domingo, 14 de outubro de 2012

TEORIA QUANTITATIVA, LIMITES, MONETARISMO DE M. FRIEDMAN.


TEORIA QUANTITATIVA, LIMITES, MONETARISMO DE M. FRIEDMAN.

PALAVRAS: conceitos reducionistas, teoria quantitativa x equações quantitativas, meta de expansão monetária, meta de inflação, limites, sintonia fina, calibrar, adequar, taxa básica de juro (controle de expansão monetária), taxa de juro de mercado e natural (de equilíbrio, neutra), bolhas de preços de ativos, política econômica consistente, previsível, sustentada, credibilidade, ambiente, VARIÁVEIS CONTROLÁVEIS (orçamento, taxa básica, depósitos compulsórios, limites prudenciais e operacionais, etc.).

INÍCIO. Em economia os conceitos reducionistas devem ser entendidos como aplicáveis em casos específicos. Nunca devem ser entendidos de forma generalista. Sabemos que efeito (e tendência) uma variável tem, mas em economia é o conjunto de fatores e variáveis (o peso de cada um) que definirá a tendência. A maioria dos erros em análises econômicas é resultante de estudos reducionistas (deixar de considerar o peso de todos os fatores e variáveis). UM EXEMPLO: as equações quantitativas são reducionistas e devem ter um entendimento que considere isto, a teoria quantitativa é ampla e permite um entendimento onde todas as variáveis sejam consideradas. Podemos generalizar: as equações macroeconômicas (e econométricas) apesar de toda a evolução são reducionistas (isto não as invalida, longe disto, são a cada dia melhoradas e inovadas), e devem assim ser entendidas (algumas são de precisão impressionante).

O MONETARISMO, linha de pensamento econômico baseado na teoria quantitativa, foi revivido, modernizado, prestigiado e explicado por M. Friedman, quando estudou a crise (recessão, depressão) de 1930 e concluiu que a mesma ocorreu por causa das autoridades monetárias terem permitido que a quantidade de moeda caísse em mais de um terço. 

Keynes concluiu diferentemente receitando queda das taxas de juros e aumento dos gastos públicos. No fim os dois caminhos evitam a queda da quantidade de moeda, mas a solução keynesiana leva ao descontrole da inflação (é o que podemos denominar de irresponsabilidade fiscal e monetária). A receita keynesiana por não colocar limites na queda dos juros nem nos gastos públicos leva à formação de bolhas nos preços dos ativos que não moeda e à crise. O estouro das bolhas e seus efeitos: crise de crédito, efeito empobrecimento, redução das atividades, bancos ficam mais seletivos na concessão de crédito, redução da liquidez, falências, etc. 

M. Friedman aconselha que a crise deve e pode ser evitada com um conhecido, constante e consistente crescimento da quantidade de moeda, tendo por limite o potencial de crescimento do PIB (entre 3 a 5%). A crise, se instalada, deve ser combatida evitando-se a queda de quantidade moeda. O que chamam hoje de AUSTERIDADE pode e deve ser conceituado como RESPONSABILIDADE. Toda crise tem por origem irresponsabilidades fiscais, monetárias e ou cambiais (geralmente as três).
O pensamento de M. Friedman levou à adoção da utilização da Variável CONTROLÁVEL Taxa Básica de juro para controlar os excessos de monetização (irresponsabilidades monetárias) e o processo inflacionário. É o que evoluiu para o tripé: meta de inflação, responsabilidade fiscal (superávit primário) e câmbio flutuante (também defendido por Keynes). O Crescimento Econômico Sustentado só acontece em ambientes que passam segurança e com moeda sem desvalorização, que cumpra sua função de Reserva de Valor (demagogia e irresponsabilidade têm vida curta.).  
MAG 10/2012. 

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