quarta-feira, 7 de novembro de 2012

QE = QUANTITATIVE EASING X CRESCIMENTO


QE = QUANTITATIVE EASING X CRESCIMENTO
QE, quantitative easing, cujo significado pode ser alívio (flexibilização, facilidade, afrouxamento) quantitativo monetário, é uma forma ensinada e defendida por Milton Friedman para evitar a queda da liquidez (queda da quantidade de moeda) em períodos de crise. Importante diferenciar quantitative easing quando a liquidez está em queda (dificultando as atividades) e em alta. O QE aconselhado por Milton Friedman é para economias com queda (dificuldades) de liquidez. Aumentar a liquidez quando não há necessidade fará inflação e trará insegurança.  Devemos também diferenciar QE para países que emitem moedas conversíveis, as consideradas meio de pagamento e reserva de valor mundial, dos que emitem moedas não conversíveis. Os países que emitem moedas conversíveis (USA) enfrentam o problema de fuga da sua moeda para outras economias, o que não ocorre para os emissores de moedas não conversíveis (Brasil). O QE normalmente é feito através de compras pelos BCs de títulos do mercado, aumentando a monetização e a liquidez. As taxas de juros que já estavam baixas por queda das atividades e das baixas expectativas de lucros caem mais ainda no primeiro momento, podendo estimular as atividades. Importante ressaltar que Milton Friedman não receitou o QE como forma de política monetária para crescimento, mas apenas para enfrentar crises, sempre causadas por irresponsabilidades em políticas fiscais (quantitativa ou qualitativa, excessos de gastos improdutivos e privilégios para minorias), monetárias ou cambiais (o câmbio administrado é uma tentação para os detentores do poder discricionário). Abro um parêntese para esclarecer que os liberais monetaristas são contra o poder discricionário nas mãos do estado ou de autoridades (o poder deve ser da norma), a favor são os desenvolvimentistas neokeynesianos (por justiça devo esclarecer que Keynes defendia o câmbio flutuante). Enfim uma política monetária responsável (monetarista) prescreve que a quantidade de moeda deve ter um crescimento transparente, constante (sem subidas e descidas imprevisíveis), tendo por limite a capacidade de crescimento do produto (entre 3 e 6%). Nas crises existe fuga da moeda para outros ativos (quando se formam as bolhas).  Nos momentos de maior aversão ao risco os títulos norte-americanos se mostraram um refúgio seguro para o mercado, mesmo com taxas de juros negativas (fazendo cair a liquidez). Enfim QE e política monetária frouxa (irresponsável) não são receitas de crescimento sustentado. A política monetária correta, que não tem como efeito a inflação, é uma condição necessária para o crescimento econômico, mas não o suficiente. Uma política fiscal responsável, com a relação gastos públicos (consumo e investimentos) produtivos/improdutivos adequada, é condição também necessária. Privilégios para minorias, como aposentadorias sem sustentação atuarial, são bombas armadas como causas de crises. Investimentos improdutivos ou com baixa produtividade (desnecessários ou com relação custo/benefício baixa) também podem ser causas de crises, se elevados relativamente. MAG

OPERAÇÕES DE CRÉDITO DO SISTEMA FINANCEIRO (BRASIL). 
ANO
GOV.
INDUST.
HABIT.
RURAL
COMERC.
P. FÍS.
OUTROS
TOTAL
VAR. %
i real
PIB
IPCA
IGPM
12
meses
Ano
12/2007
18,8
213,8
45,8
89,2
97,6
314,3
156,3
935,97
X
X
0,174
5,4
4,46
7,75
12/2008
27,2
296,4
63,3
106,4
124,8
389,5
219,6
1227,5
31,14
31,14
9,624
5,1
5,9
9,81
12/2009
58,974
304,745
91,862
112,266
136,306
462,506
247,687
1414,34
15,22
15,22
- 3,52
-0,6
4,31
-1,72
12/2010
67,805
361,051
138,784
123,902
172,559
548,777
292,403
1705,28
20,57
20,57
-3,52
7,5
5,91
11,32
12/2011
81,671
417,385
200,506
141,134
208,415
633,758
347,483
2030,05
19,02
19,02
4,18
2,7
6,50
5,10
09/2012
105,96
445,206
256,420
155,840
217,769
679,365
376,687
2237,25
15
10,2
-1,818
X
3,77
7,09
FONTE BCB - MAG


MEIOS DE PAGAM. X PAPEL MOEDA EM PODER DO PÚBLICO X DEP. À VISTA
(saldo fim período). 
DATA
Meios Pag.
EVOL. %
P. Moeda
Poder. Públ.
EVOL. %
Dep. Vista
EVOL. %
i real
IGPM
PIB
IPCA
IGPM
ano
12 meses
ano
12 meses
ano
12 meses
12/2007
231430
x
x
82251
x
x
149179
x
x
0,174
5,4
4,46
7,75
01/2008
190279
-17,8
x
73199
-11,0
x
117080
-21,5
x
x
x
x
x
09/2008
194785
-15,8
x
77658
-5,58
x
117127
x
x
x
x
x
x
12/2008
223440
-3,45
-3,45
92378
12,31
12,31
131061
-12,1
12,1
9,624
5,1
5,9
9,81
01/2009
196088
-12,2
3,05
83060
-10,0
13,47
113029
-13,7
9,6
x
x
x
x
12/2009
250234
-27,6
11,99
105801
14,5
14,5
144433
10,2
10,2
-3,52
-0,6
4,31
-1,72
01/2010
227475
-9,09
16,00
96685
-8,6
16,4
130790
-9,44
15,7
x
x
x
x
12/2010
281876
12,64
12,64
121981
15,3
15,3
159895
10,7
10,7
-0,10
7,5
5,91
11,32
01/2011
257449
-8,7
13,2
109456
-11,4
13,2
147994
-7,44
13,2
x
x
x
x
12/2011
285377
1,2
1,2
131741
8,0
8,0
153636
-3,9
-3,9
4,18
2,7
6,50
5,10
01/2012
259833
-9,0
0,9
118529
-10,0
8,3
141305
-8,0
-4,5
0,462
x
0,56
0,25
09/2012
273948
-4,00
7,4
128974
-2,10
14,4
144973
-5,63
1,9
-1,82
x
3,77
7,09
FONTE BCB, TABELA MAG.


M1, M2, M3, M4
Data
M1
Meio
de pag.
M2
M3
M4
Variação % no ano
Ano
12
meses
Oper. Créd.
Sist. Financ.
i real
IGPM
PIB
IPCA
IGPM
2010
281876
1362389
2549739
3040495
16,7
16,7
20,57
-0,102
7,5
5,91
11,32
01/2011
257449
1348659
2554397
3044764
0,1
17,3
x
x
x
x
x
2011
285377
1617480
3030280
3550253
16,8
16,8
19,02
4,18
2,6
6,50
5,10
01/2012
259833
1591803
3085569
3599589
1,4
18,2
x
X
X
X
X
09/2012
273948
1701815
3421974
4018245
11,63
18,8
15,0
-1,818
X
3,77
7,09
M2 = M1 + dep. investimentos + poupança; M3 = M2 + fundos investimentos + operações compromissadas; M4 = M3 + títulos federais Selic



OFERTA MONETÁRIA X BASE MONETÁRIA - USA AGO./1929 X MAR./1933;
BRASIL SET./2008 X JUN./2009.
HISTÓRICO
USA
x
BRASIL
AGO./1929
MAR./1933
VAR. %
SET./2008
JUN./2009
Var. %
OFERTA MONET. (OM)
26,5
19,0
-28,3
x
215338
224493
4,25
Moeda Corrente (MC)
3,9
5,5
41
x
98211
103474
5,35
Dep. à Vista (DV)
22,6
13,5
-40,2
x
117127
121458
3,69
BASE MONET. (BM)
7,1
8,4
18,3
x
136936
139185
1,64
Moeda Corrente
3,9
5,5
41
x
98211
103474
5,35
Reservas (R)
3,2
2,9
-9,37
x
38725
35711
-7,78
MULT. MONET. (OM/BM)
3,7
2,3
x
x
1,57
1,613
x
Reservas/Dep.
0,14
0,21
x
x
0,33
0,294
x
Moeda Corr./ Dep.
0,17
0,41
x
x
0,838
0,852
x
FONTE: USA, MACROECONOMIA, N. GREGORY MANKIW (ADAPTADO DE MILTON FRIEDMAN, A MONETARY HISTORY OF THE USA). BRASIL, BCB.
OBS: A CORRETA ATUAÇÃO DO BCB IMPEDIU QUE A OFERTA MONETÁRIA CAÍSSE, AMENIZANDO OS EFEITOS DA CRISE AMERICANA (SET../2009) NO BRASIL (DIFERENTE DA ATUAÇÃO DA AUTORIDADE MONETÁRIA AMERICANA NA CRISE DE 1930).


SELIC x CDI x IPCA x IGPM x i real
OBS: letra E = Selic expansionista, amarelo; C = contracionista, azul. Em amarelo negativos.
2012
Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Mai.
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
Ano
SELIC i ano
C 10,5
C 10,5
C 9,75
C9,0
C8,5
C8,5
C8,0
C7,50
C7,50
C7,25
x
x
x
DI 360 i ano
9,55
10,3
8,96
8,33
7,93
7,57
7,46
7,49
7,48
7,24
x
x
x
CDI i mês
0,89
0,74
0,82
0,70
0,73
0,64
0,68
0,69
0,54
0,61
x
x
7,24
CDI - IRF i mês
0,712
0,592
0,648
0,56
0,584
0,512
0,544
0,552
0,432
0,488
x
x
5,792
IPCA i mês
0,56
0,45
0,21
0,64
0,36
0,08
0,43
0,41
0,57
0,59
x
x
4,38
IGPM i mês
0,25
-0,06
0,43
0,85
1,02
0,66
1,34
1,43
0,97
0,02
x
x
7,12
US$ % mês
-7,3
-1,72
6,6
3,82
6,898
-0,049
1,419
-0,62
-0,325
0,034
x
x
8,29
i real CDI - IRF - IGPM mês
0,462
0,652
0,218
-0,29
-0,436
-0,148
-0,796
-0,878
-0,535
0,468
x
x
-1,328
i real CDI - IRF - IPCA mês
0,152
0,142
0,438
-0,08
0,224
0,432
0,114
0,142
-0,135
-0,104
x
x
1,412
MAG 

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