UM
POUCO DA HISTÓRIA LIGADA À ECONOMIA.
1577 – ESPANHA. A
Coroa espanhola (Filipe II) decreta a suspensão dos pagamentos, convertendo as
dívidas de curto prazo com juros de 10% a 15%, para longo prazo com juros de 5%
(moratória);
1576 – FRANÇA. Jean Bodin lança as bases do Estado de
Direito;
1624 – INGLATERRA.
O Parlamento inglês aprova o Estatuto do Monopólio, eliminando-se
privilégios e exclusividades de fabricação, trabalho, compra, venda, etc;
1688 – INGLATERRA. Revolução Gloriosa (triunfo do pensamento
liberal). O Parlamento passa a legislar. Os reis não podiam cancelar as leis do Parlamento. O Parlamento votaria o
orçamento anual, as contas reais seriam controladas por inspetores, o Tesouro
seria dirigido por funcionários. As
revoluções Puritana, de 1640, e a Gloriosa, de 1688, podem ser consideradas
como partes de um mesmo processo. O absolutismo sendo substituído pelo
liberalismo (a divisão do poder entre o rei e o do Parlamento);
1750 – PORTUGAL. O Marquês de Pombal organiza uma poderosa
força militar e uma grande marinha mercante (durante sua luta com a nobreza e o
clero);
1760 / 1770 – INGLATERRA. Tem início a revolução
industrial. Em meio século provoca uma mudança quase total na estrutura
econômica mundial. A produção aumenta exponencialmente. Os trabalhadores
domésticos viram operários assalariados. Os horários de trabalho chegavam a 72
horas semanais. Surgem as crises que afetam toda a economia e a produção;
1776 – INGLATERRA. Adam Smith publica “As causas da
riqueza das nações” livro que exerceu influência sobre toda a economia.
Aconselha a liberdade das estruturas produtivas, a divisão do trabalho,
investimentos produtivos (acúmulo de capital), e os governos reduzirem os
gastos improdutivos. A riqueza vem de investimentos produtivos (acúmulo de
capital). Os investimentos são parte dos lucros e da renda. A moeda é sobretudo
um meio de troca.
A
MOEDA E FATOS IMPORTANTES:
a) 1917 / 1925 a Inglaterra deixou de honrar a
conversibilidade da Libra esterlina em ouro na primeira guerra mundial (após a
guerra, em 1925, retornou para a conversibilidade à paridade de antes da
guerra, um tiro no peito);
b) em 1931 a França resolveu transformar toda a sua
reserva em ouro. A Inglaterra não tendo como honrar suspendeu a
conversibilidade da Libra esterlina;
c) em 1944, na conferência de Bretton Woods os USA comprometeram-se a garantir a conversibilidade
do dólar em ouro ao preço de US$35,00 por onça-troy. Em 1968 os USA estabeleceu
dois preços para o ouro, um oficial apenas para os bancos centrais, outro livre
para outros agentes econômicos;
d) em 15/08/1971, os USA, abandonam totalmente a
conversibilidade do dólar em ouro. Em março de 1973 os países industrializados
abandonam a paridade fixa com o dólar, deixando suas moedas flutuarem em
relação ao mesmo enterrando de vez o sistema de Bretton Woods;
e) em 1979 os principais países da Europa decidiram criar
um sistema monetário regional (o EURO). O ouro chegou a valer mais de US$800,00
(1980), caindo para US$300,00 em 1985 (as negociações ou especulações como alguns
definem alcançaram uma intensidade de movimentação imprevisível). Na primeira
década do século 21 o dólar passa a ter circulação muito maior do que a
economia dos USA (na verdade os USA
passam a viver de emitir moeda). O regime de câmbio fixo só se justificaria se
o dólar fosse conversível em ouro a uma paridade fixa (Bretton Woods). Se o
dólar é apenas uma moeda escritural, seu valor dependerá da política monetária
e da economia americana (a capacidade dos USA oferecer alguma riqueza real em
troca dos dólares). O capital (direitos de receber dividendos, juros E de
retorno de capitais) de residentes nos USA no exterior deve ser considerado
nesta análise.
“ESTADO,
MOEDA E LIBERDADE:
JEAN BODIN (1576): lança as bases teóricas do estado de direito.
BERNARDO DAVANZATI
(1582):
escreve “Lição da Moeda” onde é esboçada a ideia, talvez inicial, da teoria
quantitativa da moeda.
DAVID HUME (1752): “Of Money e Of interest” dá forma bem esboçada à ideia da
teoria quantitativa da moeda. Separa os efeitos do curto e médio prazo da
alteração monetária das do longo prazo (inflação). “Os preços das mercadorias
evoluirão sempre proporcionalmente à quantidade de moeda.”
1760 – 1770: tem início a revolução
industrial inglesa (inovações).
ADAM SMITH (1776): publica o livro “A Riqueza das Nações”, com as ideias
básicas do pensamento econômico liberal. A presença do estado deve ser definida
e limitada por leis, o poder é da lei e não da pessoa (limitar o poder
discricionário das autoridades). Redução dos gastos improdutivos dos governos.
Liberdade dos mercados, concorrência defendida por regras do jogo pré-estabelecidas,
a menor presença estatal possível.
GUSTAV KNUT WICKSELL (1911): “Lições
de Economia Política”, quase um resumo de suas obras. Introduziu a ideia de
taxa de juro de equilíbrio (natural) e suas relações com a inflação. Se o juro
de mercado é superior ao de equilíbrio a demanda e os preços caem. O
monetarismo racional tem origem em seus estudos.
IRVING FISHER (1928/1937): desenvolveu os estudos da teoria monetária moderna
(tudo passa por ele).
JOHN MAYNARD KEYNES (1936): “Teoria Geral do Trabalho, do Juro e da Moeda”,
pode-se dizer que a macroeconomia moderna baseou-se toda ela em seus estudos,
foi o tiro inicial que motivou o aprofundamento das pesquisas e o
desenvolvimento da matéria (apesar de suas conclusões terem sido influenciadas
negativamente pela depressão de 29/30).
MILTON FRIEDMAN (1962), com a publicação do livro “Capitalismo e Liberdade”, em
linguagem acessível a todos, faz o monetarismo renascer, contrapondo-se às
conclusões de Keynes, que considerava totalmente erradas (fábrica de
estagflação). É o principal autor do liberalismo e monetarismo modernos. Sua
principal obra é “A História Monetária dos Estados Unidos”.
RESUMINDO:
O pensamento liberal defende a liberdade das pessoas e das
relações entre elas. Tem como princípio fundamental NORMAS PARA LIMITAR O PODER
DISCRICIONÁRIO das autoridades e do mais forte sobre o mais fraco, para
DEFENDER A CONCORRÊNCIA e os interesses dos consumidores (não existe
liberalismo sem concorrência). A menor presença estatal possível, a maior
quando necessária. O liberalismo pode ser definido como uma corrente de
pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e
civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre
consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a
liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a
lei igual para todos, a transparência, o lucro, o direito de propriedade e a
separação de estado e religião (O ESTADO DEMOCRÁTICO DO DIREITO).
ESQUERDA:
NAZISMO (nacional socialismo) e o fascismo são regimes populistas e autoritários (ditaduras), economias cartelizadas, sindicatos dominados pelo governo, trabalhadores sindicalizados. A maior parte da economia é estatizada e 100% dos serviços são públicos. O nazismo como o nome indica é socialista e socialista é esquerda, ponto final. Defende teses germânicas sobre socialismo, trabalhismo e sindicalismo político. Se um nome diz uma coisa ele pretende ser o que diz. Liberal é que não é. O nazismo era uma ditadura como o socialismo soviético (militar e burocrático). DO PROGRAMA DE 25 PONTOS DO NAZISMO: 13 - Nacionalização de todas as indústrias; 14 - Divisão dos lucros.
SOCIALISTAS, COMUNISTAS E ANARQUISTAS são considerados de esquerda. A esquerda é PROGRESSISTA (liberal) em COSTUMES e contra o pensamento liberal em economia e na política.
MARX, SOCIALISMO E COMUNISMO: O Comunismo seria a evolução do Socialismo (uma utopia). NA PRÁTICA: DITADURA E POBREZA.
DIREITA:
LIBERAIS, Libertários, CONSERVADORES, Social Democracia (demagogia política. Liberais em economia, costumes e política), Democracia Cristã (liberal em economia e conservadores em costumes), Social Liberal (demagogia política tipo social democracia). A direita é liberal em economia e pode ser conservadora ou liberal em costumes.
NA VERDADE EXISTEM DOIS SISTEMAS ECONÔMICOS:
a) CAPITALISMO LIBERAL OU ECONOMIA DE MERCADO (as democracias liberais, o estado democrático do
direito);
b) CAPITALISMO DE ESTADO: (socialismo
ou comunismo, economia de planejamento centralizado).
POPULISMO E MASSA DE MANOBRA (manipulação da
opinião pública).
POPULISMO é a
política fundada no aliciamento das classes sociais de menor capacidade de
análise e de poder aquisitivo (a massa de manobra sempre enganada). O populista
é carismático, tem boa fluência verbal, boa oratória, fala o que o povo quer
ouvir e não o que pensa. EM RESUMO: POPULISTA É MENTIROSO, É DEMAGOGO E
DESONESTO.
CENTRO: não é
nada, é demagogia política ou ignorância.
MAG 09/2017.