A CIÊNCIA ECONÔMICA de ADAM SMITH à KEYNES e à MOEDA
ESCRITURAL: A RIQUEZA REAL, SUAS CAUSAS E A MOEDA, SUA MEDIDA.
Quase todas as leis das ciências inexatas
(sociais) são enunciados de tendências. As ciências exatas, das leis simples,
aceitam conceitos reducionistas. A Ciência Econômica, uma ciência social
inexata, não aceita conceitos reducionistas, suas leis são complexas e
dinâmicas, um processo em movimento, motivo de serem sempre enunciados de
tendências e exigirem o estudo e a estratificação de várias causas (hipóteses,
pressupostos) e efeitos (nas variáveis). Como são enunciados de tendências (um
processo em movimento) a ação futura do homem pode modificar a tendência
(motivo de sempre virem acompanhadas da frase: e tudo o mais permanecendo
constante). Entretanto a ação do homem (autoridade econômica) é limitada às
variáveis CONTROLÁVEIS (sobre as quais tem poder de comando), o que simplifica
o estudo e a análise econômica.
Podemos dizer, simplificando, que a economia
estuda a riqueza (estoque e produção) e a pobreza, suas causas e tendências e
as ações do homem relacionadas ao assunto.
Adam Smith, o pai da economia liberal de
mercado, em sua obra, “A Riqueza das Nações, Investigação sobre sua Natureza e
suas Causas”, descreve a importância do trabalho para a produção da riqueza (é
o trabalho que produz e transforma as riquezas naturais em consumíveis). Divide
o trabalho em dois tipos: o produtivo e o improdutivo. Descreve com maestria
que a riqueza de uma nação depende, além de sua população, da quantidade de
trabalhadores em atividades produtivas (as que produzem as utilidades desejadas
pelos consumidores), de suas habilidades (qualidade e produção por
trabalhadores). Descreve que a riqueza depende mais das habilidades do que da
quantidade de trabalhadores úteis (podemos dizer que definiu produtividade).
Descreve a importância do capital no aumento da produção: “As forças produtivas
do mesmo número de trabalhadores só podem ser aumentadas em decorrência quer de
algum acréscimo e aperfeiçoamento das máquinas e instrumentos que facilitam e
abreviam o trabalho, quer de uma divisão e distribuição mais apropriada do
emprego” (definição de produtividade). Descreve ainda que é através do capital
que os empresários terão condições de adquirir melhores e mais produtivos
maquinários.
Descreve a diferença entre os gastos
improdutivos de uma pessoa e do governo. Os gastos improdutivos de uma pessoa
nunca são causa da pobreza das nações, já a riqueza dependerá da boa relação
entre gastos produtivos (consumo ou investimentos) e improdutivos do governo (Keynes defendeu a tese que a
riqueza das nações independe da qualidade dos gastos públicos. O importante é o
governo gastar para aumentar as atividades e os empregos).
Adam Smith defendeu a ideia de que se a proporção de gastos improdutivos do governo for muito grande em relação aos produtivos a riqueza das nações cai. Para Adam Smith a causa da riqueza das nações é a habilidade de seus trabalhadores, a modernidade de seus maquinários e de seus métodos de produção (enfim a produtividade do trabalho). A moeda em sua época era o padrão ouro e tinha como função a reserva de valor, a unidade de medida e meio de pagamento.
Adam Smith defendeu a ideia de que se a proporção de gastos improdutivos do governo for muito grande em relação aos produtivos a riqueza das nações cai. Para Adam Smith a causa da riqueza das nações é a habilidade de seus trabalhadores, a modernidade de seus maquinários e de seus métodos de produção (enfim a produtividade do trabalho). A moeda em sua época era o padrão ouro e tinha como função a reserva de valor, a unidade de medida e meio de pagamento.
Foi estudando a crise de 30 que Milton
Friedman evoluiu o entendimento da Teoria Quantitativa da Moeda para o monetarismo
atual: transparência e crescimento estável e constante da quantidade de moeda,
tendo por limite o potencial de crescimento da economia (e de seus fatores). NAICU (Non-Accelerating Inflation
Rate of Capacity Utilization). = Taxa de
utilização da capacidade instalada que não acelera a inflação. Outra diferença
entre Keynes e Friedman é o Pleno Emprego (Keynes) e a NAIRU (Non-Accelerating
Inflation Rate of Unemployment) = Taxa de desemprego que não acelera a inflação
(Milton Friedman).
Para Keynes (Teoria Geral) “O remédio
para o auge não é portanto a alta, mas a baixa da taxa de juros; porque aquela
pode fazer perdurar o chamado auge. O verdadeiro remédio para o ciclo econômico
não consiste em evitar os auges e em manter assim uma semi depressão
permanente, mas em evitar as depressões e manter deste modo um quase auge
constante.” Na prática foi a receita de inflação e bolha, estagflação e crise (preços
dos ativos subirem em velocidade maior do que os preços do consumo; fuga da
moeda mais juros, como reserva de valor, para outros ativos.).
A grande falha da Teoria
Geral (keynesiana): é uma teoria que determina taxas de juros baixas
priorizando o consumo e os investimentos como solução de crescimento. Não tem solução para a inflação. O
processo de crescimento inicial caminha para inflação e estagnação (queda do poder de compra da moeda). O pleno
emprego leva à inflação. A taxa natural de desemprego evita a corrida preços x
salários, é necessária para evitar a inflação e a estagnação (estagflação). A
taxa de juro de equilíbrio (neutra) tem que ser considerada para evitar a
deflagração de processo inflacionário (excesso de monetização).
Para M. Friedman a causa principal da crise de
30 foi a autoridade monetária ter permitido a queda da quantidade de moeda em
dois terços. A crise atingiu consequências e sofrimentos desnecessários. Mas as
crises que têm por origem a irresponsabilidade fiscal, cambial ou monetária,
sempre terão os sofrimentos dos retornos ao padrão possível (o artificialismo
da riqueza não se sustenta e um retorno ao estágio anterior possível terá que
ser enfrentado.).
MAG 10/2012.
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