segunda-feira, 6 de julho de 2020

A EXPECTATIVA DE RENDA FUTURA E A DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL: EFEITOS SOBRE CONSUMO E INVESTIMENTOS.



A EXPECTATIVA DE RENDA FUTURA E A DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL: EFEITOS SOBRE CONSUMO E INVESTIMENTOS.

A EXPECTATIVA DA RENDA FUTURA E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O CONSUMO.

Sabemos que o Consumo depende da Renda (e de sua distribuição = poder de compra) e dos juros (que equilibrem a economia, oferta e demanda em equilíbrio ascendente). Os Investimentos dependem do Consumo (PIB = C + I). A expectativa de segurança na renda futura (renda do trabalho, de juros positivos das poupanças, de lucros das empresas, em ações e distribuição de dividendos) motiva o consumo e por extensão os Investimentos.  
Concluímos que:

     a)    O crescimento depende de Ambiente de Negócios motivador que passe Segurança. Regulamentações propositivas e motivadoras que não desmotivem nem passem inseguranças nas negociações entre as partes;

     b)    Juros negativos passam insegurança: para os fundos de pensão, para as poupanças individuais que garantem as aposentadorias (reserva de valor). É a sabedoria dos limites, do caminho do meio. Se uma economia não garante o capital (poupanças) acontecerá fuga para outros ambientes que garantam. É o paradoxo: juros muito altos desmotivam o consumo assim como os negativos (uma parte importante da renda nacional fica negativa e desmotiva o consumo);

    c)    Ambiente de negócios inseguro (para a garantia do capital = poupança) desmotiva o consumo e os investimentos.

Como garantir consumo (e investimentos) em ambientes recessivos ou depressivos (com queda real de renda = poder de compra)?

    a)    Transferência: renda mínima (melhorar distribuição de renda). Tem o risco de favorecer quem não merece e estimular a preguiça (desmotivar a luta pela sobrevivência);
    b)    Facilitar negociações entre as partes, reduzir entraves regulatórios;

    c)    Evitar juros reais negativos (se necessário elimine todas as tributações sobre juros);

    d)    Eliminar a insegurança sobre a renda futura (emprego e aposentadorias). 06/07/2020.
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O EMPOBRECIMENTO COM A DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA:

      1)    O PIB em dólar cai absurdamente;

      2)    O consumo cai quase que proporcionalmente ao empobrecimento geral que ocorre com a desvalorização da moeda. As importações também caem quase que proporcionalmente à perda de poder de compra. Nas economias que importam para exportar a queda é menor;
     
      3)    Sabemos que: 

a)    não há taxa de juros, mesmo que negativa (i nominal - % inflação = - i real), capaz de sozinha, fazer crescimento sustentado e reanimar uma economia. A taxa de juro é apenas uma variável das mais importantes. Existe a inércia inflacionária (conhecida pelos brasileiros) e a de preços (tipo uma inflação retardada, diferente da reprimida);

b)   A INFLAÇÃO AFETA O CÂMBIO ANTES DE AFETAR OS PREÇOS INTERNOS (INFLAÇÃO E CÂMBIO SÃO EFEITOS, SÃO GÊMEOS, UM AFETA O OUTRO);

c) não existe inflação que perdure sem expansão monetária e demanda que a sustente;
d) EXPANSÃO MONETÁRIA: nos países que não emitem moeda conversível (reserva) a expansão monetária acima do PIB potencial é causa de inflação.

NORMAS E REGULAMENTOS: ADMINISTRAR POR EXCEÇÕES, ANOMALIAS OU GENERALIZAÇÃO.

As normas e regulamentos podem ser feitas tomando por base as exceções e anomalias com duas condutas:

1) POR EXCEÇÃO. As normas devem ser feitas baseando-se (listando) nas exceções e possíveis anomalias. Podem e devem ser atualizadas anualmente. A grande vantagem é que não se pune a todos por comportamentos de minorias. Exemplos:

a) os exames para carteira de motorista deveriam ser feitos uma única vez na vida e por exceção para quem ultrapassasse 40 pontos por ano, fosse autuado dirigindo embriagado, participasse de acidentes e outros. O custo é menor e pode-se dar mais atenção às exceções e anomalias;

b) pandemia 2020. Ao invés de determinar-se o fechamento de todos os mercados, deveria ter sido feito uma listagem do que não poderia funcionar. Exemplo: locais fechados e com aglomerações como igrejas, teatros, cinemas, lojas fechadas e outros. Os shoppings poderiam funcionar com ar-condicionado desligado e 30% da capacidade. A listagem poderia ser atualizada até diariamente. Outras exigências poderiam ser feitas. Uma campanha educativa diária deveria ser feita;

2) GENERALIZANDO. Por causa das exceções obriga-se a todos a participarem das exigências. Algumas exceções às vezes são listadas (quase nunca). O custo é maior e não traz vantagem nenhuma. É o caso de todos serem obrigados a renovarem as carteiras de motoristas (defesa de interesses corporativos). Na pandemia o absurdo de fechar tudo, inclusive o que deveria ficar aberto (infraestrutura no meio das estradas). A quebradeira quase geral e desemprego. Nossa economia será afetada por uns 3 anos ou mais. 30/06/2020.


quinta-feira, 2 de julho de 2020

BALANÇA COMERCIAL JUN. 2020.

O PODER NAS DEMOCRACIAS.


O PODER NAS DEMOCRACIAS.

A democracia é um sistema de governo onde os governantes são escolhidos pelos governados e o poder é dividido em (na ordem):

a) Legislativo (faz as leis, aprova e fiscaliza o orçamento e sua execução. Tribunal de Contas);

b) Executivo (executa o orçamento aprovado pelo legislativo, propões leis ao legislativo);

c) Judiciário (julga se as leis estão de acordo com a lei superior, a constituição, os atos do executivo e as relações entre as partes).

No Brasil algumas correções na lei superior (constituição) ainda precisam ser feitas. Nossa Constituição não foi feita por constituintes exclusivos (proibidos de ocuparem cargos públicos eletivos ou não por no mínimo uns 10 anos para evitar legislação em causa própria), não foi aprovada em voto direto pelo povo e não prevê proibição de legislação em causa própria. Os Ministros (magistrados) de Tribunais de Contas são escolhidos entre políticos derrotados ou para liberarem espaço eleitoral para outros.  Deveria ser um órgão profissional. Os Ministros do STF – Supremo Tribunal Federal são escolhidos, também, politicamente (seus votos são conhecidos antecipadamente por sua origem política). É um defeito grave que está colocando em risco nossa ainda jovem democracia.  

PODERES EXISTENTES E NÃO PREVISTOS EM LEIS:

     a)       MÍDIA (o antigo quarto poder): a mídia quando escrita (jornais e revistas) e falada (rádios) era considerada um quarto poder. De fato, era: podia fazer e desfazer pessoas, políticos, produtos e empresas. Este poder foi ampliado com a TV. Amedrontava políticos e presidentes. Muitos se tornaram poderes maior do que o aceitável em uma democracia. Deturpavam a democracia. Com a introdução e popularização da internet (mídias sociais) perderam poder muito rapidamente. Apesar de utilizarem todo seu poder destrutivo (torcer e distorcer notícias diariamente) não conseguiram evitar o aparecimento de Trump nos USA. Trump derrotou o poder político estabelecido do PR – Partido Republicano (liberal em economia e conservador em costumes) e elegeu-se presidente da maior democracia do mundo (a nação mais poderosa do mundo: econômica, militar e em inovações científicas), mas tinha um recall (lembrança) de um programa de TV  (cria da mídia). Derrotou o governo populista (demagogo e corrupto), apoiado pela mídia corporativa (que por interesses inconfessáveis torcia e distorcia notícias diariamente contra Trump), do PD – Partido Democrata dos USA (intervencionista, esquerda em economia e liberal em costumes). Toda a esquerda, a demagoga e também a massa de manobra ignorante, encontra espaço neste partido que se esconde sob o nome de liberal (na verdade são estatizantes e esquerda, inimigos da iniciativa privada).O domínio do PD está nas mãos da elite americana. A reação contra o poder político estabelecido (apodrecido) no mundo estendeu-se para a Europa, Ásia e também para a maior democracia da América Latina (herdeiros das línguas latinas espanhol e português no Brasil), o Brasil. O Brasil elegeu presidente um candidato (Bolsonaro) sem apoio partidário (esquerda e direita), criticado diariamente e agressivamente, com toda forma de depreciação, pela mídia corporativa. Apenas com mídia social e defendendo os valores conservador (em costumes) e liberal em economia, atacando a corrupção institucional e generalizada dos governos do PSDB (liberais envergonhados) e do PT (esquerda demagoga). Prometia a estabilidade e segurança que o regime militar (ditadura?) proporcionou ao país, a eliminação da corrupção implantada pelo poder político estabelecido. Por falta de opção liberal (direita) elegeu-se. O PSDB apresentou um candidato competente, mas com o nome negativado por investigações em corrupções. O PMDB apresentou Henrique Meirelles, competente ex-presidente do BC e ex-Ministro da Economia, mas sem carisma eleitoral e sem apoio político. A esquerda conseguiu manter seus votos mesmo apresentando um candidato com o nome investigado por corrupções e derrotado para se reeleger como prefeito de SP.

A MÍDIA CORPORATIVA ainda mantém um certo poder, mas não pode mais ser considerada o quarto poder;

    b)      AS CORPORAÇÕES INCRUSTADAS NO ESTADO E GOVERNOS: os funcionários públicos de estado como a receita federal (podem parar os portos e aeroportos do país negando-se a liberar importações e exportações), o MPF (ministério público federal e estaduais) e os juízes extrapolando seus poderes, paralisam atividades às vezes imprescindíveis (ficam com poder maior que um presidente e governadores eleitos por voto direto), os militares (incluindo as polícias estaduais) que têm poder de chantagear os poderes executivos e legislativo para obterem vantagens insustentáveis (as maiores são as previdenciárias que quebraram os estados do país) e outras. O que se pode fazer? Aumentar penas (inclusive com demissões imediatas), reduzir poderes (direitos sem responsabilidades. É a autoridade sem responsabilidades), definir o que não podem fazer com clareza absoluta;

     c)       AS CORPORAÇÕES PRIVADAS APOIADAS PELO ESTADO: conselhos de profissão, sindicatos, associações de profissões e segmentos econômicos. Conseguem vantagens que são verdadeiras agressões a uma economia liberal (interesses de consumidores e outros).

UMA SOLUÇÃO:

     a)       Limitar o direito de se eleger legislador e executivo a no máximo dois mandatos;

     b)      Eliminar o monopólio dos conselhos de profissão (o diploma da profissão registrado no MEC e um número de registro da escola e do MEC seriam o suficiente). Os conselhos podem continuar a existir assim como hoje existem as associações (sem monopólio);
     
     c)       Os membros permanentes do STF seriam apenas os oriundos dos Tribunais Estaduais e federais (os desembargadores). Os oriundos de outras origens (no máximo 1/3) como Advogado Geral da União, Ministro da Justiça, Ministério Público teriam tempo de mandato. A aposentadoria seria com 72 ou 73 anos;

    d)      Estabelecer punições severas para atos que paralisem atividades do país como: o direito de ir e vir, o direito de transportar pessoas ou mercadorias (bloquear estradas ou ruas), as importações e exportações, a produção de indispensáveis à saúde e vida como medicamentos e vacinas, etc.   
    MAGECONOMIA 02/07/2020. 

sexta-feira, 19 de junho de 2020

RECESSÃO, SELIC, RENDA, CONSUMO, DEFLAÇÃO, INFLAÇÃO, CÂMBIO, PREÇOS NO ATACADO, PREÇOS AOS CONSUMIDORES.



RECESSÃO, SELIC, RENDA, CONSUMO, DEFLAÇÃO, INFLAÇÃO, CÂMBIO, PREÇOS NO ATACADO, PREÇOS AOS CONSUMIDORES.

Sabemos que o CONSUMO depende de:  
      a)    Da expectativa e segurança da renda futura;
      b)    Da riqueza acumulada (e sua renda). A desvalorização do real empobreceu todos os brasileiros; 
     c)    Da expectativa de vida e herança para filhos;
     d)    Da melhoria da distribuição de renda;
     e)    Das taxas de juros: básica, ao consumo e aos investimentos.

Sabemos que a RENDA tem origem em:
     a)    Renda do TRABALHO (salários, honorários);
     b)    Nos JUROS (renda do capital acumulado) das poupanças e dos fundos de pensão (segurança quanto ao futuro);
     c)    LUCROS e expectativas de LUCROS (afeta a renda dos fundos de pensão);
     d)    Nos ALUGUÉIS.  

A taxa básica de juro tem relação com:
     a)    Com a taxa neutra de mercado (a de equilíbrio);
     b)    Com as expectativas dos mercados (conjuntura prospectiva ascendente ou descendente);
     c)    Com os índices de preços: Câmbio, IGPs, IPAs e IPCs. O câmbio afeta os IGPs (índices gerais) e os IPAs (atacado) em primeiro lugar e a seguir os IPCs;  
     d)    Com o consumo e investimentos;

JURO EX-ANTE, EX-POST E CONSUMO.
A comparação entre os juros de mercado nominal, ex-ante, fruto das expectativas de inflação (cp e mp), o efetivamente planejado, resultado da demanda por crédito, com as expectativas de inflação (lp) e juros no futuro (lp), o ex-post, o real, o que será efetivamente realizado, afetam o consumo por causa da insegurança (ou segurança) transmitida com a expectativa de renda negativa ou positiva (a segurança e a expectativa de renda é o principal canal de consumo). Se as expectativas de inflação (ou dos juros no futuro) são maiores do que os juros de mercado é o pior dos mundos para o processo inflacionário (a expectativa de inflação alimenta a expectativa de que os preços subirão). Fica a comparação: renda negativa das poupanças (fundos de pensão) x insegurança para consumir x IGPs, IPAs, IPCs e câmbio (no momento deflação nos IPCs e inflação alta nos IPAs, IPCs e Câmbio).

ESTAMOS COM RECESSÃO, DEFLAÇÃO NO IPC, INFLAÇÃO NO IGP, NO IPA E NO CÂMBIO (que seria maior sem a atuação do BC) E INSEGURANÇA PARA INVESTIR. Os bancos já estão pagando 130% acima dos CDIs. 19/06/2020. MAFG.


 QUADRO DO BCB.