segunda-feira, 9 de maio de 2022

ADEQUAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA DOS USA E INFLUÊNCIA NO BRASIL.

 

ADEQUAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA DOS USA E INFLUÊNCIA NO BRASIL.

UMA DIFERENÇA ENTRE A POLÍTICA MONETÁRIA DE PAÍS EMISSOR DE MOEDA CONVERSÍVEL (e aceita como reserva mundial) E MOEDAS DE PAÍSES NÃO EMISSORES DE MOEDAS CONVERSÍVEIS.

Quando a taxa básica de um país não emissor de moeda conversível (nem aceita como reserva mundial) fica abaixo da adequada ela se desvaloriza em relação a moeda reserva mundial (real x dólar e euro) e isto aumenta a inflação que já estava ocorrendo. Quando o país corrige a taxa básica a sua moeda se valoriza em relação ao dólar e ajuda a reduzir a inflação e aumenta os preços para os importadores de seus produtos. O inverso acontece quando os USA aumenta a sua taxa básica, o dólar se valoriza em relação às moedas de países não emissores de moeda conversível e isto reduz os preços de muitos produtos importados. Outro fato que acontece é: se os USA fixa sua taxa básica abaixo da adequada e, por exemplo, o Brasil sobe sua taxa básica para adequada, ocorre um aumento do fluxo cambial para o Brasil. Se os USA aumenta sua taxa básica o inverso pode ocorrer. Outra observação que favorece os países emissores de moedas aceitas como reserva mundial, é aversão ao risco. Sempre que acontece uma crise os agentes procuram refúgio nas moedas reservas mundiais e títulos destes países (motivo de suas taxas de juros caírem nas crises, o inverso do que acontece para os países não emissores de moedas reservas). E acontece fuga de capitais e aumento de juros para os países não emissores de moedas plenamente conversíveis.      

REGRA GERAL DE POLÍTICA MONETÁRIA: Quando se adequa a taxa básica para harmonizar a velocidade de crescimento da demanda à capacidade de crescimento da oferta não se está precipitando uma recessão, mas harmonizando a demanda e a oferta ao possível. 09/05/2022. 


 

Um comentário:

  1. A PIOR DAS CRISES, A MAIS DIFÍCIL DE COMBATER: A EXTERNA (CAMBIAL).
    A economia interna de um país é medida diariamente pelo mercado comparando-se a oferta de moeda (entenda liquidez, todo ativo que pode ser monetizado com menos de 30 dias) com a oferta (e demanda) de produtos. Se um país é considerado responsável e sério e tem resultados positivos em sua conta externa Balança Comercial (tem capacidade de oferecer produtos ao mundo), ou no Resultado de Transações Correntes (Bal. Comercial + - Bal. de Serviços e Rendas) e uma Política Cambial com câmbio flutuante, assim ele não sofrerá crise externa de crédito e pagamentos (financiamentos e crédito comercial). O câmbio flutuante colocará as contas externas sempre em uma posição de segurança (equilíbrio). O câmbio é afetado pela taxa básica de juro interna, comparada com a taxa externa, através do Fluxo Comercial e Financeiro. Se a taxa básica interna é inferior à externa haverá fuga de capitais. As contas externas, diferente das internas, não podem ser amenizadas com emissão monetária (de liquidez), é necessário crédito externo e este só é oferecido a quem paga em dia e tem capacidade de pagamento reconhecida pelos agentes externos.
    É o caso da Argentina que tem sobrevivido nos últimos anos com financiamentos do FMI e decretando insolvência (incapacidade honrar os pagamentos externos). Tem resolvido com os credores dando desconto em seus créditos. Isto fez com que o país perdesse o crédito externo, significando até perda de capacidade de comprar no exterior itens necessários como medicamentos e peças de maquinários extremamente necessários (produção de energia e semelhantes). O resultado tem sido o empobrecimento do povo que será agravado com a perda dos recursos externos que financiavam a importação de produtos essenciais à economia. Terão que eliminar os subsídios internos insustentáveis no tempo sob pena de enfrentarem falta até de medicamentos como vacinas, antidiabéticos, antibióticos e outros. O socorro do FMI (US$ 45 bi.) que prorrogou a irresponsabilidade fiscal agora secou e terão que pagar a dívida. Irresponsabilidade fiscal (que muitos criticam como austeridade) não terá mais quem financie. A solução que seria sofrida agora será mais sofrida ainda. Os partidos políticos terão que, para o bem da Argentina e do povo, se unir em torno de uma solução aceita por todos (responsabilidade fiscal, ou austeridade, como queiram adjetivar), pelo menos durante uns 10 anos. Um país rico que empobrece por incapacidade política de praticar uma política macroeconômica (fiscal e cambial) responsável.


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