quarta-feira, 1 de junho de 2016

TABELAS SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA.


TABELAS SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA.

BALANÇO DE PAGAMENTOS - US$ milhões - DÍVIDA MOBIL. BC + TN (reais).
04/2016. 2016P é Previsão.
CONTAS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 04/2016 2016P
1- BAL. COMERCIAL 20267 29796 19431 2558 -6529 17670  12443 30,0
 1.1- Exportações 201915 256040 242580 242179 224098 190072 55677 190
 1.2- Importações -181649 226243 -223149 239621 230627 172422 43234 160
2- BAL. SERV. E RENDAS -70630 -85225 -76523 -87325 -100623 -70388 -20581 -73,9
 2.1) RENDAS -39567 -47319 -35448 -39773 -52170 -49335 -11847 -40,5
  2.1.1- Juros -9682 -9719 -11847 -14244 -21340 -21913 -7176 -20,9
  2.1.2 - Divid. e Lucros -30375 -38166 -24112 -26045 -31187 -20793 -4760 -20,0
  2.1.3 - Salários 498 567 511 516 357 349 88 0,4
  2.2) SERVIÇOS -30807 -37906 -41075 -47552 -48107 -36978 -8734 33,4
  2.2.1 - Viagens -10503 -14459 -15588 -18632 -18724 -11513 -1728 -9
  2.2.2 - Transpotes -6406 -8335 -8769 -9786 -8697 -5723 -996 -6
  2.2.3 - Aluguel Equip. -13752 -16669 -18741 -19060 -22629 -21532 -6650 -21
  2.2.4 - Outros -147 1558 2022 -46 1943 2724 641 1,5
3- TRANSF. UNILAT. 2845 2816 2846 3364 2729 2319 972 2,9
4- TRANS. CORRENTES -47518 -52612 -54246 -81374 -104076 -58942 -7166 -41,0
5- CONTA CAPITAL e FINAN. 100102 111868 72762 73778 100129 56252 5101 40,6
6- BAL. PGTO. Saldo 52584 59256 20516 -7596. -4706 -2690 -2065 -0,4
6.1) PIB cresc. % 7,5 2,6 1,0 2,3 0,1 -3,9 -3,3
7- AJUSTES  LIQUID. 3063 -8713 +558 -6743 2963 -4382
8- RESERVAS - CAIXA 288575 352073 373147 358808 363551 356464 362201
8 - RESERVAS - LIQUIDEZ 288575 352073 378560 375794 374051 368739 376681
 8.1) Aumento Res. L. 49521 63498 26487 -14339 -1743 -5312 7942
A) a1) Fluxo Com. saldo -1650 43950 8373 11136 4137 25486 13045
   a2) Fluxo Finan. saldo 26004 21329 8380 -23396 -13424 -16071 -16892
   a3) Fluxo Total saldo 24354 65279 16753 -12261 -9287 9414 -3847
9- Dívida Ext . 350,44 402,4 441,8 485 554,7 545 557
   9.1- Pública 83,60 62,3 67,3 70,8 75,3 68 72,87
   9.2- Privada 172,07 235,1 249,6 241,2 272,4 270,5 219,13
   9.3- Entre Empresas 94,77 105,0 124,9 173 207 206,5 219
10 - Dív..  Mobil. int. TN 04/2016 1603,9 1783 1916,7 2028 2183 2650 2670
10.1 - Dív. Mob. int. Bruta 04/15 2307 2535 2823 2986 3301 3944 3968
11 - SRF - REC. admin. 04/2016 805,7 939 1029 1138 1188 1191 424
 11.1 - DÍV. / REC. 1,99 1,81 1,86 1,78 1,84
12 - US$ % ACUM. 04/2016 -4,3074 12,58 8,84 14,63 13,39 47,01 -11,63
13 - PIB US$ tri. 2,210 2,613 2,411 2,388 2,345
13.1 - PIB R$ tri. 3,887 4,375 4,713 5,167 5,521
14- DÍV. MOB. liqu. / PIB % 41,26 40,75 40,66 39,24 39,53
14.1 - Div. Mob. bruta / PIB % 59,35 57,94 59,98 57,78 59,78


DADOS DO COMÉRCIO EXTERIOR E INTERVENÇÕES DO BC NO CÂMBIO.
TÍTULOS
2008
2009
2010
2011
2012
2013 2014 2015 01/2016 02/2016 03/2016 04/2016 05/2016 2016
1) BAL. COMERCIAL
24746
25347
20267
29796
19431
2561 -6248 17670 643 2869 4258 4647 12443
1 A) BAL. SERV. E RENDAS
-57234
-52945
-70630
-85225
-76523
-87325 -88940 -70,88 -5699 -5066 -5353 -4454 -20581
2) TRANS. CORRENTES
-28300
-24334
-47518
-52612
-54246
-81374 -104835 -56406 -4817 -1919 -885 412 -7166
3) CONTA CAPITAL E FINANC.
32986
70551
100102
111868
72762
73778 100129 54036 4394 1375 340 784 5101
4) DIV. EXTERNA bi.
267
282
350
402
442
485 554,7 545 541,45 540,6 549,7 557 557
5) RESERVAS caixa mi.
198793
238520
288575
352073
373147
358808 363551 356464 357707 359368 357698 362201 362201
5.1) RESERVAS LIQUIDEZ 206806 239054 288575 352012 378613 375794 374051 368739 369772 371703 375198 376681 376681
6) FLUXO CAMB. Total saldo
-983
28732
24354
65279
16753
-12261 -9287 9414 1475 -9294 -2543 6515 -3847
6.1) Fluxo Comercial saldo
47900
9924
-1650
43950
8373
11136 4137 25486 3354 1936 1737 6017 13045
6.2) Fluxo Financeiro saldo
-48883
18808
26004
21329
8380
-23396 -13424 -16071 -1879 -11231 -4280 498 -16892
7) INTERVENÇÕES BC
-5438
36527
41952
50107
5686
-11520 6319 -1775 10 -70 -5165 3020 -2205
7.1) Pronto
7585
24038
41417
47908
11152
0 X x X x x X x
7.2) Termo
0
0
0
2199
0
0 X x X x x X x
7.3) Linha c/ Recompra
-8338
8338
0
0
-5466
-11520 6486 -1775 10 -70 -5165 3020 -2205
7.4) Empréstimo
-4685
4151
535
0
0
0 0 x 1033 x x X x
8) OUTROS BC
18887
8211
8103
13331
8445
-2819 -1743 -4451 1033 1931 3495 1482 7941
9) SWAPS BC R$
27749
0
0
-3016
4204
175422 284959 425364 422257 426666 368388 237078 220026 220026
9.1) Resultado (caixa) R$ 4801 3199 x 706 1098 -1315 -17239 -89657 -16769 11718 42697 12235 -3938 46042
9.2) SWAPS (em US$) 2065 75105 109588 108103 108106 108116 105637 70653 62135 62135
10) POS. CÂMB Bancos
C10130
C3391
V16784
V1583
V6069
V18124 V28261 V20139 V18738 V27909 V30464 V29986 V29986
11) VAR. CAMB. US$
31,93
-25,49
-4,307
12,579
8,94
14,636 13,39 47,01 3,53 -1,56 -10,57 -3,04 4,18 -7,93
C = comprado; V = vendido.


MEIOS DE PAGAMENTOS AMPLIADOS (M1, M2, M3 M4).

M1, M2, M3, M4
Data M1
Meio
de pag.
M2 M3 M4 Oper. Créd.
Sist. Financ.
12 meses %
Variação % ano
Valor % 12
meses
i real
IGPM
PIB IPCA IGPM
2010 281876 1362389 2549739 3040495 16,7 20,57 -3,52 7,5 5,91 11,32
01/2011 257449 1348659 2554397 3044764 17,3 x x x x x
2011 285377 1617480 3030280 3550253 16,8 19,02 4,18 2,6 6,50 5,10
01/2012 259833 1591803 3085569 3599589 18,2 x X X X X
2012 324483 1763932 3518246 4103151 15,6 16,2 -1,1 1 5,84 7,82
01/2013 286780 1720981 3548965 4128406 14,7 X 0,132 x 0,89 0,34
12/2013 344843 1953197 3820243 4455383 8,6 14,64 0,938 2,3 5,91 5,51
01/2014 312969 1929693 3815899 4434913 7,4 14,8 X X 0,55 0,48
12/2014 351603 2150684 4319484 4993133 13,4 11,8 4,9580 -3 6,41 3,69
01/2015 321695 2127291 4335516 5049003 14,3 x x x x x
12/2015 333679 2271475 4745411 5559357 11,3 6,6 0,052 -3,9 10,67 10,54
04/2016 299326 2239114 488331 5790795 12,1 5,3 -0,37 3,25 3,30
MOEDA SEGUNDO SUA LIQUIDEZ:
M0 = Base Monetária = Moeda corrente + Reservas bancárias;
M1 = Meio de Pagamento = Oferta Monetária = Moeda corrente + Dep. a vista;
M2 = M1 + Dep. Investimentos + Poupança;
M3 = M2 + Fundos Invest. + Oper. Compromissadas;
M4 = M3 + Títulos Federais Selic.

OPERAÇÕES DE CRÉDITO DO SISTEMA FINANCEIRO (BCB).
SETOR PRIVADO SETOR PÚBLICO TOTAL
ANO P. JURÍDICA P. FÍSICA TOTAL GOV. FED. EST. e MUNIC. TOTAL
2013 1315987 1245847 2561838 67003 82533 149536 2711371
2014 1398577 1412105 2810682 93697 113077 206774 3017456
2015 1446143 1509675 2955818 123614 137419 261033 3216851
Var. 12 meses 3,4 6,9 5,2 31,9 21,5 26,2 6,6
04/2016 1367175 151904 2887079 119284 136563 255847 3142926
VAR. 12 meses -1,8 5,0 1,7 13,8 16,2 15,1 2,7


COMPOSIÇÃO % DA DPMFI (DÍV. PÚBL. MOB. FED. INT.) EM PODER DO PÚBLICO (Fonte TN).
MÊS/ANO PRÉ % SELIC % ÍNDICES % V. C. % TR % Outros % TOTAL
fora BC
% s/ ano
anterior
Cart.
BC
% s/ ano
anterior
TOTAL Geral
DEZ./2001 48,79 7,82 329,46 52,79 43,63 6,99 178,58 28,61 23,52 3,77 0,10 0,02 624,08 x x x x
DEZ./2002 13,66 2,19 379,07 60,83 78,17 12,54 139,47 22,38 12,76 2,05 0,05 0,01 623,19 -0,14 282,7 x 838,8
DEZ./2003 91,53 12,51 449,03 61,39 99,07 13,55 78,67 10,76 1309 1,79 0,03 0,00 731,43 17,368 276,9 -2,05 978,1
DEZ./2004 162,76 20,09 462,99 57,14 120,71 14,90 41,74 5,15 22,04 2,72 0,02 0,00 810,26 10,777 302,8 9,35 1.099,5
DEZ./2005 272,90 27,86 507,16 51,77 152,19 15,53 26,41 2,70 21,01 2,14 0,01 0,00 979,66 20,906 279,6 -7,66 1.252,5
DEZ./2006 395,04 36,13 413,66 37,83 246,43 22,54 14,17 1,30 24,19 2,21 0,00 0,00 1093,5 11,62 297,2 6,29 1.390,7
DEZ./2007 456,97 37,13 409,02 33,39 321,65 26,26 11,61 0,95 25,62 2,09 0,00 0,00 1224,87 12,059 359,0 20,79 1.583,9
DEZ./2008 407,16 32,19 453,13 35,83 371,13 29,34 13,45 1,06 19,94 1,58 0,00 0,0 1264,82 3,2615 494,3 37,68 1.759,1
DEZ./2009 471,48 33,71 500,22 35,77 400,15 28,16 9,84 0,70 16,72 1,20 0,00 0,0 1398,42 10,562 637,8 29,0 2.036,2
DEZ./2010 608,35 37,93 521,71 32,53 451,30 28,14 9,17 0,57 13,40 0,84 0,00 0,0 1603,94 14,69 703,2 10,25 2.307,1
DEZ./2011 682,63 38,28 562,44 31,54 527,78 29,6 10,22 0,57 0 0 0 0 1.783,06 11,167 751,8 6,91 2.534,9
DEZ./2012 789,30 41,18 436,34 22,76 680,12 35,48 10,95 0,57 0 0 0 0 1.916,71 7,49 906,6 20,59 2.823,3
DEZ./2013 878,12 43,30 405,57 20,00 732,96 36,14 11,47 0,57 X X X X 2.028,13 5,81 958,1 5,68 2.986,2
DEZ./2014 940,79 43,08 428,42 19,62 801,44 36,70 12,95 0,59 x x x x 2.183,61 7,66 1117,4 16,62 3.301,1
DEZ./2015 1087,5 41,03 636,23 24,01 908,39 34,28 18,07 0,68 x x x x 2650,17 21,36 1286,5 15,13 3936,7
ABR./2016 954,62 35,75 732,41 27,43 967,32 36,23 15,84 0,59 X X X X ,2753,50 1297563 3967,7
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NA DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA FEDERAL INTERNA (DPMFI).
POLÍTICA MON. FROUXA (a queda artificial da selic provoca inflação):
a) AUMENTA AS TAXAS DE JUROS PRÉ DE LONGO PRAZO (a curva de juros de mercado fica positivamente mais inclinada) E O CUSTO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
b) REDUZ O PRAZO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
c)  O TN NÃO CONSEGUE FAZER NOVAS CAPTAÇÕES SELIC (só com deságios desaconselháveis);
d) O CUSTO DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA CORRIGIDA POR ÍNDICES AUMENTA (o risco de inflação inercial volta).
POLÍTICA MONETÁRIA CORRETA (condição para crescimento sustentado):
a) AS TAXAS DE JUROS DE LONGO PRAZO CAEM (a curva reduz a inclinação positiva podendo até ficar negativa, descendente), REDUZINDO O CUSTO DE CAPTAÇÃO E FACILITANDO O ALONGAMENTO DA DÍVIDA;
b) O ALONGAMENTO DA DÍVIDA  REDUZ OS VALORES MENSAIS A SEREM REFINANCIADOS (facilitando as captações pelo TN) PERMITINDO REDUÇÃO DE TAXAS;
c) OS ÍNDICES DE INFLAÇÃO CAEM (CONSEQÜENTEMENTE A SELIC) REDUZINDO O CUSTO (SUSTENTADO) DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA.  


EM 2006 JÁ ESCREVIA: GASTOS PÚBLICOS - CHEGOU A HORA DA RAZÃO. PARA QUE CONSIGAMOS CRESCIMENTOS CONSISTENTES (SUSTENTADOS), E NÃO BOLHAS DEMAGÓGICAS, NECESSÁRIO MELHORAR A QUALIDADE DOS GASTOS PÚBLICOS, ELIMINAR CORRUPÇÕES E PRIVILÉGIOS (REDUZIR GASTOS DE CUSTEIO E AUMENTAR INVESTIMENTOS). 2006.




sexta-feira, 6 de maio de 2016

PROTEÇÃO À INDÚSTRIA NACIONAL?

PROTEÇÃO À INDÚSTRIA NACIONAL?

No comércio internacional existem as VANTAGENS COMPARATIVAS:
a)    as NATURAIS. Qualidade das terras, clima, existência de riquezas minerais, etc.;
b) as INSTITUCIONAIS. O conjunto das leis, a qualidade do judiciário (eficiente e eficaz), o legislativo, o executivo, a qualidade dos órgãos de estado, as garantias percebidas pelos investidores, etc.;
c)     as TECNOLÓGICAS. A cultura acumulada, etc.;
d)     a EXISTÊNCIA DE FATORES DE PRODUÇÃO. Infraestrutura, energia, etc.;
e)    as ARTIFICIAIS. Legislação, câmbio, etc.

COMENTO:
PROTEÇÃO CÂMBIAL, TRIBUTÁRIA, LEGISLATIVA (cartórios nacionais). A proteção cambial (desvalorizar artificialmente a moeda pátria) facilita as exportações no primeiro momento, mas é insustentável no tempo, provoca a corrida câmbio x inflação.  Como a tributária e a legislativa reduz as importações, inclusive as de maquinários, tecnologias, sistemas e processos produtivos, impedindo que o parque industrial e de serviços tenham as mesmas condições que os concorrentes estrangeiros nas atualizações e modernizações. Como uma siderúrgica poderá concorrer com as do exterior tendo que comprar seus altos fornos mais caros? Como a indústria nacional poderá concorrer se é impedida de procurar os melhores meios de produção e de atualização tecnológica? Como a indústria se esforçará para ganhos de competitividade constantes (melhorias contínuas) se é protegida da concorrência?

VANTAGENS COMPARATIVAS. Querer competir com países com vantagens comparativas através de protecionismos é condenar os consumidores internos em benefício de minorias. Isto não impede que o país invista em melhorias das vantagens comparativas, principalmente as não naturais.       

COMO ESTIMULAR A PRODUÇÃO NACIONAL? Investindo em infraestrutura, eliminando os entraves e as dificuldades instituídas por leis, construindo uma legislação tributária simples e de fácil escrituração (sem invencionices). Construindo um ambiente que defenda a CONCORRÊNCIA. Investindo em centros de tecnologia (relação faculdades x empresas). Construindo uma legislação (tributária, previdenciária e relação capital x trabalho) que seja compatível com os concorrentes mundiais. Facilitando os investimentos e construindo um AMBIENTE INSTITUCIONAL E LEGISLATIVO que transmita segurança e motivação aos investidores e empreendedores.

A ORIGEM DAS RIQUEZAS NÃO É A PROTEÇÃO ÀS INCAPACIDADES COMPETITIVAS, MAS A CONCORRÊNCIA. PROTEÇÃO APENAS PARA A CONCORRÊNCIA E PARA A SOBERANIA NACIONAL.

MAG 05/2016. 

terça-feira, 19 de abril de 2016

COPOM E TAXA BÁSICA

 COPOM E TAXA BÁSICA
O COPOM SE REUNIRÁ NA SEMANA QUE VEM PARA DECIDIR SOBRE A TAXA BÁSICA DE JUROS (NO BRASIL SELIC).
COMENTO: como um economista da linha monetarista sou defensor da taxa básica de juro adequada para que se mantenha o poder de compra da moeda (condição necessária, mas não o suficiente, para que ocorra o crescimento econômico). Quase sempre tenho defendido um aumento da taxa básica, considerando que o processo inflacionário estava ascendente e as taxas de juros negativas (Selic - IRF - IGPM). OS JUROS DE MERCADO E A CURVA DE JUROS ESTAVAM ASCENDENTES. Devido à recessão, queda do dólar e à Selic, os juros de mercado começaram a cair (a curva iniciou um movimento quase descendente). A taxa de juro de mercado de 360 dias - DI 360 - caiu para 13,20% (a selic está em 14,25%), considero que uma queda de 0,25% seja aconselhável (dar um viés para o mercado). Desconsidero uma queda maior pois se a recessão acabar e um leve crescimento voltar corremos risco da volta dos aumentos dos preços.
A CURVA DE JUROS FALA: em vermelho os juros de ontem.


sábado, 16 de abril de 2016

O IMPEACHMENT (para os leitores dos 25 países que mensalmente visitam o blog).


O IMPEACHMENT (para os leitores dos 25 países que mensalmente visitam o blog).

Diferente do que falam, o impeachment é previsto na Constituição Brasileira. O crime de responsabilidade é uma das condições entre várias outras. O pedido de impeachment aprovado pelo presidente da Câmara foi assinado por 3 advogados, sendo um deles um fundador do PT que saiu do partido alegando corrupção. O presidente da Câmara deixou de aceitar 30 outros pedidos de impeachment. Ele tem direito a um único voto entre 513 deputados. Sua atuação como presidente da Câmara é irrepreensível. Ainda não é processado pelo STF, apesar da PGR (procuradoria geral da república) ter indiciado. Seu nome foi citado na operação Lava jato assim como os responsáveis pelo marketing da campanha do PT (estão na cadeia). Várias empresas em delação premiada afirmaram ter entregado dinheiro de corrupção para a campanha da presidente. Todos sabem que quem não tem poder não tem o que vender. O PT está no poder há 13 anos. Quem tem o poder tem também a responsabilidade. São necessários 2/3 (342 votos) de votos para que o pedido seja aceito e encaminhado ao Senado Federal. O crime praticado pela presidente foi gastar acima do aprovado pelo Poder Legislativo em ano de eleição, 2014 (os gastos influenciaram o resultado do pleito). Os gastos continuaram em 2015 e o superávit fiscal primário (saldo antes dos juros) de 3%, reduzido para 1%, foi transformado em déficit primário de quase 1%. A insegurança paralisou os investimentos no país (a previsibilidade foi para zero). A operação LAVA JATO de juizado de 1ª instância não julga políticos e ministros de estados, pois estes têm foro privilegiado, só podem ser julgados pelo STF (honesto, rígido, mas lento). Existem políticos do PT e da base aliada do governo investigados. O presidente da Câmara era da base aliada do governo. A presidente foi Ministra das Minas e Energia, onde ocorreram corrupções absurdas. Foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras e autorizou a compra da refinaria de Pasadena nos USA (vale US$ 150 milhões) cujo custo final foi superior a US$ 1 bilhão. Os roubos já comprovados por delações premiadas são absurdos e incalculáveis. Quem tinha a responsabilidade de evitar roubos, permitiu que acontecessem, como deixar o poder com eles para apurar e punir os culpados.Toda a elite dirigente do PT foi condenada à cadeia no processo Mensalão (roubos anteriores). O tesoureiro e marqueteiro anteriores, além do presidente da Câmara (os do Mensalão) foram condenados (todos do PT). O tesoureiro e o marqueteiro atual foram condenados. O líder do Senado do PT também.  
O PMDB, partido do Vice Michel Temer (advogado e professor constitucionalista, político com grande capacidade de negociação e articulação), apoiou o PT na eleição. Se tivesse apoiado Aécio Neves do PSDB este teria ganhado. MAG 04/2016.

 OS RESPONSÁVEIS  (06/04/2016 VALOR ECONÔMICO, CRISTIANO ROMERO).

Dilma, Mantega, Barbosa e Arno: os nomes da pior crise (os responsáveis).
 A economia brasileira enfrenta, no biênio 2015­ / 2016, aquela que já é considerada a mais longa recessão de sua história. Na verdade, segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da Fundação Getúlio Vargas, a recessão começou no segundo trimestre de 2014, ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,1%. O PIB caminha para encolher 8% nestes dois anos. A renda per capita deve contrair 10%. E a recuperação, mesmo que o atual governo sobreviva ao impeachment e dê uma guinada ortodoxa na política econômica ou que um novo governo, com capital político, assuma e decida fazer tudo certinho, será bem lenta porque a desarrumação na área fiscal é grande. O país deve levar alguns anos para colocar a casa em ordem. A década atual está perdida. Em 25 anos de redemocratização 1985 / ­2010­, o Brasil estabilizou a política e a economia depois de passar por experimentos fracassados de controle de preços, decretar a moratória da dívida externa e tornar­-se um pária no sistema de crédito internacional, confiscar os depósitos e a poupança da população, assistir à falência do Estado e conviver com inflação crônica e hiperinflação. Não resolveu todos os problemas estruturais, mas criou as condições para crescer de forma mais rápida e, assim, começar a combater a pobreza e a diminuir as desigualdades sociais, chagas seculares de sua história. Mas eis que, quando tudo parecia caminhar bem, um governo eleito democraticamente decidiu mudar o rumo das coisas, apenas porque suas convicções não estavam de acordo com uma política que, apesar de bem­ sucedida, considerava "neoliberal". Em apenas quatro anos, a nova administração demoliu a solidez fiscal, âncora do razoável sucesso obtido nos 12 anos anteriores e esteio da confiança de empresários e consumidores na economia. O Brasil não entrou em crise por causa de fatores externos. A ruína, que em grande medida explica a instabilidade política, foi produzida aqui mesmo. Os principais responsáveis por isso são os seguintes cidadãos:
1. DILMA ROUSSEFF: ainda ministra das Minas e Energia, não se conformou com as opções feitas por Lula na economia. De tanto ouvir suas críticas, o chefe lhe pediu um plano alternativo, que nunca apareceu. Em 2005, promovida à chefe da Casa Civil, rejeitou proposta da área econômica para zerar o déficit público. No segundo mandato de Lula (2007 / ­2010), criou um programa (o PAC) para aumentar a participação do Tesouro e das estatais em investimentos públicos. Incentivou o BNDES a adotar a política de campeãs nacionais, que consistia em escolher e financiar grandes empresas, com dinheiro subsidiado, para que elas se tornassem líderes mundiais. Foi a principal artífice da mudança do regime de exploração de petróleo, de concessão para partilha; da decisão que tornou a Petrobras a operadora única do pré-­sal, com presença mínima em 30% do capital dos consórcios; e da política de conteúdo nacional, medidas que, combinadas, quebraram a estatal e paralisaram o setor no país. Em seu primeiro mandato, superindexou o salário mínimo à inflação e ao PIB; suspendeu a autonomia informal do Banco Central; admitiu inflação mais alta; fez intervenção desastrada no setor energético; congelou os preços dos combustíveis e abandonou a disciplina fiscal.
2. GUIDO MANTEGA: ministro da Fazenda mais longevo da história, emitiu os primeiros sinais de mudança em junho de 2007, quando operou para Lula fixar em 4,5% a meta de inflação de 2009, relevando o fato de o IPCA do ano anterior ter ficado em 3,6%, abaixo do alvo oficial. O mercado entendeu que o processo de desinflação terminara ali e que, portanto, não haveria espaço nos anos seguintes para redução dos juros. O ministro trabalhou intensamente nos bastidores para derrubar Henrique Meirelles do comando do BC e aproveitou a crise mundial de 2008 para expandir a oferta de crédito dos bancos estatais e reduzir, na marra, os spreads bancários. No primeiro mandato de Dilma, mesmo perdendo influência para Nelson Barbosa e Arno Augustin, pôs em prática medidas que solaparam de vez a disciplina fiscal, como o fim da exigência de que Estados e municípios cumprissem a meta fiscal e a concessão de desonerações tributárias para estimular o consumo a qualquer preço. Saiu do governo apontado como principal responsável pelo fracasso, a ponto de ser vaiado em locais públicos.
3. NELSON BARBOSA: foi o principal mentor da Nova Matriz Econômica, o conjunto de medidas concebido para relativizar o tripé de política econômica (superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação) e criar um "novo equilíbrio" ­ câmbio desvalorizado e juros baixos, no lugar de câmbio apreciado e juros altos. Crítico mordaz do ajuste realizado no primeiro mandato de Lula e adversário aberto da política monetária conduzida pelo BC, tirou proveito da crise de 2008 para pôr em prática a ideia que lhe é mais cara: a de que a expansão dos gastos públicos, com a consequente redução do superávit primário, faz o setor privado investir e acelerar a taxa de crescimento. Principal assessor de Dilma, esperou Lula deixar o governo para implodir a política "neoliberal". À medida que a Nova Matriz dava errado, sugeria a diminuição do esforço fiscal. Quando o navio começou a emborcar, pulou fora, alegando divergência com o capitão, mas retornou um ano e meio depois. Como ministro do Planejamento, conspirou para tirar Joaquim Levy da Fazenda, o que acabou logrando um ano depois. Antes, entregou-­lhe um corte no orçamento de R$ 69,9 bilhões para não dar R$ 70 bilhões; reduziu a meta de superávit; mandou ao Congresso proposta de orçamento deficitário ­ medidas que fizeram o país perder o selo de bom pagador de dívidas, obtido sete anos antes­; abriu a porteira para os Estados reduzirem o pagamento do que devem à União etc.

4. ARNO AUGUSTIN: passou despercebido no segundo mandato de Lula, mas, próximo de Dilma, assumiu enorme importância depois, ocupando o mesmo cargo (o de secretário do Tesouro). Nas reuniões com empresários e técnicos, defendeu de forma intransigente a fixação de taxas internas de retorno incompatíveis com o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. É responsabilizado pela "contabilidade criativa", manobra adotada para forjar o cumprimento da meta de superávit primário em 2012, e pelas "pedaladas fiscais", a retenção de repasses de programas federais a bancos estatais, que se viram obrigados a bancar o gasto, descumprindo a Constituição, que veda o financiamento do Tesouro pelas estatais o objetivo foi o mesmo: mascarar o esforço fiscal. Cristiano Romero é editor­-executivo do VALOR. 

sexta-feira, 1 de abril de 2016

A CURVA DE JUROS E A INFLAÇÃO.

A CURVA DE JUROS E A INFLAÇÃO. 

CURVA DE JUROS DE 31/03/2016. OS JUROS LONGOS CAEM (PREVISÃO DE QUEDA DE INFLAÇÃO). MOTIVOS: RECESSÃO, QUEDA DO DÓLAR E SELIC.