa de vida, da garantia da renda futura e da riqueza acumulada (poupanças).

Taxa de juros nominais de mercado baixa estimula o consumo e os investimentos, entretanto se for negativa ex-ante (descontada da inflação prevista e do IR) ou ex-post (descontada da inflação realizada e do IR), ela reduzirá o consumo no segundo momento pela queda da renda das poupanças (traz insegurança a todos, inclusive pela desvalorização do estoque de riquezas como dos fundos de pensão). Juros negativos estimulam o consumo e os investimentos no primeiro momento, mas também a inflação. No segundo momento trás insegurança devido à desvalorização das poupanças (riquezas acumuladas) e desestimula o consumo por insegurança (por extensão também os investimentos). MAG 03/2023.