LIBERALISMO E DEMAGOGIAS.
REPITO ALGUNS ESCRITOS JÁ PUBLICADOS QUE FALAM A RESPEITO DAS IGNORÂNCIAS (A MAIORIA DEMAGOGIAS DE ESQUERDA) QUE SE ESCREVEM SOBRE LIBERALISMO, NEOLIBERAL, POPULISMO, DE CENTRO.
POPULISMO: “Populismo, segundo o dicionário
Aurélio é a política fundada no aliciamento das classes sociais de menor poder
aquisitivo”. O populista é carismático, tem boa fluência verbal, boa
oratória, fala o que o povo quer ouvir e não o que pensa. EM RESUMO: POPULISTA É MENTIROSO, É DEMAGOGO.
CENTRO: centro quer dizer que não é nada, não sabe o caminho a seguir, nem à direita nem à esquerda, resumindo é demagogia ou ignorância.
MODELOS
ECONÔMICOS DE DESENVOLVIMENTO.
Todos
os modelos econômicos são CAPITALISTAS, com duas vertentes:
a) CAPITALISMO LIBERAL (as democracias liberais, ou
estado democrático do direito) ou de mercado (preços livres, lucros,
propriedade privada), o que sobreviveu e permitiu o crescimento e
desenvolvimento dos países que o adotou (os hoje considerados desenvolvidos).
Prega a menor presença estatal possível. A principal função do estado é
estabelecer as regras do jogo. O poder é da lei e não das autoridades. Regras
do jogo devem ser pre-estabelecidas. A luta pela sobrevivência é um estímulo
constante pela melhoria contínua e inovações. Substituir a ordem natural,
espontânea e complexa dos mercados (infinitos interesses pessoais) pelas
limitações do planejamento centralizado, dirigido por burocratas de governos
(totalitários e autocráticos, onde a corrupção é facilitada), foi o caminho do
empobrecimento, motivo do comunismo ter sido abandonado pelo mundo civilizado e
livre.
b) CAPITALISMO DE ESTADO (socialismo ou comunismo, economia
de planejamento centralizado): foi a experiência política e econômica que
trouxe sofrimentos e não conseguiu produzir riquezas, fracassou em todas as
partes do mundo (desenvolvido ou não). Quem optou pelo regime empobreceu. Sua
morte foi decretada com a queda do muro de Berlim e a famosa frase de Nikita
Krushev, “que modelo econômico bom é este se todos querem fugir dele, se temos
que construir muros para que não fujam, se fosse bom estaríamos construindo
muros para que não entrassem”. Se a economia é de planejamento centralizado, o
poder também o é, motivo de pregar a ditadura. Exemplos de fracassos: a Coreia do Norte x Coreia do Sul. A Alemanha
Ocidental x Alemanha Oriental. A China Continental (antes de abrir a economia)
x Hong Kong x Taiwan x Japão.
Quando
prescrevem mais impostos, inclusive o sobre fortunas ou heranças, o que no
fundo pretendem é substituir o modelo que proporcionou riquezas ao mundo, o
capitalismo liberal (a gerência nas mãos dos interessados em lucros), pelo
capitalismo de estado, a gerência nas mãos de burocratas corruptos. É a
concentração das riquezas nas mãos dos mais fortes e não na dos mais dedicados
e capazes (e medidos diariamente pelo lucro ou prejuízo. Os incapazes perecem e
são substituídos pelos mais capazes. É a lei de sobrevivência do capitalismo
liberal).
SOCIALISMO
Para cada pessoa que recebe sem
trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
LEI GERAL DO SOCIALISMO:
LEI GERAL DO SOCIALISMO:
Quando
metade da população entende que não precisa trabalhar, pois a outra metade da
população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais
a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, é o início da pobreza geral.
O
Socialismo dificulta tanto a vida de quem trabalha que dura apenas até a riqueza
produzida por estes acabar. MAG 08/2015.
O
LIBERALISMO (PENSAMENTO LIBERAL).
A expressão francesa síntese do
pensamento liberal inicial “laissez faire, laissez passer”, que significa literalmente "deixai
fazer, deixai passar", pode ser considerada a origem da GLOBALIZAÇÃO e da
liberdade de fazer negócios e de ir e vir. A liberdade da movimentação de
mercadorias e de pessoas. Sozinha dá a entender que o liberalismo é um vale
tudo, engano, não é. O pensamento liberal nasceu defendendo o direito de
propriedade (contra o poder absolutista dos reis e dos mais fortes), os lucros
(motivadores), normas para limitar o poder discricionário das autoridades, regras
do jogo pré-estabelecidas defendendo a concorrência, a menor presença estatal
possível, se funciona sem regulamentos não regulamente. Defendeu a liberdade de
religião e a separação da mesma do estado. A concorrência e os lucros são um
estímulo constante de melhorias contínuas. Quem ficar parado não sobrevive. A
luta pela sobrevivência nas economias de mercado (chamadas de capitalismo) é
que fez elas produzirem mais riquezas que as economias de planejamento
centralizado (chamadas de comunismo).
O mundo comunista mais civilizado implodiu com a queda do muro de Berlim
e o desmoronamento da URSS (sobraram as ditaduras da Coreia do Norte e de Cuba.
Povo sem condições de bem se informar, cultura dirigida pelas ditaduras). Os
partidos de esquerda (comunistas e socialistas) acabaram ou mantiveram o nome
apenas de fachada (marketing) nos países menos desenvolvidos culturalmente. As
pessoas mais cultas entenderam que o sonho era apenas sonho, uma utopia que
custou vidas e o sofrimento de gerações. A máxima: maior o poder maior a
corrupção prevaleceu no mundo comunista.
O entendimento de que os liberais defendem fronteiras escancaradamente
abertas é errado. Acreditam que a livre concorrência não existe sem regras que
a defendam. Os liberais defendem a liberdade de comércio exterior, mas
negociada. Defendem a liberdade de importações de livros, de jornais, de
comunicação, de tecnologias que aumentem a produção e a produtividade.
Exemplificando: facilitar a importação de maquinários e tecnologias que
aumentem a produção e a produtividade. Uma siderurgia ou aciaria não pode ser
dificultada em importar fornos mais baratos do exterior para proteger a
indústria nacional (perde condições de competitividade). Estaremos protegendo
uma indústria sem condições de competitividade e dificultando outra que poderia
ser competitiva. A Petrobras não pode ser dificultada em importações para
produção de petróleo, pois ela concorre com empresas do mundo inteiro. Se a
Embraer fosse impedida de importar tecnologias ela não existiria (é impossível
competir sem o melhor e mais barato do mundo).
PENSAMENTO
LIBERAL E DEMAGOGIAS DE ESQUERDA. ERROS DIVULGADOS PELA IMPRENSA.
1) Os liberais são contra toda forma de REGULAMENTAÇÃO: ERRADO. Os liberais são a favor de
normas que limitem o poder discricionário dos governantes e definam as regras
do jogo que defendam a concorrência (não existe liberalismo sem concorrência).
Contra toda forma de regulamentação são os anarquistas (Bakunin).
2) Colocam os mesmos autores como LIBERAIS E NEOLIBERAIS:
ABSURDO. Não sabem definir as
diferenças entre liberais e neoliberais. Se não sabem definir os autores como
saber as diferenças?. Não existem diferenças teóricas, o neoliberalismo é
apenas a adequação das ideias liberais aos tempos contemporâneos. Tentaram definir ditaduras como neoliberais,
absurdo pois o pensamento liberal é contra toda forma de limitações das
liberdades. Nenhum governo pode ser considerado como uma experiência 100%
liberal. Sempre foram limitados pelo passado que não conseguiram mudar ou por
interesses políticos.
3) Os LIBERAIS são contra a PRESENÇA DO ESTADO na
economia: ERRADO. Os liberais são a
favor da menor presença estatal possível e da maior quando necessária.
4) A crise americana foi provocada por adotarem o
princípio neoliberal de eliminar toda REGULAMENTAÇÃO: ERRADO. Os liberais são a favor da responsabilidade fiscal e
monetária, contra o poder discricionário na condução da política monetária, são
a favor de regras e transparência (metas, superávit fiscal, câmbio flutuante),
normas prudenciais e taxa básica adequada e comprometida com a inflação
desejada.
A ESQUERDA manteve (ainda tem presença marcante) durante
muitos anos o domínio das redações das mídias (não a direção, o comando do
capital) e das faculdades estatais. Este domínio foi mantido e através do
ensino errado nas faculdades (apostilas toscas e indicações bibliográficas de
esquerda) e da política desonesta de mentir sobre os pensamentos contrários. A
política de ensinar (faculdades) e divulgar errado (imprensa) fez com que
muitos acreditassem nas mentiras (leigos, massa de manobra, os enganados e
muitos cultos em outros saberes).
AUTORES LIBERAIS (alguns):
Adam Smith, A Riqueza das
Nações (1776);
Milton Friedman, Capitalismo e Liberdade (1962);
José Guilherme Merquior, A Natureza do
Processo;
Roberto Campos, Lanterna na Popa;
Karl R. Poppper, A Sociedade Aberta
e seus Inimigos;
Douglas North, Entendendo o
Processo de Mudança Econômica;
Norberto Bobbio, Liberalismo e
Democracia.
QUADROS SINTÉTICOS COM DIFERENÇAS
PRINCIPAIS.
VARIÁVEIS
ECONÔMICAS
|
LIBERAIS
(economia de mercado) e CONSERVADORES
|
COMUNISTAS
(esquerda, socialistas, economia planificada, centralizada)
|
LUCRO
|
SIM
|
NÃO
|
PROPRIEDADE
|
SIM
|
NÃO
|
HERANÇA
|
SIM
(tributação mínima)
|
NÃO
(tributação máxima)
|
PREÇOS
|
MERCADO
|
Controlados
|
PRODUÇÃO
|
MERCADO
|
Planificada
|
COMÉRCIO
|
LIVRE
|
Planificado
|
ESTATAIS
|
MÍNIMO
|
MÁXIMO
|
TRIBUTAÇÃO
|
MÍNIMA
|
MÁXIMA
|
ESTADO:
OPERAR E REGULAR
|
SÓ Regular
(funciona sem norma não normatize)
|
REGULAR
E OPERAR
|
VARIÁVEIS POLÍTICAS
|
LIBERAIS
(direita, economia de mercado) e CONSERVADORES
|
COMUNISTAS
(esquerda, socialistas, economia planificada, centralizada)
|
DIREITO DE IR E VIR
|
Sim
|
Não
|
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
|
Sim
|
Não
|
LIBERDADE DE IMPRENSA
|
Sim
|
Não
|
LIBERDADE POLÍTICA
|
Sim
|
Não
|
PARTIDO POLÍTICO
|
Livre
|
Único.
|
VARIÁVEIS CULTURAIS
(COSTUMES).
|
CONSERVADORES
|
LIBERAIS
|
ESQUERDA
|
RELIGIÃO COSTUMES
|
Religiosos tradicionais
|
Religiosos, Laicos e progressistas. Abertos ao novo
|
Laicos
|
ABORTO
|
Contra e criminaliza
|
Contra, mas não criminaliza
|
Contra, mas não criminaliza
|
INSTITUIÇÕES
|
Tradicionais, democratas conservadores
|
Aberto ao novo, defendem a liberdade e democracia
|
Governo centralizado, ditadura
|
GOVERNO
|
Forte e centralizado, mas democrata
|
Descentralizado, com mais poderes a estados e municípios.
|
Forte, centralizado
|
PENSAMENTOS
CONTRÁRIOS (EM ECONOMIA E POLÍTICA).
Já
li nos principais jornais do país absurdos definindo uma política como liberal conservadora
e ortodoxa (são pensamentos contrários). Escrevem até o absurdo de que uma
política econômica é liberal conservadora. Já li também (isto era comum) outros
absurdos como as ideias liberais serem contra toda forma de regulamentação (a
Wikipedia escrevia este absurdo). Isto é fruto de desonestidade intelectual de
acadêmicos que utilizam a técnica de definir pensamentos contrários de acordo
com seus interesses. Manipulam a formação da opinião pública. Não têm a
honradez de falar que mudaram de opinião, preferem definir erradamente os
pensamentos. O pensamento mais agredido é o liberal. Escrevem com a maior cara
de pau que os liberais são contra toda forma de regulamentos. O pensamento
liberal tem como seu principal fundamento a exigência de normas para defender a
população contra o poder discricionário dos governantes (impor limites através
de normas aos governantes), e regras do jogo pré-estabelecidas que defendam a
concorrência e o mais fraco contra o mais forte (evitar o poder discricionário dos
oligopólios). Chegaram ao cúmulo de escrever que a crise americana (a formação
de bolha nos preços dos ativos que não moeda, principalmente os imóveis) foi
originada pelo pensamento neoliberal de eliminação de regulamentos (só não
conseguem falar que regulamento). Quem escreveu que os liberais são contra as
normas prudenciais ou as que defendam os consumidores e a concorrência? Só
ignorantes ou desonestos intelectuais. São os liberais que defendem normas para
serviços concedidos ou autorizados e que combatem toda forma de privilégios.
Contra o poder discricionário na política monetária e fiscal são os liberais e
monetaristas. A favor do poder discricionário são os keynesianos e
“desenvolvimentistas”. A esquerda (os comunistas e socialistas) é defensora de
ditaduras. Se não existem autores (de respeito) diferentes não há como
diferenciar liberalismo de neoliberalismo.
Contra
responsabilidade fiscal e monetária, limites para déficits públicos e metas de
inflação são os keynesianos-desenvolvimentistas.
PENSAMENTOS
CONTRÁRIOS (EM ECONOMIA E POLÍTICA)
LIBERAL
|
CONSERVADOR
|
ANARQUISTA
|
CONSERVADOR
|
HETERODOXO
|
ANARQUISTA
|
ORTODOXO
|
HETERODOXO
|
ANARQUISTA
|
CAPITALISMO
|
COMUNISMO;
SOCIALISMO
|
ANARQUISTA
|
ECONOMIA
DE MERCADO
|
ECON.
PLANIFICADA; CENTRALIZADA, DIRIGIDA.
|
|
MONETARISMO
|
KEYNESIANOS;
HETERODOXOS
|
|
DEMOCRACIA
|
DITADURA
|
ANARQUIA
|
CAPITALISMO
LIBERAL OU ECON. DE MERCADO
|
CAPIT.
DE ESTADO; PROTECIONISTA; NACIONAL- DESENVOLVIMENTISMO.
|
É ERRADO
ESCREVER (por serem pensamentos contrários): liberal-conservador;
conservador-liberal; liberal-ortodoxo; liberal, conservador e ortodoxo;
democracia comunista (são antagônicos); ditadura liberal (são antagônicos). A
utilização destes termos é demagogia, populismo ou ignorância.
É CORRETO
ESCREVER: liberal-monetarista; capitalismo-liberal; capitalismo-de-mercado;
capitalismo-de-estado; ditadura-comunista; ditadura-capitalista;
ditadura-conservadora.
POPULISMO: “Populismo, segundo o dicionário
Aurélio é a política fundada no aliciamento das classes sociais de menor poder
aquisitivo”.
O populista é carismático, tem boa fluência verbal, boa oratória, fala o que o povo quer ouvir e não o que pensa.
EM RESUMO: POPULISTA É MENTIROSO, É DEMAGOGO.
O populista é carismático, tem boa fluência verbal, boa oratória, fala o que o povo quer ouvir e não o que pensa.
EM RESUMO: POPULISTA É MENTIROSO, É DEMAGOGO.
CENTRO: centro quer dizer que não é nada, nem
direita nem esquerda, resumindo é demagogia, é ignorância.
Artigo escrito em maio/1996 para explicar que o pensamento liberal nasceu
objetivando limitar o poder discricionário das autoridades (monarquia
absolutista, uma forma de centralização do poder) através de NORMAS (que é o princípio
fundamental do liberalismo). No liberalismo o poder deve ser da norma e não da
autoridade.
A definição de pensamento liberal era agredida diariamente nos jornais e
por acadêmicos desonestos ou ignorantes (os alunos que estudaram em apostilas toscas aprenderam errado).
Todos os sistemas econômicos são CAPITALISTAS, inclusive o COMUNISMO. A
diferença é a propriedade do Capital, no capitalismo ela é privada, no
comunismo ela é do estado.
1)
CAPITALISMO:
Economia de mercado. O liberalismo é a forma mais evoluída do capitalismo (a
menor presença estatal possível, a maior quando necessária). O Capitalismo de
estado é uma variante que facilita a corrupção e agrega muito dos pontos
negativos do comunismo. Na verdade todos os sistemas econômicos são
CAPITALISTAS, inclusive o COMUNISMO. A diferença é a propriedade do Capital, no
capitalismo ela é privada, no comunismo ela é do estado.
O
capitalismo é um regime econômico onde são permitidos o Lucro e a Propriedade
Privada como forma de estímulo à produção e ao crescimento econômico. Para que
a propriedade privada e o lucro aconteçam é necessário que a economia seja
livre (para ser livre ela precisa das regras do jogo fixadas antecipadamente).
Por isso o Capitalismo é também chamado de economia Liberal ou de Mercado. O
liberalismo fundamenta-se na existência de NORMAS que regulem as regras do jogo
(um dos princípios) e que limitem o poder discricionário dos governos ou dos
mais fortes (governo ou monopólios). O governo intervém para buscar o Bem Comum
e evitar desequilíbrios entre os agentes econômicos (através de leis e órgãos
reguladores), defendendo os consumidores e a concorrência. A poupança nacional
é individual e gerida individualmente. As empresas, para conseguir lucro e a sobrevivência
procuram produzir de acordo com as necessidades e os desejos dos consumidores.
Os preços são livres. Utiliza os talentos existentes na população para produzir
e dirigir. Em tese utiliza todos os cérebros existentes no país. Os
proprietários, buscando o lucro, buscam também os melhores dirigentes e ganhos
constantes de produtividade (desenvolvimento e melhoria contínua são o caminho
da sobrevivência).
2)
COMUNISMO:
Economia planificada e com direção centralizada. Por seus princípios básicos o
comunismo não permite o liberalismo, seu funcionamento exige um regime
totalitário e autoritário (partido único inclusive). Regime econômico onde não
são permitidos o Lucro e a Propriedade Privada. Para que isto aconteça é
necessário que o governo atue em lugar dos agentes econômicos, planificando e
centralizando a direção. Por este motivo, é chamada de Economia Planificada,
Centralizada, Dirigida. A poupança nacional é gerida pelo governo. A produção
procura ganhos de escala e tem pouco compromisso com as necessidades e vontades
dos consumidores. Os preços são controlados. A planificação centralizada da
economia induz a um regime político autoritário e com eliminação das liberdades
individuais. Utiliza os funcionários públicos para dirigir e planificar. Nem sempre
são os melhores talentos (na prática formam uma burocracia elitizada e
privilegiada). Não priorizando o lucro, não priorizam ganhos de
produtividade. A produção, sendo planificada e centralizada, não procura
atender os desejos dos clientes (consumidores), produzindo-se, em consequência,
produtos desatualizados. Os comunistas procuram ganhar em economia de escala e
produzir a custos menores, mas, na prática, os custos menores são para produtos
de qualidade muito inferior. O comunismo procura melhorar a distribuição da
renda, mas o produto não crescendo não há o que distribuir (a pobreza
generaliza-se). A prática mostrou acontecer faltas de produtos e filas para
compras, além de elite dirigente corrupta.
J. M. Keynes:
"os regimes autoritários contemporâneos parecem resolver o problema do
desemprego à custa da eficiência e da liberdade."
VARIÁVEIS ECONÔMICAS
|
CAPITALISMO
|
COMUNISMO
|
VARIÁVEIS
POLÍTICAS
|
CAPIT.
|
COMUN.
|
|
LUCRO
|
SIM
|
NÃO
|
Direito
de ir e vir
|
Sim
|
Não
|
|
PROPRIEDADE
|
SIM
|
NÃO
|
Liberdade
de Expressão
|
Sim
|
Não
|
|
HERANÇA
|
SIM
|
NÃO
|
Liberdade
de Imprensa
|
Sim
|
Não
|
|
PREÇOS
|
MERCADO
|
CONTROLADOS
|
Liberdade
Política
|
Sim
|
Não
|
|
PRODUÇÃO
|
MERCADO
|
PLANIFICADA
|
Partido
Político
|
Livre
|
Único
|
|
COMÉRCIO
|
LIVRE
|
PLANIFICADO
|
3)
CAPITALISMO (características e fundamentos):
Qualidade - De acordo com o
mercado e a vontade dos consumidores.
Sobrevivência - A luta pelo
mercado e pela sobrevivência induz a um processo de busca de melhoria contínua.
O fator de produção evolução tecnológica provoca ganhos de produtividade e o
desenvolvimento contínuo.
Preservação - O direito de
herança induz à Preservação (poupança).
Problemas
-
Distribuição de Renda, Monopólios, Oligopólios, Controles de Mercado,
Desemprego, Juros.
4)
COMUNISMO (características e fundamentos):
Qualidade - De acordo com
planejadores (funcionários públicos gestores). Não obedece a vontade dos
consumidores. A evolução tecnológica e o desenvolvimento são mais lentos.
Sobrevivência - Determinada pelos
gestores públicos. Não se submetem ao julgamento do mercado (consumidores) e do
lucro (eficácia). Empresas deficitárias generalizam-se.
Preservação - Não existindo o
direito de herança, elimina-se o maior indutor da preservação (poupança), que é
o amor pelos filhos.
Problemas
–
Qualidade, Produtividade, Não crescimento econômico, Autoritarismo e
Totalitarismo. Faltas de produtos, filas para compras e corrupção por parte da
elite dirigente.
5)
PROBLEMAS DO CAPITALISMO:
a)
Distribuição de Renda
- Existe ainda, no capitalismo brasileiro, um segmento da economia onde a
gerência não é individual, mas coletiva. É a gerência das poupanças dos
trabalhadores destinadas às aposentadorias. São geridas pelos governos (Brasil,
Europa, modelo Comunista) ou por fundos de pensão (gerência coletiva, sem
fiscalização adequada e sem a utilização das competências e dos interesses
individuais), onde o modelo gerencial aproxima-se mais do coletivismo do
que do individualismo. Enfim, se os trabalhadores são obrigados a entregar suas
poupanças para serem geridas por governos, por sindicatos ou por gerência
coletiva. Podemos dizer que grupos de interesses menos competentes e atuantes assumem
a gerência beneficiando-se em detrimento de outros, que são prejudicados no
Sistema Capitalista, sendo obrigados a renunciar ao maior benefício do modelo
econômico capitalista que é a liberdade de gerenciar suas poupanças. A
má gerência dos governos e dos fundos de pensão dilapida a poupança dos
trabalhadores (FGTS, FAT, INSS). Não tendo compromisso com os trabalhadores,
não procuram a melhor rentabilidade e segurança para aplicar suas poupanças,
optando sempre por projetos políticos (de viabilidade duvidosa), que pagam
comissões ou vantagens. A consequência é a falta de compromisso com a segurança
e a rentabilidade. Não prioriza as aplicações das poupanças para os
empreendedores mais eficientes com projetos de melhores viabilidades
(mais seguros e rentáveis). A poupança não sendo aplicada nos projetos
mais rentáveis, não consegue o máximo crescimento econômico (sustentado) e o
aumento da renda per capita.
b)
Monopólios - Oligopólios - Controles de Mercado
Sendo
o Capitalismo o regime econômico de livre mercado, ele traz dentro de si o
germe de sua destruição (o excesso de liberdade), que permite a grupos
de interesses dominarem segmentos da economia, eliminando a concorrência (não
existindo concorrência, não existe livre mercado, nem capitalismo liberal).
Estes grupos de interesses são os oligopólios ou monopólios. Existem segmentos
da economia que são monopólios ou oligopólios naturais (rede de esgoto, rede
elétrica, usinas hidroelétricas, etc.) e outros onde o livre mercado leva à
concorrência excessiva ou predatória (os mais fortes eliminam os mais fracos e
dominam o mercado). Da mesma maneira que a legislação oficializou a ideia de Bem
Comum, hoje aceita por todos, ela deve procurar, permanente e
continuadamente, evitar que o livre mercado e a concorrência sejam eliminados
através do domínio de segmentos de mercado por grupos de interesses (o preço da
liberdade, do livre mercado e da livre concorrência, é a eterna vigilância e a
ação corretiva imediata). Para isto, devem ser feitas Leis de Proteção aos
Consumidores e à Liberdade de Mercado (Livre Concorrência). Medidas econômicas
de proteção à livre concorrência e aos consumidores devem ser tomadas, como
facilitar as importações, financiar novos produtores e importadores, ou
outras, até que o equilíbrio volte a acontecer.
c)
Emprego - Juros
Os
agentes econômicos são os Trabalhadores, os Empresários (investidores) e os
Capitalistas (poupadores). Apesar de parceiros no interesse final da economia,
seus interesses particulares podem ser contrários. A luta contínua por ganhos
de produtividade, pelas empresas, reduz a quantidade de empregos ofertados,
reduzindo, em consequência, o Consumo (C) e a procura (D) pelos
produtos das empresas. Os Trabalhadores por serem o maior contingente da
economia, detêm a maior parte da Renda e da Poupança nacional. Os Empresários
(investidores) buscam recursos com os Bancos (intermediários entre poupadores e
investidores), procurando pagar a menor taxa de juros. Os Poupadores (os
trabalhadores detêm a maior parte da Poupança Nacional) buscam a maior taxa de
juros para suas Poupanças. Como as taxas de juros altas reduzem o Consumo ( C
), reduzem também o nível de emprego e os novos Investimentos (I). Para
mediar este problema, os governos procuram controlar as taxas de juros através
dos Bancos Centrais e de seus Bancos de Desenvolvimento, ofertando recursos
para Investimentos a juros baixos. Entretanto, para combater a inflação
provocada por déficits do governo (corruptos, fracos, inconsequentes),
aumenta-se a taxa de juros a níveis que induzam a redução da procura global (em
consequência, ocorre desemprego).
6)
PENSAMENTO LIBERAL
Substituir
a ordem natural, espontânea e complexa dos mercados (infinitos interesses
pessoais) pelas limitações do planejamento centralizado, dirigido por
burocratas de governos (totalitários e autocráticos, onde a corrupção é
facilitada), é o caminho do empobrecimento.
O
pensamento liberal defende e aceita um poder normativo (mais normas e menos
poder discricionário de autoridades) e defensor da concorrência e dos interesses
dos consumidores (não existe liberalismo sem concorrência). RESUMINDO: A
MENOR PRESENÇA ESTATAL POSSÍVEL, A MAIOR QUANDO NECESSÁRIA.
7)
O Liberalismo é uma doutrina ou corrente de
pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e
civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre
consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a
liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a
lei igual para todos, a transparência, o direito de propriedade. O liberalismo
nasceu combatendo o direito divino dos reis (e a hereditariedade), os privilégios da corte, dos militares e o sistema
de religião oficial.
AUTORES LIBERAIS (alguns):
Milton Friedman, Capitalismo e Liberdade (1962);
Roberto
Campos, Lanterna na Popa;
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