quinta-feira, 3 de julho de 2014

POLÍTICA MONETÁRIA USA (taxa básica, Fed. funds e quantitative easing, expansão monetária). VISÃO do FMI e do Fed. (BOLHA?).

POLÍTICA MONETÁRIA USA (taxa básica, Fed. funds e QE - quantitative easing, expansão monetária). VISÃO do FMI e do Fed. (BOLHA?).
Estaria a política monetária dos USA (taxa básica negativa e afrouxamento monetário) provocando bolhas de ativos? Segundo a presidente do FMI (Christine Lagarde) sim. Segundo a presidente do Fed., Federal Reserve, BC dos USA (Valor), Janet Yellen, a política monetária tem limitações significativas para promover a estabilidade financeira, desconsiderando o aumento da taxa básica como a melhor maneira de combater eventuais bolhas de ativos (ativos que não moeda) neste momento. Acha que para o momento, medidas de supervisão (regulamentação), são mais adequadas (menos nocivas) para combater vulnerabilidades financeiras como a alavancagem excessiva dos bancos. As bolhas não existiriam sem elas (alavancagens), apesar da origem primeira ser o excesso de moeda e taxa básica inadequadamente baixa (em um momento futuro isto terá que ser corrigido). A dúvida sobre a formação de bolha inexiste, ela já iniciou. Seu início não se deu com a taxa básica de juro negativa, mas com os QE - quantitative easing (a soma dos dois). Considerando que o dólar é a principal moeda do sistema financeiro mundial (meio de pagamento, de contabilidade e reserva de valor), o Fed transformou-se, de fato, no BC mundial. A sua taxa básica influencia o mundo todo, assim como os QE - quantitative easing. Sua política monetária (apesar da sua responsabilidade ser apenas doméstica, com a inflação e o emprego) influencia o mundo todo (todas as moedas e economias). O simples anúncio de que iria iniciar a redução do QE afetou diversas economias, inclusive o Brasil, com fugas de capitais (na verdade fica a dúvida sobre se a culpa foi da irresponsabilidade da política econômica brasileira, fiscal e monetária). Mas ficou o aviso de que o Fed. tem uma responsabilidade maior do que se pensava com as políticas econômicas dos outros países. Terá que existir uma comunicação maior no futuro entre os BCs.     
O dólar por ter curso mundial (e movimento de capital livre) torna a política monetária americana muito mais complexa do que se pensava. O fluxo da moeda americana pelo mundo é diário (veio para ficar? Até quando?). Os dólares em excesso estão distribuídos pelo mundo todo (os eurodólares, os petrodólares, etc.). O pensamento e as estatísticas não poderão mais ser apenas analisados com a visão doméstica (a visão e a análise terá que ser mundial). O dólar tem seu curso no mundo todo (como meio de pagamento, contabilidade e reserva), não apenas domesticamente.
Em 10/1998 publiquei em meu site: http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm
6) FUNDAMENTOS ECONÔMICOS (Teorias Econômicas) -
Devem ser estudados sob as óticas:
a)  De países desenvolvidos (exportadores de capitais);
b)  De países em desenvolvimento (importadores de capitais);
c)  De país emissor de moeda conversível (USA, etc.);
d)  De país não emissor de moeda conversível;
e)  De todos os agentes econômicos.

A taxa básica negativa e os QE evitaram uma recessão nos USA, mas o excesso de moeda fluiu para o resto do mundo, não provocou inflação interna, evitou a queda do emprego, não reduziu a taxa de desemprego imediatamente, mas influenciou os preços das commodities mundiais. Neste sentido reduziu o poder de compra dos americanos como um todo, reduziu também o valor real de sua dívida e de sua moeda (espalhada pelo mundo é semelhante a uma dívida). MAG 07/2014.


ÍNDICES COMMODITIES - IC Br. BC
DATA
IC Br
CRB
Composto
Agropec.
Metais
Energia
2005 Dez.
100
100
100
100
100
2006
105,06
103,23
143,62
75,01
112,16
2007
100,17
101,04
115,92
81,71
107,37
2008
102,64
115,29
81,95
79,57
107,13
2009
99,32
107,51
102,11
67,89
105,89
2010
124,77
137,62
122,98
81,06
124,71
2011
124,34
136,96
109,72
92,00
128,29
2012
137,40
149,06
131,39
100,68
146,45
2012
10,51
8,84
19,75
9,44
14,16
2013
151,90
166,87
132,06
115,51
164,77
06/2014
142,97
154,09
129,38
114,25
161,06
% MÊS
-1,51
-2,60
0,87
1,36
-0,39
% ANO
0,91
3,14
-6,11
-1,07
-2,25
% 12 meses
6,65
5,51
6,34
12,55
7,54

Fonte: BCB. Agropecuária: carne de boi e de porco, algodão, óleo de soja, trigo, café. Metais: alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel. Energia: petróleo brent, gás e carvão. CRB: Commodity Research Bureau (produtos básicos mais sensíveis a mudanças). FONTE: BC

COMMODITIES - PREÇOS US$.

DATAS
OURO
PETR.
Brent.
Milho
Café
Soja
Suco
Laran.
Açucar
Trigo
2002
348,2
28,66
235,75
60,2
569,5
91,75
7,61
325,0
2003
416,1
30,17
246,0
64,95
789,0
60,75
5,67
377,0
2004
438,4
40,46
204,75
103,75
547,75
86,1
9,04
307,5
2005
518,9
58,98
215,75
107,1
602,0
125,2
14,68
339,3
2006
638,0
60,86
390,25
126,2
683,5
201,3
11,75
501,0
2007
838,0
93,85
455,5
136,2
1199
143,6
10,82
885,0
2008
884,3
45,59
407,0
112,05
972,25
68,55
11,81
610,8
2009
1096,2
77,93
414,5
135,95
1039,8
124,0
26,95
541,5
2010
1421,4
94,75
629,0
240,5
1393,8
172,35
32,12
794,3
2011
1566,8
107,38
646,5
226,85
1198,5
169,0
23,30
652,75
2012
1675,8
111,11
698,25
143,80
1418,7
116,05
19,51
778,0
2013
1202,3
110,80
422,00
110,70
1312,5
136,45
16,41
605,25
06/2014
1322,00
112,36
424,25
173,00
1400,50
140,80
16,62
564,75
% mês
6,13
2,70
-8,91
-2,54
-6,21
-11,67
-4,37
-9,96
% ano
9,96
1,41
0,53
56,28
6,70
3,19
1,28
-6,69
% 12 meses
8,03
9,98
-37,54
44,17
-10,48
8,39
1,47
-12,91


MAG 07/2014

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