BREVE
COMENTÁRIO SOBRE CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO, INVESTIMENTOS E DEPRECIAÇÕES.
Este texto pretende também
explicar as necessidades das reformas que permitirão os ajustes necessários nos
gastos públicos para que os déficits primários da União (receita menos gastos
antes de despesas financeiras) acabem (isto é necessário para impedir o aumento
da dívida pública) e pelos menos parte dos juros sejam pagos.
Para este comentário vamos
considerar o conceito reduzido de PIB = C + I (Produto Interno Bruto = Consumo
+ Investimentos). Sabemos que o Fator de Produção Capital (fatores de produção
= capital, trabalho, recursos naturais e tecnológicos) sofre depreciações por
uso e tecnológicas (estas de dois em dois anos no máximo). Portanto a produção
para se manter tem que ter um investimento semelhante ao capital depreciado, e
para aumentar, o investimento terá que ser maior e modernizado (para enfrentar
a concorrência). São os investimentos que mantêm a sobrevivência frente a
concorrência, a melhoria contínua, os ganhos de produtividade e permitem
inovações. Se o país não conseguir investir semelhante às depreciações o PIB
cai. O Brasil tem investimento negativo (menor do que as depreciações) e
complementa com os externos (importação de capital). O desenvolvimento é a
melhoria da qualidade de vida (ganhos tecnológicos e outros) com ou não
crescimento do PIB. Os investimentos externos procuram AMBIENTES DE NEGÓCIOS
que passem segurança e previsibilidade (confiança nos governos e nas
instituições). Um mercado consumidor também atrai.
Se o consumo presente não
permitir investimentos teremos redução do consumo no futuro. É o timing entre a
causa e o efeito que os políticos populistas e demagogos aproveitam para suas
falas. Se o investimento presente é superior às depreciações a demanda presente
e o crescimento se mantêm, criando condições para o aumento do consumo futuro.
UM ADENDO: é necessário que se
classifique os investimentos e o consumo em necessários e desnecessários,
produtivos e improdutivos. O consumo pode ser improdutivo e necessário (saúde,
educação, saneamento) no presente, mas produtivo no futuro. Os investimentos
quase sempre exigem um tempo para seus efeitos benéficos. Pode existir também
investimentos mal planejados, desnecessários e improdutivos. Portanto a
qualidade dos gastos públicos é fator importante no crescimento e no
desenvolvimento.
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