UMA SÍNTESE DAS PRINCIPAIS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS: PIB, PNB, RNB, FATORES DE PRODUÇÃO.
A riqueza de um país é medida por formulações (equações macroeconômicas): fatores de produção, PIB, PNB, RNB e Balanço de Pagamentos (contas externas).
a)
CAPITAL = RIQUEZA ACUMULADA: o Estoque de Riquezas (capital) pode ser
medido pelo que chamamos de Fatores de Produção = Capital, Trabalho, Recursos Naturais
e Tecnologia;
b) PRODUÇÃO: a medida mais conhecida é a que
mede a Produção Interna Bruta ou PIB = C + I + G + E + M = consumo +
investimento + gastos do governo + exportações - importações. O PNB (produto
nacional bruto) é o PIB + recebimentos do exterior - remessas para o exterior. Se
reduzirmos a depreciação teremos o PIL (produto interno líquido). Não se inclui
no cálculo do PIB: serviços domésticos da dona de casa, pagamentos de renda que
não resultem de atividades produtivas (aposentadorias, juros da dívida
pública,) e atividades ilegais (não socialmente úteis, como contrabando etc.).
Fazem parte do PIB
produtos benéficos (pão, medicamentos) e maléficos (fumo, bebidas, armas),
necessários (alimentos) e desnecessários (pirâmides do Egito);
c)
RENDA NACIONAL: outra medida é a Renda Nacional, RNB (semelhante ao PIB)
= S + J + L + A = renda do trabalho (salários, honorários, autônomos) + juros +
lucros + aluguéis. RNB = PNB;
d) SETOR EXTERNO: o setor externo é medido pelo Balanço de Pagamentos = Balanço Comercial (exportações menos importações) + - Balanço de Serviços + - Balanço de Rendas (juros, dividendos, lucros) = Saldo em Transações Correntes + - Conta Capital e Financeira (empréstimos, investimentos, pagamentos de empréstimos).
A RENDA DE ATIVOS, INTERNA
E NO EXTERIOR (riquezas acumuladas):
Podemos dividir as Políticas Econômicas em:
a) Monetária (moeda, liquidez, juro básico, câmbio,
Banco Central);
b) Fiscal (orçamento e sua execução). Gastos
produtivos e improdutivos, correntes e investimentos, necessários e
desnecessários;
c) Externa (comércio, tributação, câmbio).
Redação adaptada de publicações de 03/2012 e 03/2013.
EFEITO DA DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA (para privilegiar exportadores):
a) acomoda a necessidade e a motivação da busca de melhoria contínua de qualidade e gestão;
b) transfere recursos da parte eficiente (a competitiva) da economia para proteger os incompetentes e privilegiar os competitivos que exportam (a maioria empresas. com capitais estrangeiros);
c) é opção por redução de poder de compra da população, da demanda e do PIB (empregos inclusive); é opção por parque industrial atrasado e não competitivo.
Outro efeito muito importante e não divulgado da desvalorização cambial artificial é o barateamento dos ativos nacionais (empresas, imóveis etc.) e sua consequente
transferência de titularidade para estrangeiros. Os ativos sendo de propriedade
de estrangeiros têm como contrapartida a remessa de lucros (o maior saldo
negativo da conta transações correntes do balanço de pagamentos brasileiro).
2012
Adaptação de de publicação de 03/2012 e 03/2013.
EXCESSO DE RESERVAS PARA EVITAR VALORIZAÇÃO CAMBIAL: se originada
de compras feitas pelo BC para dar liquidez ao mercado é correto. Se, porém, é
originada de excessos de compras de moedas para evitar valorização cambial é
errado. O excesso de reserva se aplicado com rendimento de juros menores do que
a inflação é como se estivéssemos fazendo uma doação ao país emissor da moeda
reserva mundial (pobres doando para ricos). É pobre financiando rico.
No momento atual o Brasil tem excesso de reserva e aplica em títulos de
liquidez mais alta (e juros menores). Como temos necessidade de captar poupança
externa em torno de US$65 bi. em 2012, é aceitável e recomendado que o excesso
da reserva seja aplicado financiando empresas (e bancos) brasileiras que fazem
captação no exterior (através do BNDES e BB que têm expertise em financiamentos).
Se aplicarmos em títulos americanos estaremos financiando o Fed (com
juros baixos) a monetizar o mundo, cobrando juros baixos dos bancos, que
reemprestam a empresas brasileiras (e ao TN) cobrando juros altos. MAG
01/03/2012.
TENTANDO EXPLICAR A CONCENTRAÇÃO DE RENDA E DE CAPITAL.
ResponderExcluirMarco Aurélio Garcia
18 de janeiro de 2016 às 20:38 · Belo Horizonte ·
TENTANDO EXPLICAR A CONCENTRAÇÃO DE RENDA E DE CAPITAL.
Vamos considerar uma sociedade (pode ser uma pequena cidade) com um PIB (produção anual) de 1.000, 100 habitantes e um capital de 5.000 (as fábricas, casas, etc.). Uma empresa estrangeira entra investindo 500 em uma fábrica e produz 500 (a parte de mão de obra custou 200). No primeiro ano como é normal a empresa não deu lucro. O capital aumentou a concentração (os 500 dos empresários), mas a renda per capta aumentou de 10 para 15 (sendo que 2,00 foram para salários. 200 / 100 = 2,00). A renda per capta de todos aumentou. No segundo ano a empresa deu lucro e a renda per capta de todos aumentou novamente, mas a concentração da mesma também aumentou.
RESUMINDO: o capital produz riqueza (para todos). No capitalismo de mercado a riqueza é distribuída segundo o mercado (inúmeros interesses), todos ganham (uns mais outros menos). Parte do lucro vai para os empresários que têm interesse na sobrevivência e crescimento da empresa. No capitalismo de estado (comunismo, socialismo) o lucro quase nunca existe (as empresas têm que sobreviver de subsídios, monopólios com preços altos e qualidade baixa e socorros dos estados), a riqueza não se multiplica. Foi o motivo do capitalismo de mercado ter enriquecido e sobrevivido e o de estado empobrecido e derrotado (as últimas ditaduras são Cuba e a Coreia do Norte. Sem socorro passam até fome). E tem propagandistas da esquerda que se utilizam da inveja sub-repticiamente com o argumento da concentração de renda e de capital para tentar enganar os menos informados (no fim querem é aumentar a renda do estado para roubarem mais).
A DIFERENÇA DE CONCENTRAÇÃO: O CAPITAL PODE SER PRIVADO (a luta pela sobrevivência, os lucros reinvestidos, as melhorias contínuas) OU DO ESTADO (corrupção, preços altos, qualidade baixa, a depreciação). O CAPITAL É UMA DAS CONDIÇÕES PARA QUE OCORRA CRESCIMENTO.
18 /01/ 2020: COMENTÁRIO SOBRE A CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA E DE RENDA NOS REGIMES ECONÔMICOS: ECONOMIA DE MERCADO (LIBERAL) E DE PLANEJAMENTO CENTRALIZADO (COMUNISTA E SOCIALISTA).
O AUMENTO DA RENDA PER CAPTA EXIGE AUMENTO ANTECIPADO DE INVESTIMENTOS E DE LUCROS (NOS DOIS REGIMES ECONÔMICOS).
NAS ECONOMIAS DE MERCADO (LIBERAIS) A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA (CONCORRÊNCIA) EXIGE MELHORIA CONTÍNUA, GANHOS DE PRODUTIVIDADE E INOVAÇÕES. ISTO ACONTECE COM A CONCORRÊNCIA QUE MOTIVA AS MELHORIAS CONTÍNUAS (a luta pela sobrevivência).
NOS REGIMES DE PLANEJAMENTO CENTRALIZADO (O PODER FICA COM A BUROCRACIA DOMINANTE E MILITARES, ONDE A CORRUPÇÃO PREVALECE) A EXPERIÊNCIA PROVOU, SOBEJAMENTE, A DERROCADA DO MODELO EM RELAÇÃO AS ECONOMIAS LIBERAIS DE MERCADO: REDUÇÃO DE CRESCIMENTO, DE RENDA PER CAPTA, EMPOBRECIMENTO DA POPULAÇÃO, FALTA DE PRODUTOS, PERDA DA LIBERDADE DE IR E VIR E DE IMPRENSA (como forma de manter a ditadura). A PROPRIEDADE DA RIQUEZA FICA NAS MÃOS DO ESTADO (DA BUROCRACIA DOMINANTE SEMPRE CORRUPTA).
É VERDADE QUE NAS ECONOMIAS DE MERCADO (LIBERAIS) ACONTECE CONCENTRAÇÃO DE RENDA E DE RIQUEZA (PROPRIEDADE DOS CAPITAIS), MAS SEMPRE VEM ACOMPANHADA DO AUMENTO DA RENDA PER CAPTA DE TODOS, DE MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA. COMO O AUMENTO DA RENDA PER CAPTA EXIGE ANTECIPAÇÃO DE INVESTIMENTOS LUCRATIVOS, ACONTECE SIMULTANEAMENTE A CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA, DE RENDA E TAMBÉM DA RENDA PER CAPTA DE TODOS.
NAS ECONOMIAS COMUNISTAS COMO A PROPRIEDADE É DO ESTADO (NA VERDADE DA ELITE DIRIGENTE BUROCRATA), AS ESTATAIS MONOPOLISTAS OU OLIGOPOLISTAS (EM SUA MAIORIA) NÃO PRECISAM ENFRENTAR A CONCORRÊNCIA E A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA (A BUSCA DO LUCRO QUE EXIGE MELHORIAS CONTÍNUAS, GANHOS DE PRODUTIVIDADE E INOVAÇÕES), EM SUA MAIORIA DÃO PREJUÍZOS. NÃO EXISTE CONCENTRAÇÃO DE RENDA NEM DE RIQUEZA POIS ESTÃO CONCENTRADAS NAS MÃOS DAS MINORIAS QUE DOMINAM O ESTADO E AS ESTATAIS. MAS AS EXPERIÊNCIAS PROVARAM QUE PRODUZEM POBREZA, LIMITAÇÃO DA LIBERDADE (DE IR E VIR, DE SE INFORMAR).