BANCO CENTRAL DO BRASIL
Perspectivas para a Inflação. Carlos Hamilton
Araújo. Dezembro de 2013. (resumo da
publicação)
Missão do Banco Central
Assegurar
a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e
eficiente.
Importância dessa Missão
A
experiência internacional e a teoria econômica apontam inflação baixa e estável
como
precondição
para o crescimento sustentável.
• Inflação elevada:
• Eleva
prêmios de risco, diminui confiança, encurta horizonte de planejamento e
deprime investimentos;
• Reduz
emprego, renda e consumo; e
•
Aumenta a concentração de renda, diminui o crescimento da economia e o
bem-estar da sociedade.
Retrospectiva - Exterior
Desde a divulgação do último Relatório:
•
Riscos para a estabilidade financeira global elevados;
• Curva de juros permaneceu positiva e
fortemente inclinada em importantes economias maduras;
• Atividade global em ritmo moderado;
• Certa acomodação dos preços das commodities
nos mercados internacionais;
• Nos mercados de moeda, têm-se observado
maior volatilidade e tendência de
apreciação do dólar dos EUA; e
• De modo geral, política monetária se mantém
acomodatícia, nas economias emergentes e maduras.
Retrospectiva - Brasil
Desde
a divulgação do último Relatório:
• Recuo
de 0,5% da atividade no terceiro trimestre;
• No mercado de fatores: utilização da
capacidade instalada relativamente estável e estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho;
• No mercado atacadista, pressões de preços no
segmento agrícola e, especialmente, no
industrial;
• Inflação ao consumidor elevada e ainda
mostrando resistência; e
• Continuidade do ciclo de ajuste das
condições monetárias iniciado em abril deste ano.
Cenário Prospectivo – Política Monetária
• O
Copom destaca que, em momentos como o atual, a política monetária deve se
manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados
de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte
relevante para a política monetária. Ao mesmo tempo, o Comitê pondera que a
transmissão dos efeitos das ações de política monetária para a inflação ocorre
com defasagens.
Perspectivas – Projeções – 2013-2014-2015
Projeção para o PIB:
• A taxa estimada para o crescimento do PIB em
2013 foi revisada para 2,3%, ante 2,5% constante no Relatório de setembro; e
• A
taxa estimada alcança 2,3% no acumulado em quatro trimestres até o terceiro
trimestre de 2014.
Projeções para a inflação:
• Cenário de referência: 5,8% para 2013; 5,6%
para 2014; e 5,4% para 2015; e
•
Cenário de mercado: 5,8% para 2013; 5,6% para 2014; e 5,3% para 2015.
Perspectivas – Política Fiscal
•
Considerando trajetórias estimadas para o produto efetivo e potencial,
admite-se que a política fiscal pode se deslocar para a neutralidade no
horizonte relevante para a política monetária.
• A
geração de superavits primários em patamares próximos à média dos gerados em
anos recentes é necessária para manter a dívida pública em trajetória
sustentável;
•
Aumentou a diferença entre a taxa real do custo de financiamento do setor
público e a taxa real de crescimento do PIB
•
Atendida essa condição, o custo de financiamento da dívida pública tenderia a
recuar, com repercussões favoráveis sobre o custo de capital de modo geral, o
que estimularia o investimento privado no médio e no longo prazo.
Perspectivas – Brasil - 2014-2015
Ritmo
de expansão da atividade relativamente estável no próximo ano, em comparação a 2013,
com mudança na composição da demanda e da oferta agregadas;
• Déficit nas transações correntes financiado
essencialmente com investimentos estrangeiros diretos;
• Expansão moderada do crédito (ao consumo em
especial);
• Moderação de ganhos salariais;
• Correção de preços relativos; e
• Projeções indicam inflação em doze meses
elevada no horizonte relevante, mas com tendência de recuo.
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