segunda-feira, 7 de julho de 2014

CHOQUE DE LIBERALISMO: RECEITA PARA O BRASIL.


CHOQUE DE LIBERALISMO: RECEITA PARA O BRASIL.

Após um longo período de desonestidades intelectual, inclusive acadêmicas, publicadas na imprensa e que assolavam o Brasil, definindo erradamente o pensamento liberal (alastrando a ignorância para alunos, jornalistas e leigos), iniciamos (não sem recaídas dos mais desonestos e ainda considerados cultos pela imprensa) um período mais racional e honesto. Alguns escreviam neoliberal como se fosse uma nova linha de pensamento, sem autores e sem publicações, na verdade definiam erradamente, segundo seus interesses, já que não conseguiam expor suas ideias, nada além de críticas e conceitos errados. A cultura desta turma de viúvas da queda do muro de Berlim e da derrocada do comunismo, a maioria vivendo sustentada e explorando os cofres públicos, é aproveitar-se das ineficiências das controladorias, auditorias e deslizes das leis feitas sob encomenda. São verdadeiros exploradores dos outros brasileiros que os sustentam através da mais pesada carga tributária do mundo emergente (em desenvolvimento). O Brasil é um país que submete sua população (classe média e pobre) a uma carga tributária excessiva, para sustentar marajás com salários absurdos (protegidos pela justiça que também se aproveita desta roubalheira legalizada). O pior de tudo é que é uma elite que exerce (a maioria não trabalha) funções improdutivas (ou aposentados), impedindo que se pague o justo aos verdadeiros servidores públicos (professores que dão aulas, policiais, servidores da saúde, a burocracia necessária, etc.). É inacreditável o tempo (e custo) necessário para se abrir uma empresa (assim como para fechar). O custo da escrituração das exigências burocráticas, as dificuldades exigidas pelas leis que facilitam a venda de facilidades, exigências absurdas, desnecessárias e impossíveis de serem atendidas até pelas grandes empresas, criando um ambiente de insegurança e desmotivador para os empreendedores. Esta turma em suas publicações escrevia que o liberalismo (ou neoliberalismo) era contra toda forma de regulamentação, quando na verdade o pensamento liberal nasceu para combater o poder monárquico absolutista (as ditaduras absolutistas esquerdistas atuais) através de limitações impostas ao poder discricionário por leis. O poder deve ser da lei e não da autoridade, princípio básico do pensamento liberal ou neoliberal como queiram. Adoram criticar o livre mercado, mas não escrevem que foram os liberais que primeiro defenderam a abertura dos mercados e das profissões para todos. Como? Através das leis e de normas que regulamentem as regras do jogo e limitem e coíbam o poder discricionário do mais forte sobre o mais fraco. Não existe liberalismo sem concorrência, mercado aberto a todos. Não existe concorrência sem regras do jogo preestabelecidas. É aceitável que defendam pensamentos diferentes, inaceitável é professores ensinarem errado aos alunos, escreverem e publicarem demagogias (ou ignorâncias).

CHOQUE DE LIBERALISMO NECESSÁRIO AO BRASIL:

1)  ELIMINAR o imposto sindical obrigatório, de empregados e de empregadores (o TCU e a CGU não tem poder para fiscalizá-los e puni-los). Motivo: é a origem de líderes desonestos e descompromissados com a qualidade de gastos. Destes antros de ladroagens saem muitos de nossos políticos (ou de seus protegidos), presidentes, candidatos a governadores, etc.;

2) LIMITAR a tributação sobre o rendimento do trabalho ao IR. A contribuição compulsória, FGTS, deve ser contabilizada nominalmente e deve render os juros dos títulos do TN. O sistema S deve ser sustentado por tributos que incidam sobre outra base de cálculo (a iniciativa privada só é eficiente quando luta pela sobrevivência e pelo lucro, gerenciando verbas públicas é mais competente na corrupção);

3)  INSS da iniciativa privada: a contribuição do empregado e do empregador que tem por base de cálculo o rendimento do trabalho deve ser unificada (já que o objetivo é o mesmo e é de fato paga pelo empregado). A contribuição sobre o salário deveria ter como limite o teto de aposentadoria do INSS (regime geral do INSS). Os mais prejudicados são os autônomos e os que contribuem, através do empregador, sobre valor acima do teto. A contribuição acima do teto deve fazer uma poupança especial (um fundo com títulos do TN) contabilizada nominalmente em nome do trabalhador contribuinte. Com este sistema o custo de fiscalização cairia muito;

4) INSS BALANÇO: todo benefício pago pelo INSS sem ter por base a contribuição individual do pensionista, deve ser contabilizada separadamente. O INSS teria dois balanços: um para as pensões baseadas em contribuições (receitas x despesas), outro para os benefícios pagos sem ter por base contribuições;

5)  CLT: deveria ter um artigo que validasse todos os acordos feitos entre empregados e empregadores assistidos pelos sindicatos. Todas as simplificações burocráticas redutoras de custos acordadas devem ser aceitas (a vontade das partes deve prevalecer). A complexidade deve ser reduzida. Acordos assistidos por sindicatos deveriam ter validade plena (evitar o excesso de ações com falsos testemunhos);

6)   SISTEMA TRIBUTÁRIO: simplificar o sistema tributário, eliminar exigências burocráticas, inclusive as multas que não tenham por base a sonegação de tributos; 

7)   ABERTURA E FECHAMENTO DE EMPRESAS: facilitar acreditando em declarações do empreendedor. Comprovantes poderiam ser exigidos somente baseado em alguma dúvida justificada por escrito e não poderiam impedir a abertura da empresa (prazos com folga para atendimento de burocracias);

8)    CRIAR UM AMBIENTE MOTIVADOR AO EMPREENDEDORISMO.
MAG 07/2014.

SUGESTÕES SERÃO ACEITAS E DISCUTIDAS.       

quinta-feira, 3 de julho de 2014

POLÍTICA MONETÁRIA USA (taxa básica, Fed. funds e quantitative easing, expansão monetária). VISÃO do FMI e do Fed. (BOLHA?).

POLÍTICA MONETÁRIA USA (taxa básica, Fed. funds e QE - quantitative easing, expansão monetária). VISÃO do FMI e do Fed. (BOLHA?).
Estaria a política monetária dos USA (taxa básica negativa e afrouxamento monetário) provocando bolhas de ativos? Segundo a presidente do FMI (Christine Lagarde) sim. Segundo a presidente do Fed., Federal Reserve, BC dos USA (Valor), Janet Yellen, a política monetária tem limitações significativas para promover a estabilidade financeira, desconsiderando o aumento da taxa básica como a melhor maneira de combater eventuais bolhas de ativos (ativos que não moeda) neste momento. Acha que para o momento, medidas de supervisão (regulamentação), são mais adequadas (menos nocivas) para combater vulnerabilidades financeiras como a alavancagem excessiva dos bancos. As bolhas não existiriam sem elas (alavancagens), apesar da origem primeira ser o excesso de moeda e taxa básica inadequadamente baixa (em um momento futuro isto terá que ser corrigido). A dúvida sobre a formação de bolha inexiste, ela já iniciou. Seu início não se deu com a taxa básica de juro negativa, mas com os QE - quantitative easing (a soma dos dois). Considerando que o dólar é a principal moeda do sistema financeiro mundial (meio de pagamento, de contabilidade e reserva de valor), o Fed transformou-se, de fato, no BC mundial. A sua taxa básica influencia o mundo todo, assim como os QE - quantitative easing. Sua política monetária (apesar da sua responsabilidade ser apenas doméstica, com a inflação e o emprego) influencia o mundo todo (todas as moedas e economias). O simples anúncio de que iria iniciar a redução do QE afetou diversas economias, inclusive o Brasil, com fugas de capitais (na verdade fica a dúvida sobre se a culpa foi da irresponsabilidade da política econômica brasileira, fiscal e monetária). Mas ficou o aviso de que o Fed. tem uma responsabilidade maior do que se pensava com as políticas econômicas dos outros países. Terá que existir uma comunicação maior no futuro entre os BCs.     
O dólar por ter curso mundial (e movimento de capital livre) torna a política monetária americana muito mais complexa do que se pensava. O fluxo da moeda americana pelo mundo é diário (veio para ficar? Até quando?). Os dólares em excesso estão distribuídos pelo mundo todo (os eurodólares, os petrodólares, etc.). O pensamento e as estatísticas não poderão mais ser apenas analisados com a visão doméstica (a visão e a análise terá que ser mundial). O dólar tem seu curso no mundo todo (como meio de pagamento, contabilidade e reserva), não apenas domesticamente.
Em 10/1998 publiquei em meu site: http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm
6) FUNDAMENTOS ECONÔMICOS (Teorias Econômicas) -
Devem ser estudados sob as óticas:
a)  De países desenvolvidos (exportadores de capitais);
b)  De países em desenvolvimento (importadores de capitais);
c)  De país emissor de moeda conversível (USA, etc.);
d)  De país não emissor de moeda conversível;
e)  De todos os agentes econômicos.

A taxa básica negativa e os QE evitaram uma recessão nos USA, mas o excesso de moeda fluiu para o resto do mundo, não provocou inflação interna, evitou a queda do emprego, não reduziu a taxa de desemprego imediatamente, mas influenciou os preços das commodities mundiais. Neste sentido reduziu o poder de compra dos americanos como um todo, reduziu também o valor real de sua dívida e de sua moeda (espalhada pelo mundo é semelhante a uma dívida). MAG 07/2014.


ÍNDICES COMMODITIES - IC Br. BC
DATA
IC Br
CRB
Composto
Agropec.
Metais
Energia
2005 Dez.
100
100
100
100
100
2006
105,06
103,23
143,62
75,01
112,16
2007
100,17
101,04
115,92
81,71
107,37
2008
102,64
115,29
81,95
79,57
107,13
2009
99,32
107,51
102,11
67,89
105,89
2010
124,77
137,62
122,98
81,06
124,71
2011
124,34
136,96
109,72
92,00
128,29
2012
137,40
149,06
131,39
100,68
146,45
2012
10,51
8,84
19,75
9,44
14,16
2013
151,90
166,87
132,06
115,51
164,77
06/2014
142,97
154,09
129,38
114,25
161,06
% MÊS
-1,51
-2,60
0,87
1,36
-0,39
% ANO
0,91
3,14
-6,11
-1,07
-2,25
% 12 meses
6,65
5,51
6,34
12,55
7,54

Fonte: BCB. Agropecuária: carne de boi e de porco, algodão, óleo de soja, trigo, café. Metais: alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel. Energia: petróleo brent, gás e carvão. CRB: Commodity Research Bureau (produtos básicos mais sensíveis a mudanças). FONTE: BC

COMMODITIES - PREÇOS US$.

DATAS
OURO
PETR.
Brent.
Milho
Café
Soja
Suco
Laran.
Açucar
Trigo
2002
348,2
28,66
235,75
60,2
569,5
91,75
7,61
325,0
2003
416,1
30,17
246,0
64,95
789,0
60,75
5,67
377,0
2004
438,4
40,46
204,75
103,75
547,75
86,1
9,04
307,5
2005
518,9
58,98
215,75
107,1
602,0
125,2
14,68
339,3
2006
638,0
60,86
390,25
126,2
683,5
201,3
11,75
501,0
2007
838,0
93,85
455,5
136,2
1199
143,6
10,82
885,0
2008
884,3
45,59
407,0
112,05
972,25
68,55
11,81
610,8
2009
1096,2
77,93
414,5
135,95
1039,8
124,0
26,95
541,5
2010
1421,4
94,75
629,0
240,5
1393,8
172,35
32,12
794,3
2011
1566,8
107,38
646,5
226,85
1198,5
169,0
23,30
652,75
2012
1675,8
111,11
698,25
143,80
1418,7
116,05
19,51
778,0
2013
1202,3
110,80
422,00
110,70
1312,5
136,45
16,41
605,25
06/2014
1322,00
112,36
424,25
173,00
1400,50
140,80
16,62
564,75
% mês
6,13
2,70
-8,91
-2,54
-6,21
-11,67
-4,37
-9,96
% ano
9,96
1,41
0,53
56,28
6,70
3,19
1,28
-6,69
% 12 meses
8,03
9,98
-37,54
44,17
-10,48
8,39
1,47
-12,91


MAG 07/2014