quinta-feira, 2 de julho de 2020
O PODER NAS DEMOCRACIAS.
O PODER NAS
DEMOCRACIAS.
A democracia é um sistema de governo onde os governantes são
escolhidos pelos governados e o poder é dividido em (na ordem):
a) Legislativo (faz as leis, aprova e fiscaliza o orçamento
e sua execução. Tribunal de Contas);
b) Executivo (executa o orçamento aprovado pelo legislativo, propões leis ao legislativo);
c) Judiciário (julga se as leis estão de acordo com a lei superior,
a constituição, os atos do executivo e as relações entre as partes).
No Brasil algumas correções na lei superior (constituição)
ainda precisam ser feitas. Nossa Constituição não foi feita por constituintes
exclusivos (proibidos de ocuparem cargos públicos eletivos ou não por no mínimo
uns 10 anos para evitar legislação em causa própria), não foi aprovada em voto
direto pelo povo e não prevê proibição de legislação em causa própria. Os Ministros
(magistrados) de Tribunais de Contas são escolhidos entre políticos derrotados
ou para liberarem espaço eleitoral para outros.
Deveria ser um órgão profissional. Os Ministros do STF – Supremo Tribunal
Federal são escolhidos, também, politicamente (seus votos são conhecidos
antecipadamente por sua origem política). É um defeito grave que está colocando
em risco nossa ainda jovem democracia.
PODERES EXISTENTES E NÃO PREVISTOS EM LEIS:
a)
MÍDIA (o antigo quarto poder): a mídia quando escrita
(jornais e revistas) e falada (rádios) era considerada um quarto poder. De
fato, era: podia fazer e desfazer pessoas, políticos, produtos e empresas. Este
poder foi ampliado com a TV. Amedrontava políticos e presidentes. Muitos se
tornaram poderes maior do que o aceitável em uma democracia. Deturpavam a
democracia. Com a introdução e popularização da internet (mídias sociais) perderam
poder muito rapidamente. Apesar de utilizarem todo seu poder destrutivo (torcer
e distorcer notícias diariamente) não conseguiram evitar o aparecimento de Trump
nos USA. Trump derrotou o poder político estabelecido do PR – Partido Republicano (liberal
em economia e conservador em costumes) e elegeu-se presidente da maior
democracia do mundo (a nação mais poderosa do mundo: econômica, militar e em
inovações científicas), mas tinha um recall (lembrança) de um programa de TV (cria da mídia). Derrotou o governo populista (demagogo e corrupto), apoiado
pela mídia corporativa (que por interesses inconfessáveis torcia e distorcia
notícias diariamente contra Trump), do PD – Partido Democrata dos USA (intervencionista,
esquerda em economia e liberal em costumes). Toda a esquerda, a demagoga e
também a massa de manobra ignorante, encontra espaço neste partido que se esconde
sob o nome de liberal (na verdade são estatizantes e esquerda, inimigos da
iniciativa privada).O domínio do PD está nas mãos da elite americana. A reação contra o poder político estabelecido (apodrecido) no mundo
estendeu-se para a Europa, Ásia e também para a maior democracia da América Latina
(herdeiros das línguas latinas espanhol e português no Brasil), o Brasil. O Brasil elegeu
presidente um candidato (Bolsonaro) sem apoio partidário (esquerda e direita), criticado diariamente
e agressivamente, com toda forma de depreciação, pela mídia corporativa. Apenas
com mídia social e defendendo os valores conservador (em costumes) e liberal em economia, atacando
a corrupção institucional e generalizada dos governos do PSDB (liberais envergonhados)
e do PT (esquerda demagoga). Prometia a estabilidade e segurança que o regime militar (ditadura?) proporcionou
ao país, a eliminação da corrupção implantada pelo poder político estabelecido. Por
falta de opção liberal (direita) elegeu-se. O PSDB apresentou um candidato
competente, mas com o nome negativado por investigações em corrupções. O PMDB
apresentou Henrique Meirelles, competente ex-presidente do BC e ex-Ministro da Economia,
mas sem carisma eleitoral e sem apoio político. A esquerda conseguiu manter
seus votos mesmo apresentando um candidato com o nome investigado por corrupções
e derrotado para se reeleger como prefeito de SP.
A MÍDIA CORPORATIVA ainda mantém um certo
poder, mas não pode mais ser considerada o quarto poder;
b)
AS CORPORAÇÕES INCRUSTADAS NO ESTADO E GOVERNOS:
os funcionários públicos de estado como a receita federal (podem parar os
portos e aeroportos do país negando-se a liberar importações e exportações),
o MPF (ministério público federal e estaduais) e os juízes extrapolando seus
poderes, paralisam atividades às vezes imprescindíveis (ficam com poder maior
que um presidente e governadores eleitos por voto direto), os militares (incluindo as polícias estaduais)
que têm poder de chantagear os poderes executivos e legislativo para obterem
vantagens insustentáveis (as maiores são as previdenciárias que quebraram os
estados do país) e outras. O que se pode fazer? Aumentar penas (inclusive com
demissões imediatas), reduzir poderes (direitos sem responsabilidades. É a
autoridade sem responsabilidades), definir o que não podem fazer com clareza
absoluta;
c)
AS CORPORAÇÕES PRIVADAS APOIADAS PELO ESTADO:
conselhos de profissão, sindicatos, associações de profissões e segmentos econômicos.
Conseguem vantagens que são verdadeiras agressões a uma economia liberal (interesses
de consumidores e outros).
UMA SOLUÇÃO:
a)
Limitar o direito de se eleger legislador e
executivo a no máximo dois mandatos;
b)
Eliminar o monopólio dos conselhos de profissão
(o diploma da profissão registrado no MEC e um número de registro da escola e
do MEC seriam o suficiente). Os conselhos podem continuar a existir assim como
hoje existem as associações (sem monopólio);
c)
Os membros permanentes do STF seriam apenas os
oriundos dos Tribunais Estaduais e federais (os desembargadores). Os oriundos de outras
origens (no máximo 1/3) como Advogado Geral da União, Ministro da Justiça, Ministério
Público teriam tempo de mandato. A aposentadoria seria com 72 ou 73 anos;
d)
Estabelecer punições severas para atos que
paralisem atividades do país como: o direito de ir e vir, o direito de
transportar pessoas ou mercadorias (bloquear estradas ou ruas), as importações
e exportações, a produção de indispensáveis à saúde e vida como medicamentos e
vacinas, etc.
MAGECONOMIA 02/07/2020.
sexta-feira, 19 de junho de 2020
RECESSÃO, SELIC, RENDA, CONSUMO, DEFLAÇÃO, INFLAÇÃO, CÂMBIO, PREÇOS NO ATACADO, PREÇOS AOS CONSUMIDORES.
RECESSÃO, SELIC, RENDA, CONSUMO, DEFLAÇÃO,
INFLAÇÃO, CÂMBIO, PREÇOS NO ATACADO, PREÇOS AOS CONSUMIDORES.
Sabemos que o CONSUMO depende de:
Sabemos que o CONSUMO depende de:
a)
Da
expectativa e segurança da renda futura;
b) Da riqueza acumulada (e
sua renda). A desvalorização do real empobreceu todos os brasileiros;
c) Da expectativa de vida
e herança para filhos;
d) Da melhoria da
distribuição de renda;
e)
Das
taxas de juros: básica, ao consumo e aos investimentos.
Sabemos que
a RENDA tem origem em:
a)
Renda
do TRABALHO (salários, honorários);
b) Nos JUROS (renda do
capital acumulado) das poupanças e dos fundos de pensão (segurança quanto ao
futuro);
c) LUCROS e expectativas de LUCROS (afeta
a renda dos fundos de pensão);
d) Nos ALUGUÉIS.
A taxa básica de juro tem relação com:
a) Com a taxa neutra de
mercado (a de equilíbrio);
b) Com as expectativas dos
mercados (conjuntura prospectiva ascendente ou descendente);
c) Com os índices de
preços: Câmbio, IGPs, IPAs e IPCs. O câmbio afeta os IGPs (índices gerais) e os
IPAs (atacado) em primeiro lugar e a seguir os IPCs;
d)
Com
o consumo e investimentos;
JURO
EX-ANTE, EX-POST E CONSUMO.
A comparação
entre os juros de mercado nominal, ex-ante, fruto das expectativas de inflação (cp e mp),
o efetivamente planejado, resultado da demanda por crédito, com as expectativas de inflação (lp) e juros no futuro (lp), o ex-post,
o real, o que será efetivamente realizado, afetam o consumo por causa da
insegurança (ou segurança) transmitida com a expectativa de renda negativa ou
positiva (a segurança e a expectativa de renda é o principal canal de consumo). Se as expectativas de
inflação (ou dos juros no futuro) são maiores do que os juros de mercado é o
pior dos mundos para o processo inflacionário (a expectativa de inflação
alimenta a expectativa de que os preços subirão). Fica a comparação: renda
negativa das poupanças (fundos de pensão) x insegurança para consumir x IGPs, IPAs,
IPCs e câmbio (no momento deflação nos IPCs e inflação alta nos IPAs, IPCs e Câmbio).
ESTAMOS
COM RECESSÃO, DEFLAÇÃO NO IPC, INFLAÇÃO NO IGP, NO IPA E NO CÂMBIO (que seria
maior sem a atuação do BC) E INSEGURANÇA PARA INVESTIR. Os bancos já estão
pagando 130% acima dos CDIs. 19/06/2020. MAFG.
QUADRO DO BCB.
quinta-feira, 18 de junho de 2020
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA.
MECANISMOS
DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA. Texto do BC.
Os mecanismos de transmissão
da política monetária são os canais por meio dos quais mudanças na taxa Selic
(que é o principal instrumento de política monetária à disposição do Banco
Central (BC) afetam o comportamento de outras variáveis econômicas,
principalmente preços e produto.
A política monetária afeta
os preços da economia por meio:
1) da
decisão entre consumo e investimento das famílias e empresas;
2) da
taxa de câmbio;
3) do
preço dos ativos;
4) do
crédito;
5) das
expectativas.
O canal de transmissão das
taxas de juros para as decisões de consumo e investimento é o canal mais
conhecido da política monetária. Quando a taxa Selic sobe, as taxas de juros
reais também tendem a subir. A elevação da taxa real de juros, por sua vez, pode
levar à diminuição de investimentos pelas empresas e à diminuição de consumo
por parte das famílias – o que, por sua vez, tende a reduzir a demanda por bens
e serviços da economia, contribuindo para a redução da inflação.
Outro canal importante de
transmissão da política monetária é o da taxa de câmbio, principalmente em
economias abertas. Quando a taxa de juros sobe, a moeda doméstica tende a se
valorizar (o dólar fica mais barato frente ao Real), diminuindo o nível de
preços dos bens comercializáveis internacionalmente quando expressos em moeda
nacional. A taxa de câmbio afeta a inflação por dois mecanismos. O primeiro é a
diminuição dos preços de bens de consumo importados e de insumos utilizados na
produção de bens. O outro efeito ocorre por meio da demanda agregada. O dólar
mais barato desincentiva as exportações e estimula as importações. Com isso, a
demanda por bens domésticos cai, reduzindo a pressão sobre o nível de preços.
A política monetária atua
também por meio de variações na riqueza dos agentes econômicos em virtude de
alterações da taxa de juros. Por exemplo, um aumento nas taxas de juros, ao
desestimular a atividade econômica e o lucro das empresas, tende a diminuir o
preço das ações. Essa redução do valor da riqueza financeira das famílias e
empresas pode desestimular o consumo e os planos de investimento.
O quarto canal de
transmissão da política monetária é o canal do crédito. Ao aumentar a taxa de
juros, o banco central estimula que as taxas cobradas por empréstimos bancários
também subam, diminuindo o volume de empréstimos a pessoas e empresas,
desestimulando o consumo e o investimento.
Por fim, outro canal
importante é o das expectativas. Ao alterar a taxa de juros, a ação do banco
central pode mudar as expectativas quanto à evolução da economia. Por exemplo,
ao elevar a Selic para conter pressões inflacionárias, o banco central sinaliza
um nível de atividade mais contido não apenas no presente, mas também para o
futuro. Com isso, famílias e empresas passam a acreditar que a inflação, no
futuro, estará mais baixa. Como resultado, os preços definidos hoje já tendem a
aumentar menos pois os agentes sabem que as condições econômicas futuras não
mais darão suporte a aumentos maiores de preços. Assim, choques de custos na
economia tendem a se propagar de forma mais limitada na economia, reduzindo
seus efeitos inflacionários. Essa propagação é chamada, na literatura
econômica, de efeitos secundários ou de segunda ordem. É fundamental um elevado
nível de credibilidade do banco central para que esse canal opere de forma
adequada. No caso de baixa credibilidade, ocorre o oposto: choques tendem a se
amplificar, gerando uma inflação maior.
Pessoas que se planejam,
poupam e investem participam do esforço de reduzir a taxa de juros estrutural
da economia. Mais educação financeira permite menor custo do crédito, combate
ao superendividamento e menos inadimplência. Texto
do Banco Central.
sexta-feira, 12 de junho de 2020
DÍVIDA PÚBLICA
DÍVIDA EXTERNA E RESERVAS.
TÍTULOS / ANO | 2019 | 04 / 2020 |
RESERVAS - CAIXA US$ bi. | 356.884 | 339.317 |
DÍVIDA EXT . US$ bi. | 574 | 565 |
Pública | 82 | 77,8 |
Privada | 242 | 243,3 |
Entre Empresas | 250 | 243,9 |
TÍTULOS INT. c/ não resid. | 102 | 72,7 |
COMPOSIÇÃO % DA DPF
(DÍV. PÚBL. FED.)
EM PODER DO PÚBLICO (Fonte TN e BC).
MÊS/ANO
|
PRÉ
|
%
|
SELIC
|
%
|
ÍNDICES
|
%
|
V. C.
|
%
|
TOTAL
fora BC
|
%
s/ ano
anterior
|
Cart.
BC
|
% s/ ano
anterior
|
TOTAL
Geral
|
DEZ. / 2018 | 1280,41 | 33,03 | 1376,87 | 35,51 | 1064,62 | 27,46 | 155,16 | 4,00 | 3877,06 | 12,85 | 1806,79 | 8,40 | 5535,68 |
DEZ. / 2019 | 1315,80 | 30,97 | 1653,78 | 38,92 | 1106,39 | 23,04 | 172,94 | 4,07 | 4083,23 | 5,317 | 1856,22 | 2,73 | 5579,65 |
ABR. / 2020 | 1200,58 | 28,85 | 1611,62 | 38,73 | 1118,20 | 26,87 | 230,41 | 5,54 | 3943,70 | 1874,18 | 5817,89 |
DETENTORES DE TÍTULOS
PÚBLICOS FED. - DPF - Fonte TN.
TÍTULOS | DEZ. / 2019 | ABR. / 2020 | ||
Valor | % | Valor | % | |
Inst. Financ. (priv. e est.) | 1008,08 | 24,69 | 1014,22 | 25,72 |
Fundos de Inv. | 1089,48 | 26,68 | 1015,81 | 25,76 |
Previdência | 1016,19 | 24,89 | 1011,38 | 25,65 |
Não residentes | 425,77 | 10,43 | 369,26 | 9,36 |
Governo | 161,97 | 3,97 | 158,67 | 4,02 |
Seguradoras | 160,78 | 3,94 | 156,09 | 3,96 |
Outros | 220,97 | 5,41 | 218,28 | 5,53 |
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NA DÍVIDA
PÚBLICA MOBILIÁRIA FEDERAL INTERNA (DPMFI).
POLÍTICA MON. FROUXA
(a queda artificial da selic provoca inflação):
a) AUMENTA AS TAXAS DE JUROS PRÉ DE LONGO PRAZO (a curva de juros de
mercado fica positivamente mais inclinada) E O CUSTO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
b) REDUZ O PRAZO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
c) O TN NÃO CONSEGUE FAZER NOVAS CAPTAÇÕES SELIC (só com deságios
desaconselháveis);
d) O CUSTO DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA CORRIGIDA POR ÍNDICES
AUMENTA (o risco de inflação inercial volta).
POLÍTICA MONETÁRIA
CORRETA (condição para crescimento sustentado):
a) AS TAXAS DE JUROS DE LONGO PRAZO CAEM
(a curva reduz a inclinação positiva podendo até ficar negativa, descendente), REDUZINDO O
CUSTO DE CAPTAÇÃO E FACILITANDO O ALONGAMENTO DA DÍVIDA;
b) O ALONGAMENTO
DA DÍVIDA REDUZ OS VALORES MENSAIS A SEREM REFINANCIADOS
(facilitando as captações pelo TN) PERMITINDO
REDUÇÃO DE TAXAS;
c) OS ÍNDICES DE INFLAÇÃO CAEM (CONSEQÜENTEMENTE A SELIC) REDUZINDO
O CUSTO (SUSTENTADO) DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA.
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