O
QUE DEVE SER FEITO PARA O CRESCIMENTO VOLTAR?
A
POLÍTICA MONETÁRIA E SUAS LIMITAÇÕES.
FUNÇÕES
DA MOEDA:
a) RESERVA
DE VALOR: permite formação de mercados de poupanças,
empréstimos e investimentos (a longo prazo), em consequência o desenvolvimento
sustentado.
b) UNIDADE
DE MEDIDA: permite ao mercado precificar o valor dos bens e serviços,
facilitando negócios e o desenvolvimento.
c) MEIO
DE PAGAMENTO (instrumento de troca): facilita negociações permitindo
que se formem mercados e em consequência ocorra o desenvolvimento.
Pela
definição das funções da moeda podemos deduzir de sua importância, pode ser considerada
entre as maiores criações da civilização, proporciona condições de crescimento econômico
sustentado. A moeda fiduciária (bancária ou escritural) potencializou mais
ainda seu poder. Sabemos que a função da política monetária é manter o poder de
compra da moeda (inflação máxima de 3%), impedindo que ela perca o potencial de
suas funções (unidade de medida e reserva de valor).
A experiência
também ensinou que a política monetária, apesar de necessária, sozinha não tem
condições de proporcionar o crescimento econômico.
Em fase
de contração (recessão) a taxa básica de juro baixa, sozinha, não consegue
reverter o processo, apenas amenizá-lo. Por outro lado na fase de expansão ela
é mais eficaz em aumentar a demanda em velocidade superior à oferta, trazendo
como efeito a inflação (desarmoniza os preços relativos). A economia passa
rodar em um nível superior ao sustentável. O que aprendemos é que os processos
inflacionários caminham para estagflação (inflação sem crescimento). O
desarranjo da “nova matriz econômica” foi tão grande que conseguiu fazer
inflação ascendente com recessão.
O QUE
PODE E DEVE SER FEITO PARA QUE A RECESSÃO ACABE E O CRESCIMENTO VOLTE? Reverter
o processo inflacionário para descendente. É o único caminho racional. Como?
Superávits primários de 3% ou taxa básica adequada. Com inflação ascendente e
taxa básica negativa (Selic – IRF – IPCA ou IGPM) veremos a formação de bolha
de ativos e após o furo, nova crise (aí será pior). Não tem outro
caminho. MAG 02/2016.
A TAXA BÁSICA A CURVA DE JUROS E A PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ.
ResponderExcluirUma elevação da taxa básica (ou de redesconto) tem a finalidade de dar um sinal para o mercado (influenciar expectativas), não pelo aumento do juro, que é insignificante, mas pelo aviso implícito de que a autoridade monetária está vigilante e não permitirá descontrole do processo inflacionário.
Em uma conjuntura com inflação dentro da meta, a curva de juros será ascendente (os juros curtos serão menores do que os longos é preferência pela liquidez).
Em uma conjuntura com inflação acima da meta e expectativa de aumentos (inflação ascendente), a curva de juros fica ascendente (além da preferência pela liquidez a expectativa de inflação influencia os juros longos). Um aumento da taxa básica acima da neutra (natural ou de equilíbrio) influencia as expectativas de inflação (queda da inflação futura) e os juros de longo prazo (estes caem). A curva de juros fica descendente na parte longa (é o mercado acreditando na queda da inflação).
É ASSIM QUE O MERCADO AVISA QUE ACREDITA NA QUEDA DA INFLAÇÃO.