quarta-feira, 3 de março de 2021

A TAXA BÁSICA, A CURVA DE JUROS E A PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ.

 

A TAXA BÁSICA, A CURVA DE JUROS E A PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ.

HÁ 5 ANOS.

Uma elevação da taxa básica (ou da de redesconto) tem a finalidade de dar um sinal para o mercado (influenciar expectativas), não pelo aumento do juro, que é insignificante, mas pelo aviso implícito de que a autoridade monetária está vigilante e não permitirá descontrole do processo inflacionário.

Em uma conjuntura com inflação dentro da meta, a curva de juros será ascendente, os juros curtos serão menores do que os longos. É a preferência pela liquidez.

Em uma conjuntura com inflação acima da meta e expectativa de aumentos (inflação ascendente), a curva de juros fica mais ascendente, além da preferência pela liquidez a expectativa de inflação influencia os juros longos.

Um aumento da taxa básica acima da neutra (natural ou de equilíbrio) influencia as expectativas de inflação (queda da inflação futura) e os juros de longo prazo (estes caem). A curva de juros fica descendente na parte longa (é o mercado acreditando na queda da inflação).

É ASSIM QUE O MERCADO AVISA QUE ACREDITA NA QUEDA DA INFLAÇÃO. MAGECONOMIA. 03/2016.

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FRASES:

     1)    A MÃO INVISÍVEL DO MERCADO (inúmeros agentes) x A MÃO VISÍVEL DO ESTADO (a burocracia e regulamentos) x O PODER DOS CONSUMIDORES;

 2)    GOVERNOS GASTAREM MAIS DO QUE É POSSÍVEL TRIBUTAR. QUERER QUE ARTIFICIALISMOS SUSTENTEM O INSUSTENTÁVEL. CAUSA DE CRISE;

3)    FORNECER UMA ESTRUTURA MONETÁRIA ESTÁVEL E SEGURA À ECONOMIA LIVRE É PARTE DA FUNÇÃO DO GOVERNO. É PARTE DA OBRIGAÇÃO DE FORNECER UMA ESTRUTURA LEGAL ESTÁVEL;

     4)    O CONSUMO É FUNÇÃO DA RIQUEZA ACUMULADA E DA GARANTIA DE RENDA FUTURA EM RELAÇÃO À EXPECTATIVA DE VIDA;

  5)    O MONETARISMO DEFENDE A MANUTENÇÃO DO PODER DE COMPRA DA MOEDA (ESTABILIDADE MONETÁRIA) COMO UMA NECESSIDADE, MAS NÃO O SUFICIENTE, PARA QUE OCORRA O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO. A MOEDA DEVE SER UM FACILITADOR DA PREVISIBILIDADE E DO PLANEJAMENTO;

      6)    A INFLAÇÃO AFETA O CÂMBIO ANTES DE AFETAR OS PREÇOS INTERNOS (INFLAÇÃO E CÂMBIO SÃO EFEITOS, SÃO GÊMEOS, UM AFETA O OUTRO. INÉRCIA DE PREÇOS);

 7)    NÃO HÁ TAXA DE JUROS, MESMO QUE NEGATIVA (+ i - % inflação = - I), CAPAZ DE FAZER CRESCIMENTO SUSTENTADO E REANIMAR UMA ECONOMIA. A TAXA DE JURO É APENAS UMA VARIÁVEL DAS MAIS IMPORTANTES. EXISTE A INÉRCIA INFLACIONÁRIA (CONHECIDA PELOS BRASILEIROS) E A DE PREÇOS (TIPO UMA INFLAÇÃO RETARDADA, DIFERENTE DA REPRIMIDA POR TABELAMENTO DE PREÇOS POR GOVERNOS);

 8)    FATORES DE PRODUÇÃO (PLENO EMPREGO): NÃO EXISTINDO PLENO EMPREGO DOS FATORES DE PRODUÇÃO (TRABALHO, CAPITAL, RECURSOS NATURAIS, TECNOLOGIA), O AUMENTO DOS GASTOS DO GOVERNO (G E I) E A EXPANSÃO DA LIQUIDEZ, DIRECIONADOS A INVESTIMENTOS EFICAZES E DE MATURAÇÃO DE MÉDIO PRAZO, NÃO PROVOCAM INFLAÇÃO, PODENDO SER UMA MEDIDA BENÉFICA E DE ESTÍMULO À ECONOMIA (ESTIMULA A PROCURA GLOBAL, OS INVESTIMENTOS E A PRODUÇÃO);

9)    NUNCA ACONTECEU UM PROCESSO INFLACIONÁRIO SEM EXPANSÃO MONETÁRIA E DEMANDA QUE O SUSTENTASSE. A EXPANSÃO MONETÁRIA É CAUSA DE INFLAÇÃO DEPENDENDO DE CADA PAÍS (e da conjuntura dos mesmos). O QUE APRENDEMOS DE NOVO É QUE A EXPANSÃO MONETÁRIA SOZINHA NÃO PROVOCA CRESCIMENTO NEM INFLAÇÃO EM PAÍS QUE EMITE MOEDA RESERVA MUNDIAL (basta que a aceitação da moeda se expanda para outros países);

10) A CONST. FEDERAL E O PODER DE EMITIR MOEDA. 

Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo Banco Central.

§ 1º É vedado ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.

§ 2º O Banco Central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.

§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.

 

terça-feira, 2 de março de 2021

BALANÇA COMERCIAL FEVEREIRO 2021.

BALANÇA COMERCIAL FEVEREIRO 2021.  


 

Mensal - US$ Milhões

Exportações

Importações

Corrente

Saldo

Var.% MD mesmo Mês do Ano Anterior

Mês

Valor

MD

Valor

MD

Valor

MD

Valor

MD

Exp

Imp

Corrente

Saldo

02/2021

16.182,7

899,0

15.030,4

835,0

31.213,1

1.734,1

1.152,3

64,0

3,9

13,4

8,2

-50,4

01/2021

14.807,7

740,4

15.933,2

796,7

30.740,9

1.537,0

-1.125,5

-56,3

12,4

8,3

10,3



Acumulado - US$ Milhões

Exportações

Importações

Corrente

Saldo

Var.% MD mesmo Período do Ano Anterior

Mês

Valor

MD

Valor

MD

Valor

MD

Valor

MD

Exp

Imp

Corrente

Saldo

Jan-Fev/2021

30.990,4

815,5

30.963,6

814,8

61.954,0

1.630,4

26,8

0,7

8,5

10,7

9,6

-95,6

Jan-Fev/2020

30.073,8

751,8

29.435,5

735,9

59.509,3

1.487,7

638,3

16,0

-6,4

6,5

-0,4

-85,8

 


Principais Parceiros Comerciais

Argentina

As exportações para a Argentina, no mês de Fevereiro/2021, caíram -5,2% e somaram US$ 0,76 bilhões. As importações aumentaram 17,3% e totalizaram US$ 0,89 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou déficit de US$ -0,13 bilhões e a corrente de comércio aumentou 5,7% alcançando US$ 1,65 bilhões.

No período acumulado de Janeiro/Fevereiro 2021, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina cresceram 14,7% e atingiram US$ 1,52 bilhões. As importações cresceram 24% e chegaram US$ 1,67 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo negativo de US$ -0,15 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 19,4% totalizando US$ 3,19 bilhões.

China, Hong Kong e Macau

As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de Fevereiro/2021, cresceram 4,5% e somaram US$ 4,98 bilhões. As importações aumentaram 39,2% e totalizaram US$ 3,36 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 1,62 bilhões e a corrente de comércio aumentou 16,1% alcançando US$ 8,34 bilhões.

No período de Janeiro/Fevereiro 2021, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau cresceram 11,9% e atingiram US$ 9,17 bilhões. As importações caíram -5,1% e totalizaram US$ 6,83 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 2,34 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 4,0% somando US$ 15,99 bilhões.

Estados Unidos

As exportações para os Estados Unidos, em Fevereiro/2021, cresceram 3,4% e somaram US$ 1,70 bilhões. As importações diminuíram -38,4% e chegaram a US$ 2,05 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -0,35 bilhões e a corrente de comércio registrou queda de -24,5% alcançando US$ 3,75 bilhões.

No acumulado de Janeiro/Fevereiro 2021, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 0,2% e atingiram US$ 3,11 bilhões. As importações caíram -22,6% e totalizaram US$ 4,26 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -1,15 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -14,4% chegando a US$ 7,36 bilhões.

União Europeia

As vendas para a União Europeia, caíram -12,3% e chegaram US$ 2,21 bilhões. As importações aumentaram 10,4% e totalizaram US$ 2,24 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num déficit de US$ -0,02 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -2,2% alcançando US$ 4,45 bilhões.

No período acumulado de Janeiro/Fevereiro 2021, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia caíram -8,6% e atingiram US$ 4,05 bilhões. As importações cresceram 1,1% e totalizaram US$ 4,59 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou déficit de US$ -0,54 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -3,7% somando US$ 8,64 bilhões. 

MINÍSTÉRIO DA ECONOMIA.  

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

ARTIFICIALISMOS EM ECONOMIA TÊM TEMPO DE DURAÇÃO.

 

A CRISE ATUAL 02/2021

22/02/2021. ARTIFICIALISMOS EM ECONOMIA TÊM TEMPO DE DURAÇÃO.

Abaixo relaciono escritos (desde 17/08/2020) sobre a conjuntura econômica e as causas que provocaram os efeitos. 

A diferença entre a política de Dilma e a atual é o discurso e as conjunturas diferentes. A política econômica adotada por Dilma e sua equipe sabia-se errada desde o início. A atual começou corretamente, mas foi presenteada pela Pandemia que afetou o mundo todo. Sabemos que devemos manter o foco, mas não tema mudar se necessário. A Selic negativa sozinha reduz a renda das famílias (o consumo cai) e empobrece a quase todos (pib per capta em dólar), acompanhada da Pandemia mais ainda. Isto permitiu que o tempo de duração da Selic negativa se alongasse, mas os IGPM de 24% (e a desvalorização do real) era o aviso do desastre que se avizinhava. A corporação (transportadores de carga) que tem poder de paralisar o país gritou, vamos parar o país. A Petrobras que já vinha reprimindo a correção dos preços da gasolina e do diesel viu-se mais pressionada ainda (os preços já estavam reprimidos acima de 25%). Os importadores (as distribuidoras), para cumprir seus contratos, viram-se tendo que importar diesel e gasolina por preços maiores que os praticados internamente pela Petrobras. O presidente viu-se pressionado: faz o correto e deixa os transportadores paralisarem o país ou controla os preços da Petrobras. Optou pelo mal menor. Até quando?   

A MÃO INVISÍVEL DO MERCADO (inúmeros agentes) x A MÃO VISÍVEL DO ESTADO (a burocracia e regulamentos) x O PODER DOS CONSUMIDORES.

CRISE É ISTO: GOVERNOS GASTAREM MAIS DO QUE É POSSÍVEL TRIBUTAR. QUERER QUE ARTIFICIALISMOS SUSTENTEM O INSUSTENTÁVEL.

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22/02/2016 (Facebook).

COMO O GOVERNO DR COLOCOU O BRASIL NESTA CRISE QUE EMPOBRECEU OS BRASILEIROS E AFUGENTA EMPRESAS MULTINACIONAIS QUE OPERAM NO PAÍS HÁ MAIS DE 50 ANOS?

 a)    GASTOS PÚBLICOS SUBINDO ACIMA DO PIB (e de má qualidade);

 b)    TAXA BÁSICA ABAIXO DA ADEQUADA FEZ A DEMANDA CRESCER EM VELOCIDADE SUPERIOR À OFERTA INTERNA. PARA EVITAR EXPLOSÃO DA INFLAÇÃO REPRIMIRAM PREÇOS E DESMOTIVARAM INVESTIMENTOS (QUASE QUEBRARAM A PETROBRAS E AS ELÉTRICAS). A AVERSÃO AO LUCRO AMEDRONTOU E AFUGENTOU EMPREENDEDORES. FIZERAM OPERAÇÕES DE SWAPS CAMBIAIS PARA ATRASAR A DESVALORIZAÇÃO DO REAL OBJETIVANDO ATRASAR A EXPLOSÃO INFLACIONÁRIA;

 c)    O CÂMBIO ARTIFICIAL ORIGINOU UM DÉFICIT EXTERNO DE US$ 104 bilhões. A VANTAGEM CAMBIAL DAS EMPRESAS DO EXTERIOR QUASE ELIMINOU O PARQUE INDUSTRIAL BRASILEIRO;

 d)    A INSTITUCIONALIZAÇÃO E GENERALIZAÇÃO DA CORRUPÇÃO DESTRUIU A QUALIDADE DAS ADMINISTRAÇÕES DAS ESTATAIS, DOS FUNDOS, CONTAMINOU AS EMPRESAS PRIVADAS. O FOCO DAS ESTATAIS E DOS FUNDOS PASSOU A SER A CORRUPÇÃO. A PETROBRAS É A MAIOR VÍTIMA DA CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADA E GENERALIZADA.

AS CAUSAS DA CRISE PODEMOS RESUMIR EM:

 a)    POLÍTICA FISCAL, MONETÁRIA E CAMBIAL IRRESPONSÁVEIS (NEOPOPULISTAS);

b    b)  A INSTITUCIONALIZAÇÃO E GENERALIZAÇÃO DA CORRUPÇÃO (COMO NUNCA SE VIU).

 A SURPRESA: O TAMANHO DO BURACO. SERÃO NO MÍNIMO TRÊS ANOS PARA INICIAR A RECUPERAÇÃO.

SE O IMPEACHMENT FOR APROVADO TEREMOS UMA SIMPATIA DO MUNDO PARA COM O BRASIL E A CRISE PODERÁ SER MINIMIZADA.

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 20/02/2021 (Facebook).

PETROBRAS.

NÃO É MAIS MONOPOLISTA DE DIREITO, MAS AINDA É DE FATO.

O PRESIDENTE DA PETROBRAS É COMPETENTE (estava fazendo um bom serviço na empresa), MAS FALTOU A MODERAÇÃO E MALEABILIDADE POLÍTICA NECESSÁRIAS AOS DIRIGENTES DE PRIMEIRO NÍVEL. AO DECIDIR ENTRE O IDEAL E CORRETO E O POSSÍVEL, POR SUA RIGIDEZ TÉCNICA ERROU. O AUMENTO DE PREÇOS É O CORRETO, MAS UMA GREVE POLÍTICA DOS TRANSPORTADORES TRANSFORMARIA O CORRETO NO ERRADO (inviabilizaria o governo e o prejuízo seria maior, inclusive para a empresa).

 O GOVERNO OPTOU POR SELIC BAIXA SABENDO QUE O DÓLAR E A INFLAÇÃO NO ATACADO IRIAM SUBIR NO PRIMEIRO MOMENTO E A SEGUIR PRESSIONARIA OS PREÇOS AOS CONSUMIDORES E A SOBREVIVÊNCIA DAS EMPRESAS. ARTIFICILALISMOS EM ECONOMIA TÊM TEMPO DE DURAÇÃO. 

 EM 17/08/2020 PUBLIQUEI A POSTAGEM A SEGUIR NO BLOG, COM A FRASE FINAL: "A INFLAÇÃO IRÁ ESTOURAR ANTES DAS ELEIÇÕES SE A SELIC DEMORAR A SER AUMENTADA E BOLSONARO NÃO SERÁ REELEITO". AINDA É TEMPO, MAS É UMA ESCOLHA: REALIDADE X PENSAMENTO MÁGICO.

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17/08/2020. Publicado no blog: https://mageconomia.blogspot.com/2020/08/a-politica-monetaria-e-sua-relacao-com.html  

A POLÍTICA MONETÁRIA E SUA RELAÇÃO COM O PIB E A RIB EM PAÍS QUE NÃO EMITE MOEDA RESERVA E MEIO DE PAGAMENTO MUNDIAL.

 

consumo (maior parte do PIB = C + I) é influenciado pela renda das pessoas físicas = renda das famílias (a renda das pessoas jurídicas é influenciada pela das famílias). Sabemos que a RIB (renda interna bruta) = PIB (produto interno bruto) = renda do trabalho (salários + autônomos) + juros + lucros + aluguéis (S + L + J + A)Para o PIB crescer teremos que ter expectativas de crescimento do consumo que depende das expectativas de renda futura. Resumindo: o consumo depende da riqueza acumulada e de sua renda (juros, lucros, dividendos) e da expectativa da renda permanente do trabalho (empregos, rendas do trabalho e expectativa de conjuntura ascendente). Os investimentos dependem da expectativa do consumo.

 

Se o IGPM (índice geral dos preços do mercado) e o IPAM (índice dos preços no atacado do mercado) estão quase 5 vezes maiores do que o IPCM e o IPCA podemos entender que estamos com uma inflação represada (reprimida) que irá ser corrigida se a COVID-19 for controlada pelas vacinas. Qual a causa dos IGPs estarem tão mais altos do que os IPCs? SELIC negativa e muito abaixo da adequada (considerando Selic – irf – ipca ou – igpm) provocou (e está provocando) desvalorização do real (desvalorizou muito em relação ao dólar) e por consequência da renda das famílias (redução do poder de compra de todos, famílias e empresas). Os preços do IGP e do IPA subiram mais do que os preços ao consumo IPC por causa do aumento do dólar (e o consequente aumento dos insumos dolarizados e produtos importados). Os preços ao consumo serão afetados quando os efeitos da COVID-19 forem abrandados. As rendas das famílias foram afetadas pela redução dos empregos e das expectativas de conseguir outro, pela redução da renda das poupanças dos trabalhadores (assalariados e autônomos) e de seus fundos de pensão e da insegurança sobre a sobrevivência de muitas empresas (pequenas, médias e grandes). É a insegurança quanto a expectativa da renda permanente do trabalho, a eliminação da renda de suas poupanças. Isto retrai o consumo e a inflação correspondente, mas quando vier virá muito alta. Muitos preços ao consumo já estão com inflação muito alta. E os títulos do TN de LP já pagam IPCA + perto de 4%.

A INFLAÇÃO IRÁ ESTOURAR ANTES DAS ELEIÇÕES SE A SELIC DEMORAR A SER AUMENTADA E BOLSONARO NÃO SERÁ REELEITO. MAG 17/08/2020.   

 

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