AUMENTOS DA SELIC X PREÇOS REPRIMIDOS
ARTIFICIALMENTE X PONTOS DE ESTRANGULAMENTO DO PIB X PIB E INFLAÇÃO
DESACELERANDO.
O PIB e a inflação estão desacelerando como efeito do aumento da taxa
básica e dos preços reprimidos artificialmente (energia elétrica, gasolina,
diesel, gás, querosene de aviação, óleo combustível, transporte urbano, preços
relativos daí derivados e o câmbio controlado discricionariamente e sua
influência sobre toda a economia). Teria a economia ultrapassado a capacidade instalada
ou/e a taxa de desemprego que não acelera a inflação (NAICU em inglês,
Non-accelerating inflation rate of capacity utilization; NAIRU,
Non-accelerating inflation rate of unemployment)? O PIB potencial (percentual
de crescimento sustentado da economia, sem provocar inflação) foi reduzido por
pontos de estrangulamentos originados na falta de investimentos na infraestrutura
(estradas, portos, aeroportos, energia, água, etc.)? Teriam os preços
reprimidos (e a intolerância ao lucro) desmotivado e reduzido a previsibilidade
essencial aos investimentos, principalmente os de longo prazo (amedrontaram os
investidores)?
Esta conjuntura conflitiva é resultado da política econômica retrógrada “desenvolvimentista”
(irresponsabilidade fiscal e monetária) de fácil monitoramento (deixa rolar). O
equilíbrio da economia (oferta e demanda) estava sendo mantido em um nível
artificialmente alto e insustentável no tempo, através de um déficit nas contas
externas de US$ 80 bi. anual (STC). Esta farra estava sendo sustentada pela
conta Capital e Financeira, que tem como contra partida a remessa de dividendos,
lucros e juros (conta de rendas negativa em US$ 40 bi anual). A solução é
baixar o nível do equilíbrio da economia para evitar nova quebra do país
(reduzir a demanda insustentável, o PIB).
Como decidir a política monetária frente às variáveis:
a) redução do crescimento da
quantidade de moeda, das operações de crédito do sistema financeiro, da
inflação e do PIB (desaceleração);
b) a necessidade de ajustes nos preços reprimidos (e seus encadeamentos),
a pressão cambial (aviso de crise), influxos negativos no movimento de capitais
e seus efeitos sobre toda a economia?
Se baixar a Selic a demanda sobe (os preços acompanham) e o déficit externo
retorna com o risco de ser cada vez mais difícil financiá-lo. Continuar com o déficit
nas contas externas sustentado por empréstimos e investimentos tem como contra
partida aumentos das remessas de juros, dividendos e lucros. Iremos querer
caminhar para ser uma Argentina em ponto maior? MAG 07/2014.
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