quarta-feira, 27 de novembro de 2013

LFT OU LTN (NTN)?

LFT OU LTN (NTN)?

O TN financia-se no mercado (através dos bancos ou do tesouro direto) vendendo títulos conforme a seguir: 
a) LFT, título corrigido pela taxa básica (Selic); 
b) LTN (i no final) e NTN F (i semestral), títulos corrigidos por taxa fixa de juros; 
c) NTN B (IPCA) e NTN C (IGPM). 

O TN escolhe a forma de correção dos seus títulos de acordo com seus interesses.

BANCO CENTRAL. POLÍTICA MONETÁRIA -   É função da política monetária assegurar o poder de compra da moeda. O Banco Central atua através de:
 1) Administração das taxas de juros (básica x de mercado );
 2) Depósitos compulsórios;
 3) Compra ou venda de títulos públicos;
 4) Compra ou venda de moedas inclusive atuação em mercados futuros;
 5) I. O. F. = Imposto sobre Operações Financeiras.

 A Taxa Básica (Selic) é a principal ferramenta de política monetária.  A experiência demonstrou que a política monetária é mais eficaz no combate à inflação (claro que a parceria com a política cambial e fiscal adequadas torna-a mais eficaz ainda) do que (sozinha) para motivar e conseguir crescimentos (aumentos consistentes das atividades econômicas), principalmente no caso de recessões ou depressões. O efeito da taxa básica deve ser medido em relação à taxa de juro de mercado de lp mais negociada (a taxa mais próxima da neutra ou de equilíbrio). Se fixada acima terá efeito duplo (é um canhão de tiro duplo), motiva imediatamente o aumento das aplicações no BC, retirando moeda do mercado e prorrogando a ânsia de comprar para evitar perdas com a inflação (relação taxa de juros x inflação e expectativas). O aumento dos depósitos compulsórios tem efeito retardado, pois as taxas de juros só subirão em um segundo momento, inclusive as de lp (e os efeitos também). Com o aumento da taxa básica, de imediato as taxas de cp sobem e a seguir as de lp caem (acompanhando as expectativas de queda da inflação).  A seguir com a queda da inflação as taxas de cp também caem e inicia-se o ciclo virtuoso. Explicado isto vamos analisar o motivo do TN vender títulos corrigidos por Selic. O primeiro motivo é que por ser uma taxa básica é a de menor custo e risco (é de sua livre escolha e interesse). Quando o BC e sua política monetária é acreditada o aumento da taxa básica provoca expectativas de queda da inflação e a seguir as taxas de lp caem. Neste caso é mais interessante captar por Selic (pois a mesma cairá quando a expectativa de inflação cair com sustentação). No presente momento a taxa básica está em 9,5% e a taxa DI de 360 dias está em 10,76%, portanto é mais vantagem captar em selic. Como a Selic deverá subir para 10% dando mais credibilidade ao BC a tendência será do DI 360 iniciar um ciclo de queda. Esta será a hora do BC estudar o início da queda da selic (se suas projeções da inflação também forem de queda). 27/11/2013.

ARTIGOS RELACIONADOS:

EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NA DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA FEDERAL INTERNA (DPMFI). 2001

POLÍTICA MON. FROUXA (a queda artificial da selic provoca inflação): a) AUMENTA AS TAXAS DE JUROS PRÉ DE LONGO PRAZO (a curva de juros de mercado fica positivamente mais inclinada) E O CUSTO DE NOVAS CAPTAÇÕES; b) REDUZ O PRAZO DE NOVAS CAPTAÇÕES; c)  O TN NÃO CONSEGUE FAZER NOVAS CAPTAÇÕES SELIC (só com deságios desaconselháveis); d) O CUSTO DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA CORRIGIDA POR ÍNDICES AUMENTA (o risco de inflação inercial volta).

POLÍTICA MONETÁRIA CORRETA (condição para crescimento sustentado): a) AS TAXAS DE JUROS DE LONGO PRAZO CAEM (a curva reduz a inclinação positiva podendo até ficar negativa, descendente), REDUZINDO O CUSTO DE CAPTAÇÃO E FACILITANDO O ALONGAMENTO DA DÍVIDA; b) O ALONGAMENTO DA DÍVIDA  REDUZ OS VALORES MENSAIS A SEREM REFINANCIADOS (facilitando as captações pelo TN) PERMITINDO REDUÇÃO DE TAXAS; c) OS ÍNDICES DE INFLAÇÃO CAEM (CONSEQÜENTEMENTE A SELIC) REDUZINDO O CUSTO (SUSTENTADO) DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA. 2001 

POLÍTICA MONETÁRIA – EFICÁCIA (INFLAÇÃO E CRESCIMENTO). 01/2007.  

MOTIVO: tentar explicar que o crescimento conseguido através de taxa básica expansionista e imprudente não tem sustentação.

1) A experiência demonstrou que a política monetária é mais eficaz no combate à inflação (claro que a parceria com a política cambial e fiscal adequadas torna-a mais eficaz ainda) do que (sozinha) para motivar e conseguir crescimentos (aumentos consistentes das atividades econômicas). O crescimento depende de outras variáveis fundamentais que constituem também a relação das causas das atividades econômicas (Anatole Murad desenvolveu um estudo interessante sobre o assunto). A queda da taxa de juro (sozinha) não provoca, com certeza, o aumento dos investimentos, é apenas uma variável necessária. A contestação de que a política monetária pode criar um ambiente de expansão, como único fator, é unanimemente aceito. O reconhecimento das limitações da política monetária, de que ela não pode como único fator resolver os complexos problemas e interesses individuais da atividade econômica, não tira sua importância no quadro mais vasto da política macroeconômica.  
   2) Uma adequada distribuição de rendas, a existência de fatores de produção (recursos naturais, capital, trabalho, tecnologia), a segurança institucional do capital investido, uma normatização (marco regulatório) adequada que passe segurança e motivação, vantagens ou desvantagens comparativas naturais e artificiais (leis adequadas, judiciário eficaz – rápido e justo - legislativo ou executivo que passem segurança), um sistema financeiro compatível que proporcione segurança para as poupanças e que alimente as necessidades de financiamentos do consumo e dos investimentos, um sistema previdenciário que estimule a formação de poupanças e que não permita privilégios, contas públicas transparentes com publicações de balancetes mensais analíticos, gastos públicos improdutivos (atividades meio) sejam o menor possível, são fatores importantes e que devem ser analisados.


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