terça-feira, 29 de maio de 2018

A SELIC, OS SWAPS E A ELEIÇÃO.



Uma Selic de 6,5% com meta de IPCA de 4,5% daria uma taxa de juro líquida de IRF e de IPCA de: 6,5 x 0,8 – 4,5 = 0,7%. Acontece que o mercado lê também o IGPM (e sabe que ele antecipa o IPCA). O IGPM de 11/17 até 04/18 acumulou 3,4979% (anualizado daria 7,2%). Pelo critério IGPM a Selic líquida seria: 6,5 x 0,8 – 7,2 = - 2% (juro negativo). 

Considerando que em épocas de incertezas (inseguranças) devemos adotar a Política Monetária PREVENTIVA no lugar da TEMPESTIVA, considerando também que os candidatos a presidente que lideram são considerados despreparados para o cargo, os EUA estarem pagando juros acima de 3% e o custo dos Swaps cambiais para o BC, adequar a Selic à realidade tem custo menor (os juros longos subiram e muitos bancos pagam acima de 125% do CDI). O menor custo ainda é a Selic (os juros longos caem e os custos dos swaps também).

Se a percepção de que o futuro governo não terá compromisso com as necessárias reformas, com a meta de redução dos deficits primários e ou capacidade de cumprir o teto dos gastos públicos, a política monetária através da taxa básica deverá perder sua potencialidade ou mesmo ficará sem efeitos (ou terá efeitos negativos).   

Se um candidato considerado competente e compromissado com as reformas e com a redução dos deficits primários assumir a liderança das pesquisas presidenciais, o Real valoriza, os juros caem e a percepção de crescimento aumenta (e investimentos). MAG 05/2018 

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