A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DEFENDE A INICIATIVA E A PROPRIEDADE PRIVADA, A REPÚBLICA E A DEMOCRACIA (liberdade política partidária).

 

A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DEFENDE A INICIATIVA E A PROPRIEDADE PRIVADA, A REPÚBLICA E A DEMOCRACIA (liberdade política partidária).

DA CARTA DE PRINCÍPIOS DO PT.

‘O PT afirma seu compromisso com a democracia plena, exercida diretamente pelas massas, pois não há SOCIALISMO sem democracia nem democracia sem SOCIALISMO. UM PARTIDO QUE ALMEJA UMA SOCIEDADE SOCIALISTA e democrática tem de ser, ele próprio, democrático nas relações que se estabelecem em seu interior. Assim, o PT se constituirá respeitando o direito das minorias de expressar seus pontos de vista. Respeitará o direito à fração e às tendências, ressalvando apenas que as inscrições serão individuais’.

A DEMAGOGIA OU IGNORÂNCIA DO PT (e partidos políticos que se definem como esquerda socialista): o SOCIALISMO DEFINE SEU MODELO ECONÔMICO como contra a propriedade privada, a favor da propriedade estatal. Sendo a propriedade estatal, seu modelo econômico tem que adotar o planejamento centralizado (um único proprietário). Na prática os detentores do poder são as elites políticas, militares e burocráticas (os verdadeiros proprietários). Como o poder econômico é centralizado, para ter sustentação tem que adotar a centralização política. Para manter o sistema econômico estatal centralizado tem que adotar sistema político semelhante. Por isso adotam a ditadura do partido único, antônimo de democracia. PARA IR CONTRA O CAPITALISMO DE MERCADO (LIBERAL) ADOTAM O CAPITALISMO ESTATAL, POIS NÃO EXISTE ECONOMIA SEM CAPITAL, O QUE OS DIFERE É A PROPRIEDADE, PRIVADA OU ESTATAL. Portanto um partido para se considerar de esquerda socialista por definição tem que ser contra a propriedade privada. Se defendem a propriedade privada e democracia são direita. O PSOL se define como socialismo e liberdade. Como entender? Verdade que as definições que descrevo acima são mais conhecidas pelas pessoas mais cultas em leitura política de qualidade e economistas. É a propriedade privada que define as linhas de pensamento político de esquerda e de direita. O resto são definições complementares que têm como base a propriedade.

As definições das mídias, das apostilas rudimentares cópias de outras similares, com vocabulário elegante, mas sem sustentação racional, agridem os princípios básicos do socialismo (esquerda): propriedade estatal, economia de planejamento centralizado e ditadura do partido único. Se é contra a propriedade privada é esquerda não é direita. Se é a favor da propriedade estatal, mas aceita a privada, esta sobreviverá apenas por uns anos.

O BRASIL CORRE RISCO DE ENTRAR EM DOMINÂNCIA FISCAL?

 O BRASIL CORRE RISCO DE ENTRAR EM DOMINÂNCIA FISCAL?

Apenas se o Presidente da República e o PT continuarem a agredir o saber econômico consolidado (sabotando o próprio governo) e aceito pelo mercado e o mundo civilizado em política monetária e fiscal, criticando a Selic (taxa básica de juros) e defendendo gastos públicos improdutivos como se fossem investimentos.

Política fiscal: o Brasil tem uma dívida pública considerada alta, mas financiável com taxa Selic adequada e superávit primário (saldo antes dos juros), mantendo um déficit nominal (após juros) decrescente.

Política monetária: o mercado precisa receber mensagens (do governo e da autoridade monetária) que proporcionem credibilidade, confiança  e segurança aos capitais. Se o governo (leigos em política monetária) ficar mandando mensagens ao mercado de que a taxa básica está alta (acima da adequada), mesmo com a inflação subindo, criticando os profissionais do BC, ele passa insegurança ao mercado. Efeitos: a necessidade de taxa básica sobe, a inflação sobe e pode ocorrer fuga de capitais para o dólar por causa da desvalorização da moeda pátria. É o governo sabotando a política monetária e fiscal (sabotando o próprio governo), desacreditando os esforços do Ministro da Fazenda e do BC. A necessidade de taxa básica sobe, o dólar sobe e provoca mais fugas de capitais. O BC tem que entrar vendendo dólares à vista e no mercado futuro (demonstrando confiança e tentando passar segurança no real). EXISTIA RISCO DE DOMINÂNCIA FISCAL? Perto de zero. E agora existe? O BC e o Ministro da Fazenda têm condições de reverter o risco de dominância fiscal? Sim se o presidente e o PT pararem de sabotar a política fiscal e monetária. Passarem segurança ao mercado. É isto.

DOMINÂNCIA FISCAL: ocorre quando a taxa básica (Selic) perde poder para reverter um processo inflacionário de ascendente para descendente. Neste caso a solução é através da política fiscal. A política monetária atua como complementar. Um superávit fiscal primário com déficit nominal tem como efeito aumento da dívida do TN. Uma política monetária preventiva passa credibilidade para o mercado e impede a dominância fiscal. O Brasil tem a vantagem de ter reservas altas, dívida interna do TN (tesouro nacional) em moeda nacional e facilidade se captação. 

No cenário de Dominância Fiscal o TN tem dificuldades de financiar o déficit público e rolar a dívida. O custo financeiro sobe. Os prêmios exigidos sobem muito acima do razoável.

 

ESTUDO COMPARADO DOS SISTEMAS ECONÔMICOS E EFEITOS NA POLÍTICA E NOS COSTUMES.

 

ESTUDO COMPARADO DOS SISTEMAS ECONÔMICOS E EFEITOS NA POLÍTICA E NOS COSTUMES.

Existem dois sistemas econômicos no mundo atual: o Liberal ou Capitalismo Liberal e o Socialista ou Capitalismo de Estado.

A diferença básica entre os dois sistemas é a propriedade: privada no liberalismo e estatal no socialismo. Desta diferença derivam todas as outras.

EM ECONOMIA LIBERALISMO (capitalismo liberal): da propriedade privada derivam as outras variáveis. Inúmeros agentes econômicos, direito de herança, preços, produção e comércio de mercado (concorrência). A tributação deve ser mínima, o estado regula, mas não opera (não a estatais). Monopólio estatal na emissão da moeda (soberania monetária), banco central independente.

EM POLÍTICA (LIBERAL DEMOCRACIA): como na economia de mercado existem incontáveis agentes econômicos o sistema político deve ser semelhante, poder dividido, liberdade política, direito de ir e vir, liberdade de expressão, de imprensa, democracia e liberdade para partidos políticos. Não é direita liberal democrata quem atenta contra o estado democrático do direito. O liberalismo condena as ditaduras.

EM COSTUMES (LIBERALISMO): liberdade de religião, laicos (separação estado e religião), são humanistas, contra o aborto, mas não criminalizam (decisão médica e pessoal). Os conservadores são liberais em economia e política, mas são religiosos (são espiritualistas), contra o aborto e criminalizam. Evoluíram para a separação estado e religião, assim como do absolutismo monárquico para as monarquias constitucionais e repúblicas democráticas.

EM ECONOMIA (SOCIALISMO): como o poder econômico é estatal (condena a propriedade privada) o sistema econômico acompanha, a economia adota o planejamento centralizado (o poder é centralizado nas elites políticas e burocráticas, verdadeiros proprietários). A propriedade privada é condenada e não é protegida por leis, o lucro e a herança são condenados, os preços são tabelados pela burocracia estatal (burocracia do estado e das estatais), a produção e o comércio são estatais, o estado opera e regula, monopólio estatal na emissão da moeda (soberania monetária), banco central não é independente.

EM POLÍTICA (SOCIALISMO): para manter o poder econômico centralizado no estado o sistema político deve ser semelhante (para dar garantia ao funcionamento), adotam a ditadura do partido único, não ao direito de ir e vir, à liberdade de expressão e de imprensa (a imprensa é estatal). Não existe democracia e liberdade com ditadura e partido único.

EM COSTUMES (SOCIALISMO): liberdade de religião relativa, laicos (separação estado e religião), liberam o aborto (decisão médica e pessoal). Na prática aceitam as religiões com muitas restrições e perseguições.

 O SOCIALISMO ACABOU NO LESTE EUROPEU (por produzir pobreza em comparação com a Europa ocidental), na URSS por produzir pobreza e limitações das liberdades.

A CHINA (com Deng Xiaoping) mudou o sistema econômico do socialismo para a economia de mercado mantendo o sistema político de ditadura e partido único (mas com rodízio no poder).  Um dos motivos foi para evitar uma convulsão semelhante ao que aconteceu na Rússia. O outro é que ditador só entrega o poder se for obrigado.

A ANÁLISE ECONÔMICA CAUSAS E EFEITOS: RESTRITA, AMPLA, CURTO PRAZO E LONGO PRAZO, NO PRIMEIRO MOMENTO E SEGUINTES, ESTÁTICA E DINÂMICA.

 

A ANÁLISE ECONÔMICA CAUSAS E EFEITOS: RESTRITA, AMPLA, CURTO PRAZO E LONGO PRAZO, NO PRIMEIRO MOMENTO E SEGUINTES, ESTÁTICA E DINÂMICA.

O ensino da economia nas escolas inicia pela análise estática, restrita, efeitos no CP e no primeiro momento. Estes conhecimentos permitem que ampliemos as análises para ampla, CP e LP, dinâmica, no primeiro momento e seguintes, o lado do débito e do crédito.

As análises dos efeitos estáticos, no CP, no primeiro momento e restritos dominavam as mídias (inclusive artigos de economistas). As críticas às taxas básicas (Selic) fixadas pelo BC incorriam no erro de analisarem os efeitos apenas no CP e no primeiro momento. A Selic (taxa básica de curtíssimo prazo), aumentada (fixada) tem o efeito de subir os juros de mercado de curto prazo, para que mudem as expectativas do processo inflacionário de ascendente para descente para que as taxas de juros nominais de mercado de LP caiam. Para conseguir mudar as expectativas do mercado o BC e quem tem poder sobre ele tem que ter os mesmos conhecimentos e falas para que os efeitos do aumento da taxa básica consigam influenciar a queda das taxas nominais de mercado de LP no momento a seguir. Se a credibilidade do BC e das autoridades governamentais com poderes de influenciar a política monetária forem positivas os efeitos ocorrerão mais rapidamente. Exemplo: se a Selic está fixada em 10% e a adequada ao momento seria 14%, um aumento 0,75% (política gradualista) terá mais efeitos se as autoridades monetárias tiverem credibilidade. Se as autoridades monetárias não tiverem credibilidade a política monetária terá que ser de choque ao invés de gradualista. Os escritos de economistas que se denominavam keynesianos, de jornalistas de economia, entrevistas de presidentes de federações e presidentes da república sem convicções nos conhecimentos de política monetária, criticando os necessários aumentos da Selic sempre atrapalharam os BCs, reduzindo a sua credibilidade.  

EFEITOS DO AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES E MUDANÇA DO SALDO DA BALANÇA COMERCIAL DE POSITIVO PARA NEGATIVO.

O saldo da balança comercial entra somando no PIB se for positivo e reduzindo se for negativo. Mas isto é uma análise restrita (reducionista). O correto é fazer uma análise ampla dos efeitos das importações no PIB. A mídia especializada e artigos sempre se referem a saldos negativos (ou aumento das importações) da balança comercial como contribuição negativa no PIB. Em uma análise estática sim, mas em uma análise ampla nem sempre são. Vejamos: PIB = C + I + G + E – M (onde C = consumo, I = investimentos, G = gastos do governo, E = exportações e I = importações). Se as importações aumentarem e o saldo da balança comercial reduzir ou ficar negativo entrará no cálculo do PIB reduzindo isto em uma análise estática, restrita, mas devemos considerar que os efeitos também (análise ampla, dinâmica) no C (consumo) e no I (investimentos) que entram aumentando. O aumento do C e do I compensam o efeito negativo do aumento das importações. É o débito e o crédito. E o aumento das importações no I (investimentos) influenciará a capacidade produtiva do país em um momento a seguir (análise dinâmica).

Na economia devemos definir as causas (e a principal) e os efeitos (o principal).

Na política monetária: comparar a taxa básica adequada com a taxa básica fixada e a diferença (se alta ou baixa). Uma taxa básica alta, mas menor que a adequada só terá efeito se o BC tiver credibilidade e anunciar uma política gradual de aumentos. Se o BC não tiver credibilidade no mercado a política terá que ser de choque, fazer o aumento necessário de uma ou duas vezes. O BC terá credibilidade se for considerado competente e com apoio político.

CONTINUANDO A LUTA PARA EXPLICAR ( E DESMITIFICAR) A DIFERENÇA ENTRE ESQUERDA (SOCIALISMO) E DIREITA (LIBERALISMO) ADOTANDO A ESTRATIFICAÇÃO CONCEITUAL: ECONOMIA, POLÍTICA E COSTUMES.

 CONTINUANDO A LUTA PARA EXPLICAR ( E DESMITIFICAR) A DIFERENÇA ENTRE ESQUERDA (SOCIALISMO) E DIREITA (LIBERALISMO) ADOTANDO A ESTRATIFICAÇÃO CONCEITUAL: ECONOMIA, POLÍTICA E COSTUMES.

A DIFERENÇA BÁSICA EM ECONOMIA ENTRE O SOCIALISMO (ESQUERDA) E O LIBERALISMO (DIREITA) É O DIREITO DE PROPRIEDADE, privado no liberalismo e estatal no socialismo e diferenças decorrentes como o lucro, a herança, o mercado privado ou controlado pelo estado, preços de mercado ou controlados pelo estado, o estado operar e regular (socialismo) ou apenas regular, mas não operar (liberalismo), produção e comércio estatal (socialismo), ou livre mercado (liberalismo).

O termo CAPITALISMO para denominar o liberalismo e ANTICAPITALISMO para denominar o socialismo leva a entendimento enganoso. O correto é CAPITALISMO LIBERAL (direita) e CAPITALISMO DE ESTADO (esquerda, socialismo), pois não existe regime econômico sem capital.

A DIFERENÇA BÁSICA EM POLÍTICA ENTRE SOCIALISMO (esquerda) E LIBERALISMO (direita) É O REGIME DE GOVERNO. O SOCIALISMO (esquerda) adota a ditadura do partido único para adequar-se ao regime econômico de controle e poder centralizado no estado. O LIBERALSIMO (direita) adota a liberal democracia para adequar-se ao regime econômico de livre mercado, poder distribuído entre incontáveis agentes econômicos.

EM COSTUMES a direita liberal é liberal como o nome indica, já os conservadores (liberais em economia e política) são conservadores.

A esquerda é liberal em costumes, mas na prática a ditadura do partido único restringe a liberdade religiosa (a religião é um poder concorrente).

A simplicidade e lógica destes conceitos é agredida na mídia, no Google e em apostilas distribuídas aos estudantes. A ignorância em economia e o proselitismo político levou a conceitos errados e confusos que perduram nos dias atuais.

Todas as reações:

1Marco Aurélio Garcia